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História Uma arma chamada amor - Soco no estômago


Escrita por: Milamgs

Capítulo 20 - Soco no estômago


Fanfic / Fanfiction Uma arma chamada amor - Soco no estômago

Saltitante, não deixo a mostra minha figura de glock na cintura. Solto o tecido elástico preto finalizando a vestimenta, recolho uma toalha para completar e uma sandália. 

Deixo o quarto devagar, pé ante pé conhecendo novamente toda a extensão do segundo andar, atrás de mim Kate para. 

-Vou voltar pra casa. Groove já tem o relatório desse caso. 

Meu coração parou por um instante, eu até gosto de ter Katie aqui. Suando; olho para o lado direito e a vejo de biquíni encarando o jardim central. 

-O que mandou pra ele? -Pergunto engolindo seco.

Ela abaixa o rosto, na suas mãos um celular apita a cada toque, nada relutante me entrega o mesmo; nele, havia a página de um e-mail. Não tão longo mas dizia muito.

"excelentíssimo Sr. Edward Groove, 

Aviso-lhe acabei o caso Angelique Green, muito pelo contrário do que o senhor pensa: ela é leal como um cisne e selvagem como um leão. 

Espero o depósito até o final do mês. 

Katie Claire" 

Gelo. Sinto minhas entranhas apertarem de orgulho. Por um momento consigo pensar "Groove criou monstros" monstros de um jeito bom. 

Encaro ela que espera minha reação tranquila. Em vez de entregar seu celular avanço para abraçá-la; sua reação não é imediata depois de entender o que está acontecendo ela retribui. 

Fecho os olhos apreciando o momento, principalmente porque não sabia que ela achava isso de mim, é uma revelação de primeira. 

-Chega chega. -Diz ela me afastando. 

Sorrindo que nem besta, solto-a. Passos na escada me fazem virar e é Eva, ela parece ter visto a cena. 

-Ei. -Deixo Kate ali parada e troto para chegar na mulher que sempre vou correr atrás- As meninas lhe avisaram? 

-Nada como uma nadada, certo? -Diz e sorri pra mim. 

Novamente tudo se ilumina, a tentação de beija-lá é quase irresistível. 

-Então vamos. -Concordo dando ênfase. 

Passamos por todo tipo de meninas, algumas estudando. Outras conversando... parecemos até invisíveis, coisa que só senti em raros momentos. Quanto mais eu queria ser discreta arranjava confusão. 

Na escola, no ensino médio... 

eu lutava desde jovem, lutei apenas box e dei uma surra num menino que ficava me zoando por ser adotada. Resultou numa terapia, me fez tão bem que nem eu sei o quanto.

-Cuidado. -Trazendo meus pensamentos para a realidade encaro o chão que tem uma imensa pedra que não percebi. 

-Eu... 

-Viajou. -Complementa Eva segurando minha mão para evitar uma queda. 

Sem nem me dar o trabalho de soltar nossas mãos, continuamos. Sozinha, Annie da longas braçadas até cada ponta das bordas. 

Ela solta minha mão me desestabilizando; abaixo o olhar como forma de repreender. 

-Relaxa, só aqui. -Pede carinhosamente. 

Jogo minha toalha no banquinho de Eva, exercitando braços e pernas dou um super pulo.

Em baixo da camada de Água, minha respiração cessa, meu corpo está tão móbil que nem preciso de esforços para relaxar. 

Não visto antes; Eva flutua no mesmo lugar que eu, volta para a superfície com uma respirada profunda.

-Corrida como sempre Miss D.? -Pergunta entusiasmada. 

Eva sorri, para exatamente do meu lado, a água turva nos deixava invisível assim que Annie deu alguma falta ela aperta meu bumbum discretamente, viro o rosto para alcançar a vista do seu e está com um sorriso estonteante na cara. 

-Eu vou ganhar! -Diz, Eva, gabando-se. 

-Vamos ver. -Diz Annie se arrastando para fora da piscina. 

Me pego rindo da situação, sempre achei que Annie era daquelas bailarinas gostosas... Eu nunca fui bem em dança, desisti na 4º série quando a professora me colocou num musical como a árvore. 

-VALENDO! -Grito anunciando as quedas na água. 

Vindo de longe, Figuras femininas contrastando com o sol do fundo, Rose e Lizz se sentam na beira, onde as meninas acabam de voltar. Eva está ganhando de lavada, seu rosto está vitorioso demais. 

Encostada na borda, voou para cima de Eva e a abraço. Quando Annie emergiu ela quase me matou, se não fosse por mais cedo ela poderia ter me afogado. 

-Acho que temos um vencedor. -Anuncio para Annie soltando Eva.

Ela da uma tapa na água resmungando. 

-Angie? -Lizz levanta o braço e balança me chamando. 

''Angelique'' Eva desliza meu nome pela sua língua bem baixo e devagar. Arrepio e dou uma olhada rápida para a mesma, em seguida; estico-me para sair e sentar ao lado das meninas. 

-Aqui estou. 

-Como se defendeu da menina da ala amarela? -Rose, a mais curiosa, pergunta.

Paro para pensar no que dizer e Lizz segura minha mão.

-Pode nos contar. -Encara meus olhos e eu acabo rindo.

-Gente, eu não sou a mulher maravilha não. Apenas sabia me defender. -Digo simplesmente, 

-Ok. -Da os ombros mas não se da por vencida. 

Eu não tinha percebido antes, olhe pelos olhos no segredo... 

eu vi aquele vidro sim, só em uma casa... Na casa de Vicente Groove; So ele tinha, só ele conseguia ter com o dinheiro que meu chefe lhe dava. 

O segredo é mais fácil que pensei... foi uma dica. Eva sabia que mais cedo o mais tarde achariam o bilhete e a foto... tudo faz sentido agora... 

o assassino está na foto.

Preciso da foto! 

Correndo no  horizonte e com um olhar meio desesperado, Kate chama atenção de todos na área da piscina, ela quase  não consegue dar o freio no passo e olha pra mim. 

-Tem gente aí e estão procurando por você. -Ela engole seco e eu sinto o desespero brotando como uma rosa no meio de um jardim. Aquela principal que parece te olhar de vermelho em qualquer direção e distância que esteja.

Recolho minha sandália numa mão, coloco a toalha na outra e saio assim mesmo em direção ao interior do lugar; Nas minhas costas consigo ver os olhares de dúvida, as explicações precisando ser faladas... Mas nem eu sei. 

Kate corre pra conseguir me acompanhar e isso só acontece quando estou chegando no jardim do complexo.

-CALMA, NÃO, EI , CALMA. -Ela grita me chamando mas minha cabeça só gira em saber quem está aí.

Vai ver que é... Eu não sei, sinceramente. 

Olho de um lado para o outroe acabo à 1 metro de alguém bem conhecido; Ed Groove. 

O homem negro, alto com um sobretudo preto de interior roxo... Atrás do seu ombro a luz forte realça a beleza de Paul, e no outro ombro... Dois políciais armados de submetralhadora. 

-O que está acontecendo aqui? -Pergunto sem reação. Eles me observam sérios. 

Groove olha para Paul como se ele me devesse uma explicação, mudo meu foco e observo sua inquietude.

-Olha, Angelique, -Passa os dedos longos pela testa tentando encontrar as palavras certas.- Esse lugar não é pra você, tá legal? -Coça a garganta pelo nervosismo- Senti você muito envolta por essas meninas e pela bonitona lá... -Muda de tom e se vira para Groove- Como é o nome mesmo? 

-Eva Devine. -Diz sério sem nenhuma expressão mais uma vez. 

-Eva Devine, isso mesmo... -Continua Paul- Não quero que isso lhe deixe confundindo as coisas, encontrando enigmas... -Ele sôa como se eu fosse ridícula. 

Meus olhos marejam na hora. Meus pés pareciam sair do chão e ao mesmo tempo mais pesado que chumbo. Sinto a energia de meninas atrás de mim, não preciso virar. 

-O caso não está mais com você. -Paul constata- Melhor pra você.

Deixo de enxergar qualquer um, foi a gota d'água, literalmente a maresia em forma de lágrima escorre pela minha bochecha. Abaixo a cabeça e consigo escutar as meninas; ''Caso?'' ''Que caso?'' ''Ela traiu alguém?'' 

-Angie do que ele está falando? -Rose atras de mim se anuncia duvidosa. 

Todas sentiram que tem algo errado. 

Paul havia me traído de uma maneira covarde, suja; se dizia meu amigo enquanto me apunhalava pelas costas.

Nunca senti tanta dor na vida. 

Eu estava fora do caso. 

Fora da vida dessas meninas. 

Engulo seco tentando não desmoronar ali mesmo, aquela situação chamou a atenção de todo mundo que estava perto, não só as meninas da ala vermelha. 

-Eu não entrei nisso, você me colocou. Tenho competência o suficiente para lidar com situações desse tipo. Não fiz tudo que fiz à toa todos esses anos ao seu dispor, Groove. 

"Todos esses anos?" "Mas do que ela está dizendo?" "Quem é esse?" 

-Angie, eu não vou esperar mais, alguém fez aquilo e eu... 

-E você vai passar por cima de tudo pela sua ideia egoísta de culpar alguém? Sempre trabalhei pensando no culpado e nunca nas pessoas que se envolveram até que indiretamente com isso. 

ELAS SOFREM. 

-Angie, volte a ser você. -Paul volta na minha direção passando na frente de Groove.- Pessoas precisam pagar pelo que fazem. -Diz como se eu não soubesse disso. 

-Mas nenhuma delas... -Aponto para todas amontoadas atras de mim.- fez isso. 

-Ela está ficando cansada, devo ter colocado algo muito pesado nas suas costas Angelique. -Groove não me escuta e faz movimento para que os seus homens possam agir. 

-Se arrume, Vai voltar a Kiev... -Ele vira as costas mas desiste- Em recesso. 

Pronto. Foi uma facada certeira. Olho para trás e sinto meu rosto pegar fogo. Meu penhasco tem nome. Tem um mar violento depois dele. Eva Devine. 

Suas lágrimas escorrem enquanto Os homens de Groove levam as meninas para seus quartos; revira-los até achar algo. 

Se acharem a foto... 

solto a toalha e a sandália e subo atras dos oficiais. Adentro o meu quarto e tranco a porta. 

Estão tentando me deixar louca... vou agir como uma. 

Arranco um pedaço dos meus relatórios e avanço em qualquer coisa que escreve. 

Meu número real de Kiev é colocado lá, em baixo, meu nome finaliza o bilhete. 

As batidas na minha porta indicam que querem me ver. Com certeza Paul.

-Me deixe tomar banho em paz. -Grito incomoda para fora e o barulho dele se cessa. 

Mesmo com o calor do momento não me dou ao luxo de desmanchar. 

Troco de roupa apenas. Calça preta, tênis de sempre e uma blusa que cubra a arma. 

A karambit também se aloja no meu cóccix, não querendo usar nenhuma das duas armas... acho necessário. 

Antes que me desse conta o cabelo secou, irritada e sentindo o respeito escorregar das minhas mãos abro a porta. 

Todas as alas assistem a invasão de seus lugares, até quem não tem medo de nada se assustou. 

Correndo contra o tempo vou para o quarto de Eva, lá sua cara de assustada dizia tudo, ela estava mais preocupada com as meninas, deve me odiar agora. Seus olhos sem esperança nem identificam com nitidão o que acabou de acontecer. 

-Olhe, guarde isso. 

-Você... você mentiu pra mim. 

-Constata em transe. 

Seguro seus dedos e empurro o papel contra os mesmo. 

-Eva, para o bem de vocês. Que é o que eu quero. Por favor. 

Ela assente com a cabeça e aperta o pequeno pedaço de vida entre nos. 

Sinto uma mão na minha cabeça, mas não era uma mão. 

Era uma glock como a minha, só que de Paul. 

Filho da puta. 

-Angelique, isso é uma ordem judicial. 

Ele queria me deixar longe, seu horror em me ver por perto me agonia mas entendo... ele quer ser o preferido. Ganhar o dinheiro que eu ganharia nesse caso. 

Levanto às mãos e ele me guia para fora, lá consigo ver Groove só observando... um dos homens está no quarto de Lizz, ela chora descontroladamente no braço de Rose que também está assustada. Annie em pânico, grita com um dos policiais que invadiram seu quarto. 

Só em vê-las assim me faz ter ódio, um sentimento inexplicável. 

Discretamente dirijo minha mão para a karambit, com ajuda do Krav Maga dou um soco de punho na mão de Paul que derruba a arma, levanto minha faca dando um golpe no meu braço... 

Sangue corre enquanto ele pede ajuda, assim que vou desferir outro golpe dois pares de braços me param. 

-Era pra ser fácil. -Reclama Groove.-Tire ela daqui. -Ordena.

E foi a última olhada que dei nas meninas antes de descer carregada por grandalhões.


Notas Finais


Afiem seus dedos! Estou sentindo falta, estamos QUASE na reta final, me estimulem!
BEIJOS


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