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História Uma História Sherlolly na Era Vitoriana - Confissões


Escrita por: JessicaRoffe e Lucidium09

Notas do Autor


Hi, mais um capítulo fresquinho para vocês, infelizmente não terá música nesse 😭

Boa leitura!

Capítulo 5 - Confissões


Fanfic / Fanfiction Uma História Sherlolly na Era Vitoriana - Confissões


O brilho intenso da luz do sol refletida nas peças e paredes brancas daquele quarto feminino despertaram Sherlock, abriu os olhos devagar e a consciência de onde estava fez com que procurasse assustado sua companhia. Sorriu e respirou aliviado ao vê-la resplandecente ao seu lado. Linda e tranquila, perfeitamente adormecida, seria bem interessante acordar com aquela visão todos os dias. Aproximou-se de sua face e falou doce ao seu ouvido.
- Molly, minha dama, necessito ir agora, se não sair de seu lado agora posso ficar tentado a enfrentar seu pai hoje mesmo. – Sherlock viu que ela havia despertado com sua fala e abria lentamente os olhos brilhantes.
- Já amanheceu? – Falou sonolenta. Sherlock só sorria afirmando. – Vá então, não podemos correr mais riscos do que já corremos. – Sherlock fez um bico infantil e lhe disse.
- Nem mesmo um cumprimento ou quem sabe uma declaração de amor. Sou tão descartável assim milady? – Molly fez um cenho maternal e disse divertida.
- Quantas vezes terei que dizer que te amo para que se convença? – Alisou o rosto másculo do detetive. – Minhas ações não bastaram? Dormistes comigo em minha cama, dei-lhe provas suficientes que eis quem eu quero e amo.
- Assim está melhor! – Exclamou o detetive ao selar os lábios da Hooper com um beijo doce. – Quando eu definir a quantidade certa de declarações eu lhe comunicarei, talvez por carta ou talvez eu invada seu quarto novamente. – Riu sapeca.
- Aguardarei, meu corsário. – Rebateu altiva.
Os dois poderiam passar mais um tempo naquele romance típico de namorados, mas uma batida na porta despertou ambos para o perigo eminente.
- Senhorita Molly, senhorita Molly... Estás bem? Já está tarde senhorita, se estiveres doente posso lhe ajudar. Vou entrar sim... – Falou em frente a porta a dama de companhia da Hooper. A maçaneta da porta de seu quarto sendo girada. O pânico invadiu os dois amantes e ambos se ergueram rapidamente.
- Estou bem, estou bem! Acabei de acordar! Não se preocupe comigo e não precisa entrar. – Falou Molly urgente enquanto vestia sua camisola resgatada do chão. Sherlock se vestia o mais silenciosamente possível. – Não verdade não quero que entre! – Completou aflita.
- Tens certeza senhorita, parece nervosa... – Insistiu a dama de companhia.
- Tenho! Por favor não insista, descerei em breve para o café. – Respondeu enquanto atava a gravata de Sherlock enquanto este calçava seus sapatos. A dama de companhia da Hooper acatou a ordem dada e se retirou da frente de seu quarto.
Ambos vestidos, ele com suas roupas completas e ela com sua camisola e seu robe por cima, foram em direção a sacada, primeiramente ela saiu buscando se seu pai ou algum empregado estavam no jardim, ninguém a vista e ela deu sinal para que ele saísse do quarto e também ficasse na sacada. O Holmes também verificou a área e quando já estava com os dois pés calçados do lado externo da sacada, pronto para pular para o térreo, chamou Molly para se aproximar de si.
- Eu te amo Molly. – Disse enquanto soltava uma das mãos para lhe tocar na face.
- Eu também te amo Sherlock. – Respondeu enquanto o beijava mais uma vez, afinal duvidava que um dia pudesse não querer beijá-lo a todo o instante. O beijo foi quebrado quando ele se soltou da sacada e caia para o jardim, aterrissando perfeitamente enquanto ainda lhe sorria. Molly suspirou enquanto o via se afastar e entrou rápida quando mais uma vez sua dama lhe chamava a porta.
Sherlock a viu entrar no quarto e um estranho vazio o tomou, que sentimento era aquele? Que necessidade fisiológica era aquela de estar ao lado daquela dama? Amor?!? Suspirou, provavelmente era isso mesmo. Quando já se preparava para sair da propriedade Hooper deu de cara com o Dr. Hooper, o médico carregava um jornal e entrava no jardim. A expressão sisuda e mal-humorada do Hooper o atingiu em cheio.
- O que faz aqui em minha propriedade Holmes!!! – Perguntou brusco.
- Bom dia Dr. Eu vim aqui para conversar com sua filha, a Dra. Hooper, sobre o corpo de um homem em que a mesma vez a autopsia. – Mentiu calmo. – Deves está ciente que eu prendi o mandante do assassinato do homem em questão, como ainda tenho que juntar provas, queria a opinião da doutora sobre alguns detalhes.
- Sim. – Respondeu sério. – Acabei de ver a notícia no jornal. Mas o senhor estava saindo de minha casa e não entrando? – Perguntou curioso.
- Sim senhor, não o encontrei e deduzir que teria saído. Não achei de bom tom entrar em sua casa para falar com sua filha sem a presença do senhor. – Disse o mais indiferente que pôde o detetive.
- Achou certo detetive. – Rebateu seco. – Fala-se por Londres de sua índole suspeita quanto a mulheres. De qualquer forma, minha filha ainda não acordou e prefiro que trate de assuntos de trabalho no hospital. Sou unicamente obrigado a lhe suportar lá. Portanto não venha mais a minha casa tão cedo para conversar com minha filha. – Disse explicativo. – Ademais, o atual pretendente de Molly poderia não gostar da ideia. – Concluiu já se retirando.
- Pretendente? – Disse Sherlock azedo. – Não sabia que casaria sua filha Dr. Hooper.
- Não é da sua conta detetive. Por favor se retire. – Disse lhe apontando a saída enquanto rumava para a frente de sua casa.
- Sim doutor. – Falou Sherlock a contragosto. Teria que bolar um plano para conquistar o doutor Hooper para enfim poder despojar sua filha. E aquele pretendente... Ahhh!!! Daria um jeito nele, nenhum outro se aproximaria de sua dama. Ele não permitiria.
...
O detetive pegou um cabriolé na frente da casa dos Hooper e pouco depois estava chegando em seu flat. Estranhou a porta aberta e entrou de surdina, quando enfim descobriu quem o estava esperando em casa fechou a cara em desgosto.
- O que faz tão cedo em minha casa Mycroft?
- O que faz tão cedo fora de casa irmão? – Rebateu o Holmes mais velho.
- Um caso.
- Um caso envolvendo a cama da doutora Hooper eu presumo. – Disse simples enquanto se sentava e apoiava o queixo no guarda-chuva. Sherlock o olhou indignado.
- Foi longe demais Mycroft. Não tem o direito de me espionar! – Disse feroz.
- Não perco meu tempo lhe espionando irmão. Mas as deduções são óbvias. E tenho que dizer Sherlock, isso já foi longe demais. Nunca me intrometi em seus romances fugazes pois sabia que eram apenas aventuras sem importância. Você nunca se permitiu ficar fragilizado por ninguém. O que está fazendo agora Sherlock? A senhorita Hooper não é uma de sua conquista fúteis irmão!!!
- Não!!! Não é! – Disse Sherlock se virando para dá as costas para o irmão. – Eu realmente a amo. Então não se intrometa Mycroft. Eu a quero pra compartilhar a vida comigo.
- Está se ouvindo irmão? Acha que por quanto tempo essa brincadeira de casinha vai durar? – Falou Mycroft exaltado. – Ela é uma moça de família, uma donzela se não fosse sua intromissão naquele baile. O pai dela te odeia e você não é considerado um bom partido para uma moça honrada. Ademais, que futuro pretende dá a ela, está com você é perigoso para qualquer um, por isso sempre estamos sozinhos irmão.
- Não. Posso protege-la, sei disso. Não vou abrir mão da dádiva de ser amado por ela. Posso conquistar o Dr. Hooper e ser qualificado pra estar ao lado dela. Eu posso.
- Está errado. – Disse seco.
- Não, é você que está errado. – Disse Sherlock apontando o dedo para o irmão. - Ela não será minha fraqueza, ela me dará forças. Não vou abrir mão dela.
- Que seja. Não vou mais me intrometer. – Bufou resignado. – Bem que sabia que isso aconteceria quando os vi dançando no baile. São muito parecidos mesmo. Era questão de tempo para que vocês se apaixonassem.
- Como? Então você sabia quem era ela desde o começo?? – Sherlock estava indignado.
- Claro. Vi os dois dançando no baile. O vi a perseguindo até aquele quarto. E esperei você sair de lá como sempre fazia, mas você não saiu. Soube depois que ela saiu do mesmo quarto primeiro que você, sozinha. E no dia seguinte você me procura querendo uma lista dos convidados do baile. Poupe-me Sherlock, foi simples deduzi que você se enamorou da senhorita Hooper.
- Por que então não me disse logo quem ela era?!!
- Porque achei que seria apenas uma de suas obsessões passageiras. Notoriamente estava enganado! – Suspirou mais uma vez.
- Eu passei uma semana inteira me remoendo pra saber quem ela era e você sabia o tempo todo?? – Estava possesso o detetive.
- Viu como o amor nubla o raciocínio... Você deveria ter enxergado a identidade dela em poucos minutos de conversa e não em vários dias.
- Saia da minha casa Mycroft! - Falou firme.
- Não. – Respondeu conciso. – Não falei o assunto que me trouxe aqui antes de identificar que não passou a noite em casa por estar dormindo no quarto de uma dama da alta sociedade. – Disse a contragosto.
- Não quero saber! Saia!!! – Falou apontando a saída.
- Nem mesmo se forem novidades sobre o executor da morte do caso do esgrimista decepado? Isso é bem maior do que pensamos irmão.
Sherlock parou, aquele caso era realmente diferente dos demais, ele podia sentir e mesmo com muita raiva do irmão, sentou-se no sofá e deu sinal para que o mesmo continuasse.
- Sherlock, irmão meu, o Sr. Harisson não abriu a boca sobre quem ele contratou para realizar o assassinato do Cooper, mas minhas investigações me levaram a crer que esse é só mais um dos crimes encomendados a um “consultor do crime”, alguém que já burlou muitas leis e cometeu muitos crimes para a aristocracia inglesa. Sherlock, esse homem tem muitos contatos e é muito perigoso. Se começarmos a investiga-lo podemos enfrentar várias armadilhas.
- Ninguém está acima da lei, esse homem deve pagar por seus crimes. – Respondeu Sherlock enquanto raciocinava sobre as informações do irmão.
- Pensei que responderia isso, naquela pasta tem tudo que eu sei sobre esse consultor, não é muito, mas é tudo que tenho. Deixo o resto com você. – Disse Mycroft ao apontar para a pasta em cima da lareira e depois se erguer. – Outra coisa irmão, isso é perigoso, tem certeza que quer se envolver emocionalmente com alguém agora? Pode está colocando-a em perigo consigo.
- Me deixe em paz Mycroft.
- Tudo bem, mas espero que saiba que sua “amada” está sendo cortejada por outro e antes que me pergunte sobre ele eu lhe adianto que tanto a família Hooper quanto a família Moriaty são de alto prestígio e poder em Londres e na Inglaterra como um todo, logo esse casamento seria muito bem visto pela Rainha Vitória, então pense bem Sherlock. A senhorita Hooper teria um futuro bem promissor ao lado do Professor James Moriaty.
- Molly será minha esposa! Nem a rainha mudará isso. – Disse Sherlock segurando a ponte do nariz. – Agora vá Mycroft. Acordei muito bem, mas você me deixou com dor de cabeça.
- Como queira irmão. Só tenho uma dúvida. Como pretende conquistar o Dr. Hooper? – Disse com um sorriso nos lábios o Holmes mais velho.
- Não é da sua conta. Já tenho um plano traçado. – Respondeu Sherlock.
- Não vai dá certo. – Rebateu Mycroft.
- Sai!!!!!! – Gritou o detetive enquanto seu irmão se dirigia a porta do flat.
- Cuidado Sherlock, não quero ter que explicar pra mamãe por que o filho mais novo foi morto por conta de estar no quarto de uma moçoila de família. – Disse Mycroft enquanto Sherlock se levantava e batia a porta na sua cara.
...
Na casa dos Hooper’s, depois da saída furtiva de Sherlock.
- Senhorita Molly, deixe-me entrar. – Disse a dama de companhia da Hooper. A Molly lhe abriu a porta a senhora entrou aflita no quarto. – Por favor Molly, eu tentei não me intrometer, mas isso é muito perigoso. Preciso saber se para a senhorita ele vale mesmo todo esse risco?
- O que? Do que está falando? – Disse Molly assustada.
- Senhorita, por favor não tente mentir pra mim... Minha mãe lhe criou desde a morte de sua mãe e depois eu me tornei sua dama de companhia, nos conhecemos a muito tempo. Sei que a senhorita estava com um homem no quarto, eu mesmo ouvi a voz dele. E devo acreditar que este homem foi o mesmo que lhe deflorou no baile de máscaras. Primeiro eu cheguei a pensar que a senhorita tinha sido vítima de uma violência e não queria falar nada para não envergonhar a casa de seu pai, mas agora eu acredito que a senhorita esteja mesmo enfeitiçada por esse homem. Só assim permitiria que ele dormisse em seu quarto. – Disse aflita.
- Vais me entregar ao meu pai? – Perguntou Molly incrédula.
- Não senhorita, não poderia. Mas deve entender que isso é muito grave e muito perigoso, se esse homem estiver só se aproveitando da senhorita, ele será sua desgraça.
- Ele me ama e eu o amo. Ele quer pedir minha mão ao meu pai. – Disse Molly saudosa ao relembrar as palavras do detetive.
- Então temos um desastre maior ainda. A senhorita já está comprometida, hoje mesmo o senhor Moriaty virá aqui lhe cortejar. A não ser que seja ele o seu amado a senhorita estar presa a esse compromisso.
- Não me casarei com Moriaty, só me entregarei a Sherlock. – Molly disse decidida.
- Sherlock?? O Holmes??? Deus!!! Era ele aqui em seu quarto? Seu pai o detesta senhorita, tudo se complica mais e mais.
- Ajude-me por favor, não sei porque meu pai me comprometeu assim, mas não posso me casar com esse homem quando só amo outro. – Disse Molly segurando suas mãos.
- Tudo bem senhorita, sempre estarei do seu lado, mas isso será extremamente perigoso, estas disposta a aceitar isso?
- Sim. Farei tudo para ser dona de meu destino. - Fez uma pausa e continuou. - Então quer dizer que o Professor Moriarty vem aqui hoje? 
- Sim, ele mandou uma carta para seu pai dizendo que viria hoje lhe fazer uma visita. – Edith, a dama de companhia, já ajudava Molly a se arrumar para tomar o café da manhã na presença de seu pai, logo após o café os dois iriam para o hospital. 
- Hohh!! Que traste, não perde tempo! - Disse segurando e logo abotoando o espartilho enquanto sua dama enlaçava os cordões atrás. - Eu não sei porque tenho tanto medo daquele homem, que horas ele vem?
- Ele vira as 17:00h senhorita. - Molly bufou.
Quando ficou pronta desceu para encontrar seu pai devidamente acomodado na mesa para o desjejum.
- Bom dia papai! - Disse Molly radiante dando-lhe um beijo no rosto. 
- Bom dia! Vejo que acordou muito bem-disposta, que bom, pois hoje o Senhor Moriarty vem visitá-la, portanto deverá estar em casa antes das 17:00h devidamente vestida e arrumada. - Disse enquanto Molly tomava seu lugar na mesa.
- Sim, compreendo o motivo da visita, e sim, também tive uma boa noite de sono, só não sei se estarei em casa antes das 17:00h, não prometo nada, posso ter muitos afazeres no necrotério ou no laboratório... - Quando ela ia continuar ele a interrompeu.
- Não se preocupe querida, qualquer coisa Anderson dá conta dos afazeres. 
- Nem me fale de Anderson! Ele é tão pior quanto o Senhor Holmes, e acredite papai ele faz uma bagunça por onde vai. - Deu um pequeno sorriso por conta do duplo sentido da frase e o cobriu com a xícara de café que tinha nas mãos.
- Falando do Holmes, acredita que o encontrei em nosso jardim esta manhã. - O Hopper encobriu o rosto com o jornal e continuou. - Ele queria falar com você, é realmente um ser desprezível, já não basta ter que aturar suas estranhezas no hospital agora vem lhe procurar em nossa casa, realmente este homem não tem freios! 
Quase que Molly derrama todo o líquido de sua xícara quando ouviu o que seu pai lhe contara, mudou rapidamente a postura para a anterior que estava para não dar brecha para que seu pai desconfiasse do seu silêncio.
- A excentricidade persegue aquele homem, provavelmente quer o relatório de um dos corpos que está no necrotério. – Falou com calma.
- É, é ele falou algo do gênero.
Logo mudaram de assunto e assim que acabaram de comer foram para o hospital, quando chegaram na frente do Bart’s, Molly acabou ficando um pouco atrás de seu pai, não viu quando um homem esbarrou nela e saindo tão rápido quanto ele apareceu, olhou para baixo e percebeu que o homem tinha deixado cair algo, quando apanhou a carta viu que a havia seu nome, sorriu pois sabia quem era o remetente da carta, a guardou rapidamente antes que seu pai percebe-se.
Quando entrou no necrotério rapidamente abriu a carta para ler seu conteúdo.

Minha querida Molly,
Desculpe me pelo modo que consegui arrumar para que possamos manter um contato, o homem que esbarrou em você se chama Wiggis, ele é altamente confiável, ele sempre estará à disposição para que você possa me manter informado do que acontece de interessante no necrotério e no seu coração, esse último é o qual tenho mais interesse de saber o que se passar, mas acredito que se houver mais casos para mim no hospital eu possa passar mais tempo em sua doce companhia que aprecio tanto, mal espero pelo nosso próximo encontro. 

 

 Do todo seu,
Sherlock Holmes 

 

Molly não deixou de sorrir o dia inteiro, infelizmente não tinha nenhum bom caso para que Sherlock fosse alertado, limitou-se a trabalhar e quando percebeu já era hora de retornar para casa e se arrumar para o encontro com o Professor Moriarty, não queria dar pistas ao seu pai sobre uma possível investigação sobre o real motivo desse noivado com Moriarty, como provavelmente seu pai não deixaria que ela falasse com Holmes tentaria a todo custo parecer o mais passível e conformada possível com relação ao casamento.

...
Já estava em casa se arrumando no seu quarto com a ajuda de Edith. Molly olhava para a cama lembrando tudo o que ela e Sherlock tinham feito na noite anterior, não pôde controlar um certo calor ao lembrar dos detalhes do corpo do detetive, suspirou.     
- Senhorita Molly, por favor tente controlar seus suspiros, vai acabar atraindo os olhares de seu pai. 
- Como posso controlar essas coisas se é meu corpo que está pedindo por mais momentos a sós com ele. - Disse com os olhos fechados. 
- How Deus! Não fale essas coisas Molly, não pode se entregar a ele de corpo e alma assim! 
- Tanto posso com já fiz! Eu o amo e sei que ele também me ama. - Disse deitando na cama abraçando os travesseiros e pode sentir ainda que um deles tinha o cheiro do perfume do Holmes. – Como eu quero acordar todos os dias sendo inebriada com esse cheiro! 
Foi possível ouvir o tocar da campainha e ambas sabiam quem era.
- Vamos senhorita, não elegante uma dama fazer seu cavalheiro esperar por muito tempo. 

Molly se pôs de pé e arrumou o vestido marrom, saíram do quarto e  caminharam  juntas para a sala de estar onde Moriarty estava. Ao entrarem na sala viram que seu pai e James estavam conversando, era nítido que seu pai sempre estava na defensiva e Moriarty um tanto relaxado, isso a deixava sob estado de alerta de perigo, como aquele homem tinha tanto poder sobre as pessoas? Sempre que pensava isso, calafrios lhe percorriam a espinha, os olhos de Moriarty pousaram sobre elas e ele lhe deu um sorriso como cumprimento. 
- Molly, James veio visitá-la. – Disse o Dr. Hooper.
- Boa tarde Professor Moriarty. - Disse com toda a formalidade a doutora. 
- Não há mais necessidade de me chamar com tanta formalidade minha cara Molly, já estamos em um patamar diferente. - Jim pegou uma das mão de Molly e depositou um simples beijo. 
- Mesmo assim, Professor, gosto de manter a formalidade.
- Acredito que queiram conversar um pouco a sós, para se conhecerem melhor, além do mais tenho alguns documentos no escritório que me aguardam. – O pai de Molly iria se retirar, Molly o olhou incrédulo, como ele podia fazer isso e deixá-la sozinha com Moriaty! 
- Não se preocupe Cris, ficaremos bem a sós. - Jim deu um breve sorriso para o Doutor Hopper.
Molly não sabia o que fazer, pedir para o pai ficar ou aceitar permanecer na sala com aquele homem, em um breve momento teve uma brilhante ideia que cairia bem. Sempre poderiam andar pelos jardins da propriedade Hooper. Haviam mais empregados e testemunhas caso Moriaty tentasse alguma indiscrição com a jovem.
- Senhor Moriarty, por que invés de ficarmos aqui nessa sala não vamos dar um passeio no jardim? O que me diz?
- Tudo bem, se a senhorita assim prefere. - Disse e estendeu o braço para ela. - Mostre-me o caminho.
Molly ainda sentia uma angústia profunda por estar ao lado daquele homem enquanto faziam as trilhas do jardim em silêncio, o observou com um pouco mais de atenção e como o silencio já estava constrangedor tentou puxar assunto.
- Então, o que o senhor gosta de fazer nas horas livres? - Talvez esse fosse um excelente momento para tentar descobrir algo em relação aquele homem. 
- Bem, eu gosto de cuidar dos meus negócios que vão além da universidade, ser matemático não é só uma das minhas especialidades. - Deu um sorriso para ela. 
- Entendo. – Ele estava sendo evasivo. Molly percebeu prontamente.
- Vamos falar de você Molly. - Eles pararam próximo de uma árvore que ficava um pouco distante da entrada da casa. Taticamente escondida dos olhares de todos, Molly percebeu tarde demais que estava sendo guiada propositalmente para aquele lugar. - Diga-me, o que espera do nosso relacionamento? 
- Não sei o que esperar do senhor... - Ela baixou a cabeça para olhar para as mãos, era uma pergunta estranha, realmente não sabia o que esperar. 
- Que bom, ser indecifrável é uma coisa boa para mim. - No momento que ele falou isso ele a prensou contra a árvore e lhe arrancou um beijo brusco e forte. 
Com o susto e a sensação de estar nas garras daquele ser desprezível Molly o empurrou e lhe deu um tapa no rosto fazendo com que a face de Jim ganhasse instantaneamente uma coloração vermelha e as marcas de seus dedos, o olhar dele a encontrou devagar e num rompante de raiva rapidamente ele segurou o pulso de Molly apertando com muita força.
- Solte, por favor, está me machucando!
- Como um ser como você pode ter tanta força nas mãos? Tão frágil e delicada. Será tão divertido subjuga-la a meu bel prazer. Gosto de domar feras como você.
- Não sou tão frágil e delicada quanto você pensa! Você é que mereceu o tapa, um homem na sua posição não deveria agir como um ser animalesco! - Jim apertou mais o pulso dela e Molly já sentia que aquilo estava indo longe demais, sabia que uma marca se formaria no local de pressão. 
- Você não deveria falar assim com um homem, é perigoso demais para alguém como você! - Por fim ele soltou e ela se esgueirou através das plantas, indo em direção a casa, deixando-o só no jardim. 
Era tanto medo que Molly sentia daquele homem, tanta angústia, só queria que alguém pôde-se protegê-la de tudo aquilo, subiu as escadas, entrou em seu quarto e trancou a porta, só sairia dali quando tivesse certeza que Moriarty não estaria mais em sua casa. Pensou se deveria contar o ocorrido para seu pai, mas ele parecia estar tão submisso a Moriarty quanto ela, e se contasse a Sherlock provavelmente ele cometeria alguma loucura, então iria guardar para si aquela terrível ocasião, esconderia a marca roxa que já se formava em seu pulso e pedia para os céus que Sherlock encontra-se logo algum bom motivo para que ela saísse daquele terrível noivado.



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