1. Spirit Fanfics >
  2. Uma Chance de Recomeçar >
  3. O mestre das poções

História Uma Chance de Recomeçar - O mestre das poções


Escrita por: LeticiaPotter79

Capítulo 13 - O mestre das poções


Ali, olha.

- Onde?

- Ao lado do garoto alto de cabelos vermelhos.

- De óculos?

- Você viu a cara dele?

- Você viu a cicatriz?

Os murmúrios acompanharam Harry desde a hora em que ele saiu do dormitório no dia seguinte. A garotada que fazia fila do lado de fora das salas de aula ficava nas pontas dos pés para dar uma espiada, ou ia e vinha nos corredores para vê-lo duas vezes.

- Cadê a privacidade?- Gina perguntou irritada

Harry desejou que não fizessem isso, porque estava tentando se concentrar para encontrar o caminho para suas aulas.

Havia cento e quarenta e duas escadas em Hogwarts largas e imponentes, estreitas e precárias, umas que levavam a um lugar diferente às sextas-feiras, outras com um degrau no meio que desaparecia e a pessoa tinha que se lembrar de saltar por cima.

Além disso, havia portas que não abriam a não ser que a pessoa pedisse, por favor, ou fizesse cócegas nelas no lugar certo e portas que não eram bem portas, mas paredes sólidas que fingiam ser portas. Era também muito difícil lembrar onde ficavam as coisas, porque tudo parecia mudar frequentemente de lugar. As pessoas nos retratos saíam para se visitar e Harry tinha certeza de que os brasões andavam.

- Eles andam - Remo disse sorrindo

Os fantasmas também não ajudavam nada. Era sempre um choque horrível quando um deles atravessava de repente uma porta que a pessoa estava querendo abrir. Nick Quase Sem Cabeça ficava sempre feliz de apontar a direção certa para os alunos de Grifinória, mas Pirraça, o Poltergeist representava duas portas fechadas e uma escada falsa se a pessoa o encontrasse quando estava atrasada para uma aula. Ele despejava cestas de papéis na cabeça das pessoas, puxava os tapetes de baixo de seus pés, acertava-as com pedacinhos de giz ou vinha sorrateiro por trás, invisível, e agarrava-as pelo nariz e guinchava: "PEGUEI-A PELA BICANA!" Pior que o Poltergeist, se é que era possível, era o zelador, ArgoFilch. Harry e Rony conseguiram conquistar sua má vontade logo na primeira manhã, Filch encontrou-os tentando forçar caminho por uma porta que, por azar, era a entrada para o corredor proibido no terceiro andar. Ele não quis acreditar que estavam perdidos, pois tinha certeza de que estavam tentando arrombá-la de propósito e ameaçava trancá-los nas masmorras, quando foram salvos pelo Professor Quirrell, que ia passando.

Filch tinha uma gata chamada Madame Nor-r-r-a, como quem ronrona, um bicho magro, cor de poeira, com olhos saltados como lâmpadas, iguais aos de Filch. Ela patrulhava os corredores sozinha, se alguém desobedecesse a uma regra em sua presença, pusesse o dedão do pé fora da linha, ela corria a buscar Filch, que aparecia, asmático, em dois segundos.

- Odeio essa gata - Sirius disse mal humorado

- Todos nós odiamos, Almofadinhas - Remo disse

Tiago, os gêmeos, os Longbottons, Harry, Rony e Hermione concordaram

- Vocês também foram pegos pela gata?- Tiago perguntou para os outros

Todos acentiram

- O que vocês fizeram? - Lily perguntou para Harry, Rony, Hermione e Neville

- Acredito que será mostrado no livro - Harry respondeu

- E vocês ? - Sirius perguntou malicioso para Frank e Alice

- Fomos pegos namorando - Alice respondeu corando um pouco

O sorriso malicioso de Sirius aumentou

Alice começou a ler rapidamente antes que Sirius ou Tiago comentassem mais alguma coisa

Filch conhecia as passagens secretas da escola melhor do que ninguém (exceto talvez os gêmeos Weasley)

- Também conhecemos muito bem - Sirius disse sorrindo

e podia surgir de repente como um fantasma. Os estudantes a detestavam e a ambição mais desejada de muitos era dar um bom pontapé em Madame Nor-r-ra.

- Eu ainda quero - Tiago falou maldoso

Além disso, quando a pessoa conseguia encontrar o caminho das salas, havia as aulas em si. Mágica era muito mais do que sacudir a varinha e dizer meia dúzia de palavras engraçadas, como Harry logo descobriu.

Tinham de estudar o céu da noite pelo telescópio toda quarta-feira à meia-noite e aprender os nomes das diferentes estrelas e os movimentos dos planetas. Três vezes por semana iam para as estufas de plantas atrás do castelo para estudar herbologia, com uma bruxa baixa e gorda chamada Professora Sprout, com quem aprendiam como cuidar de todas as plantas e fungos estranhos e descobriam para que eram usados.

Sem falar, a aula mais chata era a de História da Mágica, a única matéria ensinada por um fantasma. O Professor Binns era realmente muito velho quando adormeceu diante da lareira na sala dos professores e levantou na manhã seguinte para dar aulas, deixando o corpo para trás. Binns falava sem parar enquanto eles anotavam nomes e datas e acabavam confundindo Emerico, o Mau, com Urico, o Esquisitão.

O Professor Flitwick, que ensinava Feitiços, era um bruxo miudinho que tinha de subir numa pilha de livros para enxergar por cima da mesa. No começo da primeira aula ele pegou a pauta e quando chegou ao nome de Harry soltou um gritinho excitado e caiu da pilha, desaparecendo de vista.

- Ele é um ótimo professor - Lily comentou

Já a Professora Minerva era diferente. Harry estava certo quando pensou que ela não era professora para aluno nenhum aborrecer, severa e inteligente, fez um sermão no instante em que eles se sentaram para a primeira aula.

- A Transfiguração é uma das mágicas mais complexas e perigosas que vão aprender em Hogwarts. Quem fizer bobagens na minha aula vai sair e não vai voltar mais. Estão avisados. - Transformou, então, a mesa em porco e de volta em mesa.

- É o mesmo discurso - Tiago sorrindo

- Ela nunca nos expulsou da sala - Remo falou - mesmo que Tiago e Sirius tenham apresentado muito.

Todos ficaram muito impressionados e ansiosos para começar, mas logo perceberam que não iam transformar os móveis em animais ainda por muito tempo. Depois de fazerem anotações complicadas, receberam um fósforo e começaram a tentar transformá-lo em agulha. No fim da aula, somente Hermione Granger produzira algum efeito no fósforo, a Professora Minerva mostrou a classe como o fósforo ficara todo prateado e pontiagudo e deu um raro sorriso à aluna.

- Parabéns - disse Molly sorrindo para a menina

- Na nossa época quem conseguiu primeiro foram Tiago e Sirius - Remo falou

A matéria que todos estavam realmente aguardando com ansiedade era a de Defesa Contra as Artes das Trevas, mas as aulas de Quirrell foram uma piada. Sua sala cheirava fortemente a alho que todos diziam que era para espantar um vampiro que ele encontrara na Romênia e temia que viesse atacá-lo a qualquer dia.

Seu turbante contou ele, fora presente de um príncipe africano como agradecimento por tê-lo livrado de um zumbi incômodo, mas os alunos não tinham muita certeza se acreditavam na historia. Primeiro porque, quando Simas Finnigan pediu ansioso para Quirrell contar como liquidara o zumbi, Quirrell ficou vermelho e começou a falar do tempo, segundo porque eles repararam que havia um cheiro engraçado em volta do turbante, e os gêmeos Weasley insistiam que devia estar cheio de alho também, de modo que Quirrell estava protegido em qualquer lugar.

- Esse cara é ridículo - Remo disse revoltado - como Dumbledore contratou esse panaca?

Harry se sentiu aliviado ao descobrir que não estava muito atrasado com relação ao resto da turma. Muitos alunos tinham vindo de famílias de trouxas e, como ele, não faziam ideia de que eram bruxas e bruxos. Havia tanto para aprender que até gente como Rony não estava tão adiantada assim.

Sexta-feira foi um dia importante para Harry e Rony, Eles finalmente conseguiram encontrar o caminho para o salão principal e tomar o café da manhã sem se perder nem uma vez.

- O que temos hoje? - perguntou Harry a Rony enquanto punha açúcar no mingau de aveia.

- Poções duplas com o pessoal da Sonserina. Snape é diretor da Sonserina. Dizem que sempre os protege. Vamos ver se é verdade.

- Não duvido nenhum pouco - Tiago susurrou

- Gostaria que Minerva nos protegesse. - A Professora Minerva era diretora da Grifinória, mas isso não a impedira de dar aos seus alunos uma montanha de dever de casa no dia anterior.

Naquele instante chegou o correio. Harry agora já se acostumara com isso, mas levara um susto na primeira manhã quando centenas de corujas entraram de repente no salão principal durante o café da manhã, circulando as mesas até verem seus donos e deixarem cair as cartas e pacotes no colo deles.

Edwiges não trouxera nada para Harry até então. Às vezes entrava para beliscar sua orelha e comer um pedacinho de torrada antes de ir dormir no corujal com as outras corujas da escola. Esta manhã, porém, ela esvoaçou entre a geleia e o açucareiro e deixou cair um bilhete no prato de Harry. Ele o abriu imediatamente.

"Prezado Harry" - dizia, numa letra muito garranchosa. - "Sei que tem as tardes de sexta-feira livre, então será que não gostaria de vir tomar uma xícara de chá comigo por volta das três horas? Quero saber como foi a sua primeira semana. Mande-me uma resposta pela Edwiges... Hagrid".

Harry pediu emprestada a pena de Rony e escreveu:

"Sim, gostaria, vejo você mais tarde" no verso do bilhete e despachou Edwiges outra vez.
Foi uma sorte que Harry tivesse o convite de Hagrid com que se alegrar, porque a aula de Poções foi a pior coisa que lhe acontecera até ali.

- Se você fez alguma coisa com o meu filho, Ranhoso... - Tiago falou começando a pegar a varinha

- O que você vai fazer, Potter? Vai me azarar na frente do seu filho? Quer que ele veja que você azara pessoas sem razão nenhuma? - Snape falou com raiva

- Não envolva meu filho nas nossas brigas. Ele não tem nada haver com isso - Tiago disse fervendo de raiva

Alice começou a ler o mais rápido que pode para evitar mais discussões

No início do banquete de abertura do ano letivo, Harry tivera a impressão de que o Professor Snape não gostava dele. No final da primeira aula de Poções, ele viu que se enganara. Não era bem que Snape não gostava de Harry - ele o odiava.

Lílian olhou para Snape decepcionada

A aula de Poções foi em uma das masmorras. Era mais frio ali do que na parte social do castelo e teria dado arrepios mesmo sem os animais embalsamados flutuando em frascos de vidro nas paredes à volta.

Snape, como Flitwick, começou a aula fazendo a chamada e, como Flitwick, ele parou no nome de Harry...

- Ah, sim - disse baixinho. - Harry Potter. A nossa nova celebridade.

Draco Malfoy e seus amigos Crabbe e Goyle deram risadinhas escondendo a boca com as mãos. Snape terminou a chamada e encarou a classe. Seus olhos eram negros como os de Hagrid, mas não tinham o calor dos de Hagrid. Eram frios e vazios e lembravam túneis escuros.

- Vocês estão aqui para aprender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções - começou. Falava pouco acima de um sussurro, mas eles não perderam nenhuma palavra. Como a Professora Minerva, Snape tinha o dom de manter uma classe silenciosa sem esforço. - Como aqui não fazemos gestos tolos, muitos de vocês podem pensar que isto não é mágica. Não espero que vocês realmente entendam a beleza de um caldeirão cozinhando em fogo lento, com a fumaça a tremeluzir, o delicado poder dos líquidos que fluem pelas veias humanas e enfeitiçam a mente, confundem os sentidos... Posso ensinar-lhes a engarrafar fama, a cozinhar glórias, até a zumbificar se não forem o bando de cabeças-ocas que geralmente me mandam ensinar.

- Você está ciente que está trabalhando com crianças?- Andrômeda perguntou ficando irritada

Mais silêncio seguiu-se a esse pequeno discurso. Harry e Rony se entreolharam com as sobrancelhas erguidas Hermione Granger estava sentada na beiradinha da carteira e parecia desesperada para começar a provar que não era uma cabeça-oca.

- Potter! - disse Snape de repente. - O que eu obteria se adicionasse raiz de asfódelo em pó a uma infusão de losna?

- Como ele pode saber disso? é o primeiro dia dele e você não ensinou nada Ainda - diz Molly revoltada

Raiz de quê em pó a um infusão do quê"? Harry olhou para Rony, que parecia tão embatucado quanto ele, a mão de Hermione se ergueu no ar.

- Não sei não senhor - disse Harry.

A boca de Snape se contorceu num riso de desdém.

-Tsk, tsk, a fama pelo visto não é tudo.

- Por que você está fazendo essas perguntas? Sabe que o menino vivia com trouxas, não sabia de nada - Arthur perguntou já vermelho

- Ele acha que Harry é o Tiago - Sirius falou já querendo ir para cima de Snape

E não deu atenção a mão de Hermione.

- Vamos tentar outra vez, Potter. Se eu lhe pedisse, onde você iria buscar bezoar?

Hermione esticava sua mão no ar o mais alto que pôde sem se levantar da carteira, mas Harry não tinha a menor ideia do que fosse bezoar. Tentou não olhar para Malfoy, Crabbe e Goyle, que se sacudiam de tanto rir.

- Não sei não senhor.

- Achou que não precisava abrir os livros antes de vir, hein, Potter?

Harry fez força para continuar olhando diretamente para aqueles olhos frios. Folheara os livros na casa dos Dursley, mas será que Snape esperava que ele se lembrasse de tudo que vira em

Mil ervas e fungos mágicos?

Snape continuava a desprezar a mão trêmula de Hermione.

- Qual é a diferença Potter, entre acônito liconico e acônito lapelo?

- SNAPE, ELE NÃO É O TIAGO - Lílian explodiu - ELE NÃO É SÓ FILHO DO TIAGO. ELE É MEU FILHO TAMBÉM.- Ela parou para respirar um pouco e voltou a falar calmamente dessa vez - Não acredito que você tenha esquecido que ele também é meu filho.

- Eu lembro disso todos os dias - Severo falou baixo. Mas depois começou a aumentar a voz - acho que você esqueceu o que seu amado marido me fez na época que estávamos em Hogwarts. Esqueceu que ele me azarava sempre que ele me via?

- Não. Eu não esqueci, mas já se passaram muitos anos. Nós já somos adultos. Não faz sentido ficar se remuendo pelo o que aconteceu a ANOS. O único que parece não ter crescido é você - Lily falou - sua briga é com Tiago, não com Harry. Você é o professor dele, você não deveria ficar guardando mágoas para não ficar descontando nos filhos dos seus inimigos. Seu problema é com Tiago. Se você fizer alguma coisa com o meu filho, eu que vou te azarar

- Gente - Remo chamou - tem um duplo sentido nessas perguntas de Snape

- Como assim - Ted perguntou

- Ásfodelo é um tipo de Lírio e significa: " meus arrependimentos seguem você até o túmulo. Já a losna quer dizer " ausência " e tipicamente simboliza amarga tristeza. Se juntarmos os dois significados, a frase de Snape na verdade seria:

" Eu me arrependo amargamente da morte de Lily" - Lílian terminou completando o raciocínio de Remo. Lágrimas começaram a cair de seu rosto - Por que? Por que você se arrepende?

Severo ficou calado: Ah, se você soubesse...

Toda a sala estava em silêncio. Todos estavam em choque pela descoberta

- Severo, o que você fez para se arrepender da minha morte? - Lílian perguntou mais uma vez

- Lily talvez saberemos mais se continuarmos a ler -Lene falou tentando acalmar a amiga - Lice continue a ler. Por favor

Ao ouvir isso Hermione se levantou, a mão esquerda em direção ao teto da masmorra.

- Não sei - disse Harry em voz baixa. - Mas acho que Hermione sabe, porque o senhor não pergunta a ela?

Alguns garotos riram, os olhos de Harry encontraram os de Simas e este deu uma piscadela. Snape, porém não gostou.

- Sente-se - disse com rispidez a Hermione. - Para sua informação Potter, asfódelo e losna produzem uma poção para adormecer tão forte que é conhecida como a Poção dos Mortos Vivos. O bezoar é uma pedra tirada do estômago da cabra e pode salvá-lo da maioria dos venenos. Quanto aos dois acônitos são plantas do mesmo gênero botânico. Então? Por que não estão copiando o que estou dizendo?

Ouviu-se um ruído repentino de gente apanhando penas e pergaminhos. E acima desse ruído a voz de Snape:

- E vou descontar um ponto da Grifinória por sua impertinência, Potter.

- Isso é um absurdo. Descontar pontos da Grifinória só porque ela falou a verdade? Hermione sabia a resposta - Arthur disse visivelmente irritado

As coisas não melhoraram para os alunos da Grifinória na continuação da aula de Poções. Snape separou-os aos pares e mandou-os misturar uma poção simples para curar furúnculos. Caminhava imponente com sua longa capa negra, observando-os pesar urtigas secas e pilar presas de cobras, criticando quase todos, exceto Draco, de quem parecia gostar.

- Porque são dois idiotas - Sirius falou alto para todo mundo ouvir

Tinha acabado de dizer a todos que olhassem a maneira perfeita com que Draco cozinhara as lesmas quando um silvo alto e nuvens de fumaça ocre e verde invadiram a masmorra. Neville conseguira derreter o caldeirão de Simas transformando-o numa bolha retorcida e a poção dos dois estava vazando pelo chão de pedra, fazendo furos nos sapatos dos garotos. Em segundos, a classe toda estava trepada nos banquinhos enquanto Neville, que se encharcara de poção quando o caldeirão derreteu, tinha os braços e as pernas cobertos de furúnculos vermelhos que o faziam gemer de dor.

- Menino idiota! - vociferou Snape, limpando a poção derramada com um aceno de sua varinha. - Suponho que tenham adicionado as cerdas de porco-espinho antes de tirar o caldeirão do fogo?

- MEU FILHO NÃO TEM CULPA DOS SEUS PROBLEMAS. NENHUM ALUNO TEM. SUA FUNÇÃO É AJUDAR OS ALUNOS. É A PRIMEIRA AULA DELES. VOCÊ NÃO TEM MAIS O QUE FAZER DO QUE FICAR INSULTANDO CRIANÇAS, NÃO? VOCÊ COMO PROFESSOR DEVERIA ENSINÁ-LOS NÃO BRIGAR COM ELES A CADA ERRO QUE ELES COMETEREM - Frank gritou

Neville choramingou quando os furúnculos começaram a pipocar em seu nariz.

- Levem-no para a ala hospitalar - Snape ordenou a Simas.

Em seguida voltou-se zangado para Harry e Rony, que estavam trabalhando ao lado de Neville.

- Você, Potter, por que não disse a ele para não adicionar as cerdas? Achou que você pareceria melhor se ele errasse, não foi? Mais um ponto que você perdeu para Grifinória.

- Você está punindo uma criança por minha causa, mas caso você não saiba eu vou te contar um segredo. ELE NÃO É EU. Seu problema é comigo. Deixa meu filho e os amigos dele em paz - Tiago falou se exaltando

A injustiça foi tão grande que Harry abriu a boca para argumentar, mas Rony deu-lhe um pontapé por trás do caldeirão.

- Não force a barra - cochichou. - Ouvi dizer que Snape pode ser muito indigesto.

Quando subiam as escadas para sair da masmorra uma hora depois, os pensamentos se sucediam velozes na cabeça de Harry, que se sentia deprimido. Perdera dois pontos para Grifinória na primeira semana, por que Snape o odiava tanto?- Ânimo - disse Rony - Snape está sempre tirando pontos de Fred e Jorge. Posso ir com você a casa de Rúbeo?

As cinco para as três eles saíram do castelo e atravessaram a propriedade. Hagrid morava numa casinha de madeira na orla da floresta proibida. Um par de galochas estava à porta da casa.

Quando Harry bateu à porta eles ouviram uma correria frenética e latidos ferozes. Depois, a voz de Hagrid dizendo:

- Para trás, Canino para trás.

A cara barbuda de Hagrid apareceu na fresta quando a porta se abriu.

- Espere aí. Para trás, Canino.

Ele os fez entrar, lutando para segurar com firmeza a coleira de um enorme cão de caçar javalis.

Havia apenas um aposento na casa. Presuntos e faisões pendiam do teto, uma chaleira de cobre fervia ao fogão e a um canto havia uma cama maciça coberta com uma colcha de retalhos.

- Estejam à vontade - falou Hagrid, soltando Canino, que pulou imediatamente para cima de Rony e começou a lamber-lhe a orelha. Como Hagrid, parecia óbvio que Canino não era tão feroz quanto se esperava.

- Este é o Rony - Harry disse a Hagrid, que fora despejar água fervendo num grande bule de chá e arrumar biscoitos num prato.

- Mais um Weasley, hein? - exclamou Hagrid vendo as sardas de Rony - Passei metade da vida expulsando seus irmãos da floresta.

- E a outra metade nos expulsando - Sirius disse tentando melhorar o clima o que tinha ficado e conseguiu. Parte da sala estava rindo

Os biscoitos quase quebraram os dentes deles, mas Harry e Rony fingiram gostar e contaram a Hagrid como tinham sido as primeiras aulas. Canino descansou a cabeça no colo de Harry e cobriu as vestes dele de baba.

Harry e Rony ficaram contentes de ouvir Hagrid chamar Filch de guitarra velha.

— Quanto àquela gata, Madame Nor-r-ra, às vezes eu tenho vontade de apresentar o Canino a ela. Sabe que todas as vezes que vou até a escola ela me segue por toda parte? Não consigo me livrar da gata. É Filch que a manda fazer isso.

Harry contou a Hagrid a aula de Snape. Hagrid, como Rony, disse a Harry que não se preocupasse, que Snape não gostava praticamente de nenhum aluno.

— Mas ele parecia que realmente me odiava.

— Bobagem! Por que o odiaria?

- Porque ele acha que Harry é o Tiago - Sirius disse matando Snape com o olhar enquanto Snape fingiu não que não era com ele

— Como vai seu irmão Carlinhos? — perguntou Hagrid a Rony. — Eu gostava muito dele. Tinha muito jeito com animais.

Harry se perguntou se Hagrid teria mudado de assunto de propósito. Enquanto Rony contava tudo sobre o trabalho de Carlinhos com dragões, Harry apanhou um pedaço de papel que estava na mesa sob o abafador de chá. Era uma noticia recortada do Profeta Diário

O CASO GRINGOTES

Prosseguem as investigações sobre o arrombamento de Gringotes, ocorrido em 31 de julho, que se acredita ter sido trabalho de bruxos e bruxas das Trevas desconhecido.

Os duendes de Gringotes insistiam hoje que nada foi roubado.

O cofre aberto na realidade fora esvaziado mais cedo naquele dia.

"Mas não vamos dizer o que havia dentro, para que ninguém se meta, se tiver juízo", disse um porta-voz esta tarde.
Harry lembrou-se que Rony lhe contata no trem que alguém tentara roubar Gringotes, mas não mencionara a data.

— Rúbeo! — exclamou Harry. — Aquele arrombamento de Gringotes aconteceu no dia do meu aniversário! Talvez estivesse acontecendo enquanto a gente estava lá!

Não havia a menor dúvida, desta vez, Hagrid decididamente evitara encarar Harry. Resmungou alguma coisa e lhe ofereceu mais um biscoito. Harry releu a notícia ”O cofre aberto na realidade fora esvaziado mais cedo naquele dia”. Hagrid esvaziara o cofre setecentos e treze, se é que se podia chamar esvaziar alguém levar aquele pacotinho encalombado. Seria aquilo que os ladrões estavam procurando?

 Quando Harry e Rony voltaram ao castelo para jantar, tinham os bolsos pesados com os biscoitos que a educação os impedira de recusar. Harry pensou que nenhuma das aulas a que assistira até ali tinha lhe dado tanto o que pensar quanto o chá com Rúbeo Hagrid.

- Você tem que se concentrar nas aulas e não no roubo do pacotinho - Lily falou com censura para Harry

Será que Hagrid tinha apanhado o pacote bem na hora?

Onde estava o pacote agora? Será que ele sabia alguma coisa de Snape que não queria contar a Harry?

- Harry você não tem que se meter nisso - Lily brigou

- O capítulo acabou - Alice anunciou

- Eu leio o próximo - Tonks falou pegando o livro das mãos de Alice

– O duelo à meia-noite.

Harry Tiago Potter, você já começou a arrumar confusão?- Lily perguntou brava.

- Desculpa?- Harry perguntou meio com dúvida

Lily deu um soco no braço de Tiago

- Aí, por que você fez isso?- Tiago perguntou massageando o braço

- Porque ele é igual a você - Lily disse irritada

- Ninfadora comece por favor antes que a ruiva mate o veado de novo - Sirius falou

- Não me chame de Ninfadora - Tonks falou antes de começar a ler

 

 




















Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...