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História Um relacionamento explosivo - Akihito deve aprender a se defender


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Akihito assiste ao treino de Asami e conversa com o mestre do seu amante, concluindo que tem que aprender a se proteger para viver no mundo de Asami.

Capítulo 161 - Akihito deve aprender a se defender


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Akihito deve aprender a se defender

Akihito cumprimentou Obata e sentou para ver Asami treinar. O fotógrafo nunca deixava de achar engraçado ver Asami se inclinar ante o homem bem mais baixo, que o chamava de “Asami-kun” e não de “Asami-sama” ou “Asami-san”.

-Vejo que trouxe novamente seu amigo, Asami-kun. Gosto desse jovem. Disse Obata olhando para Akihito, que sentava a um canto junto de outros alunos.

Asami disse em poucas palavras o que ocorrera com Shimoguchi e Nakamura e Obata foi direto ao ponto:

-Asami-kun, precisa preparar esse rapaz para viver no seu mundo.

-Não sei se ele está preparado, Obata-sensei. E eu não queria que ele se tornasse alguém como eu, sabe?

O homem fez um gesto com a cabeça mostrando que entendia.

Asami foi trocar de roupa e disse a Akihito:

-Então, que acha de ter vindo?

O rapaz concordou:

-Gosto de vir, é divertido.

Obata foi sentar ao lado de Akihito e perguntou:

-Está triste, Takaba-kun? Pode falar, Asami-kun não tem segredos para mim. Sei sobre os negócios dele e o que você representa para ele. Ele falou sobre a morte do diretor do jornal.

Akihito olhou com ar surpreso para o velho professor de Asami mas pensou que não era de estranhar. O homem era uma raposa, era óbvio que sabia sobre a natureza dos negócios de Asami e devia ter deduzido há muito tempo sobre a orientação sexual de Asami. Mais tranquilo, contou sobre Sakaguchi, Nakamura e Shimoguchi. O bom senhor disse:

-Entendo, Sakaguchi era como um irmão mais velho, não?

-Sim, Obata-sensei. E Shimoguchi era como um pai, uma espécie de mentor para mim. Creio que o senhor entende.

Obata observou Asami treinando um pouco e pensou em como seu discípulo preferido ficava diferente com quimono, o cabelo caído na testa, sem o terno impecável. Para ele, Asami seria sempre o rapaz que um dia aparecera em seu ginásio.

-Entendo sim. Eu sei como me senti quando perdi meu primeiro professor. Foi como perder meu pai pela segunda vez. Asami-kun falou que você teve um irmão, não foi?

Akihito, com ar nostálgico, falou um pouco sobre Yukio.

-Sim, era meu irmão mais velho, Obata-sensei. Yukio. Ele...foi morto por Myanmoto, o...

O velho sorriu e disse:

-Eu sei quem é Myanmoto. E agora ele está atrás de você, não está? Asami-kun teve de escondê-lo para protege-lo, não foi?

O rapaz confirmou e explicou que Yukio tentara ganhar fortunas jogando e contraíra dívidas.

-Obata-sensei, o Myanmoto mandou matar meu irmão se forma muito cruel. Eu nunca poderei fazer um funeral para ele, porque sumiram com o corpo. O senhor não pode imaginar como isso me dói. Meu irmão não merecia isso.

Obata percebeu a tristeza nos olhos de Akihito. Tristeza não combinava com aquele rapaz.

-Takaba-kun, é horrível não poder fazer um funeral para os que amamos. Não posso imaginar sua dor.

-Obata-sensei, eu me sinto um peso para Asami, ainda que ele diga que não sou inútil.

O mestre de Asami discursou;

-Você não é um peso para ele. Mas entendo como deve ser se ver jogado num mundo que era até então desconhecido para você. Acontece que você não está acostumado. Qualquer um que até então não fizesse parte de um mundo assim seria presa fácil para os rivais e inimigos de Asami-kun. Bem, de uma maneira ou de outra você terá de se acostumar e aprender a viver nesse mundo, ainda que isso não signifique que você tenha de se envolver nos negócios dele.

Akihito olhou para o velho professor, animado:

-Sensei, poderia me dar aulas de judô?

Obata opinou:

-Talvez seja bom você aprender defesa pessoal. Suoh, que também foi meu aluno e lutou boxe no colegial poderia lhe ensinar. Mesmo que Asami-kun nunca vá deixar você sem segurança, saber se defender é um pré-requisito essencial para viver no mundo dele. Tenha certeza disso. E isso é necessário em qualquer mundo, Takaba-kun, sabe por quê? O mundo é cruel, não é bondoso. A natureza não perdoa os fracos. Você tem de se fortalecer e aprender muitas coisas.

Asami percebeu a conversa de Akihito com Obata. O velho realmente gostara do fotógrafo. Akihito tinha o dom de cativar as pessoas, principalmente os mais velhos.

“O que Obata-sensei está conversando com Akihito? Gostaria de saber.”

-Eu pareço uma criança indefesa, Obata-sensei? Perguntou Akihito.

-Não, mas ainda está muito inexperiente. Tem que aprender principalmente que nem todos são confiáveis, Takaba-kun. Especialmente as pessoas ao nosso lado.

Aquilo fez Akihito se sentir desconfortável e desconfiado. Ele lembrou sem querer de quando Asami insinuara coisas horríveis sobre Yamazaki.

“Eu ainda penso que Yamazaki fez algo e Asami sabe.”

Obata disse a Akihito com bondade:

-Você não deve pensar demais, sabe? Foi o que aprendi. Deve aprender a se defender e a identificar as pessoas realmente dignas de confiança.

Akihito sorriu e Obata e ele prestaram atenção a Asami derrubando um homem do tamanho de Suoh. Akihito pensou se teria que aprender a atirar como Asami o fazia,mas pensou que talvez Asami não quisesse que ele pegasse numa arma. E ele não sabia se conseguiria suportar o peso de matar alguém. Vira Asami atirando quando o Clube Sião fora atacado e percebeu como para Asami, Kirishima, Suoh e os outros matar era algo fácil. Ele poderia se tornar assim? Não queria perguntar.

Asami derrubou mais dois homens e quando o treino acabou, disse a Akihito que se preparasse. Iriam tomar o desjejum. Asami foi tomar seu banho e depois os dois se despediram de Obata e foram esperar Suoh e Kirishima, que os levaram para tomar o desjejum. Os quatro sentaram a uma mesa e Kirishima serviu a refeição, que consistia de arroz, salada de camarão com abacate, sopa de missô e legumes. Akihito, que sempre tinha bom apetite, repetiu o prato e Asami ficou satisfeito.

-Que comida boa, Asami. Quem a fez?

-Kirishima. Informou Asami.

Akihito elogiou a comida e Kirishima apenas agradeceu.

-Depois que Yukio e eu fomos viver com pai e eu me recuperei, passei a preparar os bentos de pai e os meus. Muitas vezes, quando pai levantava, eu já estava na cozinha. Tive de me acostumar a fazer as coisas em casa, porque ele teve de passar a trabalhar mais. Contou Akihito, nostálgico.

Suoh e Kirishima ouviam discretamente, fingindo que se concentravam apenas na refeição.

-Seu irmão nunca ajudava? Asami perguntou.

-Ele passava o dia fora, mas quando ficava em casa ajudava na limpeza. Yukio nunca foi de cozinhar. Asami, ele antes gostava de jardinagem, cuidava dos crisântemos de pai, mas depois que mudou perdeu o interesse por tudo, até pelas flores que antes adorava cuidar. E eu nunca tive mão boa para planta. As flores foram morrendo.

Asami quis mudar de assunto e perguntou a Akihito o que ele tinha conversado com Obata e Akihito apenas contou que Obata falara sobre ele ter de aprender a se proteger.

-Que acha, Asami? O fotógrafo parecia interessado.

O yakuza disse que realmente seria bom. Talvez um dos seus homens pudesse ensinar Akihito.

-Pode ser Suoh ou Tohru. Creio que será bom. Suoh vem de uma família com tradição militar, saberá ensinar você.

Akihito, que já não tinha aversão a Suoh, perguntou:

-E quando poderíamos começar?

-Breve, Akihito, mas agora trate de comer sua comida.

Suoh e Kirishima se olharam. Quem teria de ensinar ao rapaz?

 

 

Pequenas histórias anexas

Os mangás de Yukio

 

Akihito estava sentado no sofá olhando uns mangás. Asami perguntou o que ele folheava. Akihito então confessou:

-São os mangás que Yukio fez. Veja.

Asami sentou ao lado do fotógrafo. Um mangá era de quinze páginas e o protagonista, um menino de uns doze anos, lembrava Akihito. Ele virava shinigami e tinha missões sobrenaturais. O traço era muito bom, concordou Asami. Embora nunca houvesse gostado de mangás, tinha de reconhecer que Yukio tinha talento e que a história era interessante.

-Esse menino tem seu jeito. É um pirralho curioso.

-Sabe, Asami, ele tinha mais trabalhos. Mas um dia, num acesso de raiva, rasgou a maioria deles. Pai o estava mandando parar e Yukio, que estava bêbado, rasgava os mangás feito um louco. Ele só parou porque me viu chorando. Eu pedi a ele que não rasgasse principalmente este, que era o meu favorito.

Havia outro, de dez páginas, sobre dois irmãos que viviam sozinhos numa ilha após uma guerra nuclear que transformara quase todos os seres humanos em mutantes.

Asami pensou que Yukio teria dado um bom mangaká, assim como Akihito dera um bom fotógrafo.

“Que pena que ele se perdeu e teve um fim tão trágico.” Lamentou o yakuza.

 

 

 

 



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