História Uma História de Familia - Um presente para Hermione

Harry tinha ficado a noite inteira ao lado de Hermione, e a garota não acordara. Suspeitava que a madame Ponfrey escondia algo dele, mas resolveu não questiona. Foi expulso por ela, quando faltava pouco para amanhecer o dia, resolveu ir tomar um banho e cochilar um pouco, e agora descia para voltar para enfermaria. Levou um susto quando viu Draco em pé ao lado da lareira, cabeça baixa e cabelos despenteados.

Harry percebeu que ele estava com as roupas que provavelmente usava quando estava a serviço de Voldemort, roupas preta, botas pesadas e uma capa longa de couro. A máscara estava jogada de qualquer maneira no sofá, e Draco parecia não está ali e sim em outra dimensão.

-Malfoy?? – Harry chamou o se aproximando – Malfoy? – o loiro nem se quer se mexia – Draco!! – chamou por último mais alto.

-Ah!!Oi Potter – disse virando-se porem retornou na posição anterior, parecendo a Harry que disfarçadamente secava algumas lagrimas.

-Aconteceu alguma coisa a Hermione? – questionou preocupado – sei que não tenho sido bom amigo nestes últimos dias, mais...

-A madame Ponfrey me disse que você quem a trouxe e ficou com ela até agora de manhã. Obrigado – disse olhando para Harry e falando com humildade, indo sentar-se na poltrona que era acostumado. Harry observou Draco abismado com a maneira que ele estava agindo. Conhecia Malfoy tempo o suficiente para saber que ele não estava bem. Foi até a garrafa de Whisky que estava na mesinha de frente e encheu um copo para si.

-Não sabia que bebia Potter – Draco disse enquanto observava Harry se servir e sentar-se na poltrona em frente a ele.

-E não bebo, só estou te fazendo companhia. Vai me fala se aconteceu algo a Hermione? – perguntou sério o olhando com firmeza.

-Não, ela está bem – disse Draco.

-Então porque esta cara de enterro?

-Ela está gravida Potter- Draco disse tomando um gole, o que fez Harry tomar outro.

-O que gravida!!?? Normalmente isso acontece quando se transa igual coelho, mas pensei que vocês se prevenisse – disse com reprovação.

-A questão não é essa. Sabia que isso aconteceria, mais cedo ou tarde. Mas agora que aconteceu, sei que não estou preparado para ser pai – desabafou aquilo que tanto incomodava.

-Não está pensando em larga-la em meio a uma guerra gravida e sozinha??? – disse Harry irritado.

-Não e nada disso. Não costumo fugir de minhas responsabilidades – completou Draco – só que...bem não tive um bom exemplo de pai, o meu sempre foi muito rígido e ausente em todos os sentidos. Só estou receoso de ser como ele – desabafou e Harry percebeu que Draco realmente estava preocupado.

-Ser pai realmente deve ser difícil, educar uma pessoa para que ela forme um caráter adequado, é complicado. Sem fala que não têm um manual ou livro que explique como devemos agir, as atitudes que devemos tomar nas situações complicadas da vida, ou até mesmo nas mais simples. É realmente você está bem ferrado.

-Acabo de ter certeza que você não e bom para motivar as pessoas – Draco disse olhando para Harry de uma forma acusatória.

-Nunca fui bom mesmo. Sempre Hermione que nos motivava e mostrava o lado bom de tudo.

-ela tem esse dom – Draco disse melancólico.

-Sabe Malfoy, eu também não tive um exemplo bom de pai. Fui criado por meus tios que eram pessoas horríveis. E a única certeza que eu tenho, é quando tiver meus filhos não trata-los como meus tios me tratavam. Acho que isso já é um começo.

-Sim isso é um começo. Não serei distante, não vou machuca-lo quando fizer algo de errado, não vou ensinar artes das trevas e nem a odiar trouxas, acho que por enquanto é um começo.

-Queria ver você tenta fazer qualquer uma dessas coisas, com Hermione junto a vocês– disse Harry com a voz animada- ela te mandaria para o Sant´s Mung irreconhecível- zombou.

-Pior que eu sei – concordou sorrindo – ela é incrível e as vezes me dá medo – disse sorrindo.

-E ela será uma mãe incrível Draco – concordou Harry.

-Sim Harry tudo que Hermione faz é perfeito, com minha ajuda então essa criança será incrível.

-Vou ter que fala com a Hermione para que ensine humildade ao menino, ninguém merece ficar como você.

-Imagina pior é ser você, esta tendência a herói e irritante- Draco e Harry ficaram algum tempo ali, conversando e trocando ofensas, que eram mais para implicar do que qualquer outra coisa.

Hermione abria os olhos devagar, a claridade a incomodava.

-Você acordou. Está se sentindo bem? – Draco perguntou com a voz doce, segurando suas mãos.

-Draco?? O que aconteceu? Não me lembro ... – disse levantando-se.

-Calma Hermione, não levanta com tudo –disse ajudando a levantar-se e encosta-la na cabeceira da cama- você pode passar mal. Tome beba um pouco de agua.

-Obrigada – Hermione tomou a agua e se ajeitou melhor – O que aconteceu?

-Ataque a Hosgmed. Não se preocupe, ninguém morreu. Teve alguns feridos mais todos já estão bons.

-E sua reunião como foi?

-Ele acreditou, agora preciso passar alguma informação da Ordem para ele, foi convocada uma reunião para hoje a noite no escritório da McGonagall.

-Como cheguei até aqui?

-Harry te trouxe, na verdade ele ficou a noite toda com você...

-Harry? Noite??Quanto tempo fiquei desacordada?

-Dois dias.

-Parece que foi mais, de Potter para Harry, pensei que tivesse ficado uma década para mais desacordada – Disse para implicar com Draco que sorriu, teve tanto medo de perde-la que ouvir sua voz era a melhor melodia do mundo.

-Tirando a mania de se intrometer onde não é chamado, ter complexo de herói e aquela testa rachada dele, até que bem lá no fundo, ele é legal –disse a contragosto.

-Nossa realmente acho que dormi muito. Porque fiquei desacordada tanto tempo?

-Esse é o assunto que quero falar com você – Draco disse sério se aproximando ainda mais de Hermione, pegando em suas mãos com carinho e olhando fundo de seus olhos – nós vamos ter ume bebê.

Hermione olhou para ele em choque, depois abriu um sorriso enorme e lagrimas se formaram em seus olhos, Draco só ficou a admira-la, nunca a viu tão linda quanto naquele instante.

-Verdade Draco?? Nós teremos um bebe? Ah Draco estou tão feliz!!! –disse o abraçando com força – Draco nosso bebê!!!Mas eu não senti nada, nenhum sintoma, e o que me tingiu vai afeta-lo de alguma maneira? – questionou preocupada.

- A madame Pronfrey disse que vocês estão ótimos. Você está com 8 semanas, acho que fizemos ele no nosso último dia em casa, antes de virmos... – Draco disse passando a mão na barriga lisa de Hermione.

-Sim- sorriu com a lembrança – agora seremos três Draco, nossa família está crescendo.

-Por mim seremos muito mais que três. Este é o primeiro de muitos filhos que quero ter com você.

-E a tradição da família Malfoy de ter apenas um filho?

-Já quebrei a tradição da família casando com uma nascida –trouxa, não me importo de quebrar novamente, fazendo herdeiros, por ao contrario vou adorar produzi-los –Draco finalizou malicioso.

-Draco comporta-se estamos na enfermaria! –disse envergonhada.

-Nunca transei em uma, vamos???

-Draco para de ser idiota –Hermione o reprendeu com um tapa, porém sorrindo. Ambos estavam felizes, tão felizes que qualquer pessoas viam o amor e felicidade resplandecendo deles.

Por mais que não assumisse eles se amavam e aquela criança veio para unir eles ainda mais.

Draco olhava com a cara de desdém como sempre. Os membros da Ordem se cumprimentavam enquanto esperavam somente a Sra. Wesley chegar. Desta vez tinha mais pessoas reunidas. Draco se perguntava se eles eram tão idiotas a ponto de não notarem que se Snape não os liberasse, eles nunca conseguiriam interliga as lareiras da sala da McGonalgal com a dos Wesleys. Draco chegou a conclusão que eles preferiam apenas não enxerga que alguém os ajudava. Ali estavam, Draco imaginou, os mais influentes da Ordem, Sr. e Sra. Wesley, o gêmeos, o casado com a esposa e o idiota do cabeça de fogo. Os Lupin, Draco viu que sua prima Ninfadora estava com uma pequena saliência em sua barriga, imaginou como sua família reagiria em saber que o Sangue Black foi misturado a um mestiço de lobisomem, com certeza sua tia Bella ficaria furiosa. Sheckebolt e mais o Profº Mody, Draco o odiava, as lembranças de ser transformado em uma doninha ainda o perseguia.

-Bem vamos começar a reunião para não ficar tarde –começou Sheckebolt – Como foi com o Lorde, Malfoy?

-Ele aparentemente acreditou que consegui me infiltrar na Ordem, como prova de minha lealdade, ele solicitou que informasse a vocês do ataque.

-Que não adiantou muito já que ele fez outro dois ataques simultaneamente –disse Rony com maldade.

-Vocês não pode subestimar o Lord. Ele sempre estará preparado para quase tudo. Ele não me entregaria uma boa informação sem ter algo bom para eu informa-lo. Porém o que eu queria saber eu soube. Apesar de termos destruído a Horcruxes, ele não sentiu diferença nenhuma, isso significa que poderemos destruir a outra.

-E quando você fara isso?? –questionou Lupin.

-Creio que até o fim desta semana ela já esteja destruída. Porém preciso de alguma informação para mandar para ele, não irei contar do plano para destruir a próxima se vocês não me falarem uma boa informação.

-Está nos chantageando Malfoy? - questionou Moody irritado.

-Não, estamos negociando. Sou um espião, só tenho valor enquanto eu puder mandar informações para eles. Não posso aparecer na próxima reunião sem nenhuma informação ou serei morto –disse frio como sempre.

Os membros se entreolharam, teriam que confiar no garoto arrogante e mal humorado em sua frente.

-Você pode informa-lo que estamos organizando uma invasão a Askaban – disse Shockbolt.

-E isso é verdade? – questionou Draco, desconfiado.

-Sim, porém não temos muito detalhes ainda –completou Lupin.

-Sim. Esta é uma informação boa informação. Mas vocês sabem que a partir do momento que eu falar isso para ele, ele irá redobrar a segurança do local, o que era incabível se tornara impossível.

-Sabemos disso Malfoy, mas teremos outras estratégia – falou Moody – e agora onde está a outra Horcruxes??

-A quarta Horcruxes está no Gringotes. No cofre da família Lestrange.

-E você acha ela fácil de pegar? Vai fazer o que? Invadi? –questionou Rony com descrença.

-Não será necessário. Eu irei com meus tios e pegarei – conclui simples.

-Não me venha falar que os Lestrange estão te ajudando? –

-Claro que não. Eu sabia que a Horcruxes estava lá. Então pedi para que minha tia guardasse algumas joias minhas em seu cofre, agora é só fala que preciso delas.

-Ela não irá desconfiar? - questionou a Sra. Wesley.

-Não. Esta pratica de transferência de valores é natural em nosso meio, as vezes nossos cofres enchem então guardamos em outros, de pessoas da mesma família.

-Mas ela poderá questionar o motivo de querer aquelas joias em especifico – falou Lupin – temos que nos preparar para qualquer questionamento.

-Obrigado pela preocupação –Draco falou com uma ponta de sarcasmo- mas já pensei em tudo isso, antes de me ajuntar a Ordem. Essas joias em especifico fazem parte de uma tradição da família Malfoy. Elas são especificas para presentear a mulher que está esperando o próximo herdeiro Malfoy. 

-Isso quer dizer que você terá que esperar para que Hermione engravide para pega-las – disse Sr. Wesley – ou menti, qué igualmente arriscado.

-Não será necessário, Hermione já espero meu herdeiro – disse com um sorriso arrogante.

Todos os olhos se voltaram para Hermione, que tinha um sorriso singelo nos lábios, porém o rosto vermelho de vergonha.

-Nossa vocês são muito novos para filhos – disse Sra. Wesley – duas crianças cuidando de outra.

-Não acredito que você está gravida deste idiota Hermione? Ainda tinha esperança que este casamento de vocês fosse uma fraude. Que de alguma forma ele tenha te forçado a se casar com ele, não acredito que você realmente se deita com ele...deixa ele te toca!! –Rony falava muito irritado, gritava e apontava para Hermione, que tinha os olhos rasos de lagrimas.

-RONY!!! – gritou a Sra. Wesley...

-Não acredito que você realmente goste dele-  Rony disse com nojo – que terá um bebê com ele...uma criança que será um futuro comensal...

-Meu filho não terá culpa de nada Rony. É hora de você se conforma que eu amo o Draco!!! Este filho é fruto do nosso amor Ronald!!!

-Eu te odeio Granger, e espero que você e este mini comensal, morram!!! – Rony disse baixo e mortífero, saindo batendo a porta com força.

Todos permaneciam estáticos com a atitude de Rony, Hermione começou a chorar e foi amparada por Draco.

-O perdoe Hermione – dizia a Sra. Wesley se aproximando da garota – Rony é muito teimoso, ele sempre teve a certeza que se casaria com você, é muito difícil para ele aceita que a perdeu.

-Pois é bom ele entender isso logo, pois se ele falar mais uma vez assim com minha esposa ou com meu filho, eu juro para a Sra. que você terá um filho a menos –Draco respondeu, tão sério é tão frio que todos os ali presente não duvidaria que ele realmente poderia fazer isso.

-Podemos voltar ao plano? – perguntou Moody.

Eles discutiram os detalhes do plano por mais algum tempo, Hermione permanecia quieta, apenas observava os outros discutir o futuro de sua família, o futuro de Draco como se fosse algo banal. Hermione não pode deixar de admirar a atitude de Draco, enquanto ele estava ali em meio as outros membros da Ordem, ela pode perceber que ele era um estrategista nato. Não se deixava intimidar pelos outros, suas ideias eram sempre consideradas, e sempre quando um problema ou dificuldade era apresentada, ele era o primeiro a ter a solução.

Hermione percebeu que Draco já não era mais um garoto qualquer, ele se tornara um homem, sabia de sua responsabilidade na guerra, tinha total ciência que um passo em falso o levaria a morte instantânea.

Hermione percebeu naquele instante que admirava Draco por inteiro, sua arrogância ao falar, seu cinismo ao responder, sua frieza nos momentos tensos, seus momentos românticos e carinhosos, seu jeito atrapalhado de demostrar o quanto gostava dela. Hermione o olhou e sorriu para ele, admitindo para ela mesma que o amava, e não aguentaria o perde.

Draco sentindo-se observado levantou seu olhar da mesa onde vários pergaminhos eram analisados, olhou ao redor e observou Hermione o fitando com um rosto sereno e um olhar tão amoroso, um sorriso brotou em seus lábios, no mesmo instante nos dela também. Seu coração bateu descompassado a lembrar que aquela linda mulher que o fitava era sua esposa, e que carregava seu primeiro filho em seu ventre. Não tinha mais como negar para si mesmo, a amava. A amava tanto que não aguentaria a perde.

No meio de uma sala cheia, onde a maioria já acreditavam que os dois se amavam, eles perceberam somente naquele instante, naqueles poucos segundos, naquela troca de olhares, naquele sorrisos tímidos que se abriram, que se amavam, e o maior medo de ambos, era se perderem um do outro.