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História Um xogun e seu ninja. - Treino e servidão


Escrita por: Tenshou

Notas do Autor


Assim como a outra história, essa demorou mais de um mês para ficar pronta. De qulquer forma, estar pronto mais um capítulo. Boa leitura.

Capítulo 3 - Treino e servidão


Hanzo chegou de volta a vila quase amanhecendo. Foi dureza encontrar outra carrocha para se esconder. Além disso, era difícil sair e entrar escondido de uma vila de ninjas, eles são especialistas nisso. Provavelmente sabiam que ele tinha escapado, agora só bastava uma desculpa.

Felizmente, conseguiu chegar em seu alojamento sem ninguém ver, aparentemente. Ele escondeu as coisas que pegou escondido e se deitou. Ele tinha que dormir um pouco. Ele ficou vendo o tecido que Leyaso lhe entregou como embrulho dos doces.

Era um tecido preto, mas muito diferente. Ele era liso eleve como seda, porém, era quente e resistente como lã. Aquilo devia ser algum tecido das Indias, só lá ou na Terra primal para conseguir coisas tão exóticas. O tecido tinha cheiro de doces. Ele não devia ter sido usado antes.

Hanzo não entedia como um garoto podia ter tudo aquilo. Os ninjas eram muito humildes, e boa parte do lucro deles, eram para manter as instalações de treino. Apesar de ser um treino desgastante, mais a sua falta de talento, Hanzo gostava de lutar, de treinar, de evoluir. Ele seria ninja independente da sua mãe ou não.

No entanto, as vezes, sentia a falta de dinheiro. Ele e o seu clã. Os ninjas deviam ser os guerreiros mais poderosos que já existiam, mas se tornaram mercenários, assassinos e espiões dos xoguns. Algo bem impressionante, considerando que eles faziam tudo isso sozinhos, e muito bem.

Decidiu dormir no pouco tempo que restava. No seu sono, se lembrava das palavras de Leyaso.

Apareça daqui a um dia. Eu vou ajudar. Ele quer mesmo fazer isso? Por quê? Não importa, eu não tenho mais esperanças. Pior que estar para mim, não fica.”

-//-

Antes de dormir aquela noite, Leyaso falsificou um documento, em nome dos informantes do seu pai. Ele já fez isso algumas vezes. Deixou na mesa do mesmo, e o resto seu pai cuidaria. Ele precisaria de ajuda.

Se eu estou sendo alvo de um assassinato, vou precisar de alguém para investigar. Meu pai pode fazer isso, porém, em casos assim, têm muita chance de um aliado do meu pai estar contra ele. Vou ter que fazer por minha conta. Aquele ninja, Hanzo. Vou ter que ver a extensão da sua habilidade. Ele é tudo que eu tenho.”

Enquanto tentava dormir, sentia a frustração de Hanzo. Quando era mais novo, e começou a sua instrução, ele também era horrível. Os estudos eram massantes, suas habilidades atléticas, horríveis. Ele chorava para todo lado e só causava desgosto. Não dava nem para dizer que era falta de trabalho duro, pois quem olhasse, via que ele se esforçava mais que qualquer um.

Foi ai que ele percebeu o que estava faltando. Hoje, ele era um príncipe competente. Se ele e Hanzo estivessem passando pelo mesmo problema, ele poderia resolver.

Hatori Hanzo. Ele é um garoto interessante. Espero valer a expectativa. Não, espera, do que eu to falando. Ele não é nenhum objeto. Ele é meu amigo.”

Leyaso dormiu, planejando passos para a manhã seguinte. Com certeza seriam tempos difíceis.

-//-

Mesmo muito cansado devido o seu sono reduzido, Hanzo foi treinar. Ele guardou as coisas que pegou antes para levar amanhã. Por hora, ele tentaria treinar. O treino naquele dia era conseguir quicar nas paredes. No dojo, cada discípulo ganhou um uma seringa não identificada, porém, o mestre faria um anúncio para o clã.

“Clã, prestem atenção. Ontem, um homem nos ofereceu uma proposta. Nós deveríamos assassinar o filho daquele que um dia foi nosso maior senhor.”

Todos os ouvintes ficaram assustados. Bem como Hanzo desconfiava, eles não eram a favor daquilo.

“Eu recusei. Entretanto, nós não temos mais a obrigação de protegê-los. Após o fim da era Sengoku, nos tornamos independentes. Por causa disso, os Tokugawas agora são quaisquer. Se alguém quiser aceitar, tudo bem. São livres para pegar essa missão.”

Hanzo prestou atenção as conversas. Muitos dos ninjas se recusarão, porém estavam considerando muito pegar a missão. Seria uma questão de tempo para o boato da recompensa pela cabeça de Leyaso se espalhar.

Estou preocupado com o Leyaso. Isso se tornou um jogo perigoso.”

O mestre dispensou os ninjas, e chamou os discípulos para dentro.

“Bem, a arte de agir e improvisar é mais que fundamental para o ninja. Mas, mais do que bons reflexos e pensamento preciso e rápido, é necessário aprender a controlar suas emoções acima de qualquer coisa. Vocês sentiram medo, fúria, empatia, frio, fome, porém nada disso deve limitá-los. Emoções são inúteis, a menos que sabiam usá-las. Guerreiros sabem controlar o medo. Vocês vão aprender a tonar seus medos, os medos dos seus inimigos.”

Hanzo levantou a mão. “E se não tivemos medo?”

“Boa pergunta. Mas agora me diga, você não tem medo? Não de algo em particular, mas não tem medo da morte, de chegar atrasado, do fracasso. Podemos não ter traumas, mas todos temos medo, ou sentimos medo. Porém não é medo que usaremos, não hoje.”

O mestre bateu palmas e parede traseira do dojo abriu. Nela, ele mostrou um percurso estranho. As copas das árvores, que não eram baixas, estavam forradas com espuma urticante. Ela machucava os pés como urtiga, se ficasse com elas muito tempo.

“Vocês já aprenderam a fazer uma série de saltos acrobáticos, de várias direções, agora estar na hora de elevar isso ao extremo. Esse percurso é três vezes maior que o anterior, 3 vezes mais difícil, e o tempo de resposta de vocês deve ser quase que triplicado, caso contrário, os pés de vocês vão queimar. O único jeito de conseguir isso, é através dessas seringas.”

“Elas são um doping?” Um dos discípulos perguntou?

“De certa forma. Essas seringas têm adrenalina. Nosso corpo produz muita adrenalina em combate, ou no pânico. Essas seringas têm adrenalina o suficiente para simular terror absoluto, ou uma fúria tão intensa e destrutiva, que vão se sentir monstros. É bem mais que o corpo consegue produzir. Porém, só com ela, serão capazes de realizar o percurso.”

Hanzo entendeu o sentido do treinamento. Eles teriam que controlar toda a adrenalina para prosseguir o percurso. Porem se lembrou das aulas de química. Ficou muito assustado.

“Mestre, tanta adrenalina não pode fazer nosso coração parar?”

“Isso é algo que também vão ter que controlar.”

-//-

Leyaso foi chamado para falar com seu pai. Ele parecia sério. Ele sabia o que era, entretanto.

“Filho, sua vida corre perigo.”

“Como assim?”

“Eu recebi essa carta, dizendo que tentaram contratar ninjas para matá-lo. Eu confirmei isso com a minha inteligência. No submundo, alguém colocou sua cabeça a prêmio.”

“mas por quê?”

“Para me atingir talvez. Muitos xoguns não estão interessados em unificar o japão.”

“Então porque não matar o senhor?”

“Porque eles querem me atingir, e depois, me controlar. Pelo menos, é isso o que eu penso. Escute, eu não queria te tratar como menina, mais… vou ter que colocar guardas como guarda-costas. Além disso, você terá que andar com acompanhantes.”

“Eu concordo com os guardas, mas acompanhantes são ridículos. Eu não vou para qualquer lugar com um monte de filhos de nobres só para fingir que estou seguro.”

“Não têm escolha. Colocando as pessoas certas como meus protegidos, os nobres terão que pensar duas vezes antes de agir. Filho, preciso que escolha os acompanhantes…”

“Eu conheço os filhos dos nobres pai. São todos velhos. Seria horrível. É mais fácil eles conspirarem contra mim, do que servir de ajuda politica.”

“farei o que puder. Pode ir, e cuidado. Eu vou reforçar a segurança.”

“Sobre isso, ela estar bem debilitada, principalmente se considerar ninjas.”

“Vou reforçá-la. Agora vá meu filho.”

Leyaso reverenciou seu pai e saiu dos seus aposentos. Felizmente seu pai tinha m boa ideia de quem poderia conspirar contra ele.

“Aqueles homens do velho continente, sem dúvidas são persistentes. Terei de negocia. Por hora, Leyaso vai ficar bem.”

Leyaso foi para o pátio, treinar. Tirou a parte de cima do Kimono, deixando seu peito exposto, e pegou uma espada de madeira. Ele começou a golpear o ar. Seus movimentos eram rápidos, pois Leyaso estava treinado Lai do, a arte de sacar a espada.

Acho que em breve, posso tentar com mais espadas. Como se eu ligasse na verdade. Sou só um menino de 9 anos, alvo de uma trama de poder. Eu respeito a minha posição, mas… mesmo sendo xogun, sei que minha vida podia ser mais pacata.”

Triste, decidiu extrapolar. Ele pediu para um criado preparar um equipamento de treino, que não estava pronto para usar. Era como um poste, com várias hastes de madeira, que giravam muito rápido, a medida que as golpeava.

Bem, já que é assim… estar na hora.”

-//-


 

Como já era esperado, Hanzo falhou. Seus pés estavam feridos pelas almofadas, porém ele como um todo estava pior. Ele estava com convulsão, sendo aparado pelo Gal, e algum discípulo que o estava ajudando.

“O que aconteceu?”

“Ele falhou. Ele até estava indo muito bem na verdade, mas perdeu o controle. Quando a dor atacou os pés, ele não aguentou a adrenalina e ficou assim.”

Eles fizeram algumas perfurações para Hanzo sangrar um pouco, e tentar tirar a adrenalina do sangue. Funcionou. Ele tinha parado.

“Pobre menino. Essa crise é o que geralmente acontece quando se falha. Ninguém conseguiria fazer aquilo de primeira, porém ele tinha ido bem. Isso só vai afetar a motivação dele.”

“Não entendo. Ele não parece ter talento, mas eu também vejo o esforço dele. Será, será que é algum tipo de maldição, vinda do seu sangue amaldiçoado?”

Gal deu um tapa no outro aprendiz.

“Fale baixo. Ele vai ficar ainda mais triste se ouvir isso. Ele é muito complexado sobre esse detalhe.”

No geral, todos achavam que Hanzo pudesse ser amaldiçoado, devido seu sangue de hakeso. Ouvir isso o deixava muito, muito deprimido.

Mais tarde, quando acordou, era noite. Devia ser madrugada. Hanzo se lembrou do que aconteceu no treino. Como Gal havia previsto, ele ficou altamente desmotivado. Ele pensou em todas as falhas até aquele momento. Ele sentiu lágrimas escorrendo. Se lembrou da Kunai escondida.

Ele a colocou no peito, e se preparou.

Se for para ser assim, eu aceito. Mãe, eu… eu tentei. Juro que tentei, mas falhei. Eu, eu vou cometer harakiri, e pelo menos, morrer com alguma honra.”

Antes de fazer, as imagens das pessoas que conheceu lhe vieram a mente. Delas, as únicas que lhe trataram com algum carinho foi sua mãe, que faleceu e Gal. os demais o tratou com indiferença completa, apenas como um conhecido ou o tratou muito mal. Odiado pelos crimes do seu avô.

Antes de cravar a kunai no coração, uma última visão lhe veio a mente. Leyaso. Viu ele exitando em matá-lo. Perto do fim. Se lembrou dele o servindo. Perto do fim, se lembrou do que ele falou. Que ia ajudá-lo a conseguir em um dia, o que talvez não tivesse conseguido a vida toda.

Isso fez Hanzo lagar a kunai, assustado. Ele estava ofegando. A irritação dos seus pés já estava normal, e ele já se sentia melhor do coração. Ele saiu correndo do alojamento, para beber água. Gal o viu correndo.

“Hanzo, você tá bem?”

“Me sinto nervoso. Ainda deve ser adrenalina. O que aconteceu?”

“Em algum momento, você deve ter perdido um pouco a concentração, e deu no que deu. Eu ouvir que você estava indo muito bem.”

“Não importa eu acho. Gal, eu… eu não me sinto bem da adrenalina. Eu vou tirar essa noite, e talvez o dia todo amanhã para descansar. Pode ser?”

“Claro, mas o mestre não vai gostar.”

“Eu não ligo. vou para vila. Durmo por lá mesmo.”

“Aonde?”

Eu me viro.

-//-

Depois de dormir na rua, e manhã seguinte chegar, Hanzo foi até o palácio. Ele fez como Leyaso instruiu. Realmente, havia um pedaço de tecido azul na parede traseira, junto com um aviso que a segurança havia sido reforçada.

Realmente, a segurança estava muito melhor, porém deu para passar. Eles pareciam ajusta segurança, fazendo experimentos com as visões, patrulhas, coisas do gênero. Hanzo chegou no quarto de Leyaso, e entrou lá muito rápido.

Leyaso não estava lá, então viu que teria que esperar. Tudo bem. Ele olhou para o quarto do príncipe. Com exceção de alguns enfeites, e da espada no cerimonial, era um quarto muito comum. Era difícil acreditar que Leyaso era um príncipe, já que andava sem muitos mimos aparentes.

Tá certo que a era Sengoku acabou há pouco tempo, mas desde isso, é difícil encontrar principes ou princesas que não sejam no mínimo, mimados. São tempos de paz, felizmente.”

Hanzo viu o futon de Leyaso. Se perguntava se ele havia o arrumado sozinho, ou algum criado tinha feito aquilo. Era bem confortável e fofinho, bem diferente de onde ele e os demais ninjas dormiam. Para testar, decidiu se deitar nele.

Hanzo tinha dormido em um telhado meio desconfortável durante a noite, então ainda estava com sono. Aquele futon tinha um cheirinho de chá tão relaxante, que acabou cochilando um pouco.

Quando acordou, foi por Leyaso, que estava remexendo. Hanzo ficou envergonhado, e teria levantado de repente, se Leyaso não tivesse parado.

“Não faça muito barulho. Você não estar aqui, esqueceu?”

“T, tudo bem. Desculpa por isso, é que eu estava com sono, e seu futon tinha um cheiro tão bom. Era chá.”

Quando olhou melhor, o cheiro de chá era chá mesmo. Leyaso tinha trazido.

“Eu tinha acabado de entrar quando se deitou. Você devia estar tão cansado que nem notou.”

“Por quanto tempo eu cochilei?”

“Só uns 5 minutos.”

“Por que ficou olhando?”

“Porque achei fofinho.”

Hanzo ficou bem vermelho. Não é algo muito próprio para um garoto dizer isso. Leyaso ficou rindo com a vergonha do amigo.

“Qual o seu problema? As vezes você age igual criança, outras vezes, como homem.”

“Digamos que pessoas como eu logo aprendem a ser duas caras? E você?”

“Bem… ninjas geralmente aprendem a não terem cara. Eles aprendem a não serem ninguém. Ninjas não existem, são sombras, não, mais que sombras, somos nada.”

“Que negativo.”

“Não, tudo bem. Quando escolhemos esse caminho, sabemos que esse é o destino. É o nosso juramento.”

“Juramento?”

“Escondidos nas sombras, sem o direito de existir. É meu dever, minha honra como Shinobi. Eu recitei isso junto da minha mãe, antes dela morrer. Mas ela morreu bem antes deu começar o meu treinamento.”

“Sinto muito.”

“Tudo bem. Já faz alguns anos. Bem, Leyaso, estou aqui. Como vai me ajudar?”

“O chá que eu trouxe não é para lanchar. É para relaxar.”

“Como?”

“Quero relaxar você. Antes, eu passava noites em claro, estudando. Eu fiquei todo roxo de apanhar na espada, e por consequência, do meu pai. Eu chorava demais, e ainda choro as vezes, quando descobrir do meu casamento. Um dia, porém, eu tive a chance de brincar um pouco com os umas crianças do vilarejo.”

“E?”

“Fiquei relaxado e conseguir avançar. O segredo não é exatamente relaxar, pois sem esforço, não se vai a lugar algum, porém eu estava seguindo um ritmo que me forçavam. Mas dai eu tive uma chance de descobrir meu próprio ritmo. Quando entendi que eu estava carregado com uma carga de esforço que não me era compatível, eu conseguir canalizá-lo para onde era útil. Nisso comecei a aprender. As lições chatas ficaram simples, apesar de continuarem chatas. Minha habilidade na espada, melhorou. Hoje mesmo destruir uma máquina de treino. Bem, isso claro nos estudos. Têm muita coisa que me chateia.”

“Nossa. Bem, agora que você falou, nunca tive tempo para questionar meu treino. Relaxar… eu posso fazer isso.”

“Sério mesmo?”

“Claro. Der-me um gole desse chá.”

O chá era bem doce. Funcionava como um laxante muscular. Hanzo se endireitou no chão, e se pôs a meditar. Enquanto meditava, ele começou a fazer coisas estranhas com os dedos. Estava os colocando em um monte de posições aleatórias.

“Hanzo, o que é isso.”

Hanzo não respondeu. Ele parecia concentrado. Leyaso acho que ele devia meditar. O deixou assim.

-//-

Quando terminou, Hanzo se sentia estranho. Muito estranho. Ele se sentia, revigorado, mas no sentido de seu corpo ter esquecido o que aprendeu.

Leyaso havia sumido de novo, porém dessa vez, ele o viu chegando. Ele trazia consigo lanches igual da outra vez. Os olhos de Hanzo abriram, e ele sentiu água na boca.

“É tarde. O sol já se põem. Achei que ia querer lanchar antes de ir.”

“É claro.”

Os dois começaram a comer. Hanzo estava um tanto desesperado por comida, mas Leyaso não o repreendia. Ele sabia que não era alguém muito instruído. Na verdade, achava toda aquela falta de instrução algo fofo. Aquilo era bem estranho.

“E então? O que foi aquilo?”

“Bem… foi uma técnica que minha mãe me ensinou quando eu era pequeno, para meditar. Eu nunca pude fazer por causa… nada não.”

“Fale.”

“Já ouviu falar na história do culto a Orochi, e dos rakeshus?”

Hanzo explicou sua história para Leyaso, que ouviu e ponderou. Falou sobre seu avô, sobre como sua mãe o matou, e de como ela foi morta. Falou que os demais ninjas o achavam amaldiçoado.

“Nossa. Meu pai executou alguns desses rakeshus antes, mas entre 4 paredes, não em publico, justamente para evitar retaliações a família. Não adiantou, eu acho. Inclusive, os familiares também se tornaram rakeshus. Sabe, as maldições funcionam, no momento que sabemos que estamos amaldiçoados.”

“Sempre me esforcei para fazer o que é certo. Tokugawa… acha que eu tenho chance? Eu, eu quase cometi harakiri ontem de noite…”

“Têm chance sim. Olha só para você. É forte, ágil, aposto que consegue correr alguns quilômetros sem se cansar.”

“Uma maratona, em 6 horas.”

“Viu. Talvez, agora que saiba que encontrou seu ritmo, consiga render. Hanzo, você… você gosta de mim?”

Hanzo se engasgou.

“Como?”

“Tenho um favor para te pedir, mas é algo meio… grande. Você, você poderia ser meu acompanhante?”

“Como assim?”

Leyaso explicou sua situação em relação conspiração da sua morte. Queria que Hanzo e não outro filho de nobre qualquer fosse seu acompanhante. Infelizmente, Hanzo teria de recusar.

“Não posso fazer isso. Isso quebra os meus votos. As pessoas até podem saber quem eu sou, mas não posso andar ao lado de ninguém. Oficialmente, eu nem existo.”

“Tudo bem. As coisas estão meio chatas para mim, nada comparado a você. Basicamente, estou para morrer, fui prometido a uma garota pentelha, e meu pai não acha que chego aos pés dele. Não, não importa.”

“Escuta… se você quiser… eu posso… é perigoso, mas…”

“o que?”

“Eu posso ter duas identidades. Posso ser um ninja, mas ter outra coisa como disfarce.”

“Tipo o que?”

“Não sei. Mas é o único jeito de ficar próximo de você. Além disso, eu posso sondar o submundo para você.”

“Bem, era isso que eu queria. Pode mesmo fazer isso? Por mim?”

“Claro. É meu dever como seu ninja, certo?”

“Meu ninja?”

“Bem, eu meio que devo minha vida a você, então eu tenho de retribuir. Eu escolho servidão.” Hanzo se ajoelhou em frente a Leyaso. “E então?”

Leyaso ficou quieto, parecia pensativo. Então tomou sua escolha. Ele foi até o hake do seu quarto, pegou a espada de cerimonias, e a separou do cabo.

“Mas o que?”

“Eu aceito seus votos. E como prova disso, quero te dar essa lâmina. Um instante…”

Leyaso pegou um pedaço grande de tecido e enrolou a lâmina nela. Ele entregou o embrulho para Hanzo, que o aceitou humildemente.

“Agora estamos ligados. Hanzo, sua primeira missão não oficial, já que ainda não é ninja. Descubra como ficar próximo de mim.”

“Tokugawa, dar essa lâmina não é exagero?”

“Claro que não. Essa lâmina foi uma herança de minha mãe. Nas inscrições, ela dizia que devia pertencer a quem em mais confiava. Bem, é sua.”

“Ahmm, obrigado. Eu devo ir. Preciso ver uma coisa na vila. Nos veremos de novo, dessa vez, eu vou te surpreender.”

“Agradeço. Bem, até…”

Antes de ir embora, Hanzo de um selinho na testa de Tokugawa, que reagiu. Hanzo fez uma referência, e saiu correndo.

Bem, a sorte estar lançada.”

-//

Não acredito que topei fazer isso, porém… se eu não fizer… sinto que eu vou perder muita coisa. Devo a minha vida ao principie… vou ajudá-lo.”


Notas Finais


Espero não demorar tanto assim para escrever mais. até mais ver.


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