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História Um tom de amor - Capítulo dois


Escrita por: Leups

Notas do Autor


Demorei mas cheguei

Eu amei esse capítulo mds. Tava meio insatisfeita com minha escrita, mas esse capítulo me trouxe de volta.
Espero que gostem tbm

Não vai ser uma fanfic muito longa, mas afins.
Apreciem

PS: lembrando que o nome deles é Marc Anciel e Nathaniel Kurtzberg

Capítulo 2 - Capítulo dois


Fanfic / Fanfiction Um tom de amor - Capítulo dois

Nathaniel se jogou em sua cama, os olhos presos ao seu teto redecorado com os famosos desenhos da Capela Sistina. Não que fosse um devoto a religião, mas Leonardo D’Vinci sempre foi e sempre será alguém que ele gostaria de estampar por todos os lugares do mundo.  

Sua barriga formigava em êxtase, competindo com suas bochechas que não paravam de esquentar conforme o passar dos segundos. Ele podia ouvir as batidas de seu coração ecoarem por seus ouvidos, e se perguntava o porquê disso. 

Costumava sentir isso quando estava ansioso para algum acontecimento.  

— Nossa, você ‘tá passando mal, por acaso? — Ouviu a voz de sua melhor amiga da porta. 

— Oi Alix. ‘Tô bem, por quê? - Nath se sentou na beira de sua cama, convidando-a entrar com um sinal de cabeça. 

— Já se olhou no espelho? — Ela perguntou estranhada, o fitando em quanto guardava seus rollers na bolsa.  

O ruivo franziu o cenho, confuso, e então caminhou para o espelho em seu armário. Ao se ver, não notou nada demais, além de um forte tom vermelho em suas bochechas, e seus cabelos de trás um pouco bagunçados.  

— Hahaha! No que você estava pensando pra ficar com essa cara? — Alix gargalha, sentindo um alívio imediato em seus pés. Adorava esportes, mas confessava que o após de tudo isso era muito desgastante.  

— Hm, nada de especial. — Ele retornou para sua cama, jogando-se deitado. — Enfim, por que veio aqui tão cedo?  

— Não tinha nada pra fazer. Todas as meninas arranjaram um compromisso, e eu não queria ficar sozinha com meu irmão. — Alix pendeu a cabeça para trás com um ar tedioso. — Ele ia ficar falando sobre múmias e essas paradas que eu não entendo bulhufas. 

Um silêncio pairou por alguns. Alix observou as cortinas vermelhas adejarem-se. Sentia Nathaniel muito mais pensativo do que costumava ser. Tinha medo de quando o amigo ficava desse jeito. Precisava pensar num jeito de distraí-lo, e rápido. 

— Vai fazer alguma coisa amanhã? — Perguntou, apenas para puxar a atenção dele.  

— Eu vou com o Marc para a escola amanhã, mas no resto do dia, nada. — Nath contou com tranquilidade, mas a rosada virou a cabeça imediatamente. 

— Você... e o Marc? — Ela tentou manter sua voz na linha, mas sua expressão a contrariava. 

— ...Sim? 

— Por que não me disse antes?! — Alix se levantou com um pulo. 

— O que tem de mais? Sempre passamos bastante tempo juntos. — Nath virou o olhar, desconfiado com a reação dela. 

— Era nisso que você ‘tava pensando quando eu cheguei? — Alix indagou como se aquilo fosse uma descoberta. 

— T-talvez... — O gaguejo não ajudou na convicção. — Mas isso não é nada grande pra você reagir desse jeito! 

— Eu só quero ajudar meus amigos a... fortificarem sua amizade. — Alix deu de ombros, sem argumentos melhores. 

A verdade era que já sabia a muito tempo que Marc estava apaixonado por Nathaniel. Quando soube, não pôde deixar de prestar mais atenção nas reações e atos do melhor amigo, avaliando se o Anciel teria alguma chance. E as coisas que tem descoberto com o longo dos anos a surpreendeu.  

Porém, ao Alix se aproximar da cama para obrigar o ruivo a se levantar, viu que ele tinha uma expressão confusa e tristonha no rosto. Alix apaziguou-se, percebendo que havia muito mais ali do que ela sabia. 

— Nath... Tem alguma coisa acontecendo que você não me contou? — Ela sentou-se na beira da cama, tirando seu boné. — Você sabe que pode me contar tudo.  

— Eu sei que você nunca contaria segredos... Só que... O segredo não é meu... — Nath tinha uma voz soturna, em quanto seus olhos machucavam a si mesmo.  

Alix não soube o que responder, dando o tempo que ele precisava para pensar. Não demorou para que ele voltasse atrás em suas palavras. 

— O Marc... me disse algo confuso... — Nathaniel começou. — Disse q-que... ele não sabia mais qual gênero queria ser... Disse que acha que... ele não tem gênero, ou coisa do tipo, e que eu poderia chama-lo do que quiser. Mas eu...  

Nath colocou as mãos sobre seus olhos, respirando fundo a ponto de seus pulmões não aguentarem tal carga de ar. Alix viu que ele estava perdido, e muito, muito confuso com esse tabu em sua frente. A rosada se jogou deitada ao lado dele, esparramando os travesseiros entre seus dois corpos. Utilizando uma mão, ela descobriu os olhos dele. 

— Você deveria perguntar a ele se está tão confuso assim. — Ela disse, tentando transpassar sua calma para ele. — Ele não vai te odiar por uma simples pergunta. 

— Eu me sinto tão idiota... —Nath soltou o ar pelo canto da boca. — Francamente, me sinto tão idiota comparado a ele. Digo, ele escreve coisas incríveis, tem senso de moda, e outras coisas... Além de que ele é tão... bonito. Eu mal consigo ficar ao lado dele sem me sentir ofuscado. — De repente, os olhos azuis dele se abriram um pouco mais, e o rubor em suas bochechas retornou, contornando um sorriso inconsciente. — Mesmo sendo tão tímido, Marc é a pessoa mais incrível que eu já conheci... 

Alix arregalou os olhos, sentando-se de forma brusca. Nath olhou-a assustado, realizando tudo que tinha acabado de falar. Sentiu seu rosto esquentar como nunca antes, e o estômago saltar. 

— Você... Você gosta do Marc? — As palavras escaparam da boca de Alix. 

Nathaniel sentiu uma camoeca imediata. Sua visão embaçou, e ele podia jurar que seu coração tinha parado de bater. Seu rosto estava começando a ficar translúcido de tão vermelho, e ele sabia que se abrisse a boca, tudo que sairia seriam desculpas desconexas. 

— Por que não me contou?! — Alix continuou, indignada. — Eu poderia ter te ajudado á muito tempo! 

— E-eu... — Pigarreou. — N-nem eu sei ao certo... 

— Bom, agora sabe. — Alix se levantou, pondo as mãos na cintura. — Nós vamos começar a agir. 

— O-o que?! Não! Não quero que ninguém se meta nisso! — Ele percebeu que tinha aumentado o tom de voz, logo abaixando a cabeça.  

Estava envergonhado demais para pensar. 

— Se for pra acontecer, vai acontecer... N-não quero que ele se sinta pressionado a gostar de mim... Ele já está ocupado demais ultimamente. 

“Ah, se você soubesse...” Alix pensou. 

— E quem falou em pressionar? Estou falando de criar situações, te ajudar a pensar num jeito de se declarar! — Alix já estava num ponto sem volta. Ninguém a faria mudar de ideia. 

— Quem? Eu?!? — Nath engasgou. Era uma pergunta retrógrada. 

— Acha que a timidez em pessoa vai se atrever a te convidar para um encontro? — Alix pontuou, fazendo Nath afundar-se mais ainda em sua cama. — Anda, pode se preparando. Vamos planejar tudinho hoje! 

No dia seguinte, Marc estava engolindo em seco a cada dois minutos. Sua garganta já começava a arder. Ele olhava repetidamente para as mensagens motivacionais de Marinette, as repetindo mentalmente para ver se o acalmava.  

Detalhe: não estava. 

Marc parou em frente à entrada do parque, onde eles tinham combinado de se encontrar. O sol estava começando a nascer no horizonte, constatando que ele tinha chegado bem mais cedo. Maldito momento em que errou a hora do despertador. 

Pegando seu celular novamente, ele tentava lembrar dos momentos que já tivera com o ruivo.  

Por algum motivo, sentia que alguma lazeira estava por vir, e tudo naquela manhã daria errado. Marc puxou as mangas de seu casaco vermelho, engolindo em seco — pela milésima vez. 

— Não pense negativo Marc, ou essas coisas realmente vão acontecer. — Ele praguejou-se. 

— Hey, você já está aqui... — Sentiu as pernas bambearem ao notar a silhueta alta se aproximar. 

Nathaniel havia chegado, suas roupas casuais combinando com a longa franja ruiva em seu rosto. Marc abriu um sorriso amarelo, esfregando as mãos involuntariamente.  

Sem que pudesse responder, Nath caminhou até ele e o deu um abraço leve por cima dos ombros. Marc congelou, o pânico interno crescendo por seu pescoço quando ele sentiu o perfume de canela que o Kurtzberg exalava. 

— Desculpe. — Nath se afastou, coçando a nuca. Não tinha pensado muito bem ao fazer isso. Só sentiu que... os ajudaria. — Só... Ah, não sei. Amigos podem se abraçar às vezes, certo? 

— S-sim, claro, a-amigos... — Marc se repreendeu. “Não pense besteiras, viu Marc?! Apenas um abraço amigável.” 

— Bom, vamos indo? Podemos passar pelo parque, e aproveitar as horinhas antes da aula. — Nathaniel sugeriu, vendo que ele tinha se acalmado.  

— Claro. 

Os dois se puseram lado a lado, e passaram pela entrada do parque. Seus rostos logo foram recebidos pelos primeiros raios de sol, fortes demais para seus olhos claros, mas fracos demais para o frio que girava em seus estômagos. Marc pôs uma mexa de seus cabelos negros atrás da orelha. Sentia-se mais leve, estando ao lado de Nathaniel num ambiente tão calmo.  

Em quanto isso, ele não percebera que o ruivo o observava silenciosamente. Não conseguia desprender seus olhos do rosto lampinho, e perfeitamente perfilado ao seu lado. Depois da estressante e longa conversa que tivera com Alix no dia anterior, as perguntas não paravam de preencher sua mente. 

— O dia vai ser bonito... — Marc levantou seu rosto para que fosse colorido pelo sol. 

— Sim...  

— Daria um belo desenho, você não acha? — Marc abriu um sorriso simpático. — Eu me inspiro muito em dias lindos como esse para escrever coisas mais naturais. Acho que... ajuda muito. 

— Tem razão. — Nath parecia um robô, apenas concordando com tudo que ele dizia.  

Os dois então tiveram que parar, dando espaço para que uma família de patinhos caminhasse até o lago. Marc soltou risinhos emocionados, achando os pequenos animais as coisas mais adoráveis do mundo. 

Foi então que Nathaniel viu. A perfeição em um singelo e simples momento.  

O rosto de Marc iluminado pelos primeiros raios de sol, suas bochechas e lábios rosados com uma maquiagem quase imperceptível, seu sorriso afetivo se abrindo pouco a pouco, e os olhos verdes entreabertos, tão perfeitamente entalhados em sua face quanto uma esmeralda.  

Era como se Nath tivesse desencadeado uma memória fotográfica que nunca teve.  

Tudo que ele sabia, era que aquela cena nunca sairia de sua cabeça.  

E quando os olhares se encontraram, foi ainda melhor. 

Marc virou seu rosto, sendo surpreendido pelos olhos azuis, o fitando com uma intensidade quase sufocante. Sentiu seu rosto esquentar em questão de segundos — e sabia não ser pelo sol —, juntamente com o acelerar de seu coração.  

— E-está tudo bem, Nathaniel? — Marc indagou antes que ele começasse a ficar nervoso de novo. 

— A-ah sim. — O ruivo balançou a cabeça. — Só estava... pensando no desenho. 

Marc respondeu com um leve sorriso, e então eles voltaram a andar para o colégio. 


Notas Finais


HAHAAAAAA PEGUEI VCS
Antes de militarem, se informem. ApArEntEmEnTe, o tio Thomas CONFIRMOU que o Marc não tem gênero. Ele pode ser tanto uma menina (por seu rosto e traços femininos), quanto um menino (por sua fisionomia e voz).
Pegando isso, assumo Marc como um tipo de trans...? Não sei se chega a ser, mas enfim, n esquentem tanto com isso.

Espero que consigam entender, e aceitar mesmo assim.
Até a próxima.


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