Uma semana se passou desde que o Uchiha havia acordado e finalmente chegou o dia que receberia alta. Hinata foi com suas amigas, Itachi e Neji buscar o moreno e até mesmo Sakura dessa vez foi, levando Sarada, que estava morrendo de saudades do tio, já que desde que havia nascido nunca havia passado tanto tempo longe do rapaz e a pequena estendeu os bracinhos chorando, pedindo colo assim que o viu. Mesmo sem jeito, ele a pegou e a pequena se acalmou, agarrando-o pela blusa com as mãozinhas pequenas e ninguém conseguiu tirá-la dali, nem mesmo Itachi, até que ela pegasse no sono.
- Ela sentiu sua falta. – Itachi falou, finalmente conseguindo pegar o bebê e a colocando adormecida na cadeirinha.
Ajeitaram-se todos nos dois carros e foram em direção à casa dos Uchiha. Assim que chegaram, Neji ajudou Sasuke a descer, já que o mesmo ainda não conseguia se mover com total liberdade devido aos machucados e foram em direção ao quarto do moreno, onde o mesmo deveria ficar de repouso, porém assim que chegaram deram de cara com Fugaku, que os olhou com uma expressão de repreensão.
- Olha vejam só, o assassino chegou. – Fugaku falou e todos arregalaram os olhos, Sasuke não estava entendendo nada.
- Fugaku, não comece. – Itachi falou, tirando o homem dali e levando-o para o quarto onde estava hospedado.
- O que ele quis dizer Itachi? – Sasuke, agora já sentado em sua cama perguntou assim que o irmão chegou em seu quarto.
- Não é nada otouto, Fugaku tem problemas psicológicos, não dê importância para o que ele fala. – Itachi respondeu, porém isso não acalmou o menor, o olhar daquele homem sobre si continha raiva e isso o desestabilizou.
- Acho melhor deixarmos ele descansar agora. – Neji falou e os outros assentiram, saindo do quarto, Hinata ficou para trás, porém quando foi sair, o Uchiha segurou a sua mão.
- Eu não quero ficar sozinho. – ele falou e ela se aproximou mais.
- Quer que eu fique até pegar no sono? – perguntou, afagando seus cabelos e ele assentiu, ela se sentou na cama ao seu lado e ficou conversando com ele, até que os remédios que o mesmo havia tomado fizeram efeito e ele pegou no sono, ela levantou-se com cuidado e deu um beijo em sua testa, saindo do quarto em seguida.
(...)
- Eu queria lhe agradecer por ter cuidado da minha filha todo esse tempo. – o Uchiha falou um pouco envergonhado e a garota sorriu.
- Não precisa agradecer, não foi trabalho nenhum, Sarada é muito quietinha e obediente. – Sakura respondeu com um sorriso.
- Ainda assim, você não tinha obrigação, obrigado. – o moreno falou e os dois ficaram se encarando por alguns instantes, sem saber o que falar, até que uma loira e uma morena chegam.
- Estamos atrapalhando? – Ino perguntou e os dois a olharam corados, meio sem jeito.
- Acho que você cortou o clima Ino. – Tenten falou sorrindo da cara envergonhada dos dois.
- N-não, imagina. Eu... vou ver como está a minha filha. – Itachi falou envergonhado, saindo da sala, deixando as três garotas sozinhas.
- O que foi? Por que estão me olhando assim? – a rosada perguntou, incomodada com os olhares e sorrisos maliciosos das outras duas.
- Nada não. – Tenten falou rindo e logo Hinata surgiu na sala, suspirando cansada.
- O que foi Hina? – Sakura perguntou e a azulada balançou a cabeça em negativa.
- Nada, só estou cansada. – a Hyuuga mentiu, a verdade era que estava triste com a situação do namorado e com medo que ele nunca conseguisse se lembrar dela e dos momentos que haviam passado.
- Vocês não vem? – Neji surgiu na sala, estava esperando as garotas para ir embora.
- Sim. Vamos. – Hinata falou, indo à frente, em direção ao primo, sendo seguida das outras, que a encaravam sérias, não haviam acreditado nas palavras da amiga.
(...)
- Bom, nos vemos amanhã. – Hinata falou despedindo-se das amigas.
- Hinata, eu vou levar elas em casa e depois eu volto, está bem? – Neji falou e a garota assentiu, seguindo para sua casa. Sentia-se cansada e deprimida, tudo o que queria era chegar em sua casa e ir direto para o seu quarto, se atirar em sua cama, o que não foi possível, já que ao chegar escutou os gritos de seus pais brigando mais uma vez. Suspirou, pensando em ignorar a discussão, porém o que ouviu a fez estacar na hora, sem saber como reagir.
- Pare de gritar. Quer que todos ouçam? – ouviu seu pai falar quase gritando.
- QUERO. EU QUERO QUE TODOS SAIBAM O CRETINO QUE VOCÊ É. – a mulher gritou em fúria, porém logo começou a chorar – Já não bastava me trair, tinha que trazer o garoto pra cá também?
- Ele é meu sobrinho, você queria o que? Que eu deixasse ele na rua? – bradou irritado e a mulher o encarou com os olhos chorosos estreitos.
- Sabe muito bem que ele não é só seu sobrinho. – a azulada mais velha falou e os olhos da mais nova se arregalaram, afinal do que sua mãe estava falando?
- Nós não temos certeza, nem a mãe dele tinha certeza. – o homem falou, assustando-se ao ouvir a voz de sua filha adentrar o recinto.
- Do que estão falando? – perguntou com os olhos cheios de lágrimas e os dois mais velhos se entreolharam aflitos, sem saber como explicar aquilo.
(...)
- E foi isso. – o Hyuuga falou, vendo as lágrimas grossas caírem por seu rosto delicado.
- Então o Neji... – falou e ele assentiu e a respondeu.
- Sim, nós não temos certeza, mas ele pode sim ser seu irmão.
(...)
Se remexeu na cama inquieto, abrindo os olhos com dificuldade, piscando-os várias vezes devido à claridade que adentrava no quarto. Sentiu sua garganta doer e pegou um copo com água que havia ao lado de sua cama, certamente alguém havia deixado ali, para caso ele acordasse e sentisse sede, o que de fato acabou acontecendo. Tomou a água, levando a mão ao rosto e em seguida aos fios negros, bagunçando-os, logo ouvindo o barulho da porta abrindo e o sujeito de mais cedo entrar, encarando-o com uma expressão de raiva.
- Parece que o assassino acordou. – Fugaku falou e Sasuke o olhou confuso.
- Quem é o senhor e o que quer dizer com isso? – o Uchiha mais novo perguntou, vendo o sorriso de escárnio que surgiu na face alheia e arregalando os olhos com a resposta que recebeu.
- Ora você não sabe Sasuke? Eu sou seu pai. E o que eu quero dizer é exatamente isso, você é um assassino, afinal matou a sua mãe. – o mais velho falou, aproximando-se mais da cama do filho e sussurrando em seu ouvido – Mas agora eu acho melhor se preparar, porque você vai pagar pelo que fez.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.