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História Uma historinha yaoi BL gay muito ruim - Essa história de que o cavalheiro paga a conta não vale aqui


Escrita por: FUJOSHI_P0H4 e Fernandolinke

Notas do Autor


Sem criatividade pra título de novo, favor respeitar

Nos vemos nas notas finais porque eu quero

Boa leitura ~~~~

Capítulo 89 - Essa história de que o cavalheiro paga a conta não vale aqui


— Rei-kun – Midori desligou o celular e pegou uma balinha de morango do saco de balas que estava sendo destruído naquela noite – você não vai ir dormir?

— só mais esse episódio, tia – estava quase dormindo ali, mas não queria ir pro quarto ainda.

— Não vai dormir muito tarde, você tem aula amanhã – aconselhou – e não fique esperando o Saiki, se ele voltar vai ser tarde, você sabe – se levantou e fez um carinhosinho nos cabelos loiros do sobrinho.

— eu sei, tia... – sentia-se culpado porque não iria obedecer a mais velha.

— Ok, então boa noite – bocejou e saiu da sala.

Queria esperar Saiki chegar pra dormir com ele pois, por algum motivo, seus pesadelos são menos frequentes quando está com o primo.

Sabia que corria o risco de dormir ali ou então de sua mãe aparecer e correr ele pra cama, mas não se importava.

O anime era ruim, então ele podia se divertir apontando as partes erradas e isso o manteria acordado.

* * *

Nunca tinha conversado tão bem com alguém na sua vida inteira.

— ... E aí eles falam que eu sou chata e inconveniente, mas tipo, eles me dão raiva, sabe? – tomou um gole do seu suco – os dois se gostam e ficam de mimimi e quando eu falo pra se pegarem de uma vez ficam putinhos comigo! Vê se pôde!

— Às vezes é complicado, Yumi-san – era a primeira conversa onde se sentia confortável em dar a sua opinião – a ansiedade consome a sua alma como um demônio sedento – estava cem por cento filósofa hoje – é incontrolável.

— Não consigo entender, sabe? – estava fascinada com as palavras bonitas de Akemi – ok, não é como se eu não tivesse ansiedade, mas tipo, tem horas e tem horas, sabe? – não conseguia explicar direito – quer dizer, tem horas que mesmo que eu não queira e eu tenha que falar, eu falo – lembrou da sua declaração no banheiro do cinema e suas bochechas ficaram levemente coradas.

— É muito doloroso ser forçada a fazer algo que não se quer... – lembrou das dietas radicais que sua mãe lhe forçava goela a baixo e se sentiu triste.

— é... – começou a repensar algumas de suas decisões – mas não é como se eu tivesse forçando, né?

— Isso você tem que perguntar pra eles – arrumou seus óculos no rosto, eles estavam quase caindo.

— Vou fazer isso depois... – suspirou e viu a tela do seu celular ligando sozinha, havia recebido uma notificação – ih, será que é o meu pai? – pegou o aparelho.

Era uma mensagem da sua mãe, "você não vai vir pra casa não?" e logo depois "Esqueceu que é dia de vir pra cá?".

— Eita – deu um sorrisinho sem graça e explicou a situação em poucas palavras pra sua mãe – minha mãe quer que eu vá pra casa...

— Ah – não queria se despedir dela tão cedo, mas se era a futura sogra, digo, a mãe dela que estava mandando, não tinha muito o que se fazer...

— Queria que ela fosse mais que nem o meu pai, sabe? – começou a desabafar – ela é meio controladora e o meu pai é mais – estufou o peito e fez uma voz grossa – "se você quer sair, sai, só não engravida" – riu.

— Queria que os meus fossem assim também – acompanhou a risada da outra – por isso que eu tô na casa da Aikawa agora...

— Ah é, você e seus irmãos fugiram de casa, né?

— É, lá era insuportável...

— que pesadelo...

— Totalmente.

Um barulhinho de mensagem interrompeu as duas; "Volta antes das onze e meia então" a mãe de Yumi mandou.

— Ela mandou eu voltar antes das onze e meia... – viu a hora no celular – tenho uma hora livre ainda – sorriu – mas minha casa é meio longe, dá uns... Trinta minutos de caminhada...

— Se você quiser eu posso te acompanhar... – achou uma ideia estúpida e completamente idiota.

— Sério? – achou uma ideia incrível, até imaginou uma cena de shoujo clichê e logo depois uma ideia completamente radical passou pela sua cabeça – v-você não quer ficar na minha casa? – não conseguiu se segurar.

— Eh? – corou violentamente – ah, e-eu não posso, vou começar a estudar na Ueda a partir de amanhã...

— Sério? – seu mundo foi destruído – que pena...

— É...

— V-vamo indo então? – se levantou – deixa que eu pago a conta...

— Ah, não, Aikawa me deu dinheiro pra pagar... – se levantou também.

— Eu insisto.

— Então vamos dividir a conta – propôs.

— Me parece justo, porém eu pago, minha cara – continuou insistindo – Nem tenta me parar – cantarolou.

Mas acabaram dividindo a conta mesmo assim, tinham comido pratos caros...

* * *

Se a situação fosse um anime, seria Banana Fish; triste pra caralho e só acontece desgraça.

Estavam assistindo um filme na Netflix, um filme francês muito bom chamado Raw, que tem várias cenas... Ruins? Não, peculiares, talvez.

Já estavam quase no final do filme e aquela cena estava perturbando a mente de Akihito, que teve que desviar o olhar.

Tinha escolhido aquele filme porque a sinopse deixava parecer que era apenas violência e gente se comendo no sentido literal da palavra, não pensou que aquela desgraça ia ter cenas de teor sexual. Mas enfim, agora estava vendo a protagonista se agarrando com o francês filho da puta gostoso do caralho lá.

Não ousou olhar pra Aru, se o fizesse estaria pondo a virgindade dele em risco e jogando fora a pouca sanidade mental que tinha (faz um teste de sanidade aí (hahaha humor & piadas)).

Depois de vários segundos desconfortáveis, finalmente o fuc fuc em francês havia acabado e era seguro olhar pra televisão novamente, os dois pensaram.

Mas, pelo menos pra Aru, não era seguro.

— E-ela comeu ele? – estava em choque com a quantidade de sangue que seu cérebro adicionou a cena.

— É – achou engraçado o jeito como o Shiroi colocou aquela cena em palavras.

— não consigo olhar – escondeu o rostinho no braço de Akihito, sem nem perceber que estava despertando um demônio sedento por suco de testículos.

— Acabou já – disse depois de alguns segundos, quando a cena mudou.

— t-tá – com os olhos quase se mesclando com as bochechas, largou o braço do Yamamoto e olhou pra tela um pouco hesitante.

Os dois se forçaram a sentar corretamente enquanto assistiam o final confuso do filme, um tentando esquecer as cenas sexuais e o outro tentando ignorar a quantidade exorbitante de sangue que achava que tinha ali.

Quando acabou, os dois estavam aliviados.

Não foi o melhor filme, mas Akihito odiou ter assistido a ele todo tenso, provavelmente assistiria de novo em outra ocasião.

— Bom, agora sim eu vou pra casa – viu a hora no celular e amaldiçoou sua tia e seus irmãos por não mandarem mensagem pedindo pra que voltasse.

Aru ficou em silêncio e com a cabeça baixa.

Por que ele quer tanto ir embora? Eu fiz alguma coisa que ele não gostou?, pensava todo inseguro.

— Que foi? – achou muito fofo o biquinho involuntário que o Shiroi estava fazendo, sentiu vontade de mordê-lo.

— Nada... – desfez o biquinho.

— Então por que essa carinha? – se amaldiçoou por falar no diminutivo.

— É que... – desviou o olhar – d-desde que você chegou você quer ir embora... – corou – e-eu fiz alguma coisa que você não gostou? – sentiu os olhos começarem a arder.

O desespero inundou silenciosamente o corpo do jovem Yamamoto e ele quase abraçou o amiguinho ali mesmo e o fez ser dele.

— Aru – estava quase tremendo de tanto se prender ali – você não fez exatamente nada de errado – suspirou – é que eu não quero te incomodar, por isso eu...

— De novo essa história? – não estava mais triste e sim puto – Eu já falei pra você que eu gosto da sua companhia! – pensou que era a hora perfeita pra se declarar, mas se lembrou que o Yamamoto provavelmente iria sentir nojo dele.

— Ok ok, entendi – engoliu um discurso inteiro de "eu sinto o mesmo e além disso eu te amo e quero comer o seu cu" – mas falando sério – não entendeu o porquê de ter dito isso, mas já tinha falado mesmo – amanhã eu... – seu coração derreteu com aquela expressão que Aru estava fazendo – ok – suspirou – você quer que eu durma aqui, não é?

— s-sim...

— Tá bom, mas você vai ter que me dar carona amanhã pra casa porque eu não trouxe nada, nem uniforme e nem material – pensou que expondo essa condição, faria Aru desistir pela preguiça de acordar mais cedo.

— Não tem problema nenhum pra mim – seus olhinhos brilharam.

— Ok, vou avisar a Aikawa... – foi discar o número da tia.

— Eu vou ir tomar um banho pra dormir – se levantou – você quer ir também?

— Com você? – sabia que ele só tinha se atrapalhado com as palavras, mas mesmo assim existia um fundo de seriedade na sua provocação.

— N-não! Não era isso que eu queria...! – se ofendeu com a risada alheia e começou a fazer uma carinha de emburrado.

Mas antes que a discussão seguisse, Aikawa atendeu a chamada do sobrinho.

— Alou! – ela tinha uma voz macia de bêbada e havia muito barulho onde ela tava.

— Oi Aikawa – se distraiu com a saída de Aru – eu vou dormir na casa do Aru...

— Tá bom, mas tu tem au... – fez uma pausa – au... Como fala?? – alguém riu dela e chamou ela de "cadela" – aula, issso, tu tem aula amanhã...

— Eu sei – deu uma risadinha – não se preocupa que eu não vou me atrasar pra aula.

— Tá, eu vo desliga que o garçom tá loco pra me dar o cu – algumas pessoas riram e alguém duvidou dela – xau!

— Tchau.

Devia ter ligado pra Akemi e não pra ela, pensou enquanto digitava uma mensagem pra irmã avisando que iria chegar tarde, imaginou que ela estaria ocupada estudando ou já estaria dormindo e não queria atrapalhar ligando.

* * *

— Frio pra caralho – Yumi abraçou os próprios braços depois de tentar puxar a blusinha mais pra baixo e falhar miseravelmente.

— É, eu devia ter pego um casaco... – Akemi não sofria tanto quanto a outra porque sua roupa cobria toda a sua barriga e pernas.

— Eu sabia que devia ter colocado uma calça – passou as mãos nas coxas pra gerar um pouco de calor, mas isso só fez suas mãos ficarem geladas – e olha que é primavera, era pra estar fresco e não frio!

— É – notou que estava falando muitos "és" – mas eu gosto de frio – se distraiu olhando pra uma árvore.

— Eu prefiro calor, mesmo que seja ruim pra se vestir – apontou pros peitos avantajados – é uma batalha cada vez que eu vou colocar sutiã...

— eu entendo um pouco, mas o meu problema não são os peitos... – é foda ser gorda no verão moçada, disso eu e a Akemi sabemos.

— Entendo... – seus olhos foram puxado pro brinquinho de flor azul que era ocultado pelos cabelos da garota.

Não conteve o impulso a tempo e acabou tocando a orelha dela repentinamente, fazendo-a se assustar com o toque.

— Ah, desculpa – tirou a mão rapidamente – n-não queria te assustar.

— ah, t-tudo bem – corou.

— Muito fofo o seu brinco – elogiou – combina com você...

— obrigada... – sentiu que deveria retribuir o elogio, mas sua boca não conseguiu se abrir pra falar.

— Er... – estava nervosa por ter agido impulsivamente, sua mente só conseguia pensar em quão fofa Akemi é – então, você vai pra Ueda mesmo?

— Vou sim...

— P-por quê?

— Porque eu não quero estudar na escola que o diretor é "meu pai" – fez aspas com as mãos – e porque a Aikawa-san não tem condições de nos manter lá...

— Entendi... – viraram uma esquina e já estavam chegando – bom, estamos chegando já – comentou – quer entrar e tomar um chá?

— E-eu acho que vou pra casa – desviou o olhar – não quero deixar o onii-san sozinho...

— Ok, você que sabe – sentiu um nervosismo avassalador varrer seu cérebro que nem uma avalanche e esmagar seus pulmões e seu estômago – a-a gente se vê então...

— É...

A ansiedade segurou as pernas de Yumi ali na calçada, mas sua natureza impulsiva moveu seus braços e quando ela percebeu, estava segurando o rosto de Akemi e beijando a sua testa.

— A-até mais...! – sorriu depois de se afastar.

— a-a-a-a-até... – havia se transformado em um tomatinho fofo.

A Yamamoto fez um reverência e começou a ir embora bem rápido, seu rosto totalmente vermelho.

ELA É FOFA PRA CARALHO!!! surtou enquanto entrava em casa.

Akemi correu todo o caminho de volta pra casa, pensando sobre aquele beijinho afetuoso e sobre o seu coração que batia mais rápido do que o normal.

* * *

Finalmente era a vez de Akihito tomar banho. Nem pensou em provocar Aru falando que ele havia demorado, porque também iria demorar.

Nem olhou pra banheira, foi direto pro chuveiro, ia ser o mais rápido que pudesse depois de demorar.

Parecia estar no cio, cada coisa que o Shiroi fazia, cada mínima coisa, Akihito conseguia transformar em algo sexual na sua cabeça e isso estava o enlouquecendo. E agora era a hora de liberar sua imaginação e tentar se satisfazer sozinho.

Não deu tempo nem de dizer "ok" pra si mesmo, os pensamentos sobre Aru já o invadiram com toda a força e ele se perdeu em meio a tantas fantasias.

Imaginava Aru usando fantasias sexuais de bichinhos; Aru vestido de gatinho todo fofinho miando e chupando seu pau, Aru vestido de coelhinho totalmente lindo (essa fantasia também se transformou em um roleplay mais complexo quando Akihito inventou de se meter na história com uma fantasia de lobo) e depois das roupinhas de bichinhos, o Yamamoto começou a imaginar o outro vestido de empregada sexy, depois de diabinho, de anjinho e por último pensou em como a pele branquinha dele ficaria marcada se fosse amarradinho...

E então começou a ir pro "estágio dois" da sua loucura: BDSM.

Gozou com a imagem de Aru de quatro com vários vibradores bullet no cu, com os bracinhos amarrados, vendado e pra finalizar, com um cinto de castidade de metal, cuja chave pertencia apenas a Akihito.

Ok, agora ele precisava terminar o banho de uma vez, já estava a muito tempo ali.

Terminou de tomar seu banho e saiu do banheiro com uma toalha na cintura, lembrando ali mesmo que seu corpo estava cheio de hematomas e ele havia esquecido da pomada o dia inteiro.

Chegou no quarto de Aru como um homem diferente, estava mais calmo, tinha libertado todas as suas fantasias no banho e agora não iria ter mais pensamentos impuros! Ou era isso que ele pensava.

Abriu a porta, olhou pra dentro do quarto e...

— Ah, você já voltou...

Aru.

Está.

Usando.

Pijama.

De.

Ursinho polar.

Quase fechou a porta e se jogou das escadas.

Do que valeu? Do que valeu aquela punheta? Era pra ele ter se acalmado!

Filho da puta, xingou mentalmente enquanto tentava a todo custo ignorar a fofura extrema que estava logo na sua frente, mas isso era uma tarefa quase impossível.

— Aki? – estranhou o olhar de Akihito – não vai entrar?

Mordendo a parte interna da sua bochecha, ele deu um passo a frente.

— E-eu vou fazer uma coisa lá – apontou pra um lado aleatório – deixei uma roupa aqui pra você – apontou pra roupa que estava em cima da sua cama – já volto.

— Tá – estava sentindo o gosto do seu próprio sangue na boca.

O Shiroi passou pelo Yamamoto e foi andando até a porta e, pelo canto do olho, Akihito viu que aquele pijama tinha rabinho.

Eu vou morrer, se sentou na cama, não passo de hoje, olhou pro teto, ele não percebe que é um gostoso da porra??

* * *

Já estava no último episódio do anime, seus olhos estavam secos e sua visão estava turva.

Saiki não chega... suspirou, acho que vou ter que ir dormir sozinho... não queria fazer isso, mas não tinha escolha, vou esperar até o episódio terminar...

Mas quando a protagonista começou a correr na abertura, os olhos de Rei se fecharam...

...E se abriram quando a protagonista andava no encerramento.

Ouviu a porta se abrindo e pessoas rindo baixinho.

— Sai-chan, vamos dormir juntinhos! – uma voz masculina falava manhosa.

— "Sai-chan" o caralho, me larga porra – Saiki estava genuinamente irritado – não...! – barulho de tapa – não me toca seu filho da puta!

Indignado por alguém ter tocado em seu Saiki, o loiro se levantou e foi até a entrada de casa mirando seus braços na cintura do Kira e abraçando imediatamente a região.

— você voltou... – fechou os olhos e sorriu todo bobinho.

— ihh Hatori, tu perdeu pra uma criança! – outra vez masculina desconhecida estava rindo.

— por que você ainda tá acordado? – segurou os ombros do primo – você tem aula, Rei! – tentou soltar o abraço mas não conseguiu.

— Vamo embora! – uma voz feminina apareceu, era Aikawa – deixa o Saiki comer o primo dele em paz!

— Saiki... – chamou – você tá cheirando a cerveja – reclamou ainda abraçando ele.

— Rei, sai – estava entrando em pânico com as risadinhas dos outros, não queria mais pessoas chamando ele de "pedófilo" que nem a Aikawa.

— não, quero dormir com você – apertou ainda mais o abraço.

— vem pra fila, garoto – o homem que Rei deduziu que tocou em Saiki riu.

— tá, vocês querem fazer o favor de ir embora? – perdeu sua paciência.

— é gente, vamo deixar eles em paz – a Yamamoto fez um carinho na cabeça do loiro – vai que é tua, Rei – encorajou.

Depois disso o mais velho arrastou o primo pra dentro de casa e fechou a porta.

— me larga, Rei – mandou – eu ainda tenho que trocar de roupa...

— não... – estava confortável pra caralho ali.

— o que você quer pra me soltar? – resolveu negociar.

— quero dormir com você...

— em qual sentido? – seu senso estava nublado pelas cinco garrafas que tinha bebido.

— dormir...

— ok, me solta pra eu trocar de roupa pra gente dormir, então – deus uns tapinhas nas costas dele.

— tá... – largou o abraço.

Saiki rapidamente começou a ir até seu quarto, tentando andar em linha reta e não esbarrar em nada, o outro vinha logo atrás e parou pra desligar a televisão.

O Kira já estava trocando de roupa quando o loiro chegou no quarto.

— pode se deitar – falou enquanto colocava uma blusa com o desenho do Kakashi de Naruto.

— uhum... – caiu de cara na cama.

— me dá um espaço... – pediu quando já estava pronto pra dormir.

Nos seus últimos momentos de consciência antes de pegar no sono, Rei virou de barriga pra cima e ergueu os braços, pedindo um abraço do primo, que não resistiu e deitou por cima dele.

— boa noite – disse enquanto se acomodava em cima do mais novo.

— ti amu... – respondeu com a voz cansada.

* * *

As pétalas de cerejeira caíam ao redor de Aru e deixavam a manhã ensolarada incrivelmente bonita.

Estava vestindo o uniforme da Ueda e segurava em suas mãos um envelope rosa com um adesivo de coração, mas não tinha intenção de entregá-lo. Tinha escrito coisas realmente vergonhosas ali, então iria guardá-lo pra si e confessar seus sentimentos pela fala e não pela escrita.

A sua frente, Akihito vestia o uniforme da Yamamoto e lhe olhava confuso. A brisa da manhã batia nos seus cabelos e os balançavam suavemente, cobrindo e logo depois revelando seus olhos negros curiosos.

— E-eu te a-amo – foi direto ao ponto, seu rosto estava completamente vermelho e suas mãos estavam geladas.

Abaixou a cabeça esperando uma resposta.

E ela veio.

Ela veio igual um tapa na cara.

Akihito começou a rir.

Não era uma risada nervosa de "oh meu Deus! Como não havia percebido?! Oh!" era uma risada divertida e até mesmo um pouco cruel...

— Você tá falando sério? – ele tinha um sorriso maldoso no rosto.

— sim... – desviou o olhar.

Akihito começou a rir com mais força, como se aquilo fosse a coisa mais engraçada da sua vida.

Mas de repente ele ficou sério.

— Você tá mesmo falando sério, Aru? – ele olhava de cima, com superioridade – depois de você ter me deixado pra trás, me abandonado pra ir pra França, depois de tudo o que eu fiz por você?

— eh? – sentiu aquelas palavras apertarem o seu coração – e-eu não...

— Não me dá disculpinha, Aru – se aproximou – eu te protegi todos os dias desde que a gente se conheceu e você nunca retribuiu, Aru – segurou a gola do uniforme do Shiroi e o tirou do chão – sabe quanto tempo eu gastei com você? – o olhar dele era assustador, parecia que iria matar a qualquer momento.

As lágrimas começaram a sair.

— E você não consegue nem me responder, né? – deu uma risadinha escrota – sempre chorando por tudo, né Aru? Só o que você consegue fazer é chorar – jogou Aru no chão com força, as costas dele fizeram um barulho alto com o impacto – não consegue se defender sozinho, né? Você depende de mim pra fazer tudo...

— n-não... – não queria que isso acontecesse – A-aki e-eu te amo... – repetiu, queria que ele ouvisse seus sentimentos e pelo menos o rejeitasse devidamente.

— Nojento – toda a sua expressão demonstrava que aquelas palavras eram verdadeiras; ele sentia nojo de Aru – você acha que eu vou namorar com você? – deu as costas e saiu rindo.

— E-espera! – tentou se levantar, mas suas pernas não se mexiam – Akihito! – chamou, mas ele não teve nenhuma reação – Akihito!! – gritou mais alto – Akihito!! – começou a rastejar atrás dele, mas parou quando viu aquela cena.

Uma garota de uniforme azul chegou perto de Akihito e segurou seu braço.

— Akihito...?

O Yamamoto olhou nos olhos do Shiroi e deu um sorriso maldoso.

— Eu gosto de mulheres, Aru – segurou as mãos da garota, que olhou para Aru também, mas não dava pra ver seu rosto – ou você achou que eu era um pervertido que nem você?

As lágrimas deslizavam pelo seu rosto e manchavam o uniforme.

— A-akihito... – não adiantava chamar, estava muito longe – n-não me deixa sozinho... – sua voz estava falhando – por favor...

* * *

Akihito acordou no susto com um pulinho do albino.

— Aru...? – quer dizer, acordou até por ali...

Levantou um pouquinho e foi tentar ver o que estava acontecendo, mas estava escuro demais pra isso, afinal, ainda é madrugada.

— a-a... – a voz do Shiroi era baixinha e falhava – A-akihito... – ele claramente estava chorando.

— Aru – seu coração apertou ao ouvir aquele chamado triste – eu tô aqui, Aru – falou baixinho, mas ele não pareceu ter escutado pois continuou chorando.

— n-não... – soluçou – por favor... – virou pro lado e segurou a camiseta que o Yamamoto estava vestindo com força.

Com o que caralhos ele tá sonhando? tentou com todas as forças não ter pensamentos impuros.

— shh – levou a mão até os cabelos brancos e fez um carinho ali antes de trazê-lo mais pra perto e abraçá-lo – tá tudo bem, Aru – algo lhe dizia que Aru estava sendo maltratado por ele no sonho – calma – tentou ser o mais gentil possível com o garoto, mas não resistiu e beijou sua testa – tá tudo bem, ok?

O albino continuou chorando por alguns minutos antes de finalmente parar e voltar a dormir novamente.

Akihito ficou um pouco mais acordado, pensando que era um ser desprezível por ter aquele tipo de pensamentos com uma pessoa tão inocente e pura.

No fim, os dois dormiram abraçadinhos novamente.


Notas Finais


Eu não vou mentir, eu chorei escrevendo o pesadelo do Aru

Enfim, to tendo explosões de ideias e vou amadurecê-las para assim construir um roteiro descente para o próximo capítulo, porque o próximo promete 😎😎

Vou lá então

Boa noite <3

P.S.: obrigada papai do Aru, sem vc não sei se o sonho não seria ainda mais triste ;u;

P.S.:² se o próximo cap demorar pra ser lançado é porque eu achei um anime yuri muito legal pra assistir e estarei assistindo ao invés de escrever ;-;


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