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História Uma história Shikamaru: Sombras do Passado (ShikaTema) - Quando uma imagem fala


Escrita por: Nara-Sannin

Notas do Autor


Hoje, sem mais delongas...
Capitulo novo.

Capítulo 13 - Quando uma imagem fala


Capitulo XIII: Quando uma imagem fala.

(...) Ele estava certo, eu não tive outra opção a não ser desfazer o possessão das sombras. O rei estava em cheque, tudo o que eu podia fazer era assumir uma posição defensiva e pensar num movimento de contra-ataque e pode apostar que eu faria isso. — Sorri ao perceber o tamanho do desafio que eu tinha pela frente.

— Tá bom cara, vou jogar conforme o seu jogo, agora se você encostar num fio de cabelo da Temari, eu juro, eu viro a mesa e acabo com você. — Ameacei.

— Pode ficar tranquilo, eu jogo conforme as regras, além disso eu só quero o melhor para minha vila, mas... se eu fosse você eu me apressaria ou seu amigo Sai pode partir dessa pra melhor. — Ironizou.

Coloquei Sai nas minhas costas e voltei ao acampamento, percebi que uma de suas metades me seguia de perto.

— Como faz falta a droga de um jutsu medico! — Exclamei.

Por sorte meu clã tem uma enciclopédia medica completa e há alguns meses atrás eu andei a folheando. Caminhei um pouco e reuni algumas ervas medicinais para evitar inflamação e acelerar cicatrização entre outras.

Voltei ao acampamento, abri a mochila da Temari em busca de bandagens, mas só achei artigos de higiene e beleza feminina além de um encadernado com capa acolchoada que estava entreaberto, dei um olhada e por coincidência vi uma coisa que conhecia, um desenho muito bem feito da grande ponte Naruto, localizada no País das ondas. Resolvi guarda-lo comigo. Caminhei até a mochila do Sai e a abri, a maioria das coisas ali dentro eram pergaminhos, canetas e um tinteiro, mas bem no cantinho havia um pacote de bandagens, ia pegar somente o pacote mas meditei por um instante e resolvi pegar tudo.

Agura que observava cada movimento que eu fazia desconfiou de algo:

— O que você esta fazendo mexendo nessa mochila ai?

— Relaxa, eu só estou pegando bandagens para ele. — Apontei para Sai.

— E esses pergaminhos?

— Estão todos em branco. — Disse abrindo um a um.

— E vai fazer o que com eles?

— Acho que não seria nada convincente estarmos negociando lá na aldeia do trovão e no meio da reunião soprar pra mim quais são as “necessidades de sua vila”, isso ia dar a entender que você esta me chantageando, como de fato esta, mas para o nosso acordo não seria bom que os kages descobrissem isso. Então seria melhor se eu tivesse por escrito suas exigências.

— Ou talvez você pudesse decora-las. — Disse em resposta.

— Você vai ficar ditando ate eu decorar? — Perguntei.

Ele finalmente entendeu e deixou de implicância.

Primeiro eu esfreguei as ervas que tinha em mãos, passei  nos ferimentos de Sai e coloquei as bandagens. Logo após, munido de caneta e tinta escrevi uma a uma as coisas que Agura havia exigido.

Já começava a anoitecer, Sai já havia acordado e já sabia de tudo, era hora de seguirmos viagem...

(...)

— Voce acha mesmo que o Shikamaru vai colocar tudo a perder por minha causa? — Era Temari discutindo com o Agura que havia ficado para vigia-la.

— Tenho certeza que vai. — Disse calmamente enquanto virava o peixe acima das brasas.

— E o que te faz ter tanta certeza?

— Ele não ia deixar acontecer nada com sua namoradinha e como se isso não bastasse você é irmã de um kage, então ficara feio para ele deixar que algo aconteça com você.

— Ele não é meu namorado.

— Não? Mas pode ter certeza que ele gostaria de ser, é só olhar o jeito que ele te olha ou como ele ficou quando você deu um gelo nele.

— Mesmo que seja verdade, ele sabe que a paz no mundo ninja e a vida de todas as pessoas que serão prejudicadas se esse tratado for assinado são muito mais valiosas que a minha.

— Me diz uma coisa Agura — Temari continuou — você planejou tudo isso, mas e depois quando todo mundo souber o que você fez? Acha que você vai sair impune?

— Talvez sim, talvez não, não da pra saber, mas depois que todos assinarem, os kages, os senhores feudais e representantes de algumas vilas independentes, o tratado não poderá ser revogado a não ser que todos incluindo eu concordarem com isso, essas são as regras, e é obvio que isso não vai acontecer. E mesmo que me matem depois terá sido um sacrifício em prol do meu povo, valerá a pena.

— Não tem que terminar assim — Temari tentava o convencer — você sabe que ele pode conseguir um acordo justo para sua vila. Ainda da tempo, é só você por um ponto final nisso.

— Justiça é eles pagarem tudo o que devem a nós, a aldeia dos artesãos cansou de migalhas e restos, isso não nos interessa mais.

— Por falar em melhor parte — ele continuou — nossa comida esta pronta. — Disse tirando o peixe do fogo.

— Por favor, pense... — Temari pediu pela ultima vez.

— Xiii! — Agura pediu silencio a Temari que estava amarrada — não é nada educado falar enquanto se esta comendo.

(...)

Passamos a noite e invadimos a madrugada caminhando, era uma viagem dura, estávamos atravessando uma montanha já que contornar toda a cadeia delas nos custaria tempo demais, tempo que não temos, a trilha era estreita e a queda mortal, já exaustos decidimos parar à entrada de uma pequena caverna e descansar sob os olhares atentos de Agura.

— Aonde você vai? — Desconfiou Agura.   

— Vou fumar um cigarro enquanto decoro seus malditos termos, pode ser? — Respondi de forma ríspida.

Peguei minhas coisas e me afastei um pouco, me sentei no chão, encostei minhas costas contra uma pedra e deixei os pés balançarem sobre o vazio. Remexi o bolso ate achar o isqueiro e acendi um cigarro. Senti o ar fresco da madrugada bater no meu rosto enquanto via as luzes da aldeia do trovão, não estavamos a mais que umas cinco ou seis horas de caminhada. Aproveitei a luz da lua para ler, retirei da mochila o pergaminho que havia escrito as coisas que Agura queria do tratado, o desenrolei, dei uma boa olhada, inevitavelmente sorri.

Tudo certo.

Risquei mais uma vez o isqueiro, queimei o pergaminho e o joguei no abismo.

— Vamos ver o que você tem desenhado Temari. — Falei pra mim mesmo.

Seus desenhos não eram uma copia perfeita de algo, mesmo não sendo colorido demonstrava muito sentimento, ela tinha uma arte própria, cheia de traços, rabiscos, cheia de alma. Seu caderno era quase como um diário de bordo, onde ela registrava momentos marcantes em suas viagens pelos países ninjas, até por tinha cinco divisões, uma pra cada país. Resolvi abrir logo no país do fogo, mais especificamente na aldeia da folha; me surpreendi ao ver que a primeira imagem era minha, estava imortalizado ali um momento que aconteceu inúmeras vezes, eu encostado com os braços atrás da cabeça no portão da entrada da aldeia da folha enquanto sorria pra Temari que chegava toda empoeirada — mas feliz — da longa viagem.

 A segunda ilustração também era minha, eu estava deitado debaixo de uma arvore olhando as nuvens enquanto Temari me observava de longe. Continuei folheando e vi que a terceira, a quarta, a  quinta e as demais ilustrações eram todas minhas, a ultima eu me recordo bem: Éramos nos dois sentados um de frente para o outro enquanto a chuva escorria pelo lado de fora da vidraça do Social Rooster.

Como eu sou um idiota, nunca percebi nada.

— Ahh Temari, porque você nunca falou nada?

— Falando sozinho ninja? — Zombou Agura.

— Falar ajuda a memorizar. — Disse

— É bom que esteja tudo na sua cabeça porque nos já vamos seguir viagem e lembre-se, lá eu sou Agura da vila dos artesãos, Kenimaru da vila dos construtores não pode vir.

— Fique tranquilo, já tenho tudo planejado. — Sorri para ele.

— É bom mesmo, ou você já sabe o que vai acontecer com a garota. — Ameaçou.

A luz do luar iluminava os nossos passos à medida que nos aproximávamos da aldeia do trovão, é uma pena que ela não tenha o poder de iluminar também meus pensamentos que agora estavam meio turvos depois de tudo o que aconteceu, era muita coisa, mesmo pra minha cabeça.


Notas Finais


Obrigado a quem leu e a quem comentou no capitulo passado.
Espero que tenham gostado do capitulo, parece que os sentimentos da Temari ficaram um pouco mais claros né.
Acho que é por isso que dizem que "uma imagem vale mais que mil palavras"
Até o próximo capitulo


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