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História Uma dose de iTunes - 10. Think


Escrita por: pirilampim e Sagamante500

Capítulo 10 - 10. Think


Capítulo 10: Think

 

 

“It took me a long, long time to learn

That love is a thing you have to earn

I finally realized it's true

I just can't make it without you

 

Think about all the things we shared

Think about all the times we cared

When all of your dreams have come and gone

Think about me and I'll be there

 

   Alguns meses depois...

 

 

     - Eu não acredito que isso tá acontecendo de verdade, estou tão orgulhoso de você, meu anjo! – disse ele com um sorriso de orelha à orelha.

     O Pedro me acompanhou quando fui fazer minha matrícula na UERJ. Segui seus conselhos e prestei vestibular novamente, e agora sou oficialmente um estudante de Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Sim, eu sei que ela não tem andado muito bem das pernas, é só ver qualquer noticiário local da cidade que dá até dó de alguns funcionários daqui. Mas o Pedro é persistente, e realmente nunca tem dúvida sobre o que é melhor para mim. Ele me chama de “anjo”, mas na verdade às vezes acredito que tive a oportunidade quase celeste de amar meu próprio anjo da guarda em carne e osso.

      Ele estava mais eufórico do que eu. Para ser sincero eu até estava gostando da UVA, do Campus, das matérias e dos seres humanos que lá habitavam, mas para ele acho que tinha um significado ainda mais especial. Ele sempre me diz o quanto queria me ver crescer e me desenvolver, e sabe do meu sonhozinho de adolescente de querer porque quero estar em uma universidade pública; só para esfregar na cara dos meus parentes que eu era mais capaz do que eles imaginavam que eu seria.

      Pedro já me apresentara às amigas dele que também estudavam na UERJ, e elas foram super gentis e me ensinaram todos os truques e macetes possíveis para sobreviver da melhor maneira lá dentro. Principalmente sobre a questão do “não se perder”, porque, meu amigo, se um dia você tiver a oportunidade de ver a UERJ de perto... Vai ficar tonto só com a quantidade de passarelas que ligam um andar ou corredor ao outro e entre os prédios, tudo ao mesmo tempo. É mais fácil se perder lá dentro do que nas lojas de Madureira, e olha que se tem uma coisa que eu tinha experiência nessa vida, era fazer compras em Madureira sem me perder.

       - Acho que te devo um “obrigado”... – eu disse, talvez um pouco encabulado. Já havia dito isso a ele outras vezes, mas não cansava de dar um certo ênfase. Ainda mais se vocês vissem a fofura de sorriso que abria nas bochechinhas dele quando eu dizia isso.

      - De nada. Mas pelo o quê você está agradecendo exatamente agora?

     - Ah, sei lá... – gesticulei com os braços no ar. – Por tudo! Por ter acreditado em mim desde o primeiro momento e não ter desistido. Por ter enxergado meu potencial até aonde eu não conseguia ver, por arrancar o melhor da minha pessoa, por me ajudar da maneira que você me ajuda; e também por... – hesitei um momento.

     - Pelo o quê, criatura?! ANDA QUE EU TOMO CLONAZEPAM! – Adoro irritar ele de vez em quando com a curiosidade dele, mas o pior é que não foi proposital. Eu realmente hesitei por que eu sabia o que eu estava prestes a dizer.

     - Por ter me amado quando eu achei que não merecia. – Bom, pelo menos eu falei o que eu tinha pensado. Acredito que se a pele dele fosse um pouquinho mais branca, já teria ficado vermelha como um tomate, mas ainda bem que a ascendência dele é árabe.

     - Bom, pra ser sincero eu não passei a te amar da noite pro dia, ocorreu todo um processo e você sabe disso. E quando eu me vejo com convicção do que eu sinto eu movo céus e terras para ver quem eu amo e tenho afeto feliz, satisfeito e em paz. E com você não seria diferente, afinal, por que seria não é mesmo?

     Os olhos dele encontraram os meus por alguns segundos, havia alguma coisa naquele olhar que me era familiar, ao mesmo tempo que parecia completamente nova. E, querem saber de uma coisa? Eu estava cagando para o que meu subconsciente estava achando daquela situação. E por isso o puxei pelo braço e lhe beijei.

     Não foi um beijo longo e apaixonado de novela ou de cinema. Não que eu ligasse para o público em volta, eu é que não queria me fazer de fácil. Mas acho que alguma coisa dentro de mim esperava tanto por aquele selinho quanto ele, tanto é que ele demorou alguns segundinhos a mais que um simples selinho.

      - O que a gente vai fazer agora? – perguntei a ele, com um sorriso travesso na cara.

      - Bom, ainda é Janeiro, estamos de férias e o dia está lindo... Então...

      - O quê? – envolvi sua nuca com os braços.

     - Quer ir no Jardim Botânico encher o Instagram de fotos conceituais?

     - Só se for agora!

     Ufa! Achei que ele ia me pedir para ir à praia...

     Detesto areia!

 


Notas Finais


Calma que ainda não acabou...


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