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História Uma Linda Mulher Particular - Mais uma vez...


Escrita por: DanilaDoce

Notas do Autor


Oiee 😀
voltei 😎
Bem e viva 🤗
Fiz por carinho 😍
Boa leitura 🤩

Capítulo 15 - Mais uma vez...


Fanfic / Fanfiction Uma Linda Mulher Particular - Mais uma vez...


Hiroshi – Mamãe, to falando com você!

Rin – Desculpe, meu doce! Seu pai deve estar em alguma reunião, por isso ainda não voltou de Londres. Eu o levarei para escola, tudo bem?

Hiroshi – Não, não está tudo bem. – Claro, esqueci de dizer algo. Pensou Rin: o gênio também era o mesmo de Sesshoumaru - Ele havia prometido que me levaria à escola hoje. Meus amigos gostariam de conhecer o meu pai, assim como eu conheço o pai deles...

Rin - Diga isso ao seu pai quando ele chegar, certo?

Hiroshi – Não! – levantou as mãos para Rin colocar a camiseta da escola e logo depois a cueca.

Rin – Você não pode concordar uma única vez comigo? – Hiroshi sorriu, saindo do banheiro para vestir a calça da escola e logo depois o tênis. Rin se sentou na ponta da cama, lhe passando perfume e penteando os cabelos do filho. – Não quero essa camiseta imunda a hora que o senhor chegar, estamos entendidos? E nem marcas de batom nesse colarinho. - Rin se aproximou, o enchendo de beijos.

Hiroshi se contorcia, pedindo para que parasse, mais Rin sabia que o que ele mais adorava ela quando ela sorria e lhe enchia de beijos. Hiroshi pegou sua mochila de rodinha caminhando atrás dela. Se pudesse imaginar uma criança que venera seus pais, esse era Hiroshi. Amava sua mãe e era enlouquecido por Sesshoumaru a quem devotava um orgulho e respeito fora de série.


Olhou sua mãe. Rin, como todos os dias, se levantava, preparava o café para Sesshoumaru e Hiroshi, subia, separava sua roupa, arrumava os quartos, separava a roupa de Hiroshi, esperava que ele tomasse banho, o arrumava, ia até seu quarto, se arrumava, o encontrava lá em baixo para deixá-lo na escola, com um beijo de boa aula. Sua rotina durante os últimos cinco anos. Nada, além disso, nada mais que isso.

Hiroshi notou que, todos os dias ela, sempre estava de preto. Seu guarda roupa era preto e seu olhar parecia desprovido da alegria que via no rosto das demais mulheres. Rin sorriu à ele, como sempre fazia quando o pegava a observando profundamente, como sempre havia feito Sesshoumaru, e fazia de tudo para que ele não percebesse a infelicidade que rondava seu interior.

Rin, logo após de deixar o filho seguro na escola, dirigiu se até a Onigumo, para mais um dia longo de trabalho. Deu o bom dia, sério, a todos, como sempre fazia, e o edifício parecia se calar quando ela entrava, afinal, agora era a presidente e dona das empresas Onigumo.

Em um acontecimento fatal, Kohaku havia falecido quanto voltava das férias, e sua mulher, debilitada pela perda, havia pedido à Rin que assumisse a presidência e que cuidasse, como sempre havia feito, das empresas Onigumo. Rin aceitou, comandando, assim, a empresa com mãos de ferro. Costumavam se comentar que ela não era feliz. Jamais sorria, jamais brincava, apenas chegava, dizia bom dia a todos, e se trancava em sua sala, assumindo com mãos de ferro sua responsabilidade.

O único que sabiam era que amava, acima de qualquer coisa, o pequeno e único Hiroshi. Sua secretária entrou na sua sala. Rin a olhou. esperando que lhe dissesse o que queria.

Karla – Seu marido na linha dois, Rin.

Rin – Diga que estou ocupada, Karla, e diga que o jantar é as 19:00. – Karla baixou a cabeça, saindo da sala dando o recado no telefone e desligou, baixando os olhos.


Conhecia Rin, trabalhava há tantos anos com ela, algo não estava bem. Aliás, havia tempos que algo não estava bem. Rin se levantou de sua mesa indo até a janela, onde ficou por longos minutos de pé. Bateram na porta e ela mandou que entrasse.

Inuyasha – Rin? – Ela se virou e sorriu. Abraçou Inuyasha, se sentando em sua mesa.

Rin – Não sabia que haviam chegado de viajem.

Inuyasha – Chegamos ontem. Kagome já não agüentava mais ficar sem fazer nada.

Rin – Ela deve estar linda.

Inuyasha – Ela sempre foi linda! Mandou milhares de beijos, e disse que te liga amanhã.

Rin – Certo! Mas precisa de algo?

Inuyasha – Sim... – Inuyasha hesitou - Esqueça, apenas preciso da assinatura de alguns documentos. E Hiroshi?

Rin – Está ótimo! Está na escola. Acredita que, esses dias, pareceu com uma mancha de batom na camisa?! – Inuyasha gargalhou – É sério, e se pôs a gargalhar quando eu perguntei o que era. Está cada vez mais esperto.

Inuyasha – Eu imagino. Diga que vou jogar futebol com ele no domingo.

Rin – Certo! Agora preciso trabalhar, Inuyasha. – Inuyasha se levantou, se despedindo de Rin.

O final do dia chegou depressa. Pegou Hiroshi na escola, checando, com milhares de beijos e cócegas, se havia alguma marca de batom. Chegaram em casa e, para a surpresa maravilhosa de Hiroshi, Sesshoumaru havia chegado mais cedo de Londres.

Hiroshi abriu um maravilhoso sorriso, pulando no colo do pai, que lhe deu um enorme abraço o beijando também por todos os lados.

Hiroshi – Papai, eu pensei que iria voltar ontem. Não me ligou hoje... Pensei que tinha se esquecido de mim.

Sesshoumaru – Imagina, filho. Eu estava ocupado demais e quando tive um tempo aqui já era tarde... Como você está? Senti tanto a sua falta. - abraçou o filho, o beijando uma e mais outra vez.

Hiroshi – Não gosto quando você viaja por tanto tempo... – Sesshoumaru estava em Londres fazia mais de um mês.

Sesshoumaru – Essa foi a última vez, eu prometo! Agora, suba, lave as mãos, que vamos sair para jantar. – Hiroshi sorriu a deu um gritinho de animação. Olhou Rin. E, como se adivinhasse o que ele a perguntava respondeu:

Rin - Pode colocar o tênis novo, e a blusa que a tia Kikyo deu é para ficar na gaveta, senhor Hiroshi. – Hiroshi sorriu, subindo as escadas correndo – Não corre, filho... – Respirou fundo, deixando a maleta em cima da mesa e levantou a cabeça olhando para Sesshoumaru.

Sesshoumaru – Boa noite, Rin.

Rin – Boa noite, Sesshoumaru! Ocorreu algum problema? - Prendeu os cabelos em um alto rabo de cavalo, pegando alguns documentos.

Sesshoumaru - Não, só antecipei a minha volta. E as coisas por aqui, como estão?

Rin – Normais. Kikyo pediu para você ligar para ela... – Subia as escadas até seu quarto.

Sesshoumaru – Não precisa se arrumar vamos a um lugar simples.

Rin – Eu não vou a lugar nenhum. Pode ir você e o Hiroshi, tenho algumas coisas para fazer.

Sesshoumaru – Rin, por favor... – caminhou até ela, tirando o paletó a e gravata e abrindo a camiseta com naturalidade. Rin respirou fundo, sentindo seu coração bater mais rápido e suas pernas tremerem. Se afastou. – Eu acabei de chegar de uma viagem de mais de um mês, e o Hiroshi vai estranhar se, mais uma vez, você estiver com dor de cabeça. – Rin desceu as escadas, voltando para pegar seus sapatos.

Rin – Ok, 15 minutos eu estou descendo!

Sesshoumaru ficou parado na ponta da escada enquanto observava ela subindo, sem nem mesmo olhar para trás. Desceu o olhar, sentando-se no primeiro degrau da escada e fechando os olhos. Estava exausto e tudo o que queria era se meter em uma cama com ela e descansar sobre seu corpo.

Há quanto tempo não faziam isso?

 Há quantos anos não se tocavam?

Mordeu os lábios, respirando fundo. Hiroshi estava crescendo e logo notaria que, desde sempre, algo não ia bem. Surpreendeu-se quando ouviu os barulhos de passos, e seu filho se sentando a seu lado. Sesshoumaru o pegou no colo, o abraçando.

Hiroshi – Acho que a mamãe se esqueceu que hoje faz cinco anos que você se casaram... – Sesshoumaru sorriu. Sim, ela havia se esquecido! – Ela está cansada, pai, não fica triste.

Sesshoumaru – Está tudo bem, campeão. – sorriu se levantando.– Agora, fique aqui, quietinho, que eu vou me trocar. – Hiroshi sorriu, sentando-se no sofá e ligando a televisão.

Sesshoumaru subiu até o quarto e abriu a porta. Rin estava de costas, e ainda estava um tanto molhada. Já estava de calcinha mais tentava a todo custo abotoar atrás o fecho do sutiã.

Ele fechou os olhos, sentindo o cheiro da pele dela impregnado no quarto gelado. Estava um tanto escuro, só a luz da lua iluminava o ambiente. Ele se aproximou pelas costas dela e, com cuidado, passando os dedos por toda a coluna até chegar ao fecho do sutiã, o abotoou com rapidez. Rin se arrepiou, fechando os olhos e dando um passo para frente, se afastando.

Rin – Obrigada. – Ele balançou a cabeça, dizendo que sim.

Viu que na cama, sua roupa, assim como todos os dias, já estava separada. A pegou e se encaminhou ao banheiro, e quando fechava a porta se lembrou de lembrar à Rin .

Sesshoumaru – Hoje é nosso aniversário de casamento; Hiroshi já percebeu que você havia esquecido. – Rin fechou os olhos praguejando. Realmente havia se esquecido.

Rin – Eu dou um jeito. – Colocou um vestido de algodão, preto, e por cima um sobretudo da mesma cor, enquanto Sesshoumaru continuava parado na porta do banheiro, a olhando. – Precisa de mais alguma coisa, Sesshoumaru? – o mirou, na espera que ele assim entrasse no banheiro.

Sesshoumaru – Você poderia ser uma pouco menos fria, só hoje, Rin?

Rin – Se você estivesse voltado amanhã, eu teria me preparado e o Hiroshi não teria notado que eu havia me esquecido.

Sesshoumaru – Eu passei mais de um mês fora, Rin, sinto falta do meu filho quando eu viajo. O quanto mais rápido eu posso voltar...

Rin – Ta bom, Sesshoumaru. - o interrompeu, saturada – Pode deixar que o nosso filho não vai notar nada.

Sesshoumaru – Ás vezes você poderia fingir para que eu também não notasse. – Rin se calou, sentindo um enorme buraco em seu estômago. Sorriu amargurada.

Rin – Você quer discutir agora, Sesshoumaru? – suspirou – Você não pode esperar até amanhã, eu trabalhei o dia inteiro, estou cansada... – Ele balançou a cabeça entrando no banheiro e batendo a porta.

Rin engoliu seco, fechando os olhos e segurando as lágrimas. Se sentou na cama pegando a camisa que Sesshoumaru usava. Levou até o rosto a cheirando, cheirando seu perfume que há tanto tempo não se mesclava com seu próprio perfume. Como uma bala, afastou a camisa de si. Levando as mãos ao rosto. Mais um ano e enlouqueceria.

Levantou-se, calçando as sandálias de salto alto, já estava maquiada e os cabelos estavam presos em um rabo de cavalo alto. Desceu, sorrindo ao Hiroshi, que não correspondeu. Rin se sentou ao lado dele enquanto que, com um bico enorme, ele a ignorava.

Rin – Filho, assim eu fico magoada.

Hiroshi – Você deixou o papai magoado... – bufou, inflando as bochechas.

Rin – Eu já pedi desculpas.

Hiroshi – Aposto que nem um presentinho você comprou para ele. – Rin, percebendo que o filho iria chorar, o pegou no colo o mirando tristemente.

Rin – O papai já é grande, filho, e eu já pedi desculpas à ele. Amanhã poderemos ir, nós dois, ao shopping e comprar algo bem bonito, o que você acha?

Hiroshi – Acho que você está de saco cheio de nós dois. Está sempre triste quando o papai chega, nem deu um beijo nele, e fazia mais de um mês que a gente não via ele.

Rin – Não fala besteira, Hiroshi. Nunca fale uma besteira dessa. Eu amo você, filho, eu amo você mais que tudo no mundo. Eu nunca estaria cansada de você, nunca! Ouviu? Mesmo, me desculpe... – se abraçou a ele – Me desculpe! eu prometo que vou estar mais disposta. Eu prometo... Eu amo você! – Sesshoumaru, nesse instante, desceu as escadas sem deixar de ouvir o fim da conversa.

Hiroshi – Eu sei que você me ama, mãe, mas e o meu pai? Você ama meu pai? - Cobrou claramente uma resposta pelo seu tom de voz.

Sesshoumaru parou na frente de Rin e Hiroshi, com o semblante sério e o maxilar apertado. Rin levantou os olhos, olhando Sesshoumaru na mesma intensidade que ele a mirava.

Rin – Amo! Eu amo o seu pai, querido! – Sesshoumaru desviou a mirada, engolindo seco. Hiroshi sorriu a Rin, e ela retribuiu com o queixo trêmulo.

Santo Deus! O que havia se transformado sua vida?







O restaurante era realmente muito confortável e a vontade. Fazia tempo que não entrava em um lugar assim. No longo de seu casamento, os jantares e festas de gala haviam aumentado, era difícil que saíssem, ainda mais para um lugar como aquele. Sentaram-se, e Rin pediu uma cadeira mais alta para Hiroshi. Pediram pizza, de vários sabores, doce e salgada, enquanto Hiroshi e Sesshoumaru faziam a maior bagunça, fazendo com que todos no restaurante prestassem atenção na bela família sentada na mesa ao lado.

Rin seguia quieta, observando tudo e rindo às vezes da esperteza de Hiroshi. Fora um bebê, tão tranqüilo. Grande parte de sua gravidez havia trabalhado, pelo fato dos enjôos serem poucos e apenas algumas vezes ao longo dos meses. Mas o que mais pesava era seu emocional. Uma mulher grávida, recém casada, com ambos os noivos infelizes, porque por mais que se perguntava aonde havia errado ao olhar para Sesshoumaru todas as noites antes de dormir, sabia que ele se perguntava o mesmo e que morria por fugir de tudo, levando Hiroshi com ele. Porque, uma coisa ela tinha certeza, ele amava aquele garoto mais do que amava a si mesmo.

Desde que Hiroshi havia nascido, estava presente em todas as datas em todas, as palavras, no primeiro andar, no primeiro dente... Sesshoumaru estava sempre tão perto, mais sempre tão distante.

Quase fechou os olhos se lembrando de um momento especial: ele estava em Londres e ela estava no hospital fazendo a ultra-sonografia. Ao saber que era um menino, a médica lhe felicitou, perguntando do marido de Bella. Ela havia informado que estava viajando, mais na mesma hora o celular tocou: era Sesshoumaru, lhe perguntando se ela já sabia de algo... E Rin, emocionada, desejando mais que tudo que ele estivesse ao seu lado e lhe beijasse a boca durante um longo tempo, fechou os olhos e disse:

Rin – É um menino, Sesshoumaru! Ela disse que é um menino. – Ele havia chorado no telefone, e ela havia fechado os olhos desejando que ele sentisse naquele momento a emoção que ela sentia.


Hiroshi – Mamãe? – Rin sorriu olhando o filho – Fecha os olhos temos uma surpresa. – Rin olhou surpresa o filho e rapidamente fechou os olhos.

Rin – O que você está aprontando, filho? – Hiroshi sorriu, e Sesshoumaru tirou algo do bolso colocando em cima da mesa junto com outra grande caixa de veludo.

Hiroshi – Agora pode abrir. – Rin abriu os olhos e baixou a mirada, eram jóias. Sorriu agradecendo ao filho e a Sesshoumaru. – Abra, mãe... - Rin abriu a pequena caixa, e estava lá, como se sempre pertencesse a ela, o anel de noivado que Sesshoumaru havia lhe dado na semana em que ficaram juntos.

Seu corpo tremeu, assim como seus lábios. Pegou o anel na mão recordando exatamente de como ele havia o colocado, enquanto estavam no carro, se beijando. Olhou Sesshoumaru, que a observava atento, antes de dizer qualquer outra palavra colocou o anel de volta ao seu lugar, no mesmo dedo que a grossa aliança dourada ocupava. Hiroshi sorriu entusiasmado, dizendo a Rin que abrisse a outra caixa. Ela assim o fez, e sentiu seriamente vontade de chorar ao se deparar com o jogo de colar e de brincos de diamante, que havia usado na noite em que Edward havia lhe apresentado sua família. Era o mesmo, mas a caixa agora continha, em letras corridas, escrito DOCE.

Rin não pode deixar de sorrir. Sabia o que significava e não sabia o porquê dele recordar tudo isso logo agora. Olhou o filho e Sesshoumaru.

Rin – Obrigada! São lindos... Realmente lindos. - Fechou a caixinha e levantou-se, contendo o redemoinho no estomago. Deu milhares de beijinhos em Hiroshi e se aproximou de Sesshoumaru, lhe dando um selinho rápido, mais quando se afastava ele respirou fundo franzindo a testa.

Sesshoumaru - Dessa vez não, Rin. - A puxou pela cintura, a pegando pela nuca, a fazendo sentar em seu colo.

Rin tentou dizer algo, mas foi impossível, antes que percebesse seus lábios tocavam os lábios quentes e molhados de Sesshoumaru. Quase desmaiou ao sentir o gosto dele novamente, ao sentir a guerra que suas línguas travavam. Fechou os olhos, não teve como não se entregar.

Quando, por fim, terminou, olhou ao seu redor e tudo parecia girar. As mãos dele apertavam fortemente sua cintura, colando seus corpos. Rin levou as mãos aos lábios. Olhou o filho, que olhava maravilhado a cena. Olhou a sua volta, todos os olhavam com um belo sorriso nos lábios.

Hiroshi se levantou, murmurando algo que somente Sesshoumaru entendeu. Rin se levantou com força se sentando de volta a sua cadeira.

Sesshoumaru – Essa é a sua cruz a partir de agora... – disse, com brutalidade, não escondendo a sua magoa e arrogância – É disso que eu quero que você lembre cada vez que me evitar na frente do Hiroshi, é disso que eu quero que você se lembre quando eu chegar de uma viagem de mais de um mês e você nem se quer me tocar. Você é infeliz, Rin, e qualquer homem ou marido é capaz de perceber. E, quer saber de uma novidade? Eu também sou! - quase gritou - Santo Deus! A que ponto nós chegamos?! Eu só queria que você soubesse que eu sinto a sua falta, porque, apesar de tudo, apesar desses anos que eu tenho sido paciente e que tudo a cada dia se torna cada vez mais odiado, só Deus sabe o quanto eu sinto a sua falta. – Ele respirou fundo enquanto Rin tentava dissimular o que tinha acabado de ouvir.

“Por mais que demorasse anos... Essa conversa tinha que acontecer”

Olhou para os lados procurando Hiroshi.

Sesshoumaru – Ele foi pedir ao moço que trouxesse sorvete. – Rin engoliu seco, sentindo seu rosto arder. Por mais que tentasse, não conseguia expressar nada, parecia tão fria, tão distante do calor das demais pessoas.

Rin – Se você quiser desistir agora, por mim tudo bem! O Sesshoumaru já está mais crescido e podemos explicar para ele. – pegou o guardanapo limpando levemente os lábios – Você poderia agüentar um pouco mais, Sesshoumaru? Apenas até ele fazer 7 anos, já estará no primário mais crescido...

Sesshoumaru – Eu não acredito no que eu estou ouvindo, Rin. – Balançou a cabeça, incrédulo.

Rin levou as mãos na cabeça, esfregando a testa em sinal de preocupação.

Rin – Eu sei que você já não agüenta mais estar preso dessa forma a mim, eu também já não suporto mais esse casamento, mais o Hiroshi ainda é pequeno e...

Sesshoumaru – Da próxima vez que eu viajar, eu não voltarei mais para a casa. – disse engolindo a saliva e a raiva – Se eu ainda volto para casa depois de tantos meses para suportar o que nos suportamos todo o dia, Rin, é porque, na realidade, eu tinha a esperança que isso desse certo algum dia.

Rin – Onde você quer chegar, Sesshoumaru? – sussurrou entre os dentes, pelo nervosismo – Do que você ta falando? Foi assim desde do começo, nós combinamos que seria assim...

Sesshoumaru – Não, você combinou que seria assim. Você, Rin, e mais ninguém. Aliás, há tantas coisas que você combina consigo mesma que nem eu nem o Hiroshi iremos tentar descobrir novamente... Seu filho sente, Rin, e qualquer pessoa que olha nos seus olhos é capaz de enxergar. Santo Deus!

Rin – Você está me acusando de não ser uma boa mãe, é isso? – Sesshoumaru arregalou bem os olhos também sussurrando entre os dentes pelo nervosismo.

Sesshoumaru – Eu estou te acusando de não ser nada além de uma ótima e exemplar mãe. O Hiroshi adora te ver sorrir, compreende? – Rin baixou a cabeça mordendo os lábios – E qual foi a ultima vez que você sorriu quando estamos nós três juntos, Rin? Você se mantém afastada como se eu fosse lhe machucar... E machucar ao meu filho.

Rin – Você não sabe o que diz, Sesshoumaru...

Sesshoumaru – E você já nem sabe o que faz. E, quer saber, Rin? Eu estou realmente cansado de te pegar pela cintura e sorrir quando algum conhecido passa... - Sesshoumaru avistou o filho, que apontava para o pequeno parquinho na área livre do restaurante, acompanhado com uma das monitoras do mesmo. Sesshoumaru acenou, consentindo que o garoto brincasse – É impossível que quanto mais os anos passem mais você se lembre daquela noite.

Rin – Eu não quero falar sobre isso, Sesshoumaru.

Sesshoumaru – Você nunca quer falar sobre nada, nota? Porque você está sempre exausta do trabalho, Rin, você está com dor de cabeça quando vamos fazer algo em família, você está indisposta quando tentamos fazer algum programa em casa, eu você e o Hiroshi.

Rin – Quem é você para falar de perfeição, Sesshoumaru, quando eu sinto de longe o cheiro de mulher na sua camisa quando você volta de viagem? – Os olhos de Rin se encheram de água – Sabe lá Deus o que você faz quando está em Londres, ou passa uma semana trabalhando fora. E você ainda me cobra sorrir, e espera que eu diga “Olá, meu amor, senti saudades! Que bom que voltou.” – Sesshoumaru baixou a cabeça – Nega, nega que durante cinco anos, que você não encostou a mão em mim você não dormiu como nenhuma outra mulher, como um marido normal faria.

Sesshoumaru – Você não é uma esposa normal.

Rin – Não, você tem razão, eu não sou. Falho como mulher, falho como esposa e também como mãe. A única coisa que eu sei fazer é trabalhar e trabalhar, feito loca, e o meu marido procura sexo fora de casa, porque eu não consigo olhá-lo nos olhos enquanto fazemos amor. – Ela respirou fundo.

Havia quase gritado as ultima palavras. Sorte que estavam em uma mesa um tanto afastada.

Rin – Esse é o meu problema, Sesshoumaru, saber que você tem outras, mais mesmo assim seus olhos borbulham de desejo quando me vêem, como se ainda estivéssemos há cinco nós atrás, dispostos e sedentos por fazer amor uma e outra vez, sem parar a noite inteira.

Sesshoumaru – Santo Deus! Eu te desejo. Seria normal que não desejasse minha própria mulher?

Rin – É exatamente aí que as coisas giram ao redor... Eu sou sua esposa, Sesshoumaru, mais há muito tempo deixei de ser sua mulher.

Sesshoumaru – Você me excluiu da sua vida, enquanto que seus olhos transbordavam infelicidade, quando cruzou o corredor da igreja que te levava ao seu martírio.

Rin – Não era o que eu tinha sonhado para mim.

Sesshoumaru – Também não era o que eu tinha sonhado para mim. Eu duvido que mundo há outras duas pessoas que transformam suas vidas em um inferno por si próprias, como nós fazemos..

Rin – Como você cresceu, não Sesshoumaru? Agora aprendeu a conversar igual gente, quando antes não se passava de um empresário bilionário cheio de desprezo e arrogância a todos que babavam e idolatravam o chão que você pisava.

Sesshoumaru – Passaram-se anos, Rin, e agora parece que os papéis se inverteram, porque agora nós somos os bilionários, e você é a arrogante cheia de desprezo, que mal sabe trocar duas silabas sem me atingir, em cheio, na cara. Eu também não sou feliz, Rin, e a culpa é minha, mas, além de tudo, é sua. Porque eu mudei, porque eu tentei fazer com que tudo desse certo e...

Rin – Quantas elas são, Sesshoumaru? A sua secretária, Elisa, eu sei que é uma, mais e as outras? – Ele baixou a cabeça, pronto para quebrar qualquer coisa que visse em sua frente – Você acha que tem como ser uma boa esposa dessa maneira, Sesshoumaru?

Sesshoumaru – O que você queria que eu fizesse, Rin? Você é um cubo de gelo, e se te encosto um dedo você foge como se algo de mais horrível estivesse a ponto de acontecer. Isso é sua culpa, e de mais ninguém!

Rin – Minha culpa? – perguntou incrédula.

Sesshoumaru – É, sua culpa! Porque, se você tivesse me dito o que você realmente sempre pensou, e não tivesse se calado por todos esses anos, não teria ficado tão amargurada como é hoje.

Rin – Você quer que eu te diga o que eu penso, Sesshoumaru? – Seu tom era de dar arrepios e seus olhos estavam quase vermelhos, de tanta força que ela fazia para se controlar. Pela primeira vez, ele sentiu medo do que iria vir – Eu penso que, na primeira oportunidade, você vai cair fora e vai levar meu filho junto com você. Eu penso que já deve ter alguém te esperando, alguém que impede que se transforme em um homem tão mais amargurado que eu...

Sesshoumaru – Você é uma tola, Rin! Porque não há nenhuma mulher me esperando, e muito menos seria capaz de tirar o Hiroshi de você. Ele te idolatra, Rin, seria impossível que o afastasse de você.

Rin – Se você está saturado, eu também estou, ok?! Porque, depois de você, Sesshoumaru, eu não tive mais nenhum outro homem na minha cama. – fechou os olhos, recuperando o controle. Sesshoumaru sabia que ela dizia a verdade, podia sentir. – Talvez eu seja assim porque meia dúzia de colegas da empresa já me disseram que te viu com a sua secretária em locais bastante públicos...

Sesshoumaru- Não foi nada de importante, ela apenas estava ali quando eu precisei. – Rin sorriu irônica.

Rin – Nossa! Como você é sincero.

Sesshoumaru – Se você me deixasse te tocar, eu não precisaria tocar nenhuma outra mulher... E você sabe disso, Rin, eu sei que você sabe. – o celular de Rin tocou, interrompendo a longa e reveladora conversa. Era Kikyo.

Rin – Oi, Kikyo.

Kikyo – Oi, Bella. Sua voz parece estranha, está tudo bem? – Bella olhou para frente, mirando Sesshoumaru que, atento, olhava Hiroshi se divertir e gargalhar com outras crianças do restaurante.

Bella – Sim, está tudo bem! Aconteceu alguma coisa?

Kikyo- Não, só lembrei que o Sesshoumaru voltava hoje. Não quer que o Hiroshi durma aqui comigo? Sei lá... Para que vocês possam conversar e... – Rin fechou os olhos. Se Kikyo soubesse há quanto tempo não se amavam.

Rin – Espere um segundo... Sesshoumaru? – Ele a olhou – Kikyo está perguntando se o Hiroshi pode ir dormir lá. Se ele quiser, por mim tudo bem... – Sesshoumaru respirou fundo, fechando os olhos. Às vezes, Kikyo parecia atender as suas preces.

Sesshoumaru – Você decide, Rin. – Ela se calou, sabendo que na realidade não era sobre isso que ele lhe falava.

Rin sentiu o calor percorrer seu corpo, junto com aquela onda de saudades que vinham quase todas as vezes que ele voltava de uma longa viagem. Respirou fundo. As coisas pareciam estar em suas mãos. Fechou os olhos, era hora de algo em sua vida começar a fazer sentido.

Rin – Deixaremos ele aí, Kikyo. Tem certeza que não se importa? Hoje ele está elétrico...

Kikyo – De jeito nenhum! Sabe, o Sesshoumaru passou aqui antes de ir para a casa... Rin, é melhor que...

Rin – Eu sei, Kikyo, eu sei! Até daqui a pouco. – Rin desligou o celular, se levantou e caminhando até o parquinho.

Era linda, Sesshoumaru notou. E, ao perceber que não tinha um homem sequer que não olhava ela caminhar em cima do alto e fino salto, sentiu aquele velho e primitivo ciúmes de posse. “Minha! Você me pertence!"

Tentou não se importar, aliás, o que poderia fazer? Socar todos eles era uma boa opção, mais de nada adiantaria. Viu Hiroshi a abraçando ao dar a noticia de que dormiria na casa de sua tia–avó, e por um momento, enquanto Rin abaixava na altura do filho, lhe dava outro abraço apertado, viu como ela fechou os olhos acariciando o cabelo bagunçado de Hiroshi.

Ela amava aquele menino, mais do que qualquer coisa na vida. Pagando a conta, foram embora, deixando Hiroshi na casa de Kikyo. Rin se despediu do filho com um grande beijo, Sesshoumaru fez o mesmo. 

Sesshoumaru – Seja um bom garoto!

Hiroshi – Eu sempre sou um bom garoto! – sorriu, da mesma maneira que Sesshoumaru fazia – Tchau mãe, tchau pai, amanhã não se esqueçam...

Rin – É sábado e nada de acordar cedo.

Hiroshi – Isso mesmo. – deu outro beijo em Rin e entrou com Kikyo, que acenou para Sesshoumaru e Rin, que sorriram agradecendo.





Rin olhou Sesshoumaru. Ele suspirou, voltando a pôr o carro em movimento. Chegara em casa e Rin subiu direto para o chuveiro. Tomou um longo banho enquanto Sesshoumaru fazia o mesmo em seu quarto.


Olhou-se no espelho, deixou os cabelos enrolados e livremente armados, soltos, caído em suas costas. Estava com uma camisola preta, de seda, até os pés. Respirou fundo, vendo seu próprio reflexo no espelho. Chegara a hora de decidir o rumo de sua vida. Se levantou, indo até o quarto onde Sesshoumaru estava.

Tudo estava tão silencioso e escuro. Caminhou até a cama, trêmula pela pouca luz que iluminava o quarto. Viu que ele estava deitado, seu corpo trêmulo, parecia estar entrando em um estado de choque. Tateou a cama, com o queixo trêmulo, sentando-se, respirou uma e duas vezes.


Sesshoumaru estava de costas para a cama. Ela se deitou e fechou os olhos com força. Suas mãos alcançaram o corpo dele e, devagar como uma garota que depois de tanto tempo precisava se sentir segura, ela se aconchegou aos braços dele, deitando em cima de seu peito, com a cabeça no vão entre seu ombro e seu pescoço.


Sesshoumaru abriu os olhos, olhando para baixo. Ela o abraçava com tanta força. Ele sentiu seu coração bater forte e seu corpo se inflamar ao sentir o calor dela se mesclar com o seu. A abraçou, rodeando sua cintura com os braços largos, até fechar os olhos e, com uma forte pegada, a puxar pela cintura até a mesma ficar por cima de seu corpo. Completamente por cima de seu corpo. Ela chorava, Sesshoumaru se deu conta, e com os lábios lhe secou todas as lágrimas, enquanto as mãos trêmulas de Rin encontravam os cabelos dele, assim os puxando. Sesshoumaru fechou os olhos, sentindo seu corpo sacudir ao percorrer a lateral do corpo dela com suas mãos.

Sesshoumaru – Santo Deus! Eu cheguei a imaginar que não me lembrava mais do seu corpo. - Ela soltou um gemido baixo ao sentir sua intimidade tocar a dele.

Franziu a testa. Aquilo tudo poderia ser chamado do que? Era como se aquele magnetismo sempre tivesse estado no ar, esperando para voltar a ser mesclado na paixão de ambos. Como telepatia, Sesshoumaru lhe respondeu também, quase não suportando a pressão do corpo dela em cima do seu depois de tanto tempo.


Sesshoumaru – Talvez seja eu, Rin – mordeu os lábios, tentando controlar o impulso claro de a beijar – Talvez seja você, Rin – os lábios dela estavam tão trêmulos, tão próximos aos seus – Talvez seja amor, Rin!

Dito a última palavra, ele fechou os olhos e subiu as mãos até a nuca de Rin, que apertou fortemente os olhos tentando deixar com que ele a levasse. Sesshoumaru se virou, ficando por cima dela. Rin flexionou os joelhos, deixando ele assim cair no meio de suas pernas, e o que era tão tranqüilo e pausado, acabava de virar um total turbilhão de saudades e paixão.

O sangue de Sesshoumaru ferveu. Se sentiu até borbulhar. Rin mordeu os lábios enquanto ele lhe beijava no pescoço, no colo, em todos os lugares onde a camisola não cobria. As mãos masculinas levantaram com pressa a camisola preta, deixando as pernas de Rin descobertas; ela não usava calcinha. Foi o bastante para que ele enlouquecesse por completo, lhe beijando os lábios em uma dança frenética de línguas, que se buscavam uma e outra vez, sem cessar.

Rin gemeu baixinho ao sentir uma leve mordida em seu lábio inferior, seguida de outra apertada forte em seus quadris contra sua intimidade. Sesshoumaru lhe arrancou a camisola, a deixando completamente nua. De lhos fechados a todo instante, Rin fez com que as caricias desenfreadas de Sesshoumaru dessem um tempo. Se virou, ficando por cima dele, sentada em cima do mesmo. Inclinou seu corpo e, ao mesmo tempo que percorria as mãos por todo aquele peitoral, distribuiu beijos quentes e molhados, enquanto Sesshoumaru gemia e se movimentava, como se já estivesse fortemente entrelaçado a ela.

Santo Deus! Tudo o que ele poderia fazer era pedir por ajuda. Virou-se novamente e, a segurando pelos cabelos da nuca sem muita força, tomou sua boca de maneira viril e desesperada. Ele não entendia que seu corpo precisava com urgência do corpo dela, que sua boca, que seus sentidos, precisavam sentir o gosto daqueles lábios, agora tão inchados e avermelhados pelos beijos descontrolados.

Desceu as mãos novamente pelo corpo dela, passando pelo interior de suas coxas, descendo até a canela, para depois subir, com beijos intercalados por cada parte, até novamente a boca dela.

Rin franziu a testa. Aquilo era a velha e prazerosa tortura, e ela já não podia mais agüentar. O puxou pelos cabelos, o obrigando a colar novamente seus corpos e suas essências.

Rin – Eu preciso... – Pôde sussurrar baixinho no ouvido dele que, de olhos fechados, tirava como podia suas calças. – Preciso de você. – gemeu alto ao notar que mais nenhuma única peça de roupa separava seus corpos de se unir.

Estavam suados, empapados de calor, com os cabelos úmidos. Rin olhou as janelas, que também denunciavam o quanto abafado estava o quarto. Fechou os olhos. Seu corpo se contorcia por uma aproximação mais concreta. Sussurrou novamente, quase sem fôlego, no ouvido de Sesshoumaru, que agora dava uma atenção especial aos seus seios, os acariciando e os beijando de forma rápida e selvagem.

Sesshoumaru – Se for agora, posso te machucar... – mordeu os lábios.. – Não vou me controlar. – Então Rin quase gritou, tomada pelos espasmos que já percorriam seu corpo, ao sentir as mãos dele se aproximarem de sua intimidade e seus dedos lentamente se adentrarem em sua intimidade.

Rin – Eu não quero que você se controle! – fechou os olhos com mais força ao sentir os movimentos circularem que ele fazia dentro dela.

Então, de rápido, ele se posicionou em cima por completo dela, lhe afastou ainda mais as pernas, a segurando pela nuca e a levantou um pouco mais, para beijar seus lábios enquanto a penetração se iniciava, de forma lenta e atormentadora. Sesshoumaru gemeu alto, e ela o acompanhou.

Há quantos anos não sentia seu corpo ser invadido dessa maneira tão intensa. Se apertou ainda mais contra ele, mordendo seus lábios e arqueando as costas, com a testa franzida.

Sesshoumaru – Olhe para mim... – Quase gritou quando seus corpos estavam tão excitados que os movimentos saiam por livre instinto. - Olhe nos meus olhos, Rin, como você fazia antes. - Ela mordeu os lábios abrindo os olhos, e o que viu foi os olhos tão brilhantes ou mais ainda brilhantes do que os dela, da última vez que fizeram amor.

Mais logos foi a vez de Sesshoumaru fechar, ao sentir como os músculos tensos da essência de Rin se abriam para lhe receber. Abriu os olhos ao sentir os arranhões fortes em suas costas, enquanto ela se controlava para não soltar outro grito.

Sesshoumaru – Se entrega... – pediu, para que ela não sentisse mais dor – Porque você... é... – não conseguiu completar, sua voz saiu baixa, ao sentir que ela rodeava sua cintura, dando livre acesso de seu corpo à ele.

Rin – Sua! Ooo Deus, Sesshoumaru... – gritou – Eu sou sua! – Ele lhe beijou os lábios, na esperança que se acalmasse.

O corpo inteiro de Rin tremia. Ela não estava relaxada, se apertava a ele de forma que seus corpos não pudessem nem ao menos se movimentar. Sorriu, não pôde fazer nada a mais que sorrir. Com força, levantou os braços dela acima de sua cabeça. Rin novamente abriu os olhos, que soltavam lágrimas involuntárias que molhavam o lençol. Beijou-lhe os lábios e, devagar, começou a se movimentar, abafando os gemidos de ambos enquanto sua mão mantinha as mãos dela presas, a outra se baixou para o lugar onde suas intimidades se união, para aprofundar o tanto que pode seu corpo no dela. Abriu olhos, então se olharam enquanto se beijavam e se movimentavam, na velha dança do amor.

Sesshoumaru – Não vou lhe fazer mal. – Disse ele, como se dissesse a ela que se entregasse como sempre fazia – Deixe fluir, Rin... Assim... – fechou os olhos ao ver como os músculos e o corpo inteiro dela se relaxava. – Isso, dessa maneira... – Mordeu os próprios lábios, agilizando ainda mais os movimentos.


Ela também fechou os olhos, dando adeus às dores, e dizendo aquela boas vindas ao prazer que só ele podia lhe dar. Mordeu os lábios, soltando um gemido baixo. Sentia, estava chegando, o final estava próximo. Rolaram por todo o extenso colchão, deixando Rin agora por cima, controlando os movimentos. Sesshoumaru abriu bem os olhos, onde caiam alguns cabelos completamente molhados de suor.

Levou as mãos à cintura dela e, depois de mais um e outro movimento, seu corpo junto, ao dela, sacudiu com alta fúria, assim, por fim, partindo em milhares de pedaços que eram lançados rumo ao infinito. O corpo dela caiu, exausto, sobre o seu, com a respiração quase incontrolável. Rin pensou que talvez não pudesse retornar ao mundo real. Tudo girava. A cama girava, o quarto inteiro girava, e pontos de diferentes cores eram o que seus olhos enxergavam.

Seus lábios procuraram pelos lábios dele. Rapidamente o beijo lento e preguiçoso deu lugar a forma terna e tranqüila que Rin, ainda unida a ele, deitada sobre seu peito, era acariciada nas costas, nas pernas e no pescoço. Com os olhos fechados e com a respiração mais tranqüila, respirou fundo. De seus olhos, mais lágrimas involuntárias escaparam. Sesshoumaru se preocupou. Delicadamente, separou seu corpo do dela, os cobrindo com o grande lençol. Rin novamente se encolheu junto a ele. Sesshoumaru lhe tirou os cabelos do rosto e sentiu uma emoção que lhe percorreu todo o corpo.

Suspirou, controlando a repentina vontade de chorar. O que é que acontecia? Mordeu o queixo trêmulo, beijando a testa de Rin que permanecia em silêncio. E, por incrível que pareça, ela sentia o mesmo, exatamente o mesmo. Fechou os olhos e disse, com a voz delicada e suave, que Sesshoumaru pesou que não se recordasse mais:

Rin – Eu quero que você nunca mais toque outra mulher. – Ele fechou os olhos. Seu coração batia tão depressa, seus olhos ardiam.

Sesshoumaru – Nenhuma outra, Rin, nenhuma... – sua voz falhou, e Rin levantou a cabeça para ver o que havia acontecido. Franziu a testa na hora: os olhos dele estavam cheios de água.

Seu estômago se contraiu, uma e mais centenas de vezes. Tentou dizer algo, mas não saia nada de sua boca. Era a primeira vez, era a primeira vez que via aquele homem quase chorar, e como se fosse para acabar de vez com as barreiras de Sesshoumaru, ela sorriu. Depois de tanto tempo ela sorriu. Não para qualquer pessoa que precisava crer que eram um casal feliz, mas sim para ele. Céus! Ela havia sorrido para ele.

Se foi de emoção, Rin não sabia, se era por algum outro sentimento, também não tinha certeza, mais na realidade, quando suspirou voltando a se deitar sobre o peito dele, a realidade era que quando amanhecesse, quando o dia clareasse e suas feridas, como o calor do sol, voltassem a se abrir, não tinha a menor idéia de como agir. Ele lhe tinha confessado que dormia com outras mulheres, ele tinha confessado...

Sesshoumaru - Eu posso sentir o que você está pensando. – Rin abriu os olhos, mirando qualquer lugar na densa escuridão – Rin, eu preciso que você diga algo... – respirou fundo a abraçando ainda mais – Eu realmente preciso que você diga algo, qualquer coisa. – fechou os olhos.

Rin – Em parte, eu estava pedindo para que alguém fizesse com que amanhã não amanhecesse... – Sesshoumaru abriu os olhos, entendendo o que ela falava.

Sesshoumaru - Se você pensa que agora, depois de tudo o que fizemos, eu vou deixar com que você acorde e se afaste novamente, Rin, você nunca esteve tão enganada na sua vida! Não sou o tipo de homem que comete os mesmos erros duas vezes.

Rin - Você está tão perdido quanto eu nesse momento, Sesshoumaru, não haja como se não estivesse. – ele se calou, dizendo com seu silêncio que ela estava certa - Esses dias o Hiroshi me perguntou como se diz “eu te amo”... - sorriu - E o que uma garota sentiria se ele falasse que amava a ela. – Sesshoumaru sorriu – Vê se pode, meu garoto só tem 5 anos. Porque uma garotinha da escola havia dito que amava ele, e ele não sabia o que responder... – Ela de repente se calou, para logo depois continuar – Eu não sabia o que dizer à ele... Porque eu nunca havia ouvido isso de nenhum homem, a não ser do meu pai. – se emocionou, e Sesshoumaru parou de sorrir, assim de simples, prestando atenção no que ela falava – Ai, logo depois que eu disse a ele que eu não sabia, ele me disse “Mamãe, é simples: como você sente quando o papai fala que ama você?” – Sesshoumaru mordeu os lábios, se sentindo completamente derrotado e incapaz – Eu não podia responder que o pai dele jamais havia me dito isso, então... – Rin sorriu tristemente – Então eu disse para ele dizer a garotinha e depois fechar os olhos e torcer que, por mais que ele tenha demorado, ela ainda sentisse o mesmo. – Sesshoumaru engoliu o nó e o horrível gosto amargo em sua boca, e Rin soltou uma gargalhada tristonha e baixinha – No dia seguinte ele havia chegado com uma marca de batom da Barbie na camisa da escola. – Sesshoumaru sorriu e franziu a testa, e com um gesto rápido e repentino havia colocado Rin novamente em cima de si. Face a face com ela.

Olhou para fora da janela e, para sua surpresa, faltava pouco para amanhecer. Olhou novamente Rin e abriu os lábios para lhe dizer que... Mais ao ver a maneira de como ela já respirava tranqüila, deitada sobre ele, logo notou que havia se perdido em seus pensamentos e ela ternamente havia adormecido. Fechou os olhos também e a abraçou, respirando fundo mais uma vez e, com o calor do corpo dela sobre seu, como há muito tempo não fazia, adormeceu rapidamente.






Kikyo subiu as escadas sorrindo a Hiroshi, que fazia silêncio levando o pequeno dedinho sobre boca, enquanto com um sorriso maravilhoso, levava uma cara de sapeca com o conjunto azul que Rin havia lhe separado. Kikyo, subindo devagar as escadas, sorriu ainda mais ou ver a cara de decepção do menino, ao não ver ninguém no quarto de seus pais.

Hiroshi – Eu não acredito que não tem ninguém em casa, vó... Eles prometeram que iriam me buscar e nem foram. – fez um bico do tamanho do mundo, cruzando os bracinhos.

Kikyo – Procura pelos outros quartos. A vovó vai ao banheiro... – Kikyo entrou no banheiro. Estava realmente apertada.

Hiroshi foi até seu quarto, e nada, foi até o quarto de hóspedes, e nada, abriu devagar a porta do segundo quarto de hóspedes e abriu um sorriso enorme com os olhos iluminados.

Hiroshi – Achei vocês! – Disse em alto e bom tom, se preparando para pular em cima dos pais que, ainda abraçados, permaneciam adormecidos – E é 1 , e é 2, e é 3... Lá vou eu... –correu, pulando em cima da cama. Rin e Sesshoumaru abriram os olhos, confusos. A claridade os atingiu em cheio. Que horas eram? – Bom dia para você! E Bom dia para você também, pai! – Beijou Rin no rosto.

Rin – Ai Meu Deus! – Olhou Sesshoumaru, que gargalhava da situação. Hiroshi se levantou, começando a pular pela cama.

Hiroshi – Sabe, eu estou muito triste com vocês, pais... – fez novamente o bico – Fiquei esperando até a metade do dia...

Rin – Meio dia, filho. – Corrigiu, sorrindo.

Hiroshi – Isso, até meio dia e nada de vocês aparecerem para... – estava ofegante pelos pulos – Me busc-ar-r na vovóooo... – Meio dia. Santo Deus! Já era tarde assim?

Sesshoumaru – Hey garotão, chega de pular, senta aqui. – Hiroshi se sentou do lado de Sesshoumaru, mexendo nos botões da fronha do travesseiro – Quem foi que te trouxe?

Hiroshi – A vovó Kikyo,ela está  no banheiro...

Kikyo – Se me dão licença.

Rin – Oh Deus! – Rin se pôs vermelha, se sentando agora ao lado de Sesshoumaru.

Kikyo gargalhou junto com Sesshoumaru que, constrangido, só podia rir da situação.

Kikyo – Ta explicado... Vem Hiroshi, vamos preparar um café bem gostoso e esperar a mamãe e o papai lá em baixo. – Hiroshi sorrio, dando mais alguns pulos na cama e descendo no chão, quase caindo.

Rin – Cuidado, filho! Vai quebrar todo os dentinhos... – Hiroshi sorriu.

Hiroshi – Seu cabelo tá bagunçado mãe... Que engraçado. – sorriu sapeca – Nunca tinha visto eles assim.

Rin – Já para baixo, Hiroshi! – gritou sorrindo, segurando fortemente o lençol. Kikyo gargalhou junto com o pequeno, saindo da habitação. – Eu não acredito. – se levantou em um pulo da cama. – São meio dia e o Hiroshi ainda nem almoçou. – colocou sua camisola com pressa, enquanto, sério e relaxado, Sesshoumaru continuava deitado na cama.

O telefone tocou e Rin já de pé o atendeu.

Marcela – Bom dia, o senhor Sesshoumaru se encontra presente? – Rin prendeu os cabelos enquanto respondia.

Rin – Quem fala?

Marcela – É Marcela, sou secretária do Sessh... Senhor Taisho. Só liguei para confirmar a viagem para Londres, na próxima segunda. – Rin ficou sem reação e olhou Sesshoumaru com os olhos arregalados – Quem fala? Alô? Ainda tem alguém na linha? – Rin tirou o telefone do ouvido um tanto perdida e confusa.

Tentou responder mais não saiu nada. Apenas levou o telefone na direção de Sesshoumaru.



Notas Finais


Em breve 🤗🤩😍

Olha essa https://youtu.be/m3Jns6WYJK8
Essa gostei 😘 música q combina entre Rin e Sesshoumaru ❤️

Ihh😬😬
O q a Rin vai fazer?
Q coisa feio Sesshoumaru 😒


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