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História Uma Doce Mentira - Eu vim perder o meu tempo.


Escrita por: YAfanfics

Capítulo 37 - Eu vim perder o meu tempo.


Fanfic / Fanfiction Uma Doce Mentira - Eu vim perder o meu tempo.

Eu estava entre os braços de Justin dormindo tranquilamente, quando ouço o som de meu celular tocando sobre o criado-mudo. Abri os olhos e me estiquei para pegá-lo, vendo um número desconhecido no visor.

- Alô? – Falei baixo.

- Loren? – Era uma voz feminina.

- Sim, sou eu. – Sentei-me sobre a cama com cautela para não acordar Justin.

- Sou eu, a Pattie. – Me espantei.

- Como conseguiu meu número? – Franzi o cenho.

- Miley me deu e falou que se eu realmente quisesse ter qualquer tipo de contato com o meu filho, você era a pessoa certa para me ajudar. – Sorri fraco e fiquei alguns instantes calada.

- Em que posso te ajudar?

- Vamos almoçar juntas e então conversamos sobre tudo, pode ser?

- Claro. – Sorri.

- Encontre-me no Sirkel Foods, às 12h30min.

- Tudo bem. – Sorri.

- Obrigada Loren, de verdade. – Pattie desligou e eu larguei o celular de volta no criado-mudo, lançando meu olhar para Justin, que dormia tranquilamente ao meu lado e então voltei a me deitar.

 

POV Justin:

Acordei e a primeira coisa a que tive acesso foi a imagem de Loren aconchegada em meus braços dormindo um sono profundo. Por alguns longos minutos permaneci quieto pensando em como eu era sortudo por tê-la em meus braços todos os dias, poder desfrutar do seu corpo sabendo que somente eu poderia usufruí-lo, saber que seu amor era propriedade minha e que eu era, de certa forma, o motivo de seu sorriso.

- Que milagre você pensando a essa hora da manhã. – Loren me tirou do transe.

- Ai que engraçadinha. – Ironizei e dei-lhe um selinho rápido. – Eu estava pensando em você, marrentinha. – Apertei a ponta de seu nariz e ela sorriu.

- Tenho até medo dos seus pensamentos com a minha pessoa. – Riu e sentou-se sobre a cama, cobrindo o corpo com o lençol.

- Realmente meus pensamentos com você são bem sujos. – Sorri malicioso e ela gargalhou.

- Safado. – Sorriu antes de levantar-se e ir em direção ao banheiro.

- Ei! – Chamei-a. – Aonde você pensa que vai?

- Tomar banho? – Olhou-me.

- Nada disso. – Sorri sapeca. – Pode voltar aqui para cuidar do seu namorado.

- Você não passa um dia da sua vida sem sexo? – Encarou-me sorrindo.

- Claro que não. – Escorei minhas costas na cabeceira e sorri.

- Eu vou sair daqui a pouco, então preciso de um banho. – Entrou no banheiro.

- Aonde você vai? – Berrei para que ela escutasse do banheiro.

- Você não vai querer saber. – Berrou em resposta e eu franzi o cenho, levantando-me e caminhando até o banheiro só de cueca.

- Aonde você vai, Loren? – Escorei-me no batente da porta e cruzei os braços.

- Vou almoçar com a sua mãe. – Ligou o chuveiro e entrou no box.

- Você vai o quê? – Olhei-a incrédulo.

- Isso mesmo que você ouviu, vou almoçar com a sua mãe. – Repetiu antes de deixar com que a água caísse por seus longos cabelos.

- Você não vai. – Falei indignado.

- E eu posso saber por quê? – Encarou-me.

- Porque eu já sei como isso funciona. Ela vai dizer que sente muito, vai contar sua triste história de vida e vai implorar ajuda para que eu volte a falar com ela como se nada tivesse acontecido, mas deixa eu te lembrar de uma coisa. – Pausei. – Eu nunca vou ter uma relação maternal com a Pattie.

- Eu só quero ouvir o que ela tem a dizer, já que você não fez isso. – Despejou uma quantidade pequena de xampu sobre o cabelo e começou a espalhar, fazendo com que a espuma se formasse.

- É perda de tempo. – Argumentei.

- É um tempo que eu estou disposta a perder. – Fechou os olhos para retirar o xampu das madeixas.

- Como você é teimosa. – Bufei e ela não respondeu.

Voltei para o quarto, me atirei na cama com a cara emburrada e peguei o controle remoto, ligando a televisão e buscando algo útil para assistir. Depois de uns bons quinze minutos, Loren saiu enrolada em uma toalha branca, foi até a mala pegar uma muda de roupa e voltou para o banheiro para se vestir.

 

POV Loren:

Estava terminando de secar meus cabelos quando Justin entrou no banheiro e ligou o chuveiro. Ele não disse uma palavra e isso fora o necessário para eu saber que estava indignado.

- Justin. – Escorei uma mão na pia e o olhei.

- Nem começa, Loren. – Entrou no box e deixou a água cair por seu corpo.

- Eu só quero saber o lado dela. – Argumentei.

- Não vou falar com você agora, porque vamos acabar brigando. – Passou a mão nos cabelos já molhados.

 - Tudo bem. – Espremi os lábios e saí do banheiro.

Peguei minha bolsa, meu celular e as chaves do carro e saí em direção à entrada do hotel.  O manobrista trouxe o veículo e eu entrei no mesmo, girando a chave na ignição e dando início ao trajeto até o Sirkel Foods.

Assim que cheguei, pude avistar Pattie sentada em uma mesa localizada no canto do restaurante e caminhei calmamente até lá.

- Oi. – Sorri ao me aproximar da mesa.

- Loren. – Ela sorriu e se levantou para me cumprimentar. – Fico feliz que tenha vindo. – Sentou-se e eu a acompanhei.

- Já querem pedir? – O garçom aproximou-se e, assim que assentimos, entregou-nos o cardápio e afastou-se para que escolhêssemos o prato com calma.

- Então, sobre ontem... – Comecei.

- Não precisa explicar, eu entendo. – Olhou-me. – Justin está muito magoado.

- É. – Entortei a boca.

- Eu só queria ter a oportunidade de explicar a ele tudo o que aconteceu comigo e o motivo de eu ter ido embora. – Olhou-me piedosa.

- Então explica. – Ouvi aquela voz rouca e então me virei, vendo Justin parado com as mãos no bolso e o maxilar travado.

- Justin? – Franzi o cenho. – O que faz aqui? – Olhei-o.

- Eu vim perder o meu tempo. – Olhou diretamente para Pattie.

- Filho, eu... – Pattie começou, mas Justin a cortou.

- Não me chame de filho. – Encarou-a. – Você perdeu esse direito no momento em que foi embora. – Pattie baixou o olhar e ele caminhou calmamente até um assento ao lado do meu, sentando-se em seguida. Eu sabia que a conversa não seria pacífica dali em diante, mas me dispus a sentar ao lado de Justin e ouvir, juntamente a ele, o lado de Pattie da história.

- Começa logo. – Ordenou.

- Eu quero que saiba que nem tudo o que seu pai te contou foi verdade.

- Ah ótimo, vai soltar o seu veneno no meu pai agora. – Revirou os olhos.

- Não. – Olhou-o. – Só que ele não aceitou o fim do nosso casamento e jurou que estragaria minha vida se eu fosse embora daquela casa.

- E você foi. – Encarou-a. – Sinal de que estava ciente do que te aconteceria.

- Eu tinha dezesseis anos, Justin. – Vi os olhos de Pattie marejarem. – Seu pai era um homem mais velho e sem escrúpulos. – Meu coração martelou. – Ele bebia e me batia todos os dias e ainda ameaçava de me matar caso eu contasse isso a alguém.

- Isso não explica completamente o motivo de você ter ido embora. – Justin falou seco.

- Eu lutei por você na justiça. – Vi a feição de Justin mudar. – Mas como eu era apenas uma adolescente de dezesseis anos que não tinha onde cair morta, eu perdi. – Uma lagrima caiu sobre o rosto de Pattie. – Porém, apesar de seu pai ser assim comigo, com você ele era completamente diferente. Ele te chamava de companheiro, muitas vezes largava todo o trabalho pra poder brincar com você e te dava todo o amor do mundo e, eu sei que você não se lembra dessa parte, mas ele te amava com todas as forças. – Justin engoliu em seco. – E então eu fui embora, porque eu sabia que tudo ficaria pior para o meu lado e, não que não valesse a pena ficar por você, mas eu estava perdida e não sabia o que fazer. – Olhou-o. – Eu não espero que você me entenda ou me perdoe, mas quero que saiba que eu nunca deixei de me preocupar com você Justin. Quantas vezes eu peguei o telefone e disquei seu número só para poder ouvir o som da sua voz e depois colocá-lo de volta no gancho, quantas vezes eu peguei uma foto nossa de quando você era pequeno e pedi a Deus que me trouxesse você de volta para o meu lado. Eu sei que você me odeia, mas eu continuo te amando, porque amor de mãe é assim, não acaba nunca. – Nesse momento, as lágrimas saíam involuntariamente de meus olhos e dos de Pattie, mas Justin permanecia ali, sem qualquer tipo de reação.

- Eu já ouvi tudo o que você tinha para falar, mas não me peça uma resposta para o seu pedido de perdão agora. – Olhou-a. – Eu preciso de tempo para entender toda essa merda.

- Tudo bem. – Ela sorriu amarelo.

- Vamos embora, Loren. – Levantou-se.

- Mas nós nem almoçamos ainda. – Argumentei.

- Não estou afim de bancar a família feliz num almoço de domingo.

- Eu vou ficar e almoçar com a Pattie, faça o que você quiser. – Voltei meu olhar para o cardápio.

- Você é muito teimosa. – Revirou os olhos e se sentou, formando um sorriso vitorioso em meu rosto.

Escolhemos o prato de nosso gosto e ficamos jogando conversa fora enquanto esperávamos a comida. Justin também mantinha um diálogo amigável com Pattie, o que me deixava extremamente feliz pelo simples fato de que esse era seu jeito de perdoar as pessoas, mesmo que indiretamente. Depois de almoçarmos, conversamos por mais alguns minutos e Justin levantou-se para pagar a conta. Nos despedimos de Pattie e seguimos para o hotel. 



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