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História Uma Namorada para TaeHyung (LIVRO 1) - Capítulo 2


Escrita por: LillyBelmount2

Capítulo 2 - Capítulo 2


As aulas de dança estavam sendo exaustivas demais para os rapazes do BTS. Desde bem cedo estavam na sala realizando ensaios das mais variadas coreografias. Precisavam melhorar as antigas coreografias e criar novas para os próximos shows que teriam dali em diante. Havia tantas apresentações a serem realizadas que eles mesmos perdiam a noção de tudo o que acontecia. Essa era a rotina deles, não havia como mudar por mais que quisessem. Eram comprometidos a tudo o que faziam, mesmo quando o cansaço falava mais alto eles insitiam em dar o melhor para os seus fãs. Era desse jeito que eles pensavam em todo o seu esforço durante anos. Sem o amor dos fãs pelas músicas que eles criavam não teriam chegado tão longe, não teriam conquistado metade do mundo.

 Em alguns momentos conseguiam fazer um ao outro se divertir mesmo diante dos seus afazeres particulares. O principal de todas as brincadeiras era o Jeong Taehyung. Com ele por perto não existia tempo ruim e sempre conseguia deixar o ambiente mais leve. A palavra “seriedade” não combinava muito com a sua personalidade, e seus amigos ajudavam que nada interferisse no seu comportamento. Amavam o seu jeito louco. Era importante quebrar toda a rotina de pressão, das obrigações entre eles.

Era para ser um dia tranqüilo e proveitoso. Os rapazes sempre foram pontuais, preocupados com o desenvolvimento do grupo e aconselhavam uns aos outros quando algo não estava funcionando tanto na música quanto nas coreografias. Poderiam ficar com raiva no começo, mas o poder da amizade entre ele era mais forte e acabavam deixando os problemas de lado. Sentiam-se na obrigação de não deixar que a magoa os acompanhasse quando subissem ao palco, seus fãs não mereciam e Taehyung era a prova de que rir era o melhor remédio.

O coreografo Lee Jung já estava perdendo a paciência de tanto que ouvia as gargalhadas dos rapazes enquanto realizava o ensaio. Eles não estavam normais, pelo menos não naquele dia. Foi necessário que ele pausasse a música e respirasse fundo, poderia não estar preparado para descobrir a verdade. Bastou que ele virasse a sua atenção para que todos explodissem na gargalhada. Tudo o que eles haviam segurado já estava perdido.

Um pouco confuso o coreografo coçava a cabeça. Queria entender o que estava acontecendo. Uma explicação coerente faria a diferença.

— Aigoo! O que está acontecendo com vocês? — quis saber o homem pousando as mãos na cintura — Esqueceram de tomar o café da manhã? Beberam a água da privada como se fossem cachorros?

Eles se entreolharam na tentativa de controlar a risada, mas foi impossível. O riso se tornou ainda mais alto até que ficassem vermelhos de tanto rir. Eles eram impossíveis a todo o momento, tudo era motivo de brincadeiras e risadas. Lee Jung às vezes questionava sobre a profissão que havia escolhido, com quem estava trabalhando no momento, as complicações começavam a nascer de um jeito que ele não esperava. Além das músicas serem maravilhosas e atingir o público de um jeito excepcional era essa loucura que tanto agradava os fãs.

Lee Jung esperou até que um deles se pronunciasse.

— Só estamos cansados! — exclamou Taehyung se jogando no chão pousando a mão no peito de pura exaustão — Precisamos descansar. Já estamos fazendo isso o dia inteiro.

Lee Jung olhou em seu relógio e ficou um pouco assustado com o que viu. Definitivamente havia pegado pesado com o ensaio.

— Peço desculpas rapazes, mas sabem o quanto as coreografias de vocês têm que ser perfeita. — confessou o coreografo — Eu me empolgo e não consigo mais parar. Vou deixar vocês descansarem um pouco e depois passaremos uma última vez.

Os rapazes ficaram preocupados. Ao menos uma vez queriam acreditar na palavra de honra daquele homem.  Não era fácil confiar, mas tinham que dar ao menos uma chance. Olhavam um para o outro como se quisessem chegar a uma decisão final.

— Se isso não acontecer podem me bater ou só me coloquem para fora da sala — impôs Lee Jung. No fundo ele não queria que nada de ruim lhe acontecesse.

— Okay! — responderam em uníssono. — Apenas uma vez ou estará morto.

Rapidamente Lee Jung saiu da sala. Gostava de deixar os rapazes mais à vontade. Sendo tão jovens havia algumas coisas que precisava ser esclarecidas apenas entre eles, sem que nenhum adulto chato os atrapalhasse. Nem ele mesmo gostava quando era interrompido por alguém mais velho, exceto o seu chefe.

Cada um dos rapazes aproveitou aquele pequeno intervalo para atenderem às suas necessidades. Jin e Yoongi foram sentar-se no fundo da sala. Sentiam as pernas doerem devido ao pequeno esforço. Alguns passos exigiam um pouco mais de esforço e o resultado final sempre seria a dor, mas até que suportavam muito bem todas as exigências realizadas por Lee Jung. Tae e JungKook verificavam algo em seus celulares, mas não demorou para que logo os guardasse novamente. Namjoon, Jimin e Hoseok deixaram a sala em busca do que comer, tudo por ser ideia do Jimin.

Taehyung olhava para o teto branco da sala. Ora suspirava, mantinha os olhos fechados e fazia alguns barulhos irritantes com a boca. Alguns dos rapazes acharam engraçado, mas guardaram os comentários para si mesmos. Não queriam começar mais algum tipo de brincadeira, o cansaço começava a derrubá-los por completo. Quanto mais relaxavam e curtiam o silêncio, o cansaço ficava de lado. Os minutos passavam lentamente. O silêncio começava a se tornar óbvio a cada minuto que se passava.

Quando o coreografo voltou de sua pausa, ficou espantado ao ver os rapazes em estado de quase sono profundo. Olhou com um pouco mais de atenção e notou que ainda faltavam três deles. O jeito era aguardar até que retornassem. Era maravilhoso que o grupo se mantivesse em descanso e silêncio absoluto. Eles não paravam nunca. Durante o dia todo eles tinham energia para causarem as mais impensáveis confusões.

Um pouco mais de quinze minutos se passou até que o grupo finalmente estivesse reunido e mais disposto. Olhar para cada um daqueles rostos e ver as expressões calmas e serenas era como estar no paraíso. Era o momento de aproveitar cada segundo da última passada das coreografias.

— Vamos fazer pra valer rapazes! — exclamou o coreografo animado — Pensem que é agora que a vida de muitos será salvos... — Lee foi interrompido.

— Já entendemos. Menos falação e mais dança — murmurou Tae coçando os olhos.

— Posição inicial...

A melodia invadiu a sala por completo. As ondas sonoras se espalhando pelo ar, a respiração se elevando em ansiedade de mostrar os primeiros passos era uma verdadeira missão em serem perfeitos. Todos estavam bem concentrados para que a coreografia fosse realizada com maestria. Pareciam ser outras pessoas com tamanha concentração. Em meio a todos os movimentos e olhadas sensuais seria maravilhoso se conseguissem notar que alguém os observava com admiração.

 Não era fácil ter que esconder o fascínio que sentia só por estar no mesmo ambiente que eles, mas isso já bastava. Tinha que ter controle sobre as suas verdadeiras emoções quando os via em ação.

Como era lindo de se ver!

Quase uma hora depois o ensaio felizmente havia chegado ao seu fim. A promessa feita pelo coreografo foi cumprida com maestria. Depois de realizarem a última passada todos se sentiram muito confiantes para a próxima apresentação que fariam. Seria um dos shows mais importantes, sem contar os festivais onde tinham que homenagear as lendas do Kpop.

Estavam liberados para mais uma noite de descanso. Agradeceram e cada um deles foi para os dormitórios. Quase todos, pois Tae ainda estava na sala. Jimin queria saber qual loucura ele iria aprontar daquela vez. Já não era novidade o seu lado travesso e ele sempre conseguia fazer com que Jimin se envolvesse nas suas loucuras. Haveria ao menos uma vez em que ele não estaria junto.

— Pode tirar esse sorriso da cara — começou Jimin passando a mão pelos cabelos que teimavam em cair em seus olhos — Sei que coisa boa não pode ser. Te conheço muito bem.  O que vai aprontar dessa vez?

Tampouco Tae prestou atenção no que o amigo lhe dissera. Sua mente estava bem longe daquela realidade. Bolava o plano perfeito para encurralar a sua vitima. Seria o melhor plano de todos, pelo menos era o que ele acreditava. Desde o momento em que havia chegado pela manhã ele não parava de pensar no plano que teve. Esperar o dia terminar foi a pior parte.

— Acho que vou dar um susto na moça que vem organizar a sala — comentou Tae animado — Ela está sempre séria. Parece doida.

— Doidos somos nós! — Jimin aos poucos se lembrava do rosto da jovem — Não é aquela moça que sempre reclama das nossas bagunças? Quero dizer, da sua bagunça.

— Ela mesma... Essa louca. Na verdade ela suporta todos vocês, mas comigo parece que é pessoal... faço mais bagunças, deixo ela bem nervosa. — contou ele um pouco triste. — Adoro! — completou Tae irônico.

Jimin passou a mão pelo rosto preocupado. Aquela moça já os alertou sobre pregarem peças e quanto às bagunças que faziam por todo o prédio. Tae só poderia estar com o juízo vencido. A bronca dessa vez poderia gerar sérias conseqüências. Mais uma vez ele não se preocupava com nada do que fazia.

— Acho que devo me preocupar se você sairá vivo dessa. — disse Jimin simplesmente.

— Medroso... — implicou Tae — Vai dar tudo certo. Como eu sempre planejei... — ele sonhava acordado — Agora preciso me preparar. — olhou seriamente para Jimin — Vai ficar ou vai embora?

— Tchau! — disse Jimin saindo aos risos.

— Medroso! — gritou Tae de dentro da sala.

 Tae procurava algum lugar em que pudesse se esconder com muita facilidade. Encontrou um grande cesto com as mais variadas fantasias que já foram utilizadas por eles para promover tutoriais de dança em seu canal no Youtube. Foi necessário que ele deixasse a sala um pouco mais bagunçada do que o normal. Teria que mantê-la bem ocupada, dar um tempo para que ela nem imaginasse que o impossível aconteceria. Trouxe o cesto para o meio da sala, assim a jovem teria que movê-lo até o local certo. Desconfiou que ela já estivesse a caminho e escondeu-se dentro do cesto. Agora era só esperar pelo momento certo.

Não demorou para que Joy entrasse na sala espelhada com o seu kit de limpeza. Até parou de cantarolar ao ver o trabalho que teria para deixar tudo aquilo brilhando. Olhou por cada centímetro e respirou fundo. Aqueles garotos eram bagunceiros, mas apenas um deles conseguia se superar em todas às vezes. Parecia até proposital. Já não adiantava reclamar com os seus superiores, nada fariam para mudar o comportamento dos rapazes. Garrafas d’água vazias estavam espalhadas por todos os cantos, assim como toalhas que usavam para enxugar o suor. Estava determinada a matar Taehyung na próxima vez que o visse.

Mesmo sendo tão nova ela tinha que ter muita paciência para lidar com os problemas mentais e desordens de Taehyung e deixar tudo organizado. Aos poucos ela foi reunindo as garrafas e colocando numa sacola. Deixou as toalhas amontoadas num canto para poder ganhar espaço.

          — São tão lindos, mas não passam de bagunceiros — murmurou ela consigo.

De dentro do cesto, Taehyung conseguia ter noção de onde a garota estava. Pelo jeito todas as coisas que estavam espalhadas pelo chão tiveram um fim. Ela espirrava algo no espelho e espalhava com o pano. De que ela era muito detalhista isso nunca foi novidade. Em pouco tempo os espelhos estavam brilhando como novos.

Ele sentiu quando Joy se aproximou do cesto. Tinha que deixá-lo em seu devido lugar. Antes mesmo que Joy tivesse que colocar alguma força, ele se revelou com um grito ensurdecedor. O susto que Joy levou foi tão grande que ela caiu batendo a bunda no chão. Missão número um: completa! Missão número dois: continuar vivo.

A respiração dela estava acelerada e os olhos comprimidos em direção ao rapaz.

          — Vou te dar três segundos para sair de dentro desse cesto antes que eu te mate... — ameaçou Joy se levantando.

— Estou morrendo de medo... — provocava Tae mordendo o lábio.

Dito isso a jovem largou os panos no chão colocando a mão na cintura.

— Deveria estar com medo! — exclamou Joy entredentes — Não sabe o quanto quero te bater Taehyung...

Ele gargalhou em sua voz rouca e grave.

— Você acha que é boa em tudo? Estou pronto para lidar com as conseqüências dos meus atos. — ele brincava com a própria sorte.

O rosto de Joy se iluminou diante do desafio, mas viu o quanto Tae já estava preparado para fugir daquela sala. Bastou apenas um pequeno movimento para que Tae saísse correndo pelos corredores. Joy não perdeu um segundo que fosse e já estava em seu encalço. A risada do garoto estava deixando Joy cada vez mais irritada.

— Juro que vou te dar umas porradas Taehyung — ameaçou ela furiosa. — Vai se arrepender de ter nascido.

— Só se for nos seus sonhos, meu amor — gritava ele ofegante — Ah meu Deus, ela não se cansa. — resmungou ele ao ver que ela não desistiria tão fácil.

O jeito era ir em direção a um dos corredores que estava com pouca iluminação. Tinha que dificultar a situação. Tae ficou tão distraído por ver que Joy estava tão perto de alcançá-lo que ele acabou tropeçando nas próprias pernas. Ele foi direto ao chão, mas Joy teve o mesmo fim que o rapaz por não conseguir parar antes do tempo. O único problema foi ter caído em cima do rapaz, mas de resto nada mais importou. Para Joy foi o momento perfeito para se vingar.

— Estou cansada de suas brincadeiras garoto! Por sua causa já levei três advertências — ela começou a estapeá-lo com força — Como é que pode se comportar dessa maneira?

          Os tapas desferidos contra ele estavam ganhando mais força, mas Tae tentava ignorar o que acontecia com ele. Quase uma missão impossível.

— Eu sei que desculpas não funcionam com você...

Ele bem que tentou tirar aquela garota de cima de si. A força que ela tinha era descomunal. Em meio a aquela luta corporal algo o acertou no olho. Assustada com o grito de dor, Joy procurou o celular para clarear, mas só complicou a situação. Por dentro ela rezava para que não fosse algo grave demais.

— Sai de cima de mim, sua louca — gritava Tae.

Rapidamente ela o obedeceu. Desconfiava que dessa vez a brincadeira tivesse ido além de suas expectativas.

— É melhor eu ir para o dormitório — disse ele se levantando com a mão tapando um dos olhos.

Joy sentia as suas pernas tremerem. Só no dia seguinte é que ela poderia saber o tamanho da gravidade de um soco que ela deu em Tae. Não foi de propósito, mas ele havia começado a tirá-la de cima dele. Ninguém tocava nela.

— Me desculpa Tae! — pedia a garota.

— Eu não sei de nada! Cansei de tanta ignorância da sua parte — reclamava ele.

— Agora eu sou a ignorante da história.

Juntando o resto de dignidade, Joy levantou-se e caminhou em direção à sala onde deixou os seus materiais de limpeza. Bufava de raiva por ser chamada de ignorante. Ela era assim apenas com Taehyung e ninguém mais. Ainda havia muito a ser feito em quase todas as salas. Ela queria acreditar que no dia seguinte tudo seria diferente e mais tranqüilo. Não seria ela a ficar pensando nas babaquices de Taehyung. Ele não merecia tanta atenção.

No fundo Tae queria rir de toda aquela brincadeira, mas a dor que sentia ao redor do olho não permitia. Rezava para que não ficasse com nenhuma marca. Difícil seria explicar como tudo tinha acontecido, vergonhoso na verdade, mas teria algum tempo para pensar nas palavras certas. Tinha esperança de que o dia seguinte fosse melhor de muitas formas.

 



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