História Um vira-tempo com defeito - Capítulo 12

Pov Draco Malfoy

A aula de Herbologia foi até que divertida, usando um pergaminho encantado em forma de pássaro, Granger chamou aquilo de origami, eles mandaram mensagens um para o outro. Os dois ficaram fazendo piadas sobre o novo penteado do professor Slughorn aquilo ficou realmente muito ruim, aos poucos Draco começou a notar certos lados sonserinos na castanha.

Pansy leu a mensagem por cima do ombro dele.

Surpresa ela disse:

— Muito bonito Draquinho! Eu estava quase acreditando que vocês dois tinham alguma coisa, mas parece que não. O pior é saber que sua má influência está tomando conta da Granger.

Draco escreveu a resposta para Granger e mandou o origami encantado para ela.

Ele olhou para Pansy.

— Nós somos amigos.

Pansy suspirou exasperada.

— Vai continuar mentindo para você mesmo até quando?

O loiro voltou sua atenção para a professora Sprout. Ele não queria falar com Pansy sobre os seus possíveis sentimentos, esse assunto sempre tomava rumos ruins, com a amiga dele dizendo que os dois vão magoar-se mutuamente.

A aula terminou e Draco esperou a estufa esvaziar-se e saiu esperando encontrar com a Granger no meio do caminho, mas ela não estava por ali.

Ele sentiu duas mãos sobre os seus olhos e o perfume familiar da garota.

— Advinha quem é?

Draco colocou as mãos sobre as dela.

— Eu não sei, quem teria as mãos tão pequenas e delicadas.

A garota continuou calada.

— Esse perfume único de livros, tinta e pergaminhos.

Ela tirou as mãos dos olhos dele e saiu andando na frente.

— Calma Granger, eu sabia que era você.

Ela deu de ombros, perguntando:

— Eu cheiro a biblioteca?

Ele achou graça dela.

— Não exatamente.

Ela sorriu aliviada. Duas alunas passaram correndo próximas a eles, Draco puxou a Granger para perto dele para que as meninas não esbarrassem nela e derrubassem os livros que ela estava carregando.

Ele esticou os braços e tirou os livros das mãos dela.

— Não entendo porque você carrega tanta coisa.

Ela começou a numerar nos dedos dela.

— Tenho um texto de runas antigas para terminar a tradução, um desses livros na verdade é o caderno de relatórios de rondas dos monitores, tenho que finalizar a tarefa de poções e dois mapas para completar, a Professora Sinistra não me deu muito tempo. Eu acho que estou ficando um pouco maluca com as aulas de Astronomia.

Draco suspirou.

Ele perguntou tentando distraí-la:

— Eu também faço parte dessa sua lista?

Granger tropeçou e segurou no braço dele.

— Acho que sim. Tenho que fazer os seus relatórios, mas Percy finaliza eles, então não acabo tendo tanto trabalho assim, quando o assunto é você.

O loiro sorriu de lado quando percebeu que a Granger continuava segurando nele. Quem visse aquela situação de fora poderia deduzir que eles eram um casal. Na porta da sala Granger pareceu dar-se conta disso e soltou-o.

Os dois sentaram-se nas mesas do fundo e assistiram a aula. Granger abriu um dos mapas estelares e Draco acabou corrigindo a constelação de Scorpius para ela.

Granger bateu na mão dele de leve repreendendo-o:

— Malfoy, presta atenção no Percy.

Ele deu uma risada contida e sussurrou perto do ouvido dela:

— Ele nem deve notar isso, está muito ocupado falando de termômetros e outras geringonças que os trouxas usam nos hospitais deles.

Draco estava com um braço transpassado entre os braços dela, por isso conseguiu sussurrar algo em seu ouvido. Granger corou e não respondeu nada, aceitou a ajuda dele e no final da aula eles fizeram um acordo silencioso, já que ele estava ajudando-a com a tarefa dela, ela iria ajudá-lo com  a dele também.

Granger levantou da mesa e Draco segurou ela pelo pulso.

— Preciso de ajuda com esse dever Granger.

Ela observou a folha para qual ele apontava.

— Então vai ser com essa matéria mesmo. Pensei que você fosse pedir ajuda com alguma coisa mais complicada.

Ele negou:

— Sinceramente não, de todas as matérias que eu estou cursando esse ano, essa é a que me faz pensar mais. A maioria das coisas que o professor me apresenta, eu desconheço, mas para você isso é muito fácil. Assim como Astronomia é algo familiar para mim o mundo trouxa é familiar para você.

Granger assentiu concordando com a explicação dele e voltou a sentar na cadeira ao lado da de Draco.

Paciente ela disse:

— Fala o que você não entendeu bem.

Ele apontou para folha.

— Como funcionam esses tais termômetros trouxas?

Granger olhou para o desenho dele confusa. Draco estava apontando para um desenho diferente da ilustração de Percy. Ela olhou tanto para o desenho dele quanto para o objeto que o professor tinha conjurado e deixado sobre a mesa dele, como exemplo. Ela levantou e pegou o tal termômetro.

Ela começou a rir e Draco não entendeu o motivo.

Ele perguntou:

— O que foi Granger?

Ela respondeu rindo:

— Isso aqui é um teste de gravidez trouxa, Percy é um excelente professor, mas ilustrou de maneira errada essa aula.

Draco levantou da mesa e pegou o objeto da mão dela. Virou-o de um lado para o outro confuso.

— Como os trouxas podem saber se tem um bebê a caminho com esse palito?

Granger ponderou antes de respondê-lo, mas acabou dizendo de modo mecânico:

— É uma explicação complexa que envolve ciência trouxa e demoraria horas, então para resumir, as mulheres trouxas fazem xixi em cima dessa marca, depois esperam em torno de quinze a trinta minutos, logo em seguida aparecem listras aqui, caso isso aconteça, serão duas listras vermelhas indicando que a mulher está grávida.

Draco continuou balançou o teste.

— Isso é confiável?

Hermione riu da descrença dele.

— Costuma ser 98% seguro, mas também existe o exame de sangue. O método bruxo com certeza é mais prático, apenas um feitiço como Homenum Revelio é capaz de mostrar uma pequena luz no interior do corpo da bruxa grávida.

Draco já tinha ouvido falar de algo parecido, mas era um método bruxo e a mãe dele dizia ser uma maneira de surpreender os novos papais.

Ele afirmou:

— Acredito que esse teste trouxa seja mais parecido com o Reperto.

Granger assentiu e anotou algo na beirada do seu pergaminho. Ela conjurou um objeto parecido com que ele estava segurando, mas ele era mais grosso, tinha uma pequena ponta de metal e fazia barulho quando ela apertava um botão.

Draco apontou para o troço barulhento:

— Então esse é o tal termômetro?

Granger assentiu e perguntou:

— Posso testar em você, Malfoy?

Ele deu espaço para ela, Granger chegou bem próxima do corpo dele e colocou o termômetro debaixo do braço do loiro, Draco não recuou, em vez disso ele inclinou o tronco para frente e seus rostos ficaram muito próximos. O tal termômetro apitou fazendo ele desviar os olhos dos dela. Granger o pegou e avaliou um número que apareceu na tela.

Ela disse:

— Sua temperatura está normal.

Para ele aquela informação não significava nada, porque ele estava mais interessado em trocar calor com ela. Com as mãos livres ele puxou ela para si, Granger não apresentou nenhum tipo de resistência, apenas o olhou de forma interrogativa. O loiro deixou uma mão na cintura dela e com a outra contornou a lateral do seu rosto. Testando a maciez suave da sua pele com os dedos ele traçou a sobrancelha dela, depois a ponta do nariz e enfim fez o contorno da boca dela. Granger suspirou de satisfação e ele tomou aquele gesto como permissão para juntar os seus lábios.

O beijo começou devagar, sem pressa Draco passeou com as mãos dele pela cintura e nuca dela. Eles estavam conhecendo-se, testando como as bocas e os corpos deles encaixavam-se. As línguas deslizaram uma sobre a outra e com satisfação ele puxou-a para mais perto dele, Granger inclinou-se para trás dando mais mobilidade para o beijo deles. As mãos dela foram de encontro à nuca do loiro, fazendo um carinho com as unhas por onde seus dedos passavam. Draco emendou mais dois beijos no primeiro, as mãos dela abriram os dois primeiros botões da blusa dele, já as mãos dele deixaram o cabelo dela uma bagunça.

Eles precisaram respirar e foi nesse momento que Draco percebeu que a paz que instaurou-se entre eles estava perdida. Ele não conseguiria manter as mãos longe dela por muito tempo, isso só seria possível se ela impusesse uma barreira entre eles. Não demorou para isso acontecer, pois os olhos dela estavam confusos. Granger deu um passo para trás quando Draco soltou-a, afastando-se dela.

Ele balbulciou perdido:

— Desculpa Granger.

Ele tentou ajeitar o cabelo dela que estava bagunçado, mas ela afastou a mão dele de perto dela.

Granger perguntou de maneira hostil:

— Pelo quê exatamente?

Draco ajeitou a roupa dele, o loiro estava confuso com a raiva que ele viu nos olhos dela, mas nenhum pouco arrependido do que tinham feito. Ele deveria pelo menos tentar concertar as coisas, já que ele tinha começado aquele beijo.

Mais contido ele disse:

— Estou tentando dizer que sinto muito.

Ela o respondeu de maneira ferina:

— Sente muito por ter me beijado? Ou sente muito porque não vai acontecer de novo?

Ele terminou de cortar a distância entre eles, arrumando a gravata dela com gestos simples e precisos, ele disse:

— Pelas duas coisas, Granger.

Draco virou de costas e saiu da sala deixando-a para trás. A forma rude como ela estava comportando-se o fazia acreditar que ela estava arrependida diferente dele. Sem olhar para nada ele adentrou o salão comunal da Sonserina e jogou-se no sofá, ele tinha até o almoço para melhorar o humor dele e encarar o seu time no treino.

Pansy sentou no sofá ao lado dele.

— Que bicho te mordeu Draco?

Ele não disse nada, Pansy apontou para a própria boca.

— Seja qual for usa um gloss muito potente. Está aí até agora.

Draco traçou os lábios com os dedos e sentiu o cheiro de morango.

Ele respondeu irônico:

— O bicho que me mordeu não é venenoso, se fosse eu já estaria morto.

Ele largou a amiga falando sozinha e foi almoçar.

 

Pov Hermione Granger:

Aquela fuinha albina sem noção! Hermione queria arrancar a cabeça do Draco Malfoy, mas ao mesmo tempo queria voltar lá e jogar-se nos braços dele. Aquele beijo não foi um erro, ela queria estar ali tanto quanto ele. Por que ele tinha que se desculpar? Ele já tinha beijado boa parte da população feminina daquele maldito castelo. Ele não se desculpou com nenhuma delas. Por que ela era diferente?

Com raiva e com fome Hermione rumou para o seu quarto.

Esbarrou em alguém e para o espanto dela era Parkinson.

— Cuidado sua…

Hermione nem deixou ela terminar.

— Sem noção, cega, rata de biblioteca, sangue ruim? O que ia dizer Parkinson?

A garota olhou boquiaberta para Hermione, em todos esses anos ela nunca tinha visto a grifinória perder a compostura daquela maneira.

— Eu não ia dizer nenhuma dessas coisas, principalmente a última, Granger. Depois da guerra comecei a perceber que esse preconceito de sangue é totalmente infundado. Até o Lord Voldemort era um meio sangue, como ele queria que o mundo bruxo fosse todo sangue puro? Se a magia fosse apenas para os sangues puros, não haveria nascidos trouxas dotados de capacidades mágicas.

Hermione olhou espantada para a sonserina. Parkinson sorriu e estalou a língua diante do silencio da grifina.

— Consegui deixar a grande Hermione Granger sem palavras. Deveria imortalizar esse momento?

Hermione riu, talvez ela precisasse falar com a Parkinson mais vezes. Assim ela poderia descobrir os podres daquele loiro metido.

— Acho que não, ultimamente isso tem se tornado um hábito,  principalmente quando estou interagindo com sonserinos.

Parkinson arqueou as sobrancelhas.

— Você e o Draco brigaram?

Hermione negou e voltou a andar no corredor, quanto mais rápido ela guardasse aqueles livros, mais rápido poderia ver Gina e jogar para a ruiva suas dúvidas misturadas com aquelas frustrações. Parkinson que estava indo no sentido contrário mudou o seu trajeto e começou a acompanhá-la.

— Só estou curiosa, esbarrei com ele também e ele não parecia estar tendo um bom dia.

Hermione suspirou. Ele não estava em um bom dia? Aquele beijo foi algo tão ruim assim? Parecia que ele estava tão confortável quanto ela, pelo menos durante o beijo.

Parkinson olhou para Hermione com afinco. A morena chegou com o rosto bem próximo ao dela.

— Você usa gloss de morango?

Hermione assentiu.

— Então amiga, tenho que te dizer que você deixou um rastro e tanto na boca do Draquinho.

Hermione ficou vermelha, estava tão vermelha que poderia esconder-se no brasão da sua casa. Ela queria negar, mas não podia, eles realmente se beijaram e isso por um acaso não foi ruim, muito longe disso. Não foi catastrófico, foi inédito e gostoso. Hermione achou perfeito, até ele tentar se desculpar.

Parkinson concluiu sozinha:

— Então foi isso que aconteceu!

A sonserina não esperou por uma resposta, sumiu pelos corredores. Hermione não olhou para os lados, apenas rumou para o seu quarto. Quando ela chegou lá jogou os seus livros na estante e traçou seus lábios com o polegar. Malfoy estava enganado, aquilo aconteceria de novo, de novo e de novo, ela iria convencê-lo, não importava como, a tentar de novo.

 

Pov Draco Malfoy

O treino passou pelos olhos dele, Draco não estava ansioso para o seu fim como nos outros dias, porque ele tinha certeza que assim que terminasse ela não estaria no corredor aberto esperando por ele.

Um balaço passou zunindo ao lado dele.

Theo gritou:

— Presta atenção capitão!

Blás puxou Draco pela manga do seu uniforme.

— Se for para vir treinar assim é melhor nem subir na vassoura.

Draco assentiu e tentou concentrar-se exclusivamente no treino. A mente dele afastou-se uma ou duas vezes, mas ele não tentou deter os pensamentos dele, os lábios da Granger, o sorriso dela, a forma como ajeitava o cabelo atrás da orelha antes de escrever algo no pergaminho, os olhos que reviravam em reprovação quando ele fazia algum comentário sarcástico, o tom de voz dela quando estava brava era três vezes mais alto do que o habitual. Tudo nela era uma deliciosa comoção, dos pequenos gestos aos grandes, ele conhecia todos.

Dessa vez o balaço não veio raspando, mas o acertou em cheio. Draco sentiu seu corpo ficar mole e caiu fechando os olhos. Sua queda não chegou a acontecer, os amigos dele também ficaram encarando o sonserino inerte no ar. Blásio pegou-o e ajudou a terminar de descer.

Draco virou-se buscando por alguém, mas não havia ninguém no campo ou nas arquibancadas que pudesse ter executado um feitiço, porque as arquibancadas estavam desertas e os seus companheiros de time não carregavam suas varinhas para o treino elas geralmente ficavam no salão comunal da Sonserina para evitar distrações.

Blás disse quando adentraram o vestiário:

— Você deveria agradecer a sua namorada sabe-tudo por estar inteiro agora.

Draco assentiu, o amigo dele ficava repetindo que a Granger era namorada dele, o loiro nem tentava mais negar. Blásio o deixou sozinho. Draco começou a trocar de roupa, estava sem camisa com a calça social preta, quando escutou um barulho, olhou para porta esperando pelo resto do time, mas a pessoa que o encarou de volta era Hermione Granger. Ela corou e desviou o olhar.

Ela começou meio incerta:

— Mais cedo, quero dizer na sala, quando nós...

Ele a interrompeu puxando o queixo dela para cima, os olhos dele percorreram pelo rosto dela parando sobre os lábios.

Ele disse de forma leviana:

— Quando nos beijamos.

Ela assentiu e ele colocou as mãos sobre os ombros dela empurrando-a para o banco perto do armário. Granger ficou sentada ali, ele terminou de trocar de roupa e ela olhava para ele vez ou outra.

Ele perguntou tentando parecer casual:

— Não vai terminar? Parecia urgente, já que invadiu o vestiário masculino.

Ela suspirou e levantou andando até ele.

— É importante, mas eu não sei mais como devo te dizer isso.

Draco sorriu de lado para ela.

— Vou te ajudar então. Quando nós dois perdemos a noção da realidade mais cedo, aquilo não deveria...

Granger ficou na ponta dos pés e jogou-se sobre ele. Surpreso Draco deu um passo para trás caindo sentado no chão, ele colocou as mãos na cintura dela e levou-a junto com ele. Ela caiu sentada no seu colo e passou as mãos atrás do pescoço dele. Antes que o loiro se desse conta Granger o beijou, diferente do beijo da sala, aquele já começou urgente.

As mãos dela puxavam os seus fios de cabelo e arranhavam a sua nuca, sentada no colo dele ela conseguia colar seus corpos de maneira mais ampla e natural. Granger comandou o beijo de maneira sensual, as línguas deles deslizavam ritmadas e as respirações misturavam-se. Um beijo logo tornou-se dois, depois três, mas dessa vez quando o ar se fez necessário a garota em seu colo, não afastou-se em vez disso, ela avançou sobre o pescoço dele. Granger estava demarcando território?

Ele também queria tentar, depois que ela afastou o rosto do pescoço dele, ele avançou sobre o dela, desfazendo o nó da sua gravata e retirando o primeiro botão da sua camisa de dentro da sua casa, ele pode admirar o pescoço dela e com uma vontade antes desconhecida por ele deixou um roxo ali. Aquela imagem dela deixou-o extremamente satisfeito.

Granger remexeu-se em seu colo e o puxou pela gravata.

Ela sussurrou:

— Isso vai deixar marca seu idiota.

Ele respondeu voltando a beijá-la:

— Acho que esse é o objetivo.

Ela mordeu o lábio inferior dele.

Draco disse receoso:

— Nós deveríamos sair daqui.

Granger sorriu de maneira travessa.

— O seu time não vai voltar aqui até sairmos.

O loiro olhou para ela surpreso.

— Não?

Ela negou.

— Falei com o Blásio e ele disse que era melhor resolver o que tínhamos para resolver antes do jogo contra a Corvinal, porque se você jogasse mal no final de semana como jogou hoje, ele me amaldiçoaria.

Draco fechou a expressão e descrente notou que não gostava quando a Granger chamava outros homens pelo primeiro nome.

Ela concluiu levantando do colo dele e ficando de pé.

— Nós já resolvemos.

Ele levantou e virou o corpo da garota contra a parede.

— Eu não acho.

Descendo o rosto para perto do pescoço dela ele sussurrou:

— Hermione.

Ela olhou para ele vermelha.

— Eu... eu...

Ele a beijou novamente mas dessa vez para mostrar o seu ponto de vista.

— Se nós já resolvemos isso quer dizer que estamos namorando?

Hermione arregalou os olhos e o empurrou.

— É claro que não Malfoy.

Ele a abraçou por trás.

— Como não? Você me beijou, isso significa que tem que se responsabilizar por mim Hermione.

Ela virou-se de frente para ele colocando as mãos sobre ombros do loiro.

— Se formos por essa linha de raciocínio, o senhor me beijou primeiro. Então Draco Malfoy está pronto para assumir as consequências do seu pedido de desculpas ridículo.

Só nesse momento ele entendeu. Ela não estava com raiva por estar arrependida, ela estava irritada porque ao pedir desculpas ele estava deixando claro que aquele ato foi um erro.

Ele tirou o cabelo dela da frente do seu rosto.

— Eu retiro o meu pedido de desculpas. Na verdade eu vou reformulá-lo. Você pode me desculpar por ser desatento, ás vezes confuso e até mesmo omisso?

Hermione franziu o cenho e com o polegar ele empurrou as rugas na testa dela de volta para o lugar.

— Você me desculpa por deixá-la acreditar que de alguma forma eu não queria beijá-la mais cedo?

Hermione sorriu e o puxou pela gravata.

— Eu te perdôo por ser um idiota Draco.

Ele sorriu ao ouvir o primeiro nome dele e puxou-a para mais um beijo. Na hora do jantar o castelo inteiro só sabia falar do novo casal oficial que andava de mãos dadas pelos corredores do castelo.

Aquele era só o começo, Hermione Granger apareceu no final de semana usando o cachecol da Sonserina e sentou-se na arquibancada da casa rival para torcer pelo seu namorado. Isso repetiu-se até no último jogo que foi contra  a Grifinória.

Granger e Malfoy pelos corredores, Malfoy e Granger nas salas de cinema, Draco e Hermione no casamento dos Potter, Hermione e Draco no casamentos dos Zabini, o loiro e sua morena andando no Ministério da magia, o ex-sonserino e a ex-grifinória andando até o altar, Herms e Draco tornando-se padrinhos, o sr Malfoy e a sra Malfoy na plataforma embarcando os seus dois filhos para mais um ano escolar.