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História Um toque, um olhar. (Clace) - Agora vamos falar de homem para homem


Escrita por: Clacezinho

Capítulo 12 - Agora vamos falar de homem para homem


Fanfic / Fanfiction Um toque, um olhar. (Clace) - Agora vamos falar de homem para homem

Adônis ficou preocupado, por mas que adoraria ter sua prima inteligente na máfia, sabia que aquilo faria mal para sua sanidade. Fez uma marcação mental de ter uma bela conversa com esse tal Jace a respeito da adoção de Alice.  O mesmo saiu do quarto dando o espaço que sua prima pediu, mas sem antes deixar um bombom em cima da mesa, o bombom que ela tanto amava.

Clary estava no banho perdida em pensamentos, estava preparando sua cabeça, seu coração e sua alma para não ter mais sua pequena Alice em seus braços. Seu coração apertou mais ainda quando passou o sabonete por sua barriga. As imagens de que se não tivesse revelado ao para seu pai que se Sebastian abusou dela, talvez estaria com um lindo bebê nos braços. Um soluço saiu de seus lábios e as lembranças vinham com força, de como foi abusada e do quanto apanhou. Sem se dar conta, Clary deu um soco no vidro do box fazendo o mesmo quebrar.

- Merda. – Clary olha para sua mão cheia de sangue. Sem perceber, viu os olhos brilhantes de um serzinho na porta.

- Tia Clary...

- Alice, volte para a cama.

- A sua mão ta dodói tia.

- Não foi nada amor, a tia escorregou e bateu a mão, volte para a cama por favor.

Alice ficou parada olhando Clary e sua mão jorrando sangue.

- Não vou sair tia, sua mão ta dodói.

Clary que já havia tomado seu banho, apenas fechou o registro e saiu do box com cuidado para não cortar os pés. Em seguida pegou uma toalha e enrolou sua mão. Alice ia caminhar até Clary, mas foi impedida.

- Fique ai, aqui está cheio de caco de vidro você pode se cortar.

- Você ta chorando tia, não pode chorar porque doi aqui ver você assim. – Alice apontou para o coração.

Clary vestiu um roupão e saiu do banheiro puxando Alice pela mão que não estava sangrando.

- Está tudo bem amor, a titia está bem. Só foi um corta, ta bom?

Alice sentou na cama e passou a mão no rosto de Clary.

- Eu chamei o tio Adônis, sua mão ta dodoí.

Clary sorriu em meio as lágrimas, sua pequena Alice era tão linda por fora quanto por dentro.

- Não foi nada, a titia está bem.

- Quem te fez chorar, tia Clary?

Ela ia responder quando a porta do seu quarto é aberta.

- O que aconteceu?

- A tia Clary escorregou e no banheiro e machucou a mão.

Adônis correu até as duas e se ajoelhou na frente de Clary, ao pegar sua mão, viu um corte profundo e o sangue já pingando ao chão pois não parava.

- Vista-se, vamos ao hospital.

- Adônis não precisa e...

- Isso não está em discussão, vamos.

Clary estava se sentindo um pouco tonta, mas fez o que seu primo pediu. Em menos de trinta minutos, Clary já estava sendo atendida. Havia um pedaço enorme de caco de vidro em suas mãos e o médico não pode aplicar anestesia para retirar.

- Fique com Alice lá fora.

- Eu quero ficar aqui com você tia Clary.

- Não amor, essas coisas não são legais de ver e não quero que seu tio Adônis me veja chorando. Lembra que sou uma princesa e princesas não chora?

- É verdade. Vamos tio Adônis, a tia Clary vai ficar bem.

Ele sorriu, era claro que aquela pequena tinha Adônis nas mãos, assim como Clary.

Então o médico preparou a mesa cirúrgica e com cuidado removeu o pedaço de vidro, em seguida limpou sua mão e deu 12 pontos. Clary precisou além dos pontos, uma tala de gesso já que ao socar o box, também deslocou o pulso.

No carro, Alice estava dormindo abraçada com seu ursinho e Adônis respirava aliviado.

- Está sentindo alguma dor?

- Não, eles me deram analgésicos.

- Como isso aconteceu?

Clary olhou para trás para se certificar que Alice estava bem e respirou fundo.

- Soquei o box.

- Você o que?

- Estava perdida nos meus pensamentos e quando vi já tinha acontecido tudo. Pedi para me arrumarem outro quarto e coloquei o box na sua conta para pagar.

- Eu só não te dou uma bela surra agora porque você está em desvantagem.

- Nem que você quisesse conseguiria me bater, aprendi a lutar com o melhor.

Adônis sorriu ao ouvir Clary dizer aquilo.

- Seu irmão descobriu que estou atrás dele.

Clary arregalou os olhos.

- Como...

- O filha da puta do capo dele falou.

-Adônis... você tem noção o quanto isso pode colocar a vida de Alice em perigo? Da minha mãe também e...

- Bruce e Pietro ficarão com vocês em NY quando voltarmos, ele não chegará perto de nenhuma de vocês. Sua mãe tem a escolta dela então ele não fará muito progresso, o ruim é que agora vou ter que procurar meu rato fujão nos bueiros do mundo.

- Adônis...

- Não tenha medo, ele não fará nada com vocês.

- Eu não tenho medo dele por mim, e sim por minha menina.

- Sobre isso, tenho que te contar uma coisa.

- O que?

- Quando voltarmos, Alice poderá ficar com você até que a guarda dela seja definitiva.

- O que? – Clary arregala os olhos e Adônis sorriu.

- Eu sei que você não quis minha ajuda, porém eu não poderia deixar você se destruir assim. Falei com meu advogado e ele conseguiu uma carta provisória de Alice para ficar com você. Ele conseguiu adiantar o processo da adoção e tudo indica que daqui duas semanas, Alice finalmente ficará com você.

- Ai meu Deus. – Clary levou a mão até a boca e soluçou. – Isso é sério?

- Claro pequena. Eu não aguento te ver triste ou acabada do jeito que vi antes de sair do seu quarto. Você e a tia Jo são minha única família viva e nunca ninguém machucará vocês.

- Eu... eu não sei como te agradecer.

- Me agradeça voltando a sorrir e fazendo nossa pequena Alice feliz.

- E se Jace...

- Esquece esse cara, dele eu cuido depois.

- Não vai mata-lo.

- Depende.

- Depende? – Clary o olhou e viu um leve sorriso nos lábios de seu primo.

- Sim, ele terá que cooperar com as minhas exigências. Caso contrário, ele sofrerá.

- Não vai fazer nada com ele.

- Quem vai me impedir?

- Eu. Ele não tem nada a ver com essa história e também não sabia que tinha uma irmã. Ele tem direito sobre ela e você sabe disso. Ele é vítima nessa história toda então não ouse encostar nele, ou eu acabo com você.

Adônis soltou uma gargalhada ao ver os olhos escuros de Clary.

- Você ta caidinha por ele né?

- Cala a boca.

-  Eu sei que está. Fique tranquila, só serei reativo se ele for.

- Você não vai falar com ele.

- Ah, eu vou sim.

- Não, você não vai.

- Eu já disse que vou e fim de papo.

Clary sabia que por mais que ameaçasse seu primo, ele iria conversar com Jace. Estava começando a ficar sonolenta por causa da medicação e então fechou os olhos.

- Se tocar num fio de cabelo dele, eu te mato.

- Apaixonadinha.

- Não me tente, Adônis.

Ele riu e ficou quieto vendo sua prima fechar os olhos, a protegeria nem que fosse do inferno todo, mas ele a protegeria, sempre.

Ao chegarem, Adônis pediu um quarto com duas camas para os três ficassem juntos, ele colocou Alice na cama, em seguida deitou na outra.

- Durma prima, você precisa descansar.

- Você também. – Clary saiu do banheiro com uma calça moletom e uma regata preta. Adônis olhou aquelas marcas em suas costas e só fez aumentar a sua raiva pelo bastardo do Sebastian.

Clary deitou com Alice e a aconchegou em seus braços. Em seguida deixou uma lágrima cair, só de pensar que aquele imbecil poderia fazer algo com sua menina, seu coração doeu.

- Não chora tia Clary, você é forte. Lembra que você é a princesa mais forte do meu mundo? – Alice diz passando a mão pelo rosto de Clary limpando sua lágrima. Ela não tinha visto que Adônis estava no quarto.

- Eu sou? – Clary sorriu e beijou a mão da pequena Alice

- É sim, e princesas fortes não choram, apenas sorriem.

- Então eu vou sorrir, mas só para você está bem?

- E para o tio Adônis, tio Simon, a tia Jo e para Melk.

- Ta bom, mas preciso te contar um segredo.

- E qual é?

- Você é a única pessoa que tem o meu sorriso mais sincero do mundo.

Alice sorriu e abraçou Clary com cuidado.

- Eu te amo, tia Clary. Não vejo a hora de morar com você para que você possa ser minha mamãe.

Clary respirou fundo e beijou a cabeça de Alice.

- Você quer que eu seja sua mamãe?

- Sim, eu quero e você quer que eu seja sua filha?

- Você já é minha filha.

- Então eu posso te chamar de mamãe?

- Você quer me chamar assim?

- Quero.

- Então pode me chamar assim.

Alice sorriu e fechou os olhos.

- Agora você é minha mamãe e ninguém vai separar a gente.

- Ninguém meu amor.

Adônis sorriu ao ver as suas trocando carinho e prometeu a si mesmo que ninguém iria separar aquelas duas.

***

Uma semana depois...

- Eu queria morar aqui para sempre.  Alice diz fazendo bico.

- Te prometo que ano que vem, quando eu sair de férias, te trago de novo ta bom?

- EBAAAAAAA.... Obrigado mamãe.

Clary sorriu e beijou a cabeça de Alice, seu coração se enchia de alegria quando a pequena a chama de mamãe.

Elas viajaram sozinhas, pois Adônis precisou voltar para Chicago, porém Pietro e Bruce estavam com elas. Ao chegarem no hotel de cachorros, Melk fez a festa ao ver Clary e Alice. A cada pulo que Melk dava de emoção, Alice gargalhava e Clary sentia-se completa.

Ao chegarem no apartamento, Bruce e Pietro ajudou Clary a subir as malas junto com Alice e Melk já que sua mão ainda estava com a tala.

- Olha quem chegooooou – Isabelle sorri ao ver Alice entrar e correr para seus braços.

- Tia princesa Jasmineeeeeeee.

- Oi meu amoooor, que saudade. Como foi na Disney?

- Muito legal, eu vi tantos castelos... brinquei com o Mickey e fomos no castelo do terror, quando saímos de lá comemos o maior hot-dog do mundo, a tia Clary machucou a mão e...

- Calma filha, uma coisa de cada vez.  – Clary riu ao ver Alice querer contar tudo de uma vez.

- Como se machucou Clary?

- Ela caiu no box do chuveiro, tia.

Isabelle a olhou e sabia que tinha mais coisa ali, mas ficou na sua.

- E o tio Simon não ganha beijo?

- Tiooooooooooooooooooo.

Alice pulou do colo de Isabelle e foi para o de Simon.

- Você sabia que agora vou morar com a minha mamãe?

- Como? – Simon parecia surpreso.

- Consegui a guarda provisória dela. – Clary sorri e Simon sorri mais ainda junto com Isabelle.

- Não acredito! Temos que comemorar com pizza. – Isabelle da alguns pulinhos beijando a bochecha da pequena Alice.

- UHUHUHU PIZZA! Melk também vai comer pizza?

A cachorra latiu como se estivesse concordando e todos riram.  Clary foi tomar um banho e quando saiu, colocou uma saia xadrez, com uma blusinha preta, deixou seus cabelos soltos (capa). Quando ia se sentar, mas a campainha tocou.

Simon e Isabelle estavam entretidos ouvindo Alice contar suas aventuras, Bruce estava encostado no patente da porta observando tudo e tomando água, enquanto Pietro estava sentado no sofá brincando com Melk.

Clary abriu a porta e se surpreendeu ao ver Jace parado ali, seu olhar era de arrependimento e parecia cansado.

- Oi... podemos conversar? – Ele olhou para Clary e ficou sem palavras, Clary estava linda. Nunca tinha reparo mas suas pernas eram torneadas e tinha uma linda cintura, ficou com vontade de puxa-la para si e beijar aqueles lábios vermelhos e carnudos. Então parou o olhar em sua mão com uma tala, em seguida viu Bruce atrás de Clary fazendo-o fechar a cara.

Quem era aquele babaca? – Jace pensou.  

- Entra. – Clary diz dando espaço para que ele entrasse.

- O que aconteceu com sua mão?  - Jace pergunta preocupado e encara Bruce. Não era o mesmo cara que tinha visto sair com ela.

-  Oiiiiiiiiii quem é você? – Alice pergunta ao ver Jace.

Seu coração bateu a mil por hora ao ver aquela pequena. A sua irmãzinha, sentiu uma vontade incontrolável de pega-la e abraça-la.

- Ele é amigo da mamãe, o nome dele é Jace. Jace, essa é Alice, minha filha.

- Filha? – Jace pergunta mais confuso ainda.

- Oi Jace, sabia que eu fui para Disney? Eu brinquei com o Mickey e depois comi hot-dog. Ai a tia Clary machucou a mão e só eu e o tio Adônis que foi no parque aquático, você tinha que ver os golfinhos, eles eram lindooos.

- Alice, calma. – Clary ri e Jace sorri de leve ao ver a energia da pequena.

- Que legal Alice, e como foi nadar com os golfinhos? – Jace pergunta se abaixando ficando na altura de Alice.

- Eu não sei nadar, mas o tio Adônis foi comigo e ele foi muito legal.

Clary sentiu seu coração explodir de felicidade ao ver como Alice se deu bem com Jace.  Simon e Isabelle ficaram tensos ao ver o olhar de Clary sobre Jace.

Então Jace sentiu um focinho em seu braço.

- Você conhece a Melk?  Ela vai comer pizza com a gente hoje.

Jace sorri e faz carinho na cabeça de cachorra.

- E a dona dela vai deixar?

- Ela pode, né mamãe? – Alice olha para Clary que estava sorrindo.

- Só um pedaço, se não ela fica dodói da barriga.

- Ta boom.

- Querida, vamos no mercado com o tio Simon? Vou comprar as coisas para fazermos a pizza. – Simon diz encarando Jace com olhos mortais.

- Posso, mamãe?

- Claro que pode meu amor.  Bruce...

- Fala chefe.

- Já falei que não sou sua chefe – Ela bufa e Bruce ri – Acompanhe Simon com Alice.

- Eu também vou. – Isabelle diz.

- Pietro, vá junto também.

- Ta bom chefe.

- O próximo que me chamar de chefe, vai se ver comigo no meus treinos.

Bruce e Pietro fecharam a cara e concordaram.

- Não podemos deixar você sozinha e...

- Eu não pedi escolta. Alice é minha prioridade e a segurança dela está em primeiro lugar. Façam o que eu mandei e fiquem de olho nela e nos meus amigos.

Eles apenas concordaram e Simon saiu com Isabelle, Alice e os dois seguranças.

- Melk foi para sua casinha e Jace levantou.

- Sente-se, quer beber algo?

- Não, obrigado.

- O que te traz aqui? -  Clary pergunta encostada no batente da porta entre a cozinha e a sala com uma cerveja na mão.

- Porque Alice está te chamando de mamãe?

- Consegui a guarda provisória dela e logo logo a definitiva.

Jace engoliu a seco e fechou os olhos.

- Eu fui um babaca.

- Sim, você foi. – Clary diz tomando um gole de cerveja.

- Eu...

- Não se preocupe. Você estava nervoso e eu entendo.

- Eu.. eu sei, mas não tinha o direito de falar com você como falei. Eu fui um egoísta e acabei te magoando.

- Levando duas mulheres para cama, eu sei. Fiquei sabendo.

- Eu estava fora de mim e...

- Jace, não precisa se justiçar, não temos nada. Além disso, você é solteiro e tem mais que ser feliz.

- Não fale assim...

- Eu estou apenas te dizendo a verdade. Quanto a Alice, eu me apeguei a ela de uma maneira muito especial. Ela me traz a paz que excede todo entendimento humano. Ela se tornou para mim, o centro da minha vida e estou muito feliz que ela finalmente está em um lar, onde eu possa cuidar dela.

- Ela é minha irmã, Clary...

- Eu sei, e eu jamais me colocaria na frente disso até porque vocês dois sofreram com a ausência dos pais e acho que tem mesmo que ficarem juntos. Eu sei que você vai querer a guarda dela e não vou me meter nisso, só quero que saiba que ela é minha vida e se você a tirar de mim, estará tirando o restante do meu coração.

- Eu nunca faria isso, eu vejo o amor que você sente por ela e ela por você, porém ela é minha irmã Clary.

- Entendi. – Clary respirou fundo já sabendo que Jace lutaria pela guarda dela. – Minhas portas estão abertas. Quer dizer... acho que enquanto você não conseguir a guarda dela, você pode conhece-la, ela precisa se acostumar com você primeiro e...

Jace levantou e caminhou até Clary, tirou a cerveja de suas mãos e passou a ponta de seus dedos pelo rosto dela.

-Eu não vou tirar Alice de você. Nunca. Você pode ficar com a guarda dela, desde que eu possa vê-la sempre que quiser, leva-la sempre que quiser. Quero dar a ela tudo o que ela não teve, assim como você eu também a quero em minha vida. Tudo bem?

- Você...

- Eu não serei um monstro de separar dois corações. Eu já tive essa experiência e sei o quanto isso é dolorido. Só que também não posso deixar minha irmazinhã por ai. Você me promete que eu poderei vê-la sempre que eu quiser e pega-la sempre que eu quiser?

- Eu... – Clary respira fundo. – Você...

- Calma. – Ele sorri e alisa novamente o rosto de Clary.

- Jace... obrigado! Eu... eu nem sei o que quiser, isso é a melhor coisa que já fizeram para mim em toda minha vida. Eu prometo que você sempre poderá vê-la.

- Bom. Eu posso contar para ela?

- Acho prudente você ir com calma e contar no momento certo. Se aproxime dela primeiro.

- Certo, farei isso. Agora precisamos conversar sobre algumas coisas.

-  Concordo, vamos sentar.

Eles voltaram para o sofá.

- Para começar, o que houve com sua mão?

- Eu soquei o box do banheiro do hotel.

- Você o que?

- Estava com raiva de muitas coisas e deu um soco, então cortei a mão e desloquei o pulso.

Jace olhou preocupado e passou a mão pela tala de gesso.

- Você está bem? Está sentindo dor?

- Não, não mais. Não se preocupe com isso. Agora vamos falar sobre Alice... Minha vida é muito complicada e um dia eu espero que possa te contar tudo aos detalhes, mas agora não. Entretanto, por causa desses problemas, Alice sempre andará escoltada de Bruce e Pietro.

- Porque eles te chamam de chefe?

- Eu não posso te falar Jace, sinto muito. Eu só quero que aceite isso, pois Alice andará com esses caras para onde for.

- Ela está correndo perigo? – Jace pergunta aflito.

- Não, isso é por precaução.

- Não entendo.

- Eu só preciso que você confie em mim e me deixa agir. Pode ser?

- Para que eu possa confiar em você, você terá que confiar em mim e me contar as coisas. Não será legal eu pegar minha irmã para sair e ter dois brutamontes da minha cola o tempo todo.

- Infelizmente isso envolve muita coisa, coisas que estão fora do seu entendimento e não posso compartilhar com você, pois ninguém sabe. Então por favor, não complique e aceite. É para o bem dela.

Jace respirou fundo e a olhou.

- Se ela está sendo escoltada, acredito que você também corre algum tipo de risco, certo?

- Eu sei me defender de qualquer risco que venha me acontecer.

- Claro, sua mão é a prova disso. – Jace aponta para a mão de Clary.

- Não se preocupe comigo. Eu estou bem.

- Ainda temos que conversar sobre nós...

- Jace...

- Eu vi você com um cara, está saindo com alguém?

- Me viu? Quando?

- Eu vim aqui para me desculpar no dia que voltei de Chicago e vi você abraçada com um cara. – Jace fechou a cara.

Clary sorriu e o olhou.

- Era Adônis.

- Seu primo?

- Sim.

- Hum.

- Ele foi viajar conosco.

- Vocês parecem bem íntimos.

- E somos.

Jace a olhou, aquilo o incomodava, não queria que sua Clary tivesse qualquer intimidade com ninguém que não seja ele.

- Será que você pode me perdoar por tudo o que eu fiz?

- É claro que perdoo você Jace, porém nada entre nós vai mudar. Pode vir aqui sempre, porém o que tínhamos começado a ter não terá mais.

- Clary eu não posso ficar perto de você sem querer te tocar.

- Você pode, eu serei sua amiga, mamãe de Alice e te ajudarei em que você precisar, mas não peça mais que isso. Nós dois foi um erro, não deveria ter acontecido. Precisamos esquecer tudo aquilo e se concentrar em Alice.

Jace ia responder, quando a porta é aberta.

- MAMÃEEE OLHA QUEM EU ENCONTREI NO ELEVADOR. – Alice entra toda saltitante na sala, pulando no colo de Clary, eles se viram e dá de cara com Adônis.

- Pensou que ia fazer a noite da pizza sem mim, pirralha?

Clary riu e mostrou a língua sem Alice ver.

- Jace, conhece meu tio Adônis? – Alice pergunta olhando para ele.

- Não querida, não o conheço.

- Você que é famoso Jace, então? Temos muito o que conversar. – Ele diz num tom tentando intimidar Jace.

- Adônis! – Clary o repreendeu.

- O que? Só quero trocar algumas palavras com ele.

Nesse momento entrou Simon e Izzy em casa levanto as coisas até a cozinha. Bruce sussurrou algo no ouvido de Adônis e o mesmo concordou.

- Tudo bem Clary. – Jace levantou a mão e esticou para Adônis – Jonathan Lightwood.

- Adônis. – Ele apertou a mão de Jace.

- O que acha de irmos lá fora conversar enquanto as meninas preparam a pizza?

- Excelente ideia.

- Jace, você vai ficar para jantar com a gente né?

- Vou pequena, depois eu quero que você me conte tudo o que você fez na Disney ta bom?

- Taaaaaaaaaaaa.

Alice saiu correndo e foi brincar com Melk.

Antes deles saírem, Clary puxou Adônis e o olhou firme.

- Se fizer algo com ele, cabeças vão rolar.

- Ele não vai fazer nada contra mim, Clary. Não se preocupe. – Jace sorri ao ouvir Clary falar com o primo. – Tenho a audição boa.

- Você é muito cheio de si, não é mesmo? – Adônis diz numa certa arrogância.

- Faz parte do meu charme, vamos ou não? Quero voltar e comer a famosa pizza de Clary.

Adônis ia dizer algo, mas Jace já estava no elevador.

- Ele é folgado, gostei.  – Adônis ri

- Não faça nada com ele.

- Não farei nada com o seu príncipe, só vou ter uma conversinha com ele.

 

Assim que chegaram na rua, Adônis colocou a mão no ombro de Jace e falou bem alto.

- Agora vamos falar de homem para homem. 



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