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História Um Príncipe Improvável - Frustrações


Escrita por: HecateAquarius

Notas do Autor


Olá leitores :)
Ta rápida a postagem dessa fic, ne?
Melhor o marinheiro aproveitar enquanto há maré XD
Enfim, não sei realmente se vocês estão a gostar da fic, pois realmente não estou a receber muitas criticas, mas como tem gente a acompanhar, deduzo que sim XD
Adiante, espero que gostem desse capitulo.

PS: houve algo que eu realmente esqueci de salientar no inicio da fic. Eu estou a basear-me em uma época um tanto característica, com hábitos e costumes bem diferentes dos de agora. Estou a tentar ser o mais fiel possível a Era Vitoriana, que eu acho simplesmente linda, não só pelas roupas e tal mas também porque foi uma época de grandes mudanças, tanto a nível de mentalidades como tecnológica. Muita gente associa ela ao romantismo Passo já em primeira mão que essa época não tem nada de romântica e muito menos tem príncipes encantados XD

Enfim, não vos prendo mais aqui... Boa leitura :)

Capítulo 4 - Frustrações


Fanfic / Fanfiction Um Príncipe Improvável - Frustrações

                O Outono inglês fazia-se sentir, naquele pacato jardim real, onde apreciava o meu chá tranquilamente. O sol raiava com pouca intensidade naquela tarde, mas ainda assim era mais agradável do que as chuvas constantes. Meus pensamentos fugiam para longe com o vento que passava em meus cabelos e nem o desenho, que eu fazia daquela bela paisagem, me atraía mais. Podia dizer mesmo que sentia saudades de casa, contudo dois longos meses ainda me aguardavam ali.

                Um pouco afastado do local onde me encontrava, dois grandes arbustos estendiam-se para os lados, formando talvez um quadrado no seu todo. Pelo meio dele, um casal caminhava descontraidamente. Fiquei a apreciar aquela cena romântica, enquanto terminava o meu chá, pois não era todos os dias que se tinha uma bela oportunidade daquelas, tão inspiradora e única.

                Pelos cabelos negros da jovem e o cabelo loiro do excelentíssimo que a acompanhava, logo me apercebi que se tratava do casal do momento. Instantaneamente revirei os olhos, perdendo completamente a vontade de apreciar aquela “bela cena romântica”. Pousei a chávena e levantei daquela cadeira de jardim, disposto a retirar-me daquele pacifico lugar. Contudo, ao pegar na minha prancheta de desenho, verifiquei uma brusca mudança de comportamento por parte de sir. Radacelha, que sem piedade agarrou o braço da delicada moça, a encostando contra o arbusto, violentamente.

                Fiquei revoltado ao ver aquilo, pois era simplesmente inaceitável tal comportamento, para uma pessoa do seu nível. A expressão dele era realmente ameaçadora, fazendo a moça encolher-se, enquanto ele lhe dizia algo perto do rosto, algo que eu não conseguia entender. Como era óbvio, não podia ficar parado a ver aquilo. Coloquei a minha prancheta de baixo do braço e caminhei, a passos largos, até ao local onde se encontravam. Para ser franco, só me faltava o belo corcel branco, digno de um príncipe encantado.

                Está bem, está bem, não vou brincar mais com a situação, pois ela era realmente grave. Talvez porque eu me aproximava, ele a largou e afastou-se um pouco, olhando-me com o mesmo semblante ameaçador com que falava com ela. Porém, não me deixei intimidar pela lagartixa que ele tinha na testa.

- O que está a acontecer aqui? – Perguntei calmamente a Elizabeth, que massajava disfarçadamente o braço que ele havia agarrado. Em seu olhar pude ver o medo que ela sentia, algo que me revoltou ainda mais.

- Nada com que deva preocupar-se Alteza. – Embora a pergunta não tivesse sido feita a Radamanthys, fora dele que eu obtivera a resposta, o que obviamente me desagradou. – Foi apenas um pequeno desentendimento com minha noiva, que aliás, já está resolvido.

- Uhum… - Mordi o lábio inferior ao ouvir aquela resposta, tentando assimilar cada palavra. Ao contrário do que era normal, naquele dia meu sarcasmo abandonou-me, deixando apenas a frieza tomar conta de mim. – Em primeiro lugar, sir, não foi a si que eu fiz a pergunta. Como tal, quem deve responder é a Miss Elizabeth. Que eu saiba, esse ainda não é seu nome…

                Podia ver nos olhos dele o ódio que sentia por mim, ao ser desafiado daquela forma diante dela. Mas uma coisa era certa, enquanto eu estivesse por perto, não daria espaço para que ele cometesse atos repudiantes como aqueles.

- Não aconteceu nada Alteza. Foi apenas um arrufo sem qualquer importância, como meu noivo referiu – Semicerrei os olhos ao ver que ela ainda o defendia, embora estivesse embaraçada com aquela situação. Mas porquê? – Se me dão licença, preciso de ir. A rainha deve estar a precisar de mim…

                Nenhum de nós lhe respondeu, apenas a deixando ir. Esbocei-lhe um pequeno sorriso, assim que tive o seu olhar sobre mim, enquanto passava e cortava levemente o vento entre nós, com seu delicado andar. Por longos segundos, ficamos os dois a olhar um para o outro, como dois leões enjaulados na mesma cela. Certamente, que não rosnei para ele, mas a minha vontade era mesmo essa. Invés disso, sorri sarcasticamente de canto perante aquela sua pose de cão mal morto, que em nada me assustava, pois o príncipe ali era eu e contra isso ele nada podia fazer.

- Príncipe Minos!! – Meu nome ecoa atrás das minhas costas, o que me fez virar ligeiramente a cabeça para trás.

- O que desejas Aiacos? – Respondi de forma arrogante, pois não queria ser incomodado naquele momento, desejando saber qual seria a atitude daquele que considerei como meu rival.

- A rainha requer a sua presença, Alteza…

- Fique ciente de que isto não ficará assim, sir… - Olhei uma última vez aquele sujeito, mostrando o quanto eu era superior a ele.

- Estou a contar com isso, Alteza. – O seu tom de ameaça em nada me intimidou e sem lhe dar mais importância, rodei o meu corpo sobre os calcanhares e avancei pelo jardim.

                Pude notar que Aiacos encontrava-se um tanto inquieto por me ver ali com Radamanthys, daquela forma tão torva. Este logo seguiu atrás de mim, adentrando também ele o palácio. Sem contar, senti o meu braço ser agarrado por ele, o qual me encosta a parede de forma um tanto violenta, de mais para o meu gosto. A princípio assustei-me, ao ter sobre mim um olhar exasperado da sua parte, chegando mesmo a congelar os meus ossos por breves momentos.

- O que pensa que está a fazer, Alteza? – Eu que devia fazer essa pergunta a ti!! Não demoro para me recompor e empurro-o, para que se afastasse de mim.

- Que seja a última vez que voltas a fazer isto, Aiacos… - Minha voz soou em tom de ameaça, contudo, a adrenalina a correr no meu sangue não me deixava reagir de outra forma. – Deduzo portanto que a rainha não te mandou chamar-me…

- Afaste-se de Radamanthys e sobretudo de Elizabeth…

- Porquê motivo? – Ergo uma sobrancelha, enquanto tentava analisar a sua expressão fechada.

- Porque eu lhe estou a dizer para o fazer… - Não consegui entender se aquilo era uma ameaça ou um aviso, ainda assim, não consegui conter um sorriso sarcástico.

- Certo! Então para a próxima, talvez seja melhor ser vossa excelência a salva-la das gadanhas de um troglodita daqueles… - Olhei-o com frieza e atirei contra o seu peito a minha prancheta de desenho, com alguma força, a qual ele segurou com as suas mãos para que não caísse ao chão.

                Segui o meu caminho, deixando-o para trás. Estava irritado e furioso, até demais para ser sincero. Meu humor não estava dos mais apetecíveis de se ter por perto e dificilmente alguma coisa mudaria aquele meu estado. Ao passar por uma das áreas comuns do palácio, olhei o piano que jazia lá em silêncio. Decidi sentar-me no seu banco e abrir a tampa das teclas, deixando que os meus dedos caíssem levemente sobre elas e criassem uma calma e aprazível melodia. Deixei que minha alma saísse do meu corpo, perdendo completamente a noção do tempo que passava a minha volta, na esperança que lavasse um pouco a minha frustração.

- Os boatos não mentem mesmo, Minos… - Ao ouvir aquela voz, levantei a cabeça, dando de caras com a rainha e as suas damas de companhia. – Seu talento é realmente notável.

- Obrigado majestade. – Fiquei um tanto constrangido ao receber aquele elogio. Notei que todas as suas damas olhavam-me, menos Elizabeth, que mais parecia não querer estar ali. Seria minha presença que a incomodava? Pelo sim e pelo não, decidi levantar-me e retirar-me dali, embora desejasse mais do que tudo falar com ela. – Irei retirar-me, certamente que têm assuntos femininos para discutir.

- Não Minos, fique… Apenas estamos de passagem. Fiquei curiosa por saber quem tocava esta bela melodia, antes de me recolher um pouco.

- Sente-se bem? Não é normal recolher-se a esta hora do dia. – Perguntei um pouco preocupado, pois até que simpatizava com aquela soberana, por ser a mais sincera dentro daquele imenso palácio.

- Apenas uma leve indisposição, nada de mais. Vejo-o mais logo e espero que possa tocar para nós depois do jantar…

- Claro Majestade… - Reverenciei-a cordialmente e assim que elas saíram, sentei-me novamente.

                Ao tocar a primeira nota da próxima melodia, uma luz iluminou a minha mente e uma genial ideia apareceu. Levantei-me apressadamente do banco e fui direto aos corredores que levavam ao quarto da rainha. Sorrateiramente, escondi-me atrás da porta de uma pequena sala, mal iluminada, ali perdida por entre os imensos quadros de antigos reis. Esperei e esperei, até que as damas de companhia começaram a sair do quarto da rainha, cada uma seguindo o seu caminho.

                Assim que a bela moça passou diante daquela porta entreaberta, onde me escondia, agarrei seu braço e puxei-a para dentro daquela sala. Instantaneamente, tapei a sua boca com a outra mão, evitando assim que um grito se soltasse daqueles seus lábios prefeitos. Seu corpo ficou colado ao meu, onde pude senti-la tremer e a sua respiração descompassar, devido ao susto. Apesar dos seus olhos arregalados estarem pousados sobre os meus, não podia deixar de admirar a sua beleza, algo que me fez sorrir sem malicia, por incrível que pareça.

- Só quero falar consigo… - Sussurrei-lhe em voz baixa, procurando acalmá-la um pouco ao prender o meu olhar no seu. – Por favor, não tenha medo. Não lhe farei mal algum.

                Lentamente a soltei, passando levemente meus dedos por seus lábios. Minha vontade era de os tomar para mim, contudo não poderia dar mais nenhum passo em falso. Pelo menos ate entender o que ela pensava de mim. Fechei a porta com cuidado, de forma a não fazer nenhum barulho. Obviamente que não queria chamar atenções indesejadas.

- Se quer só falar, porque fecha a porta? – Pude notar um verdadeiro receio em sua voz, algo que eu não recriminava e até entendia.

- Para que ninguém nos ouça, minha querida. – A sala ficou mergulhada na penumbra, sendo apenas iluminada por uma ténue luz que entrava por uma pequena janela. Deixei a porta destrancada e retirei a chave da ranhura, colocando-a na mão dela, na esperança de lhe transmitir um pouco mais de confiança. – A porta está destrancada, pode sair quando quiser, mas realmente desejava que não o fizesse tão cedo.

                Fecho a sua mão sobre a chave, acariciando posteriormente a sua face com as costas de minha mão. Sua pele era realmente macia, muito semelhante a melhor das sedas. Pude senti-la a ficar quente com o meu toque, algo que me fez morder o lábio e desejá-la mais do que tudo naquele momento.

- Alteza, eu realmente devia ir!! – Pousei o meu dedo sobre os seus lábios e olhei seus olhos felinamente.

- Minos, o meu nome é Minos. Não está aqui mais ninguém, não precisa de me tratar com tanta cordialidade. Eu abro uma exceção para si, Elizabeth. – Deixei que minha mão pousasse no seu ombro e escorregasse pelo seu braço, levando consigo um pouco da alça que escondia o feio hematoma que Radamanthys lhe havia deixado. – Porque ele fez isto?

- Não foi nada Alte… Minos! Apenas esqueça aquilo que viu hoje mais cedo. – Podia sentir medo na sua voz, o que me deixou com náuseas, ao pensar que talvez aquela não fosse a primeira vez que ele fizera aquilo. – O senhor deve ter coisas mais importantes com que se preocupar, não devia gastar o seu tempo a preocupar-se comigo.

- Elizabeth, eu gasto o meu tempo como bem me apetecer e neste momento, ele está a ser muito bem gasto. Portanto, volto a perguntar, qual foi a razão pela qual ele lhe fez isto?

- Ele não gostou da sua aproximação em relação a mim…

- Desculpe? – Fiquei deveras indignado com aquilo que ouvira.

- Ele viu o senhor a dizer-me aquelas coisas antes de sair do baile, mas não entendeu o que havia sido, então ele perguntou-me… Eu respondi que apenas tinha agradecido novamente a gentileza de ter dançado consigo, mas ele não acreditou e agarrou-me, ameaçando que o matava se o voltasse a ver perto de mim…

- Matar-me? A mim? – Fiquei revoltado ao ouvir aquilo, pois a culpa havia sido minha. Contudo ele não tinha qualquer direito de descontar sobre ela. Não pude conter um riso sarcástico, que certamente assustara ainda mais Elizabeth. – Arranco-lhe aquelas bolas e faço-o engoli-las inteiras. Quem ele pensa que é, para ameaçar um príncipe?

- Minos!! – Estava realmente fora de mim e nem me dei conta das palavras que soltei perto dela.

- Desculpe! – Baixei um pouco o meu tom de voz, passando a mão pelo rosto para retirar uma mexa do meu cabelo da frente dos olhos.

- Não sei quais são suas intenções comigo e realmente não quero saber. Só lhe peço que se afaste, para o bem de ambos… - Aquelas suas palavras caíram-me como um balde de água gelada, pois recusava-me a aceitar cada uma.

                Sua expressão séria era desconcertante, contudo o seu olhar pousado sobre mim traí-a. Vejo-a dar-me costas e a abrir a porta, decidida a sair daquela sala, mas antes que ela a pudesse abrir, pouso minha mão sobre a madeira, a impedindo. Nossos corpos ficaram a centímetros um do outro e simplesmente, baixei-me um pouco, deixando que nossos rostos ficassem frente a frente. Continuava sem ver a verdade e a firmeza nas palavras que dissera, não a podendo deixar sair enquanto muitas dúvidas ainda persistiam em minha mente. 

- Diga-me que é realmente isso que quer e eu o farei… - O seu silêncio respondeu a minha dúvida e um sorriso de canto desenhou-se em meu rosto.

- Deixe-me sair, por favor…

- Eu deixo, mas só depois de esclarecer as minhas dúvidas. Quero ouvir da sua boca que não me quer…

                Levado totalmente pelo impulso, aproximo mais o meu rosto do seu, tomando os seus lábios sem piedade, sucumbindo ao desejo de os provar. Meus braços envolveram seu delicado corpo, que não ofereceu qualquer resistência perante o meu avanço sagaz. Sua boca fundiu-se com a minha, como se a desejasse mais do que tudo. Posso dizer, que o tempo congelou diante daquele nosso beijo, que eu roubara sem me importar com as consequências.

                Seus lábios eram quentes e viciantes, mas precisava de mais, muito mais. Lentamente, fui pedindo passagem com minha língua na sua boca, a qual ela me concedeu. Senti suas mãos apertar os meus ombros, o que me faz puxá-la mais ainda contra o meu corpo, passando desejosamente minhas mãos pela sua esbelta cintura. A doçura da sua boca inebriou-me e fez-me perder um pouco o controle sobre as minhas ações. Com uma fome desmedida por ela, encostei-a na porta, intensificando aquele beijo que de inocente nada tinha. Senti-a, de certa forma, perder o controlo sobre si e sobre o seu corpo, deixando-se apenas levar pelas minhas mãos que inusitadamente, desceram para as suas coxas. Agarrei o tecido do seu longo vestido e lentamente comecei a puxá-lo para cima, movido unicamente pelo desejo que sentia naquele momento.

                O seu cheiro deixava-me cada vez mais louco e sua boca apenas alimentava aquela insanidade. Desci meus lábios para o seu pescoço, onde passei a língua para aprovar o seu afrodisíaco sabor. Escutei gemidos leves sair da sua boca, incitando ainda mais os meus avanços. Sem perdão, fui traçando, com a língua, um caminho para o seu decote, beijando categoricamente o seu busto macio e perfeito, que subia e descia freneticamente por causa da sua respiração acelerada. Senti a sua mão agarrar meu cabelo perante o meu avanço, que era unicamente acompanhado dos seus arfares. Cada vez que meus lábios pousavam sobre a sua pele, esta arrepiava-se, dizendo-me que tudo aquilo era bom demais, estando assim proibido de parar. Desejosamente, minha língua passou entre os seus seios levemente expostos em seu decote, aumentando mais minha vontade de tirar toda aquela roupa, que ela portava.

Ao passo que minhas mãos alcançaram suas coxas por baixo do vestido, apertei-as e me dei conta que aquele longo vestido escondia uma bela mulher por baixo dele. Meu sangue fervia, pedindo sempre por mais um pouco do seu corpo. Queria ela por inteiro para mim.

- Minos… - Meu nome saiu de sua boca no meio de um arfar, para meu grande deleite.

Meu membro pulsava cada vez mais apertado dentro das minhas calças, pedindo, não, gritando por liberdade. Sentia-me no céu, ao tê-la entre os meus braços, pronta a entregar-me o seu corpo. Ou assim eu pensava, pelo menos.

- Não, pare… - Elizabeth empurra-me bruscamente, deixando-me um pouco sem chão naquela hora, perante a sua atitude.

- Fiz alguma coisa errada? – Realmente não entendia o porque daquela sua atitude, sendo que o meu estado de excitação em nada melhorava o meu raciocínio.

- Tudo isto é errado… - Vejo-a ajeitar o seu vestido e o cabelo, enquanto tentava acalmar a sua respiração. Era mais do que óbvio que ela queria tanto aquilo quanto eu, mas por algum motivo não o fazia. – Desculpe Alteza, mas eu não lhe posso dar aquilo que o senhor quer. Aconselho-o a procurar alguém especializado no assunto. Com licença!

- Não Elizabeth, espere por favor… - Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ela sai, deixando-me sozinho ali a olhar a porta.

                Fiquei momentaneamente paralisado, pois realmente nunca me havia acontecido coisa semelhante. A sua mudança de atitude deixara-me confuso, podia até mesmo dizer, que me deixara sem norte. Respiro fundo, olhando o teto que contia uma bela pintura de anjos a sorrir, contudo, nem isso foi suficiente para acalmar meu membro duro e latejante, a pedir por liberdade e alivio. Em meus lábios, tinha contido o doce sabor da sua boca e da sua pele, em nada ajudando o meu estado.

- Porque me torturais desta forma, Elizabeth? – Pergunto ao ar que me envolvia, bufando pela frustração.

                Fico mais alguns minutos ali, ate voltar totalmente ao meu estado normal. Pela porta, vejo se alguém se encontrava no corredor e não avistando ninguém, abri-a totalmente e sai, caminhando pesadamente em direção ao meu quarto. Completamente alheio ao que se passava a minha volta, entro em meus aposentos e tiro o laço que prendia os meus cabelos, atirando-o com força para um canto.

- Que dia de merda este… - De costas para a cama, deixo o meu corpo cair para trás, aterrando naquele suave colchão.

- Aconteceu alguma coisa, senhor? – Sou apanhado de surpresa ao ouvir a voz do Lune, pois nem havia notado na sua presença quando entrei.

- Não, esse é o problema… Nada aconteceu!

- Está na hora de se trocar para o jantar senhor. Certamente que não quer chegar atrasado!

                Ainda mais essa! Depois daquele jantar, teria de tocar para a rainha e sinceramente era o que menos me apetecia, pois mais parecia que a inspiração havia desaparecido. E para piorar, Elizabeth estaria lá.

- Lune?!

- Sim, senhor?

- Eu posso contar contigo e com a tua descrição para tudo, certo? – Levantei o meu tronco, ficando sentado na cama a olhar para ele, ansioso pela sua resposta.

- Obviamente que sim. Ninguém zela mais pelos seus interesses do que eu…

- Ótimo, pois tenho uma missão para ti.

- Que tipo de missão, senhor? – Este olha-me com uma sobrancelha erguida, prevendo que coisa boa não sairia de minha boca. E de facto, não sairia mesmo.

- Quero que descubras qual o quarto da Miss Elizabeth…

- O quê? – Lune arregala os olhos ao ouvir o meu pedido, engasgando-se simultaneamente, algo que me fez fechar o cenho, pois certamente que seria repreendido. – Senhor!!

- Nem ouses criticar-me ou julgar-me, Lune… - Respondo-lhe irritado, deixando meu corpo cair para trás novamente, amuando.

- Como queira, senhor. – Pude sentir um certo desagrado na sua voz. Não o podia julgar, pois muita coisa estava em jogo, para além da minha cabeça. - Só quero lembrá-lo que Miss Elizabeth é uma moça de muito boa família e alem disso, comprometida… Se o seu desejo é estar com alguma “senhora”, sabe que o poderei acompanhá-lo a um local onde pode satisfazer suas necessidades, sempre que desejar. Não precisa de se arriscar por um fogo de momento.

- Eu sei Lune… - Não falei mais nada, pois sabia que nenhuma outra “senhora” preencheria aquela minha necessidade. Alem de que eu sentia que aquilo não era um simples “fogo de momento”.  

                Jogava agora a minha última carta, pois sabia que ela me queria tanto como eu a queria a ela. Não sei que tipo de medo a invadiu naquela hora, mas estava mais do que determinado a descobrir. Teria ela medo de ser apanhada? Ou teria medo do que eu lhe poderia fazer? Ou ambos?

                Seria eu o primeiro a provar a sua pele? Realmente a resposta positiva a essa pergunta deixava-me ainda mais fora de mim. Jamais havia sentido uma atração tão grande por alguém, uma necessidade incontrolável que me consumia de a ter por perto. Mas enfim, teria de deixar tais pensamentos de lado, pois a rainha aguardava-me para jantar e esta não gosta realmente de esperar.

Continua…


Notas Finais


Aí meu Zeus, Hades e afins, como essa menina conseguiu segurar-se com dlc daqueles? O.O
Senti um pouco de tremor de terra entre Minos e Radamanthys. Prevejo treta com esses dois e pelos vistos Aiacos vai de arrasto... Que inocente XD
Agora o Lune fazendo de detective particular... Isso não vai prestar XD
Enfim, espero que tenham gostado deste capitulo e até ao próximo. Bjnhs :)


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