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História Uma historinha yaoi BL gay muito ruim - Consulta


Escrita por: FUJOSHI_P0H4 e Fernandolinke

Notas do Autor


Olha só, segundo capítulo da noite!

OH!

Boa leitura~~~

Capítulo 42 - Consulta


Segunda-feira, oito da manhã, no consultório da mãe do Saiko, Kira Midori, o dia estava normal. Sol e nuvens decoram o céu claro, mas o ventinho estava de arrepiar até os ossos.

Cedo da manhã ela havia mandado o filho e o sobrinho pra escola, havia deixado comida pro filho mais velho e dito pra ele as mesmas palavras de sempre: "não se preocupa, seu mangá vai ser ótimo" e saiu com sua irmã, deixou ela na universidade e foi pro consultório, arrumou algumas coisas e estava pronta pra receber seu primeiro paciente.

Seu consultório não se parece nada com o que você pensa de um consultório, mais parecia a sala de uma casa: dois sofás confortáveis, uma mesinha de centro com um arranjo de flores de plástico cujo vaso estava em cima de um trilho de mesa feito de crochê, um carpete cinza que deixa o vermelho dos móveis mais bonito, várias estantes com livros e, claro, o bloco de notas da psicóloga "Harada". Midori vai mudar o nome em breve.

Ouviu batidas na porta e foi atender.

— Bom dia! – sorriu.

— Bom dia – a garota respondeu timidamente. Estava usando um sobretudo turquesa e uma bota de couro cara, seu lindo cabelo liso e negro estava solto e as marcas no pescoço estavam mais fracas.

— Naomi, não é? – deixou que ela entrasse.

— Isso mesmo – entrou.

— Pode se sentar, sinta-se a vontade – acompanhou a garota até o sofá – eu sei que está escrito "Harada", mas eu mudei de sobrenome recentemente, então se puder me chamar de Kira eu ficaria muito grata – se sentou no sofá e pegou seu bloco de notas e sua caneta com desenhos de gatinhos rosa.

— Tudo bem – estava um pouco rouca.

— Então, Naomi-san, como você está? – perguntou olhando gentilmente pra garota.

— Eu... Tomei suspensão da escola porque briguei com meu namorado no intervalo – falou, estava bem encolhida no sofá.

— Ah, entendo – sorriu – é uma escola muito rígida?

— Sim, ela é a famosa "escola para otaku" – olhou em volta.

— Ah, sim, meu filho e meu sobrinho também estudam lá – sorriu – mas eu posso perguntar por que brigou com seu namorado?

— Ele está passando por um momento difícil – suspirou – a família dele é muito rígida com ele e com seus irmãos e ele se sente mal por isso e só tem a mim pra descontar...

— Descontar?

— Ele é muito temperamental.

— Entendo – anotou algo rapidamente – então, como é a relação de vocês? Você e ele?

— Nos damos bem quando ele não está bravo – olhou para o bloco de notas na mão da psicóloga como se tentasse ler o que estava escrito.

— Sim, se não não estariam em um relacionamento – sorriu.

— É – deu uma risadinha – no geral ele é um pouco distante, mas eu sei que ele me ama.

— Estão juntos há quanto tempo?

— Dois anos – pareceu pensativa por um momento.

— É bastante tempo – comentou.

— É mesmo – concordou e deu uma risadinha.

— Como você descreveria pra mim esses anos?

— Foram bons anos... Teve uma época ruim, mas também muitas épocas boas.

— E essa época ruim que você teve foi parecida com essa que você está passando?

— Foi sim – admirou suas unhas pintadas de preto por um instante – mas desta vez é um pouco pior...

— Quer falar sobre isso?

— Quero – olhou nos olhos de Midori.

— Tudo bem – sorriu – pode me contar o que quiser.

— Vai manter tudo em segredo, não é? – tinha um olhar um pouco estranho.

— É claro que sim – respondeu – tudo que você conta aqui, fica aqui.

— Ok – sorriu, só que era um sorriso estranho – Ano passado, mais ou menos no início do ano essa garota ficou no mesmo grupo que ele em um trabalho enquanto eu fiquei em outro.

“Ela era grudada nele. Não saía de perto por nada, nem quando eu estava junto e mesmo depois da entrega do trabalho ela continuou junto dele.

Eu falei pra ela se afastar, mas ela disse que era apenas uma amiga e que estava tudo bem. Mas ela tinha outra intenção com o Akihito, eu tinha certeza... Então comecei a passar o máximo de tempo que eu podia com ele, pra evitar que ela conseguisse roubar ele de mim...

Mas ela não saía de perto. Nunca.

Em outra oportunidade, eu levei ela pro terraço e falei pra ela sair de perto da gente. Sabe o que ela disse?” olhou nos olhos da psicóloga com um olhar meio doente.

— Ela negou? – respondeu.

— Ela disse que não podia.

“E continuou grudada na gente. Até que, um dia, nas férias de verão, eu tive que ir no dentista porque meu dente siso estava incomodando.

Eu saí muito tarde do consultório e estava meio grogue por causa do remédio, então eu pensei que fosse imaginação minha... Mas não era...

Ela estava passeando de mãos dadas com ele.”

— E como você tem certeza que viu?

— Meu amigo estava comigo e também viu.

“Depois disso eu fui procurar ela pra falar mais uma vez. E infelizmente eu achei.

Mandei ela mudar de escola e ela começou a chorar, a vadia. Se fez de vítima e disse um monte de merda sobre estar sendo chantageada pelo Akihito e pediu pra eu ajudar ela.”

O olhar da garota estava muito estranho pro gosto de Midori, que a cada palavra ficava mais confusa com a história.

— Dois meses se passaram e ela continuou colada na gente... Sabe o que eu fiz depois disso?

— O quê?

— Eu matei o cachorro dela pra mostrar o que eu podia fazer com ela se continuasse com aquela historinha...

Agora o rosto de Midori era uma mistura de choque e confusão.

— Mas não deu certo, ela falou pro Akihito e ele ficou contra mim...

“Decidi o que eu faria com ela depois que eu e ele brigamos feio e quase nos separamos...

Sabe o amigo que eu mencionei, né? Ele se chama Yato Hiroshi e ele é o filho do chefe Yato... Da Yakuza...

Eu pedi pra ele me seguir no sábado, na aula de reforço... E ele foi porque ele gosta de mim... Ah, ele levou uma arma.

Na saída eu levei ela pro terraço de novo e disse pra ela se afastar. De novo.

Ela veio com a mesma história de sempre e eu perdi a minha paciência.

Yato estava do meu lado, com a arma na mão pra assustar ela.

Eu só peguei a mão dele e dei um tiro na cara daquela vagabunda.”

Midori estava perplexa, pela primeira vez em toda a sua carreira ela não sabia o que dizer pra alguém.

— Depois disso eu e Akihito tivemos outra briga e eu descobri que ele tinha fotos dela nua no celular e que estava ameaçando publicar aquilo se ela não se submetesse...

A psicóloga não tirou os olhos da garota, pensava que ela poderia sumir do nada e ser apenas fruto de sua imaginação. Mas não era.

— E dessa vez está se repetindo... – olhou no fundo dos olhos da mulher – ele tem fotos comprometedoras de dois garotos, na verdade, e está interessado neles... – sorriu cabisbaixa – ele esqueceu de novo que é meu...

— Nossa...

— Kira-sensei, você sabe quem é um desses garotos que ele tem foto?

Midori sentiu um mau pressentimento seguido de um sentimento de pura confusão.

— Não, não sei...

— Ele se chama Harada Saiko, eu já tentei ameaçar ele. Coloquei uma droga em uns chocolates e ele comeu, mas não consegui me aproximar dele quando foi parar na enfermaria e nem quando ficou na cadeira de rodas; sempre tinha alguém perto dele.

Agora a mulher estava assustada.

— S-Saiko, você diz?

— É o seu filho, não é? – seu sorriso era ainda mais doente – Akihito-kun tirou uma foto dele o do namorado enquanto estavam se masturbando no jardim da escola.

A notícia fez a mais velha ficar extremamente confusa.

— E eu vi que vocês tem um gato em casa – se levantou – cuide bem dele.

— Espera, menina, sente-se, vamos...

— Se você for pra delegacia me denunciar, eu vou saber – foi até a porta – meu pai é o delegado.

E então ela foi embora, deixando Midori em choque no seu consultório vazio.


Notas Finais


Gostei bastante de escrever esse capítulo, pensei muito sobre o passado dela e fiquei esculpindo isso desde que botei ela na história

Espero que você tenha gostado também

Boa noite <3


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