Nikitaka estava sentado na cama de seu quarto, lendo Alice no País das Maravilhas pela cagagésima vez na sua vida.
— É um bom livro, de fato. – ele comentou, chegando no final do livro.
— Bom vai ser você vir me foder de uma vez – ouviu uma voz conhecida chamar.
O rapaz fechou o livro e olhou para a fonte da voz, levemente confuso.
Saiko estava sentado na sua mesa, seminu, de pernas abertas, de pau duro e expondo seu cu para Nikitaka.
— Tá esperando o quê? – outra voz falou, dessa vez, vindo de trás da sua cama.
Ao olhar para a fonte da segunda voz, ele encontrou outro Saiko, totalmente nu, sentado e de pau duro também.
— Que porra é-
Um outro Saiko surgiu, na sua frente, totalmente vestido. Ele fez as calças de Nikitaka desaparecerem e começou a chupar o pau dele com vontade.
Assustado e confuso, Nikitaka tentava afastar o outro do seu membro, mas era uma tarefa muito difícil, já que Saiko estava praticamente grudado no pau dele.
O Saiko nu abraçou Nikitaka por trás e lambeu seu pescoço, causando um arrepio semelhante ao que sentira quando o bilhetinho roçou na mesma região durante a aula de Literatura.
— Nikitaka-chan – O Saiko que estava em cima de sua mesa o chamou novamente – você não vai vir comer?
As bochechas de Nikitaka quase entraram em combustão espontânea quando ouviu aquelas palavras.
— Vai se atrasar pra escola! – ouviu uma voz feminina gritar.
Nikitaka acordou suado e ofegante. Estava deitado embaixo dos travesseiros e ao seu lado, o livro Alice no País das Maravilhas estava aberto e com umas páginas amassadas.
— Eu tô avisando!! – a voz gritou mais alto. Nikitaka sabia quem era a dona da voz; Ren trabalha para sua família desde que ele nasceu.
O garoto pulou da cama, meio tonto e abriu um pouquinho da porta para responder Ren.
— J-já tô indo, ok? – ele respondeu rapidamente.
— Já devia estar lá – ela reclamou e se retirou.
Ren já não tinha paciência pra interagir com seres humanos. Na verdade, não tinha paciência pra nada na vida, nem pra ela mesma. 67 anos nas costas e trabalhando firme e forte.
Nikitaka foi ao banheiro, tomou um banho rápido, vestiu o uniforme reserva, pegou a bolsa e desceu as escadas até a sala de jantar, onde se realizam as refeições nas casas de ricos.
Seu pai estava lá, comendo onigiri e conversando com um homem desconhecido.
— Bom dia... – ele cumprimentou e se sentou para comer.
— Bom dia, filho – o pai de Nikitaka é um clássico pai de protagonista de anime: mais gostoso que o filho, mas um pai ausente e distante – Bem, como eu ia dizendo...
Nikitaka não se importou em ser ignorado, apenas comeu em silêncio. Já estava acostumado.
Depois de comer, e receber uma bronca rápida da Ren por estar atrasado, ele foi escovar os dentes e finalmente ir para escola.
Não se sentia nem um pouco encorajado à voltar para a presença de Saiko, principalmente depois daquele sonho bizarro.
Ah, aquele sonho...
Nikitaka nunca tivera um sonho tão estranho em toda a sua vida...
Ele apertou o passo, tentando esquecer os três Saikos ninfomaníacos do seu sonho e também pra poder entrar na escola.
Chegou e o porteiro já estava com as chaves na mão para trancar o portão.
— Eu vou trancar, não quero saber – o senhor de idade meio avançada resmungou com sua voz de velho fumante.
Nikitaka correu e conseguiu entrar, quase derrubando o porteiro.
— Mil desculpas, Ike-san! – ele correu pelo corredor, e conseguiu entrar na sua sala.
Felizmente, ainda não havia nenhum professor lá.
Ele suspirou e se dirigiu ao seu lugar.
Deu bom dia pras garotas e não se importou de reforçar o bom dia para Saiko, que estava sentado na carteira atrás da sua.
— Bom dia – Saiko falou de um jeito simpático.
— Hm – foi a resposta de Nikitaka.
Ofegante, o garoto jogou a mochila por cima da carteira e buscou fôlego. Como todo bom otaco fedido, ele é um péssimo atleta.
Saiko parecia inquieto com algo, notou Nikitaka, porém, antes que dissesse algo, a professora de química chegou. Era uma mulher um pouco cheinha, bastante bonita, de uns 26-28 anos.
— Bom dia, turma – ela cumprimentou antes de bocejar gostosamente – nossa, não sei pra quê começar o dia tão cedo...
A aula passou e logo a segunda aula estava pra começar, quando Nikitaka notou que estava ouvindo um barulho estranho.
Será que tem um enxame de algum bicho por perto? Pensou e então espiou pela janela. Não viu nada.
Porra é essa? Eu tô ficando surdo??
O professor de artes apareceu na porta da sala usando um abrigo azul escuro e com um apito pendurado no pescoço. Ele claramente não viera para dar aula de artes.
— Bom dia, pessoal – ele cumprimentou da porta – vamos dar uma exercitada? Não é só de livros que vive um estudante, né? – ele deu uma risadinha – vamos, vou mostrar os vestiários, espero que todo mundo tenha trazido o uniforme de Educação Física, hein!
Nikitaka não trouxera o uniforme.
E pelo suspiro de Saiko, ele também não.
A turma saiu preguiçosamente da sala, Nikitaka foi direto falar com o professor.
— Senhor – ele chamou – eu realmente esqueci do uniforme – ele admitiu levemente envergonhado.
— Puts, cara – o professor fez uma cara dramática – olha, eu vou deixar passar porque é a primeira aula, tá? – Nikitaka concordou – E como eu sou bacana, eu vou te deixar ficar na sala, desde que você se comporte ok? Não fica zanzando por aí.
— Sim, obrigado professor – Nikitaka agradeceu quase com lágrimas nos olhos.
Esse é o melhor professor que eu já conheci!, Pensou feliz, voltando pra sala.
— Aproveita e da uma estudada, tá? Não perde tempo!
— Sim senhor! – ele se virou para responder e viu Saiko chegando pra falar com o professor também.
Toda a felicidade momentânea de Nikitaka foi trocada por um mau pressentimento terrível. Que logo foi confirmado quando Saiko andou na sua direção.
Ele iria dividir a sala vazia com Saiko durante FODENDOS SESSENTA E CINCO MI NU TOS...
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