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História Um relacionamento explosivo - Instinto protetor


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Após se vingar de Somuku Takeru, Asami está possuído de feroz desejo e também de um instinto protetor.

Capítulo 118 - Instinto protetor


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Instinto protetor

Takato e Kou ficaram um tanto constrangidos ao ver Asami, principalmente por causa da maneira possessiva como ele segurava Akihito pela cintura. O médico percebeu o desconforto dos amigos de Akihito. Asami indicou uma mesa para todos sentarem e mandou que o garçom trouxesse bebidas, perguntando a Takato e Kou se estavam se divertindo.

-Oh, sim, estamos nos divertindo muito, Asami-san.

Akihito, que já conhecia Asami o suficiente para lhe adivinhar alguns sentimentos, percebia que ele estava tenso, embora soubesse disfarçar bem.

-Akihito, lembre de tomar cuidado para não se embebedar.

O fotógrafo fez cara feia e falou que era adulto. Dessa vez, Takato e Kou quiseram rir, pois lembraram das vezes em que haviam precisado carregar o seu amigo bêbado. O garçom veio e trouxe bebidas. Akihito aproveitou para perguntar:

-Sua dor de cabeça passou, Asami? O sensei falou que você estava com dor de cabeça e por isso o tinha chamado.

Asami olhou para Sato e disse para Akihito que estava bem, a dor de cabeça provavelmente era preocupação. Sato o aconselhara a descansar o resto do dia. O fotógrafo protestou que bebidas não faziam bem a quem tinha dor de cabeça. Sato concordou com Akihito, acrescentando:

-Ele é muito autossuficiente, Takaba-kun, não gosta de ouvir os conselhos médicos. Mas deveria. Riu.

O yakuza começou a beber e disse a todos que relaxassem. Akihito perguntou a Takato sobre como estavam indo os preparativos para o casamento e Takato falou que quase tudo estava pronto. Sua noiva iria escolher o vestido de noiva no dia seguinte.

-Naturalmente, ela não vai me deixar ver.  - Riu Takato. – só a verei vestida de noiva no dia em que casarmos. Akihito, lembre que quero que você esteja lá fotografando.

-Estarei.prometeu Akihito, bebendo devagar.

De repente, Asami lembrou da foto de sua mãe em vestido de noiva. Ela usava um tradicional vestido no estilo japonês. O yakuza sabia que os seus avós jamais haviam gostado do seu pai e que sua mãe, para agradá-los, casara no estilo tradicional. Com certeza, a noiva de Takato escolhera um modelo moderno.  Nos tempos atuais, poucas eram as mulheres que casavam usando o vestido tradicional.

-Asami, que tristeza é essa no olhar? Perguntou Akihito, olhando para Asami.

Olhou para Akihito e pensou em tudo que Somuku Takeru falara. Imaginou o que aquele homem fizera a seu amante e no que o pequeno Akihito sofrera.  Aquilo o fez se encher de um instinto protetor. Para desviar a atenção de Akihito, disse aos amigos dele:

-Bem, vocês são bem-vindos para visitar Akihito quando quiserem. Porém, terão de avisar com antecedência.

Os jovens agradeceram e Kou ia pedir mais um copo quando viu Kirishima a poucos metros da mesa. O rapaz e o secretário de Asami se olharam por uns breves instantes e Kou baixou o olhar, intimidado. Akihito percebeu e lembrou de quando ele próprio tivera aversão aos homens de Asami, a quem, de certa forma, já estava se acostumando.

Em voz baixa, Akihito agradeceu a Asami por tanta gentileza que mostrara para com seus amigos, o que fez o yakuza dar um leve sorriso, sua mão tocando no joelho do fotógrafo ao falar bem baixo:

-Eu não estou sendo bonzinho, Akihito. Tudo tem um preço, entendeu bem? Você terá que pagar.

Fazendo um bico e um olhar desafiador, Akihito protestou:

-Ah, é? Quem disse que vou pagar? Seu.. pervertido! E você não tem que descansar já que estava com dor de cabeça?

-Vamos beber, garoto. Asami mandou o garçom trazer uma garrafa.

Quando o garçom veio com a garrafa, Takato e Kou notaram que o yakuza, com  o braço rodeando Akihito, fazia questão de encher seu copo. Ao ver que os amigos de Akihito prestavam atenção ao que ele fazia, Asami os olhou e segurou Akihito de forma mais possessiva, como se o rapaz pudesse escapar se ele o soltasse. Constrangido, Akihito protestou:

-Pare, Asami! Está me fazendo passar vergonha.

Sato, que fingia não ver, achou que Takato a Kou com certeza deviam entender o gesto possessivo. Asami estava agindo igual a um namorado ciumento e ele não entendia. Porém, Asami estava agindo daquela forma porque sentia um desejo feroz de proteger Akihito. Quando interrogara Somuku, pudera sentir o que Akihito deveria ter passado nas mãos daquele homem, principalmente quando lhe voltara à memória como Akihito desabara em prantos no seu escritório e o estado em que ele ficara após quase ser estuprado por Myanmoto.

-Não quer beber mais, Tsuzuki? Perguntou Asami.

-Não, Ryuichi, obrigado. Médicos não podem ficar com os reflexos lentos. Depois, sabe que não sou tão tolerante a bebida quanto você.

Asami ponderou que, como ele havia começado suas férias, não precisava se preocupar tanto. Devia aproveitar, visto que há três anos não tirava férias do hospital.

Quando terminaram, Asami  falou para Akihito:

-Akihito, vou precisar conversar sobre uns assuntos com você em particular. E quanto a vocês – olhou para Takato, Kou e Sato – fiquem à vontade para se divertirem.

Sato ficou a olhar para seu amigo saindo com Akihito, que olhava para o yakuza como se perguntando o que ele queria falar.

Asami e Akihito pegaram o elevador e foram ao escritório do clube Sião. Akihito, olhando bem para o seu amante, perguntou:

-Asami, o que foi? Você está estranho.

O yakuza apenas segurou seu rosto e o fotógrafo ficou mais confuso. Desde que Asami aparecera no salão, ele notara que algo ocorrera. O que teria sido?

-Por acaso você está mais doente do que quis dizer? O sensei é homem ocupado, não? Ele não viria aqui uma hora dessas por nada.

Sorrindo lascivamente, Asami disse, sentando no sofá e mandando Akihito sentar ao seu lado, começou:

-Sabe, Akihito, não pense que deixarei seus amigos irem tranquilamente sem que você pague.

Akihito esbravejou, vermelho de vergonha:

-O quê?! Quer dizer que foi gentil com eles já pensando em fazer o que quiser com minha bunda? Ora, seu pervertido! Quem disse que vou ceder?

O olhar do jovem era encantador e Asami o puxou para si, dizendo:

-Você é meu, pirralho.

 O rapaz esperneou, mas Asami o sentou no seu colo, reclamando que ele devia deixar de ser tão tsundere* e voluntarioso. Por que ele dizia que não queria quando Asami podia notar que ele adorava aquilo? Beijou-o com violência, segurando-o bem. Akihito protestou:

-Pare, Asami, não consigo respirar!

-Vou cobrar caro pelo que fiz, pirralho. Sabe muito bem que não sou bonzinho e que não faço favores de forma desinteressada. Tudo tem um preço.

Akihito notou que o yakuza o estava segurando com mais força do que o normal. Ele não entendia o porquê dele estar agindo de forma tão possessiva.

“Eu juro, Akihito, ninguém mais vai machucá-lo e, se o fizer, eu faço esse alguém pagar até o último suspiro. Lamento apenas não ter feito Somuku sofrer mais.”

A mão do yakuza foi para debaixo da camiseta de Akihito, que tentou contê-lo, porém a excitação era grande demais. O rapaz perdeu a resistência e cedeu, abraçando-se a Asami, que abriu o zíper das suas calças.

-A-Asami, aqui não!

-Que mal há? Você é meu amante, esqueceu?

Quando Akihito se deu conta, estava ajoelhado em frente ao sofá, com Asami por trás dele, penetrando-o com avidez. Gemeu, as lágrimas escorrendo por seus olhos e a saliva por seu queixo. Não satisfeito, Asami lhe desceu totalmente as calças e subiu sua camiseta, deixando-o nu. As mãos do yakuza acariciaram sofregamente sua pele. O rapaz tentou resistir, só que Asami resolveu tocá-lo em sua parte mais sensível, deixando-o atordoado.

-Asami, pare!

-Pirralho...sussurrou Asami, tomado de um feroz instinto protetor. Akihito desabou.

Asami então sentou no sofá, sentando o rapaz no seu colo, deixando-o de costas para ele.

-Segure-se bem em mim. Enlaçou sua cintura.

Ao final, Akihito deu profundo gemido de gozo e Asami o segurou, murmurando no ouvido do jovem:

-Isso ainda foi pouco, pirralho. Você me deve.

Se Asami pudesse ver através da parede, veria que Aihara e Tsukino estavam à porta, escutando tudo. Aihara estava de olhos arregalados. Tsukino comentava:

-Coitado desse rapaz, será um milagre se não sair daí em cadeira de rodas. O chefe acaba com ele.

Aihara lembrou que era melhor saírem ou teriam problemas. Kirishima já havia lhe dado longa bronca por ter batido em Somuku Takeru sem que Asami houvesse ordenado.

-Kirishima é capaz de mandar nos esfolar vivos.

-Você também não tinha nada que ter batido no miserável. Asami-sama odeia que façam coisas sem sua permissão e ele está certo, afinal, ele é o chefe.

Saíram discretamente, observando se ninguém os observava. Vendo que não havia ninguém, foram retomar seus postos. Logo, Kuroda iria se encontrar com eles e perguntaria o que tinham ouvido.

-Nunca pensei que aqueles rapazes fossem amigos de Takaba-san. Bem, espero que Asami-sama não mande fazer nada com eles. Comentou Aihara.

-Nem eu. Concordou Tsukino.

Enquanto Aihara e Tsukino discutiam, Asami estava deitado de costas no sofá, com Akihito sentado sobre ele. O yakuza adorava ver a expressão de puro prazer no rosto do jovem, que se sustentava como podia, as mãos sobre seus ombros. Asami o segurava pela cintura. Akihito gemia e chorava, as lágrimas descendo por seus olhos entreabertos.

-A-asami, não vou aguentar. Desabou.

Asami o segurou firme, a mão grande acariciando seus cabelos suados, os lábios beijando sua testa úmida. Akihito, de olhos fechados, disse:

-O que aconteceu, Asami? Você nunca fez isso assim antes.

-Antes como?

O rapaz pensou um pouco e respondeu:

-Com tanta ansiedade, como se estivesse preocupado com algo. Eu já lhe conheço o suficiente para saber que algo está diferente.

O yakuza apenas continuou a segurá-lo como se quisesse fundir seu corpo ao dele. Akihito fechou os olhos lacrimejantes.

-Você é meu, Akihito, você é meu por inteiro.

-Asami, seu...

Um beijo profundo e intenso interrompeu o fotógrafo.

 

Pequenas histórias anexas

A irmã de Takato

(história dos tempos em que Akihito, Takato e Kou eram estudantes universitários)

Akihito, Takato e Kou assistiam a um filme quando Ayumu irrompeu na sala. Ela havia comprado um novo vestido, cheio de babados, o que a fazia parecer uma boneca viva de porcelana  e mudara a cor do cabelo, que estava parecida com a de um personagem de mangá. Ela queria saber o que achavam. Akihito sufocou a vontade de dar uma gargalhada, Kou não disse nada e Takato, que sempre adorara provoca-la, foi direto:

- Você está igual a um periquito. Por que pintou o cabelo desse tom verde horrível? E ainda usando esse tom rosa que está igual ao de um chiclete?

Ayumu reclamou:

-Você nada entende de moda nem dos mangás e animes que estão fazendo sucesso. Não sabe que a Setsuko é a personagem mais famosa de Garota Fujoshi?

Takato disse que não queria saber daqueles mangás que ela lia. Queria assistir a um filme e não estava interessado no papo de uma garota podre.

Ayumu então falou algo que chocou os rapazes.

-Pois sabe, acho que o Akihito e o Kou formam um belo casal. Assim como a Setsuko imagina casais ao ver rapazes juntos, eu acho que os seus amigos formam um lindo par. O Kou daria um ótimo seme** e o Akihito, um uke***.

Akihito, que até então tinha estado sufocando o riso, ficou vermelho e Kou fez uma cara de raiva. Takato mandou que ela fosse cuidar de sua vida.Quando ela saiu, comentou:

-Ora essa, como pode achar que meus amigos são desse tipo? Tanto o Kou quanto o Akihito são homens hetero.

Ayumu, que sempre achara Akihito bonito, provocou antes de sair:

-Ah, pois eu não vejo o Akihito com  uma mulher. Ele é tão kawaii****. Só penso nele ao lado de um seme perfeito, possessivo e dominador.

Akihito estava todo sem graça e Takato lhe disse que não ligasse para Ayumu, que só falava besteira.

 

 

*tsundere é um termo que se refere a alguém que alterna uma personalidade mais difícil com outra mais amável. Aqui, Asami se refere ao fato de Akihito ser incialmente obstinado mas depois ceder às suas investidas.

**no universo yaoi, o seme é o ativo da relação. Ele é como se fosse o homem.

***o uke, por sua vez, é o passivo e representa a parte feminina numa relação yaoi. Asami é o seme e Akihito, o uke da relação.

****Kawaii significa algo como “fofinho”. A cultura japonesa é cheia de elementos kawaii, como podemos ver nos pingentes de celular, no anime Hamtaro, Digimon, Pokemon e outros, com bonecos e personagens fofinhos e tantos outros acessórios.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


 


Notas Finais


Myanmoto vai tentar atacar Asami.


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