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História Um relacionamento explosivo - Yoh e Feilong têm uma longa conversa


Escrita por: ateneia

Notas do Autor


Feilong conversa com Yoh sobre seus planos para quando for ao Japão e Yoh tenta convencê-lo a desistir da ideia.

Capítulo 308 - Yoh e Feilong têm uma longa conversa


Fanfic / Fanfiction Um relacionamento explosivo - Yoh e Feilong têm uma longa conversa

Feilong havia tido um dia realmente maçante cuidando de carregamentos de mercadoria ilegal para Taiwan e para Xangai e, ao chegar à sua casa, percebeu o quanto estava cansado. Yoh, que o acompanhava junto com alguns seguranças, percebeu o cansaço do chefe e sugeriu que ele descansasse.

-Irei descansar sim, Yoh. Estranho, Tao não veio me receber.

Perguntou à empregada onde estava Tao e ela informou que ele saíra para fazer compras.

-Ele foi sozinho? Indagou Feilong.

-Sim, Feilong-sama.

-Ele não deveria andar sozinho por aí. Quando ele voltar, vou falar com ele para que, quando quiser sair pela cidade, que leve algum segurança com ele. É perigoso sair sozinho assim.

Yoh observou que Tao não era bobo e sabia se cuidar mas Feilong lembrou que tinha muitos inimigos e que qualquer um deles, vendo Tao circulando pela cidade, poderia fazer mal ao menino.

-Acho que vou tomar um banho e depois quero um chá quente, Yoh.

Coincidentemente, Tao foi chegando assim que Feilong se dirigia para o banho. O mafioso sorriu para o menino, que falou com alegria:

-Que bom que chegou, Feilong-sama.

-Onde esteve, Tao?

O menino respondeu que saíra para comprar uns temperos mas não os encontrara. Estavam em falta. Feilong disse que não era problema e aproveitou para aconselhar:

-Tao, quando quiser passear pela cidade ou precisar sair, leve pelo menos um dos homens com você. Não se arrisque mais saindo sozinho por aí. Entendeu?

-Sim.

Feilong informou que ia tomar banho e ordenou a Yoh que esperasse que ele ainda teria que resolver uns problemas relativos ao trabalho.

-Não quer descansar, Feilong-sama? O senhor praticamente não parou de trabalhar hoje. Observou Yoh.

-Não, temos muito que resolver porque quero acertar minha viagem para o Japão.

Tao se entusiasmou e perguntou se Feilong não queria leva-lo.

-Feilong-sama, quero conhecer aquele fotógrafo. Embora eu não o conheça pessoalmente, sinto que gosto dele. Quero ser amigo dele assim como o senhor. Pode me levar para o Japão?

Feilong passou a mão na cabeça de Tao. O menino nem imaginava o que ele planejava fazer para se vingar de Asami. Seria ótimo seduzir o fotógrafo e fazer Asami  se sentir traído.

-Quem sabe, Tao. Quem sabe. Agora, vou tomar um banho.

O mafioso se colocou debaixo do chuveiro e depois vestiu um roupão, indo até seu quarto e se sentando.

-Pode vir, Tao.

O menino, sempre sorridente, veio para pentear seus cabelos. Feilong se olhou no espelho por um longo tempo, perguntando-se se ainda era a pessoa que costumava ser. Pensou em  como era ao conhecer Asami e no que estava planejando fazer com Akihito. Meiling dissera várias vezes que ele não devia envolver Akihito na história e ele não entendia por que ela se importava com o fotógrafo que, afinal de contas, era apenas mais um dos muitos amantes de Asami.

“Eu ainda vou saber o que aquele rapaz tem que leva alguém como Meiling a se importar com ele.”

Enquanto Tao lhe penteava os cabelos, Feilong olhou para a cicatriz em seu peito e lembranças tristes o invadiram. Lembrou de como seu irmão começara a olhar para ele com desejo e tentara tocá-lo de uma maneira que um irmão nunca deveria tocar o outro. Ele nunca esqueceria as palavras horríveis que Yantsui dissera:

-Você é patético com esse seu cabelo e essa sua cara de mulher, Feilong. Eu chego a desconfiar que você não tem nada aí embaixo.

Havia momentos em que Feilong não gostava de se olhar no espelho. Não apenas Yantsui mas também outros  o haviam insultado por causa do seu rosto, dizendo que alguém com traços tão delicados e femininos não podia ser uma figura importante na máfia chinesa. Tao, que estava cantarolando, parou de repente de cantar e perguntou:

-Por que está tão triste, Feilong-sama? E por que está olhando para a cicatriz no seu peito? Ela está doendo?

-Não Tao, ela não está doendo.

O rosto do menino ficou triste e Feilong se arrependeu de ter demonstrado sua tristeza perto dele, falando:

-Tao, como foi hoje sua lição?

-Estou fazendo progressos no japonês. Quero poder falar japonês direito quando o senhor trouxer seu amigo para cá. O que ele fotografa?

-Ele me disse que tirava fotos para jornais e que o  que o que ele mais gostava era de fotografar operações policiais e transações ilegais. Disse que não ganhava muito mas que estava feliz com o trabalho.

O menino franziu um pouco as sobrancelhas.

-Puxa, ele arrisca a vida assim, Feilong-sama? É louco. Um fotógrafo tão bom como ele tirando fotos de bandidos.,, não combina com ele.

Ao ouvir Tao, Feilong teve de concordar. Akihito era mesmo um grande fotógrafo, com um futuro brilhante. Como podia se arriscar trabalhando como fotógrafo criminal? Pura estupidez e um grande desperdício do talento.

“Por mais que Takaba Akihito pareça um rapaz superficial, sou forçado a concordar que ele se arrisca inutilmente. Ele tem tanto talento.E é uma grande ironia que um fotógrafo que goste de ir atrás de bandidos esteja com Asami.”

-Concordo com você, Tao. Ele está desperdiçando o seu talento e arriscando sua vida. Bem, vou me vestir. Obrigado por ajeitar meu cabelo. Vá dizer à empregada que comece a preparar o jantar e diga a Yoh que quero que ele jante comigo hoje. Depois eu vou querer combinar uns negócios.

-O senhor parece cansado. Por que não descansa um pouco?

Feilong olhou para o pequeno Tao. Podia ver como o menino, com seu olhar preocupado, mostrava que realmente se importava com ele. Sorriu e passou a mão na cabeça do menino, dizendo-lhe:

-Não se preocupe, Tao. Vou descansar depois de combinar uns negócios. Vá e diga à empregada que prepare uma boa refeição. Amanhã, eu trabalharei um pouco menos.

“Isso se os meus inimigos me deixarem. Estou realmente tendo problemas com os rivais aqui em Hong Kong. Isso sem falar nos desgraçados de Taiwan.”

Tao saiu do quarto e Feilong se vestiu. Olhou-se no espelho. Lembrou de quando usava os cabelos tão longos que dava para fazer trança. Aquilo o fez pensar em seu falecido pai, Liu Talen. Pensou em como o homem acariciava seu cabelo quando ele era pequeno e lhe dizia que nunca o cortasse.*

-Meu pai...sussurrou tristemente.

Saiu do quarto e foi falar com Yoh, que estava na sala. Tao se aproximou e contou que já dissera à empregada que preparasse a comida.

-Ela vai preparar sua comida preferida, Feilong-sama.

-Obrigado, Tao. Está dispensado. Agora, deixe-me conversar com meus homens sobre negócios. Amanhã, quero saber como você está progredindo nos estudos**.

-Eu fiz progressos no japonês, Feilong-sama.

Feilong apenas sorriu e pensou nos seus planos de seduzir Akihito para que ele traísse Asami. Seria ótimo ver o implacável e sedutor Asami fazendo o papel de idiota. Bem, ele merecia.”

Asami merecia todos os castigos possíveis. Merecia ser feito de idiota, ser passado para trás e ver que não era o único esperto no mundo. Aquilo com certeza acabaria com sua autoconfiança e poderia ser mesmo o começo de sua derrocada. Feilong sorriu malignamente ao pensar em Asami perdendo seu poder. E ele, Feilong, tinha boas chances de conseguir seduzir Akihito. Tinha a aparência a seu favor e sabia ser gentil e agradável. Akihito, como todos os jovens, era volúvel e com certeza se deixaria levar pelo charme dele.

“Você soube me seduzir, Asami. Você me seduziu e destruiu minha vida. Mas eu aprendi muito desde aquele tempo. Aprendi a ser implacável. Fui um tolo ao me deixar levar pela sua voz grave e aveludada, por seus olhos dourados e penetrantes e por seu toque tão suave. Eu não vou apenas lhe tirar o seu garoto. Vou lhe tirar tudo que você tem, seu desgraçado.”

Quando Tao saiu, Feilong perguntou a Yoh e aos outros homens:

-Bem, conseguimos rechaçar os que estavam atrasando a nossa remessa, não?

-Sim, Feilong-sama.

O mafioso sorriu. Aquilo era bom. Em pouco tempo, ele poderia ir ao Japão para dar início ao seu plano de acabar com Asami de uma vez por todas. Usaria Takaba Akihito em seu plano da maneira perfeita.

“Pessoalmente, Takaba Akihito, não tenho nada contra você, mas você será de muita utilidade para que eu acabe com Asami. Não quero saber do que Meiling disse sobre eu não envolve-lo na história. Irei usá-lo como Asami me usou. No final, é assim mesmo. As pessoas se usam umas às outras.”

Feilong mandou que os outros homens se retirassem e apenas Yoh ficasse na sala e começou:

-Vamos começar com nosso plano, Yoh. O nosso espião já nos deu várias informações. O Asami anda tendo problemas por causa do Myanmoto, que está bagunçando na área dele.

-Devemos interferir, Feilong-sama?

Feilong balançou a cabeça negativamente. Que Asami resolvesse aquele problema sozinho. Myanmoto não era grande coisa e acabaria sendo derrotado, mas Asami, com certeza, sairia um pouco enfraquecido depois da briga com ele.

-Depois que Asami acabar com Myanmoto, talvez ele ache que tudo vai ficar calmo por um tempo, mas aí é que nós entramos para acabar com ele de uma vez por todas. Eu poderei ir ao Japão e começarei a agir.

Desta vez, o rosto de Yoh mostrou preocupação. O subordinado de Feilong tentou dizer:

-Chefe, mesmo que Asami fique enfraquecido após uma pequena guerra, isso não quer dizer que será fácil acabar com ele. Ele nunca será um inimigo que se possa subestimar. E depois, por que envolver esse Takaba Akihito nisso? Sei que não tenho direito a dizer nada, mas peço que me ouça: desista de tentar uma guerra contra Asami Ryuichi. Em uma guerra contra ele, perderemos muitos bons homens e tudo que o senhor lutou tanto para conquistar poderá ser perdido.

Feilong não podia acreditar que Yoh tivera tanta audácia de dizer aquilo e vociferou:

-Está me desafiando, Yoh?

Yoh se ajoelhou no chão, baixando a cabeça:

-Perdoe-me, Feilong-sama, isso nunca me passou pela cabeça. Por que eu o desafiaria? Eu o respeito muito e me importo tanto com o seu bem- estar tanto quanto com os negócios da Baishe. Eu conheci o senhor na pior época de sua vida. Todos diziam que o senhor era apenas uma sombra de quem havia sido.

Feilong sorriu amargamente:

-Lembro bem disso. Diziam que alguém tão jovem e com cara de mulher não poderia ser um membro importante da máfia.

-E veja o que o senhor provou. O senhor provou que estavam todos errados a seu respeito. Conseguiu reerguer a Baishe, mostrou que é um grande líder, tão competente quanto o seu pai Liu Talen o foi. Por isso, Feilong-sama, peço que não tente uma guerra contra Asami assim.

As palavras de Yoh zangaram Feilong.

-E eu não deveria me vingar de Asami por ter destruído minha vida?

Yoh se ergueu do chão e disse com bastante calma:

-Feilong-sama, sua vida não foi destruída. O senhor é um grande líder de uma organização, que comanda com competência e firmeza. Lembro de quando o senhor me disse que seu irmão o fazia fazer todo o trabalho sujo e ficava com o crédito. Hoje, o senhor é o líder.

-Mas Yoh, Asami me tirou tudo que eu tinha e só me deixou esta cicatriz no peito.

Yoh começou a pensar que Feilong talvez ainda sentisse algo por Asami.

“Por que tanta obsessão por Asami? Será que Feilong-sama o ama e tenta enganar a si mesmo dizendo que o odeia? Eu não queria que Feilong-sama envolvesse aquele rapaz na história. Além dele não ter nada a ver, não quero que Feilong-sama tenha algo com ele.”

Pouco tempo depois, a empregada veio dizer que o jantar estava pronto e Feilong disse:

-Tao, venha comer conosco.

* Liu Talen, pai adotivo de Feilong, disse a ele na história original que o cabelo dele era muito bonito e que ele jamais deveria cortá-lo.

** Feilong costuma ajudar Tao nas suas lições de casa.

 

 

 

 

 

 


 

 


Notas Finais


Ushio, subordinado de Myanmoto, sente que está numa guerra perdida.


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