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História Uma Canção de Amor - Meias não comem sanduíches


Escrita por: Topanga

Notas do Autor


Eu tava relendo os capítulos antigos e todas as minhas notas começam com um insuportável pedido de desculpas pela demora e com um agradecimento pelos comentários. Por mais chato que isso seja eu vou ter que seguir o roteiro dnv hahaha. Sinceramente eu tinha me esquecido dessa fic por um tempo, mas ai quando eu entrei aqui seus comentários me reanimaram a continuar. Então obgda, e desculpa, por esses dois anos sem postar kkkkj

Capítulo 15 - Meias não comem sanduíches


Tori não fazia ideia de como armar uma emboscada, ela devia ter pensado melhor antes de sugerir que tinha um plano. Isso seria mais uma dor de cabeça para a morena. A última semana havia se tornado um verdadeiro buraco negro: peças, bailes, campeonato de bandas, concursos de músicas, uma possível ameaça de morte, um psicopata que gosta de dar trote nas pessoas e uma confissão para a garota de quem gostava... Ela certamente tinha o talento pra se meter em confusão. Tudo em sua vida estava em um movimento contrário ao que deveria ser. De alguma maneira todas essas coisas, que deveriam ser boas, conseguiram se transformar em problemas. A pior parte? Se sentia sozinha. Não via como escapar deles sem ajuda, mas também não sabia como pedir socorro. As vezes seria tão mais fácil jogar tudo pro ar e gritar, sobre tudo o que a afligia. Mas isso não resolveria nada. Cercada e sem opções, por pelo menos uma hora ela tentaria esquecer de tudo aquilo. Já estava há 40 minutos esperando Cat terminar sua maquiagem para um projeto da classe, e isso a deu um tempo para respirar finalmente. Pelo menos por aquele tempo tudo que importava eram suas histórias malucas sobre o irmão que acabou de sair da cadeia.

– Essa maquiagem tá incrível! – Robbie disse repentinamente, surpreendendo as duas. Assim como Tori, ele também era cobaia nessa aula

– Obrigada – Cat respondeu se animando – Estou treinando pra minha avaliação. Eu queria maquiar um cavalo mas a professora me disse que seria melhor praticar em humanos... – Tori e Robbie se entreolharam confusos

– Eu tenho certeza que você arrasaria também – Dessa vez foi Rex quem disse, sendo interrompido por seu colega de classe alegando que sua maquiagem não estava pronta. Aquilo acabou sendo oportuno pra Cat, que corava levemente.

– Vejo vocês daqui a pouco – E voltou pra seu posto. Tori não pôde deixar de notar as reações da amiga

– Nossa, ele tem sido muito legal com você

– O QUE ISSO SIGNIFICA? VOCÊ NÃO GOSTOU DA MINHA MAQUIAGEM? – Imediatamente a ruiva entrou na defensiva

– Não é nada disso, está ótima, só acho fofo o modo como vocês se dão bem – Tori disse notando o sorriso de lado que a amiga lançou – Vocês deveriam ir juntos ao Cow Wow – Cat esbugalhou os olhos

– Eu não acho dançar com um boneco seja realmente possível... – E fez uma cara pensativa para a amiga, como se estivesse gastando todos os seus neurônios

– Não, eu estou falando do Robbie – Tori respondeu gargalhando

– Eu não acho que ele vai querer ir comigo... Além do mais eu vou estar muito ocupada cuidando da minha fantasia de brócolis e com toda a apresentação... – A morena notou como a amiga tentava se desvencilhar do assunto citando qualquer desculpa que vinha em sua mente

– Eu tenho certeza que ele vai entender, não custa tentar – Após falar isso ela recebeu um olhar atento da ruiva, como se o que havia dito a fez reconsiderar todos os outros fatores – E isso não precisa significar nada, vocês podem ser dois amigos se divertindo, como André e Jade enquanto eles tocam

– Toda essa ideia de tentar salvar a peça da Jade foi muito legal, apesar do que você está fazendo com ela... – Tori franziu as sobrancelhas  

– O que isso significa?

– ESSA FRASE É MINHA – A ruiva retrucou instantaneamente, deixando Tori ainda mais confusa

– CAT! – A morena quase gritou fazendo com que a amiga encolhesse um pouco. Ao perceber a reação assustada de Cat ela recuou – O que você quer dizer? Como assim o que eu estou fazendo com ela?

– Ah você sabe, é como aquela vez que meu irmão dividiu o sanduiche dele com uma meia, mas o sr. serpente não gostou muito da ideia e aí...

– Cat... – A morena falou entredentes, quase perdendo a paciência com a enrolação da amiga – Eu não estou perguntando sobre o seu irmão...

– Desculpe – E finalmente conseguiu se focar na realidade – É porque você sai por ai falando que quer ajudar a Jade mas na verdade só parece uma desculpa pra sair com o namorado dela enquanto ela tá ocupada

– O QUE?! – Tori se levantou da cadeira chamando a atenção dos colegas ao redor – CAT, COMO VOCÊ PÔDE PENSAR NUMA COISA DESSAS?

– mas é só o que estão falando... – A ruiva murmurou num tom baixo, quase como se temesse a reação da amiga

– O que? Quem te disse isso?

– todo mundo... – Manteve o tom baixo pra evitar causar maiores irritações. Tori estava incrédula. Queria explodir, mas sua primeira reação foi apenas se sentar novamente. Completamente calada. Tudo que havia feito foi para o bem de Jade, e, de alguma maneira, as pessoas haviam conseguido distorcer isso. Transformaram todas as suas ações em um plano maligno feito por uma vilã de comédia romântica dos anos 90. Não queria ver a reação da gótica ao escutar esses boatos, mas, pela primeira vez, seus pensamentos não se continham apenas a ela. Estava preocupada com o que Beck iria pensar, com o que André, Robbie e até mesmo Trina iriam pensar. Achava que essa aula finalmente lhe daria uma oportunidade de respirar, mas foi mais uma vez sugada por um buraco negro. Estava cansada de lutar contra tantas coisas, tantas pessoas, tantos pensamentos. Dessa vez iria encará-los ao invés de apenas se sentir mal consigo mesmo. Não há nada que uma conversa não resolva, certo? Tentava se manter otimista mas sentia que o estrago já estava feito.

– Não se preocupe – Escutou uma doce voz ao fundo, a puxando de seus pensamentos – O sr serpente a perdoou no final, acontece que meias não comem sanduíches bobinha – E começou a rir, tirando um meio sorriso da morena. Sua aura era tão leve, tão pura... Era impossível não se deixar levar. Então por um momento fechou os olhos, tentando esquecer todo aquele drama, e focando apenas no sorriso da amiga. Suspirou enquanto via os últimos minutos da aula passarem. Sabia que assim que o sinal tocasse toda essa falsa sensação de paz seria sugada pelo seu buraco negro, que agora tinha mais um problema em seu interior.

 


Notas Finais


Escrevi esse cap bem rápido e sem revisar, então desculpem os erros


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