História Uma história de superação... - O acidente e a nova família... (Passado)

Finalmente havia chego o dia que eu e Alina tiramos férias no mesmo periodo... com tudo preparado pra viajar pegamos o carro e fomos em rumo à Serra. Em caminho para lá... começou a chover e estava perigoso. Mas continuamos, pois não faltava muito pra chegar na cidade que ficaríamos, quando um caminhão saiu da pista dele, para uma ultrapassagem, e não nos viu em sua frente, na pista ao lado contrário... foi o momento mais horrível de minha vida até então... pois... eu me "vi" morrendo e perdendo a pessoa mais importante de minha vida... a Lina berrou quando deu de cabeça no teto... e bateu muito nas laterais enquanto capotávamos morro abaixo... meu carro foi destruído toda frente... até que paramos. Estávamos cortados e a Lina inconsciente, com aquela chuva e onde estávamos, seria impossível de alguém nos encontrar. Mas antes de tudo que pensei: "Preciso tirar a Lina desse carro... antes que ele exploda...". Foi que fiz, saí rapidamente, com resto de forças que tinha. Estava desesperado, só deu tempo de puxar a Lina e o carro explodiu. Porém, logo a chuva fez apagar, fazendo que o carro não tenha sido totalmente perdido, na real só tinha pego "feio" mesmo na frente, atrás onde estavam nossas malas consegui tirar algumas coisas e com restos do carro fiz um tipo de uma cabana. Enquanto pegava as coisas do carro... de um modo que não molhassem muito, pois talvez precisássemos de coisas secas mais tarde... e foi nisso que percebi que a Alina estava recobrando a consciência. Fiquei muito feliz agarrei-a pelos braços, esqueci de tudo e tentei-a escutá-la... mas ela não conseguia falar direito...

Alina:

-Ma..ly... (segurou pra não expressar a dor, mas cada término de fala dava um "ai" mais alto) me ... esc...uta... eu... aii... tô... muito ....mal.. se qu...uiser... me deixar ...aqui e .. ir embor...a... Tudo... be..m... cofcofcof aiai.... vai ... se salva..

Eu:

-Alina, eu nunca faria isso. Te largar aqui, muito menos neste estado, estarei contigo até o final... você verá que tudo isso acabará bem aind...(foi essa hora que percebi minha perna estava doendo muito... pois ela tinha cortado... com os ferros do carro... mas não era muito fundo, perto do que via a Lina, era o de menos)... bem. "Eu consigo" (falei baixinho pra ela não escutar)... não se esforça Lina eu te ajudo. Vou terminar de ajeitar essa merda aqui, pra pelo menos só você dormir em meu colo e sem chover em nós, pois você pode ficar mal depois, de novo, não quero que isso aconteça...só torço muito que não infeccione nossas feridas... mas ficará tudo bem, te prometo Alina... Agora já venho... 

Foi então que consegui terminar de montar um tipo de cabana pra nós dois. Peguei a Lina que estava sendo forte demais pra não se deixar abater demais. Achávamos que ela podia ter quebrado a costela, pois reclamava de muita dor ali, então a deitei sobre mim na melhor posição pra ela. Mas sentia ela se tremer de frio, pois apesar de termos trocado de roupa ainda não estava quente o suficiente até que pra mim sim... mas ela tremia ... fiquei preocupado... mas foi aí que vi três lanternas... eu logo gritei :

-Ajuda por favor!! Minha namorada !!! Salvem ela... estamos aqui embaixo... Por favor, nos ajudem...ou pelo menos ela... Por favor.

Os três viram e foram correndo, pegaram a Lina no colo e me levaram escorado em seus ombros. Eram fazendeiros, escutaram barulhos estranhos por aquela parte e esperaram a chuva diminuir pra ver que tinha acontecido. Me disseram ser um milagre nos encontrar e ainda... nos encontrar vivos... pois da onde caímos até aquele, lugar seria muito longe e morro abaixo de onde estávamos. Então tomei um cafe quente. Fizeram alguns curativos na sua casa. Enquanto eu suplicava para que ajudassem a Lina. Ela parecia pior. E cada minuto piorava mais. Mas quando havíamos chego lá, ela estava desacordada de novo, não sabia de mais nada ao certo, disseram que sabiam como ajudá-la. Eu disse "achar" que a costela dela estava quebrada, mas chegou uma senhora mãe deles, se não me engano... e disse:

-Esta menina está gravemente doente... e não é do acidente... mas o problema dela vem da chuva...

Misteriosa assim, após a curandeira ter falado, os três levaram a Lina pra dentro do quarto. Ela deu uma ervas estranhas, refogada em "banho de sei lá o que" pra ajudá-la. Mas não seria pra sempre, nem a curaria, era só para ela não sentir tanta dor. Foi então que a Lina meio que acordou. Toda errada ainda pelos cortes e tudo, mas ela me perguntou:

-Maly... onde estamos e porque não sinto meu corpo?? Tipo, é como se ele não respondesse a meus...cofcofcof... movimentos...mas não sinto nada ... estou ... enjoada... cofcofcof...

Eu:

-Lina por favor não se esforce... fico feliz que não sinta dor... mas suas feridas estão horríveis... então não se mexa muito, porque elas tendem a abrir mais e a hora que esse efeito passar... Você sentirá mais aind...--(fui interrompido por ela naquele momento)

Alina:

--Maly.. naquele cof.. momento... achei que te perderia... fiquei tão deseperada... achei que eu morreria ali... eu tô com sono agora... como se ... boooooaaaaaa (bocejou) tivesse relaxado meu corpo agora pra dormir tranquila...

Eu:

-E o melhor a se fazer mesmo Lina,pois assim que der, nós sairemos daqui. Será melhor se já tiver dormido e descansado bastante antes.

Coloquei-a sobre meu colo de novo e ela dormiu. Logo de manhã, quando a chuva era só uma garoa. Então pegaram nós dois e disseram pra irmos rápido para um hospital. Peguei Alina no colo, a qual assim que acordou parecia estar ainda pior, mas ficava repetindo que estava "tudo bem" só para não me preocupar com ela. Então enfim chegamos no hospital, com minha perna com corte infeccionado, todo errado, a Lina coitada nem conseguia se mexer. Fui levá-la e me pegaram junto. No fim eu pedi pra que me deixassem junto a ela, pois se ficássemos separados, ela poderia querer fugir do hospital assim que conseguisse. Deixaram e a Alina estava com pneumonia aguda novamente. Mas a pneumonia dela não era contagiosa, então meus pais foram nos visitar...

Pai:

-Maly, meu filho... fiquei muito preocupado contigo, quando me falaram que havia acontecido... eu... eu fiquei chocado... Mas você tá bem? Seu corte parece estar infeccionado...

Eu:

-Pois é pai... tá mesmo e só por isso que estou aqui... mas também para ficar junto com a Alina... ela sim que não está nada bem... acho que ela está dormindo... Por isso fecharam essa cortina, sempre que vamos dormir algo assim, eles a fecham, mas normalmente falamos assim mesmo ou eu levanto e abro. Só que na maioria das vezes ela acaba dormindo, também o medicamento dela é um relaxante muscular e também é um calmante, ainda tem também o remédio para tratar a pneumonia e infecçoões que pegou dos cortes...

Pai:

-Meu Deus filho... não sabia que era tão grave... sua mãe, teu irmão, teu tio e teu primo estão lá fora. Eu só vou dar uma olhadinha na Alina e dar lugar pra eles, só não sei se teu primo poderá entrar...mas acho que tudo bem... tchau filho. Talvez de noite no segundo horário de visita eu volte... beijos fica bem... quando a Alina acordar manda um oi meu e melhoras...

Assim que o pai saiu, a mãe entrou e falando comigo disse assim:

-Filho, eu trouxe seu tio aqui... mas acho que talvez você não lembre dele... pois a única vez que se viram foi a distância quando você tinha três anos... ele disse que está por aqui neste momento... que está pensando em nem voltar pra casa dele no estrangeiro... ele disse que será muito triste te conhecer numa situação dessas... mas que ele precisava vir te ver, já que esta por aqui... então vou sair e deixá-lo entrar.. não temos muito tempo, então... vou rápido tchau filho. Você é forte, vai superar isso tudo junto com a Lina. Tá bem? Fui. Beijos. A noite eu venho... Ah só mais uma coisa... os pais da Lina vão vir talvez só no feriado... então que eles sentem muito mas não tem como virem... bem boa tarde filho, estou indo... vê se descansa um pouco... a mãe te ama.

Logo que ela saiu entrou meu tio tão misterioso... que já conhecia?! Sim... eu conheci não faz muito tempo estava trabalhando pra ele até então...ele era...: 

-Oi... eu sei que não te conheço...(enquanto ele entrava no quarto e fechava a porta foi falando até nos vermos...) mas achei que agora que estou aqui por um longa temporada é uma boa hora de conhecer meu ... empregado?! Espera... Maly? Você é meu sobrinho?

Eu:

-Eduardo? Você é meu tio? Pera... então o Vini que é meu primo? Meu Deus ...

Eduardo:

-Se você é meu sobrinho e sua namorada que se acidentou contigo... É ela aquela aqui do lado dormindo... então essa é a famosa Alina? A qual o Vini chama de mãe?

Eu:

-Sim é ela... (me seguro pra não começar a chorar de novo... Alina estava realmente muito mal) mas como você soube que ele nos chamava de pais...?

Eduardo:

-Maly aprenda uma coisa... crianças não guardam segredos... mesmo que queiram muito kkkk... só espero que vocês dois melhorem... Vini está lá na rua louco pra entrar, mas não pode... ele estava ansioso para conhecer seus primos o real e a emprestada... mas disseram que ele não poderia... foi melhor... se ele visse vocês dois nesse estado... principalmente a Alina ele morreria se tivesse que... ver sua... mãe de novo mal ... muito mais se a Alina tives..--

Eu rapidamente o interrompi:

--Eduardo... tio... sei lá... por favor... não termine sua frase nada acontecerá... tá bom... ela... ela... ficará bem... ela prometeu pra mim...

Eduardo:

-Claro. Pode deixar Maly... não falarei mais.. até porque você está totalmente certo... ela ficará bem. Pode ter certeza...vocês são jovens e se recuperam fácil. Vai ficar tudo be..-- 

Nisso Vini entra no quarto correndo... pois queria nos conhecer de qualquer jeito, até perceber que era eu e a Lina... pois é ... quando ele viu a Lina, pulou pra cima dela... e começou a chorar e gritar...

-Mãe não me deixa de novo... nãããoo... porque ...? Você me disse que não viraria heroína... que você é uma mulher normal... com problemas e surpresas normais... feliz e triste como qualquer uma... volta... por favor... 

O que não esperávamos... é que todos abalados com aquela cena que ficaram paralisados... e a Lina... tem um sono leve... mesmo quando não deveria acordar em menos de meio dia... vimos uma cena super emocionante.. nunca pensei que ficaria tão emocionado com ato dela se mexer um pouco e piscar... e falar... sim... Ela tirou o oxigênio da boca devagar... tossiu bastante, abraçou o Vini que apesar de estar a machucando ela parecia estar nem aí... ela falou oquê nunca esqueci nem esquecerei...

-Vini..cofcof... ai.. que está fal..ando de mim...?? cofocofocf... Eu sou uma mulh..er norm...al... entenda... nunca te deixaria a..ssim... cofcofocof.. tão banalmente... afi... nal você é meu...fil...hote... cofcofo... so vi...ni ... por favor... já ..pode s..air ... de ci...ma.. poi...s está doen...do um pou..quinho cogfocofcofo aiai...

Nessa hora que acho que nos ligamos que estava acontecendo e desparalisamos... o Eduardo pegou Vini no colo, o qual berrava que queria ficar ali com a Lina.. eu só fiquei olhando pra ela... dei tchau pro Vini o qual me abraçou bem forte e disse:

-Te amo pai... mãe... eu volto..pra ver vocês...

Alina:

-Também ... te amo. Beij...cofcof...os.

Eu:

-Também te amo Vini... vou te visitar assim que sair daqui e tratar com teu pai sobre como ficará a história do trabalho... beijos...

Nisso eu me virei e perguntei a Lina...

-Tá melhor? Você está conseguindo respirar melhor já?

Alina:

-Melho..cofocofocof... rei um pou...aii... co mas... não ... consigo respirar sem nada... ainda... direito...cofcofocoff...

Eu:

-Tá então, coloca logo essa máscara de oxigênio de volta... até iria aí... mas máximo que consigo agora é te dar a mão...

Nós demos as mãos... expliquei tudo que aconteceu... ela pegou uma hora e passou muito mal... tiraram ela dali e fiquei desesperado... mas voltaram... ela teria que ficar num quarto separado... pois seu caso não teria como tratar como meu... ou eu ficaria sem visitas total, ao lado dela... ou ela ficaria separada de mim... e eu poderia nem ter mais horário de visitas tão restrito... talvez separados ambos ficassem melhores... quando me explicaram toda situação disse... "não me importa..." eu disse que nunca a deixaria internada e só, dentro de um hospital... e pedi para as tias dela que me colocassem no mesmo quarto que a Lina. Então nos colocaram lá... apesar de sem visitas e tudo mais.. estar ali com ela ao decorrer do tempo parecia fazer bem a ela... minha ferida estava curada quase... mas Lina parecia ter que ficar mais um tempo... e se eu saísse ... não me deixariam visitá-la... ali começava a corrida contra meu tempo de cura... para curá-la junto.. o mais rápido possível... nem que fosse para melhorar só o suficiente para ser mandada para um quarto normal...  Eu queria acabar com aquilo de uma vez.