História Uma musica para Castiel - Segurem o forninho!

Castiel

Debrah voltou, não sei como me sentir. Senti falta dela pra caramba, mas não posso deixar de notar que nas ultimas semanas mal pensei nela. De alguma forma que nem posso entender Luz se fixou nos meus pensamentos, não que eu vá falar isso pra alguém.

-Você está distraído Castiel, quer parar o ensaio por hoje?

-Não Lysandre, vou me concentrar agora. - Continuo tocando, mas minha vagueia de novo, pensando em coisas que eu não devia.

-Que merda Castiel, é a terceira vez que você erra. Melhor a gente parar. Sou eu quem costuma se distrair, não você.

-Calma ai Lysandre, você leva os ensaios a serio demais, nem parece a mesma pessoa quando não está ensaiando.

-Você devia levar o ensaio a serio também, não é porque a sua namoradinha voltou que você tem de ficar todo esquisito.

Não estava pensando exatamente na Debrah, mas não vou falar isso para o Lys.

-Vou embora então, já que você não está rendendo hoje- Lysandre fala impaciente.

Fico sozinho com meus pensamentos no porão. Luz aparece alguns minutos depois.

-Oi Castiel, incomodo?

-Não.

-Você vai demorar aqui ainda? – Ela fala tentando soar durona, mas ela ainda parece  incomodada pelo beijo que eu dei.

-Não, já estou indo. – Não quero discutir mais ainda, não desta vez.

-Você  pode ficar...- Ela fala de forma tranquila, o que me deixa ainda mais surpreso, geralmente discutimos mais do que conversamos. – ...Se quiser- completa ela.

-Ok vou ficar.

-Ela começa a tocar uma musica muito suave, realmente não  faz o meu estilo, mas não deixa de ser bonita, a musica é claro! Não Luz!

Luz toca com todo o coração, seu violino parece vivo, ela toca de olhos fechados, e no fim da musica ela abre seus lindos olhos reluzentes, e eu percebo que estou perdido, perdido... e completamente apaixonado por esta garota que vive no meu pé, com sua pose de senhora acima do bem o do mal,  na maior parte do tempo.

-Gostou? –Ela pergunta colocando uma mecha de cabelo que caiu no seu rosto pra trás da orelha.

-Sim, é impressionante.

Ela olha no relógio, e fica alarmada.

-Tenho de ir.

-Espera...

-O que foi ? – ela pergunta.  

-Você está esquecendo uma coisa. – Puxo ela para um beijo, desta vez não quero provoca-la, eu quero mostrar pra ela, tudo que eu sinto, e que não vou colocar em palavras. E ela me beija com a mesma urgência.

-Você é cretino Castiel. – Ela fala antes de se desvencilhar de mim e sair do porão, eu poderia achar que isso foi algum tipo de insulto se não fosse o sorriso travesso no rosto dela.

...

-O que você está fazendo aqui Debrah?  - Ela é a ultima pessoa que eu gostaria de ver aqui no porão logo depois de Luz ter estado aqui, acho que preciso dar um basta na Debrah, não acho que vamos dar certo juntos.

-Vindo te ver gatinho. - Ela sorri e pisca pra mim. 

-Acho que temos de conversar. - Já é hora de me decidir.

-Claro querido, por isso trouxe isso. – Ela tira da bolsa umas bebidas alcoólicas. – Podemos beber um pouquinho enquanto conversamos.

Eu não devia ter essa conversa bêbado, mas bom... já que ela trouxe bebidas...

Logo estamos conversando animadamente, nem lembro direito sobre o que ia falar, mas tanto faz, não devia ser algo importante.

Antes que perceba, Debrah me beija, e antes que eu possa falar algo ela começa a tirar a roupa, logo a blusa dela cai do outro lado do porão, e o resto da roupa parece que terá o mesmo destino. Em meio ao meu estado não consigo saber ao certo o que fazer, mas ela sabe bem o que faz, não sei se devo retribuo as investidas dela, ou a paro, uma garrafa não explica o meu estado de embriaguez atual, eu não bebi o suficiente pra me sentir assim. Penso nessas coisas, mas tudo parece fora de foco e brilhante demais. 

A porta bate, mas não vejo ninguém, a única coisa que noto agora é o arco do violino  em cima de uma cadeira que Luz deve ter esquecido.