História Uma Nova Chance - Cap.22(flashback-final)

Prontamente me levanto e tomo a frente de Paolla.

— Fui eu quem quebrei a máquina, ela não teve culpa de nada! Eu disse que sabia consertar pra poder impressiona-la. — Digo quase que sem respirar.

— Impressionar?

— É! Escuta, eu amo essa garota, amo muito! Ela é o motivo de eu vir aqui todos os dias, a Paolla mudou a minha vida e tem tanto pra me oferecer... Eu só queria fazer alguma por ela, algo que a fizesse olhar pra mim de outra forma, não só como amigo, por favor... Por favor, entenda que ela não teve culpa.

— Limpa isso aí. —Ele diz pra mim. — Paolla, você me acompanhe.

Acompanho Paolla com os olhos até ela entrar na sala do chefe. Ele fecha a porta e eu começo a limpar a bagunça.

— Legal o que você fez.— A amiga dela diz. — Mas ela vai demiti-la de qualquer jeito. Ele descobriu sobre os cafés de graça e ficou uma fera... Ele é muito mesquinho.

Solto uma respiração pesada e largo o rodo e o pano.

— Merda... Tudo minha culpa!

— Ela fez isso porque gosta de você. Ela é apaixonada por você, mas é durona demais pra admitir. — Ela diz e é inevitável eu não sorrir.

— Larga isso!— Escuto sua voz atrás da mim, o tom era sério. — Vem comigo!

Caminhamos até o lado de fora da cafeteria, ela me guia pela mão até próximo à algumas árvores em um canto mais afastado do parque.

— Olha, eu sei que você deve estar chateada comigo e... — Ela me interrompe com um beijo calmo e longo, na hora um arrepio toma conta do meu corpo, agarro sua cintura e colo seu corpo ao meu, suas mãos envolvem meu pescoço e fazem carinho em minha nuca. Paramos o beijo com alguns selinhos e sorrisos bobos.

— Eu não imaginava que você sentia aquilo por mim. Você, todo engomadinho, sério, concentrado no trabalho, meninos como você preferem mulheres mais velhas. E eu sou uma menina que mal acabou o ensino médio, tá esperando entrar em uma faculdade, ainda arrumo a casa dançando ao som de uma música alegre, gosto de correr na praia e de programas descontraídos...

— Mas foi por isso que eu me apaixonei por você, foi seu jeito leve, espontâneo e divertido que me encantou. Você é muito especial, Paolla, é sorridente, doce, de bem com a vida e ao mesmo tempo madura... O que eu não entendo é você se apaixonar por mim.

— Você é simples, é protetor e tem um jeito peculiar, tem um sorriso lindo e é muito carismático, é inteligente, esforçado e sonha alto. Você é diferente dos outros garotos, não é babaca, não fica querendo aparecer... Você pensa grande e no futuro, a gente se encaixa e muito bem. — Ela diz sorrindo enquanto segurava meu rosto.

Encosto nossas testas e iniciamos um beijo mais profundo, acaricio seus cabelos e ela o meu rosto, nossas bocas se encaixaram e naquele momento eu não desejaria nada mais do que isso, alí, sabendo que ela me amava tanto quanto eu a amava, parecia que nada mais importava, como se eu tivesse ganhado uma mina de ouro, diamantes e mesmo que tivesse, o valor seria incomparável à uma vida com ela, Paolla era tudo o que eu nem sabia que procurava, eu me sentia preenchido, não havia ninguém ou nada que me fizesse mais feliz. Aquele dia pode ser facilmente considerado o melhor da minha vida, naquele dia eu ganhei seu amor. Naquela tarde levemente nublada, onde o vento soprava dando um ar de chuva em breve, em seu quarto eu a tive por inteira, como sua primeira vez eu fiz especial, a fiz minha de uma forma única, calmamente, a respeitando sempre. Naquele dia, eu ganhei o mundo.