1. Spirit Fanfics >
  2. Uma Nova Esperança (oneshot) >
  3. Capítulo único

História Uma Nova Esperança (oneshot) - Capítulo único


Escrita por: Space_Dust

Notas do Autor


Sei que estou comprometida com "The Love Awakens", mas esse One-shot é um presentinho para vocês. É mais "sombrio" do que as fics que costumo escrever e muito mais emocional! rsrs
Espero que gostem e que a força esteja com vocês.

Capítulo 1 - Capítulo único


Fanfic / Fanfiction Uma Nova Esperança (oneshot) - Capítulo único

Fazia um calor insuportável em Tatooine. Dois homens de alturas aproximadas esperavam pacientemente ao lado de fora de uma nave discreta. Nenhum dos dois queria estar ali, mas estavam, por ela. Há poucos dias atrás ela havia declarado que estava partindo para Tatooine sozinha, mas isso eles não podiam permitir e era exatamente por isso que estavam lá.

O que exatamente ela estava fazendo ali era um grande mistério para os dois homens, ela era o tempo todo atraída por lugares desérticos aparentemente. Na verdade, não era algo que coubesse a qualquer um dos dois saber, era assunto  pessoal dela e, pelo que sabiam mais ou menos, tinha a ver com o caminho jedi.

Como eles iriam questioná-la sobre qualquer assunto que fosse sendo que o destino da galaxia muito provavelmente estava em suas mãos? A garota não era mais a mesma, tampouco eles também não eram mais os mesmos.

De alguma forma todos estavam quebrados, sem esperança. Eles acreditavam que poderia haver uma chance em derrotar a Primeira Ordem e restabelecer a paz, mas isso foi antes da morte de Skywalker. O lendário jedi pereceu pelas mãos do sobrinho, o mesmo sobrinho a quem treinou e que não foi capaz de controlar, o mesmo que matou seu melhor amigo e cunhado, Han Solo.

A Resistência se desfez, Leia Organa não tinha mais forças para continuar, seu marido, seu irmão e seu filho se perderam para sempre e ela perdeu sua sanidade. Sem a sua liderança o grupo rebelde foi ruindo pouco a pouco.

Meses depois da morte de Skywalker, Rey declarou que estava indo para Tatooine,  algo sobre ter uma visão e precisar entender melhor suas raízes, o que quer que isso significasse. Ela queria partir como partiu quando foi a procura de seu mestre, apenas ela, R2-D2, Chewbacca e a Millennium Falcon.

Mas Chewie se recusou a partir. Tatooine lhe trazia muitas lembranças sobre Luke e Han Solo foi lá que se reuniram pela primeira vez na cantina de Mos Eisley, eles eram seus amigos mais queridos, e agora estavam mortos. O doce wookie também estava quebrado, talvez agora sem perspectiva de conserto.

Mas Rey estava decidida e no que ela estava decidida, Finn interveio, oferecendo-se para acompanhá-la, e no que Finn interveio, Poe ofereceu-se para acompanhá-los. Demorou um tempo para que a garota aceitasse ajuda, mas não havia jeito, se ela partisse sozinha, poderia não retornar nunca mais.

Tampouco eles puderam usar a Falcon, Poe mobilizou seus últimos recursos para conseguir uma nave limpa, algo raro naqueles dias em que a Primeira Ordem imperava, mas lá estavam eles no planeta desértico, quebrados e sem esperança.

O rosto de Finn, assim como o de Poe, estava coberto de suor. Eles não queriam esperar dentro da nave que tinha controle climático pelo simples medo de perderem Rey de vista, por mais que eles tivessem a acompanhado até ali, o que a garota tinha de fazer cabia somente a ela. E eles esperavam.

Poe e Finn foram, outrora, as mais esperançosas pessoas da Resistência, mas agora estavam igualmente quebrados. Todos estavam depois que Skywalker se foi. Os dois experimentaram um tipo de felicidade único durante um tempo e era mais doloroso ainda sentir-se sem esperanças.

Eles se lembravam como era a sensação de estarem amparados um pelo outro, pelo simples fato de que estiveram em contato com o amor um do outro. Desde que Finn acordou, Poe sempre estivera lá cuidando dele, até que ambos começaram a perceber que o que sentiam ia além da amizade, mas reprimiram.

Reprimiram ao máximo que podiam conseguir até que Finn, em sua inocência, perguntou ao piloto o porquê de sua presença nunca ser o suficiente para ele e foi aí que descobriram sobre os sentimentos profundamente escondidos.

Eles foram felizes durante um tempo,  Finn pela primeira vez em toda a sua vida. Poe, pela primeira vez desde que sua mãe ainda era viva. Por mais que o exímio piloto fosse, no geral, uma pessoa alegre, ele nunca tinha experimentado felicidade igual a de voar no colo de sua mãe,  até Finn aparecer.

Em meio a todo o caos, destruição, tristeza e lágrimas vertidas, os dois se amavam genuinamente. Até o dia em que a notícia chegou até eles, a notícia de que a esperança da galáxia havia morrido.

Luke Skywalker pereceu em batalha contra o sobrinho, os detalhes eles não sabiam, sabiam apenas que deixara Rey com seu treinamento incompleto. A garota, que sempre passou uma imagem de inocência e dedicação, tornou-se amarga e triste e, a partir daquele dia, a Resistência minguou até encontrar seu final.

Rey desmoronou-se após tais acontecimentos, pelas mãos de Kylo Ren pereceu a primeira figura paterna que teve em sua vida, Han. Pelas mãos de Kylo Ren ela quase perdeu o primeiro amigo que teve em sua vida, Finn. Pelas mãos de Kylo Ren ela perdeu o pai que acabara de conhecer, Luke.

Ambos os homens, Poe e Finn, que sentiam a esperança latente um no outro passaram a sentir um pesar imenso por terem ousado tentar serem felizes em meio à guerra. A guerra é cruel, principalmente para amantes. Eles não se tocaram mais após àquelas notícias.

Mas ainda se lembravam do calor um do outro, do carinho que sentiam um pelo outro, e ainda eram protetores em relação um ao outro, e ainda se amavam, mas simplesmente não tinham mais força física e emocional para continuar com aquilo. Toda a força que tinham era direcionada ao simples ato de resistir. E resistindo continuavam sem ter exatamente um rumo. Até o dia em que Rey resolveu partir para aquele planeta no meio do nada. Como podiam deixá-la ir sozinha?

A garota era como uma irmã para Finn, eles viveram coisas demais juntos e salvaram a vida um do outro mais vezes do que podiam contar. Como não confiar em alguém assim? E mesmo Poe, que não era tão íntimo dela, via em seus olhos nada mais do que inocência e boas intenções. Talvez fosse Rey uma nova esperança.

Exceto pelo fato de que eles não podiam mais ter esperanças,  eles não podiam se dar a esse luxo, eles apenas resistiam porque não sabiam se render. Todos os três repetiam para si mesmos que talvez um dia tudo voltasse ao normal, talvez a dor de Rey fosse embora, talvez Poe e Finn pudessem ficar juntos novamente, talvez.

Os dois homens esperavam, e a cada segundo a mais que viam aquela paisagem dourada e vermelha a sua volta, sua preocupação aumentava. Poe estava tonto, mas não queria dizer nada a Finn, eles apenas encaravam o horizonte. Os olhos de Finn encontraram Poe ao seu lado, o mais velho suava e estava pálido.

- Você está bem? - ele perguntou.

- Estou, é esse calor - ele respondeu.

- Ainda temos água dentro da nave, posso pegar para você - o negro se ofereceu.

- Obrigado, mas acho que posso me cuidar - foi a reposta do piloto.

E silêncio.

O silêncio entre os dois era uma verdadeira barreira, milhares de palavras não ditas flutuavam entre eles, era um silêncio doloroso e pesado, mas ainda assim, eles não ousariam fala nada ou desmoronariam.

Quando Poe já estava tão seco que não era nem capaz mais de suar, resolveu adentrar à nave em busca de água, ao mínimo movimento que fez sentiu sua vista escurecendo, seu corpo fugia a seu controle e ao fundo ouvia a voz do amado  "Poe?", até que tudo se escureceu de vez.

Ao acordar, Poe sentiu panos frios em sua testa e em seu corpo, a mão de Finn estava pousada em seu braço, o toque do atirador lhe era tão familiar e ao mesmo tempo não era mais, ele ficou um tempo observando o homem ao seu lado, até que involuntariamente tossiu por conta da garganta seca.

- Ei - ele ouviu Finn dizer, sua voz era doce - está tudo bem?

- É só o calor - o piloto respondeu.

- Eu sei - Finn o olhava com preocupação - vou pegar um pouco de água para você. Você precisa se hidratar.

- Nada da Rey ainda? - Poe perguntou entre tossidas.

Finn fez sinal de negativo com a cabeça e saiu a procura de água para o companheiro, retornando minutos depois.

- Vou esperar lá fora - o ex-stormtrooper declarou - descanse.

Poe não tinha forças para sair dali de qualquer forma, ainda estava passando mal da queda de pressão súbita, ele se pegou pensando em quando seus diálogos com Finn ficaram tão simplórios, eles costumavam conversar por horas a fio e agora só trocavam meias palavras. Poe sentia um nó em sua garganta ao pensar nos planos que ele e Finn costumavam fazer e que, provavelmente,  nunca chegariam a se concretizar, mesmo que se por algum milagre, Rey derrotasse Ren e Snoke, os danos causados à galaxia estavam além de reparos.

Uma hora depois Finn retornou, o comunicador em seu pulso mostrava o holograma de Rey, ela estava visivelmente cansada, mas parecia que algo havia reacendido em seus olhos. Ela disse que voltaria de manhã, para esperarem dentro da nave, que ela estava segura. Nenhum dos dois ficou aliviado, mas ainda assim, obedeceram o pedido da jedi. Poe ainda estava passando mal, sentia ânsias e tonturas, embora não chegasse a vomitar.

- Está melhor? - ouviu Finn perguntar pousando a mão em sua testa para checar sua temperatura.

- Apenas... tonto - Poe respondeu ainda desnorteado pela sensação da pele de Finn próxima a sua.

Na pequena enfermaria, Finn encontrou alguns remédios que entregou para Poe. O piloto sentia-se inútil por não conseguir ao menos resistir ao calor. Há muito tempo ele se sentia inútil na verdade, como se tudo o que estava acontecendo na galáxia fosse sua culpa.

E de certa forma era. Se ele não tivesse falhado na missão de Lor San Tekka e não tivesse sido capturado, talvez as coisas fossem diferentes, ele não teria arrastado Finn para o meio de tudo isso, justo Finn! Que foi tão corajoso em salvá-lo e que acabou sendo levado junto, ele apenas havia trocado de exército.

- Me desculpe - Poe murmurou com a voz rouca.

- Não começa - Finn o interrompeu - nada disso é sua culpa.

Poe apenas o observava, triste.

- Nós tivemos nossos momentos, não é?

Finn não respondeu. Ele olhava o homem a sua frente com carinho e gratidão, a vida poderia ser difícil agora, mas ao menos ele teve uma escolha e tudo porque Poe o ajudou. Era doloroso que estivessem daquele jeito.

O mais novo se aproximou do mais velho e seus lábios se tocaram, eles se beijaram suavemente com amor, e carinho, e dor. Fazia tanto tempo que não sentiam esse toque específico que sentiam alguns músculos do rosto se repuxarem. Quando abriram os olhos perceberam que estavam ambos a lacrimejar.

- Eu... - Finn começou a falar algo, mas Poe o interrompeu, abraçando-o.

-  Shhh - Poe respondeu, tapando a boca de Finn com seus lábios - eu sei.

E eles realmente sabiam e compreendiam tudo em relação ao outro. A dor, o sofrimento e o amor que insista em existir em meio ao caos.

Poe aproximou-se de Finn novamente e eles voltaram a se beijar, o gosto dos beijos era salgado por conta das lágrimas que insistiam em verter dos olhos do casal. O fôlego era perdido fácil por conta do choro que eles tinham de reprimir. Eles não podiam chorar, ou não teriam forças para sobreviver.  Naquele momento fizeram uma promessa silenciosa de apenas chorar quando tudo aquilo chegasse ao fim.

Os beijos gentis deram lugar a beijos mais intensos e ardentes, o corpo de Poe estava extremamente quente, mas nada tinha a ver com a febre que ainda lhe incomodava. Ambos pensavam que não deveriam ter se afastado um do outro. Eles ficaram nus. O corpo dos dois marcados por mais cicatrizes do que podiam contar, algumas delas eles sabiam exatamente como tinham surgido outras não faziam a mínima ideia. As costas de Finn eram dolorosamente marcadas pelo dia em que Kylo Ren quase o matou.

Poe passou a ponta de seus dedos pela enorme cicatriz pensando que ele podia ter perdido Finn sem ao menos saber que o amava e o quanto ele viria a se tornar importante para si. Ele já tinha gostado do garoto quando o conheceu, mas o que ele sentia agora por ele não era nem comparável.

Poe começou a beijar o corpo de Finn com amor e desejo em decorrência desse pensamento, Finn era dele, ele sabia disso, e seu impulso era de amá-lo, de cuidá-lo e de protegê-lo, embora fosse ele que estivesse adoentado.

E os dois sabiam que apesar de toda a tristeza e desesperança, o amor ainda existia, e o desejo ainda existia. Poe passou sua língua por toda a extensão do corpo de Finn, até chegar em seu pênis já rígido. Os lábios do piloto encontraram a glande do atirador que gemeu levemente em resposta ao toque.

Concentrou-se um tempo ali, até começar a se deslizar, movimentando-se levemente, o gosto era salgado por conta do pré-gozo que ele já havia engolido há muito. O corpo negro e musculoso de Finn se contorcia diante da habilidade do menor.

Finn puxou o outro homem para perto de si e beijou-lhe os lábios macios, e dos lábios passou para seu pescoço, e do pescoço para seus mamilos, abdômen e coxa. Até encontrar o seu membro pulsando a espera de alívio.

Os lábios grossos e rosados de Finn contrastavam com sua pele escura, Poe apenas pensava em como ele era bonito e especial, aqueles lábios que tanto amava e desejava se encostaram em seu pênis e ele sentiu o calor de sua saliva o envolvendo.

Enquanto Finn chupava o companheiro com vigor e desejo também massageava seu escroto com uma das mãos, Poe não  continha os gemidos, nem mesmo se importando se BB-8 pudesse ouví-los. Aquele momento era deles e deles somente.

O que vinha a se seguir os dois já sabiam de cor e ainda assim era como se fosse a primeira vez que jaziam nus em uma cama, embora já o tivessem feito milhares de vezes. Finn umedeceu a entrada de Poe usando sua língua, o corpo dourado do piloto clamava pelo seu amante.

Com paciência, ele invadia seu ânus, rasgando-o pelo simples fato de que não faziam sexo há muito tempo, mas aquela dor não era nada. Não era nada como estar perto de Finn e sentir seu peito contra o seu e sua respiração perto da sua própria.

Finn acariciava o rosto do mais velho enquanto se afundava em seu corpo que aos poucos permitia ser invadido. Ele sentia a ereção do menor contra seu abdômen e, sabendo que ele estava excitado, começou a investir contra aquele corpo lindo e perfeito que Poe tinha e que o deixava louco.

O ritmo das investidas aumentou, os sons dos gemidos de ambos ecoava não somente pelo quarto, mas por toda a nave. Sexo para eles sempre foi natural, divertido e louco e, por mais que eles quisessem testar todas as posições do universo, naquele momento eles apenas queriam olhar nos olhos um do outro e sentir-se próximos.

Finn levou sua mão ao membro de Poe, mas não ousou desencostar seus torsos e, investindo contra ele e masturbando-o ao mesmo tempo, eles chegaram ao orgasmo. Eles estavam tão colados que o sêmen do piloto jorrou por ambos os abdômens. Antes que dissessem qualquer coisa, deitaram lado a lado, com as respirações ofegantes. Parecia que um peso enorme havia saído das costas de ambos, pela primeira vez eles estavam em paz, embora a galáxia ruísse a sua volta.

Eles continuaram encarando um ao outro, os músculos de suas faces doíam ao sorrir, fazia muito tempo que não o faziam. Eles perceberam que o amor que cresceu entre eles ainda existia e onde há amor, há esperança.

Longe dali, a jedi caminhava pelas ruínas do planeta em que cresceram seu pai e seu avô e, embora não houvessem templos ou qualquer coisa mística por ali, sua conexão com a Força fazia com que ela tivesse visões sobre o que deveria ser feito, quase como quando tocou no sabre que outrora foi de seu pai pela primeira vez.

O distúrbio na Força foi tão grande por conta das descobertas de Rey que mesmo o casal que se amava dentro da nave no planeta esquecido pôde sentir, eles que não eram sensitivos e que duvidavam da Força há muito.

Passaram uma noite tranquila, a primeira ser pesadelos desde que o inferno havia começado. Logo de manhã ouviram passos adentrando a nave, eles sabiam que era Rey. Sua expressão não era mais de dor, ou de raiva, ou de tristeza, embora também não fosse de felicidade. Por mais que soubessem que seu treinamento havia sido incompleto ao olhá-la eles perceberam que ela já não era mais uma aprendiz. Seus olhos transpareceram a inocência que fez com que Finn a amasse tempos atrás em Jakku. Rey também era sua primeira amiga.

Ela olhou na direção do casal e percebeu a conexão que havia se restabelecido entre eles. E sorriu. Sorriu como também não fazia há tempos. Ela olhou em ambos os pares de olhos e decidiu que agora era o momento de compartilhar tudo o que sabia com os amigos que mais confiava.

- Ainda há esperança - ela disse.

- Nós sabemos - eles responderam em uníssono.


Notas Finais


Espero que tenham gostado, não se esqueçam de deixar um feedback para aquecer o coração da escritora aqui :3
Ultimamente tenho escrito apenas stormpilot, se você gostou desse oneshot e tem interesse em ler mais trabalhos meus tenho outras duas fanfics aqui no site, uma já concluída e outra que está em andamento.
Lost in space (concluída): https://spiritfanfics.com/historia/lost-in-space-6925417
The Love Awakens: https://spiritfanfics.com/historia/the-love-awakens-7108335


Vejo vocês em breve!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...