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História Uma Nova Versão De Você - Despedidas


Escrita por: Monoko-chan

Capítulo 37 - Despedidas


Fanfic / Fanfiction Uma Nova Versão De Você - Despedidas

Antes...

Todos estavam reunidos no jardim. A atmosfera continuava tensa entre meus senhores e os avós de Natsuko, mas Anna e Jiselli agiam normalmente com Anna brincando com a comida que dava para Alice e Jiselli tomando seu chá tranquilamente. Natsuko estava igual a prima mais velha, tomando seu chá sem esboçar nenhuma expressão.

- Então, sobre o que queria conversar, filho? -Pergunta Dipper em seguida de tomar um gole de chá, com isso o maior recebe todos os olhares.

- ... Sou contra o vovô e a vovó permanecerem aqui. -Diz calmamente e todos ficam surpresos.

- Como assim? Você não era a favor deles ficarem? -Pergunta Bill confuso.

- É, você não era? -Pergunta o mais velho o olhando ameaçadoramente e em seguida olha para mim.

Tento permanecer sério, mas não consigo deixar de ficar nervoso. Espero que não tenha demonstrado nada, se não eles suspeitarão de algo e podem estragar o plano do Natsu.

- Na verdade desde o início fui contra, ainda mais quando o vovô descobriu meu segredo. -Diz calmamente e tanto eu quanto Allen e Jiselli passamos a ficar mais nervosos.

Que segredo? -Pergunta Bill sério a Natsuko, e o mesmo o encara.

 Ele não vai falar, não pode. Não, tenho certeza de que irá inventar algo e vai nos livrar dessa.

“- ... Pais, irei me casar com o Ryu!”

Acho que vou desmaiar...

- C-como assim? Do que está falando? -Pergunta Dipper surpreso e consigo perceber que Bill e Allen parecem à beira de desmaiar.

- Estou certo de que é o que o vovô acha que eu falaria. -Diz dando uma leve risada. – Ele me viu agarrar o Ryu no primeiro dia em que veio aqui e me forçou a obedece-lo.

Todos olham para Allen, mas em seguida voltam a olhar o prateado.

- E o que vocês estavam fazendo? -Pergunta Dipper nos olhando seriamente. Sinto um frio passar por todo o meu corpo. Me surpreendo ao ouvir Natsuko dar uma risada.

- Não foi nada demais. Eu havia derrubado o Ryu por causa de um momento de distração e ele acabou se machucando. Quando disse que queria ver, ele se negou e disse que estava bem, mas, como não iria escutá-lo, resolvi conferir. Pelo jeito que o vovô viu a cena tenho certeza de que deve ter se enganado.

- Então porque não nos contou no dia em que o ajudou? -Pergunta Mabel.

- Resolvi entrar no jogo dele para descobrir o que queria e o que faria. Afinal não sabia se acreditariam em mim e o que fariam em seguida. Mas as condições e as ações do vovô me fizeram ver que isso foi um equívoco. Então resolvi abrir o jogo.

- ... Pai... -Dipper olha ameaçadoramente para Allen, o fazendo se arrepiar. – Pode explicar porque chantageou meu filho para lhe ajudar?

- M-mas... Isso tudo aconteceu porque vocês não nos trouxeram junto! -Diz irritado e finalmente desabafando, mas com isso Dipper se levanta e bate as mãos na mesa.

- E ISSO QUER DIZER QUE PODE VIR E CHANTAGEAR MEU FILHO? -Allen baixa um pouco a cabeça. – Pedir para que ele fique do seu lado deve ser só o início! É por coisas como essa que não trouxe vocês junto!

- ... Espera... Então foi você quem falou para ficarmos! -Fala como se tivesse sido traído.

- Sim, fui eu. Bill concordou que dariam problemas, mas me disse que eram meus pais e que deveríamos traze-los. Ele foi a favor de vocês. -Ele olha para Bill, mas em seguida volta a olhar para os pais. – Mas eu tinha razão em deixá-los. Você só traz discórdia!

- Dipper! Está exagerando! -Diz Mabel ao irmão.

- Não! Não estou não! -Responde alto a irmã. – Deixei o instrumento de transporte para eles para que um dia, quando o achassem estivessem mais maduros para virem, mas parece que me enganei. Como quando não nos contaram a verdade, vocês não mudaram.  -Ele sai da mesa ficando de costas para todos. – Arrumem suas coisas, partirão amanhã de manhã.

- Irmão! Você não pode!... -Dipper a interrompe.

- Posso! Eu sou o rei deste mundo! E eu os ordeno a saírem daqui! -Bill tenta segurar seu braço, mas Dipper o puxa antes que o loiro possa encostar nele. - ... Não quero mais vê-los...

Allen baixa a cabeça, se levanta e começa a sair antes de Dipper, sendo acompanhado por Vivian. Ele para perto da saída e fala com uma voz triste.

- Expulso novamente, pelo meu próprio filho. Não precisa se incomodar, arrumaremos nossas coisas e partiremos em seguida com o aparelho. -Diz e volta a andar.

Ao saírem Mabel dá um tapa em seu irmão.

- MESMO QUE ELE TENHA ERRADO VOCÊ NÃO DEVERIA TÊ-LOS EXPULSADOS!

- ... Essa decisão não cabe a você. -Diz e começa a andar jardim a fundo.

Jiselli se levanta bruscamente e fala com a voz seca.

- Precisamos conversar, Natsuko.

- ... -O maior não responde nada, apenas a segue. Ela se vira para mim e fala.

- Você também, Ryu.  -Diz a ruiva para mim e os acompanho. Paramos apenas ao chegarmos em uma sala fechada. – Que merda você fez?! -Indaga furiosa a Natsuko.

- Resolvi o meu problema. -Reponde sério.

- Mas olha no que deu! Valeu a pena? -Pergunta irritada. Nunca havia visto Jiselli tão brava antes com alguém que não fosse a Anna.

- ... Se eu tivesse contado a verdade ou seguido com a chantagem, teria sido melhor?

- ...  -Ela se vira ainda irritada e vai em direção a porta.

- Jiselli. -Ela para ao ser chamada, com a mão ainda na maçaneta. – Não irei contar sobre o seu segredo e você não conta o meu. -Diz o prateado em um tom autoritário.

- ... Como se eu tivesse escolha. -Diz e sai batendo a porta.

Ficamos alguns segundos em silêncio, até Natsu virar a mim e se aproximar indo me beijar, mas o paro com a mão e dou um passo para trás.

- Como você disse, foi apenas um mal-entendido. Devemos nos cuidar para que não ajam mais erros.

- Mas você não é um erro. -Diz um pouco assustado.

- ... Mas talvez nós sejamos. -Digo e me afasto. – Preciso do dia de folga, voltarei ao meu trabalho pela manhã.

- Ryu... -Sinto uma lágrima escorrer de meus olhos quando ele me chama, mas tento disfarçar e saio do cômodo.

Vou até meu quarto e me fecho no mesmo. Me escoro na porta e vou escorregando devagar até sentar no chão.

- ...

 

Dia seguinte...

P.O.V. Natsuko:

- Acorde, jovem mestre. -Sou acordado por Ryu tocando levemente meu ombro. Me sento ainda sonolento e puxo seu braço, mas o sinto recuar e o mesmo fica reto, olhando para frente, além de mim. – Você precisa se levantar e se preparar para seu dia. -Me levanto e começo a me vestir.

- Então, qual é a minha agenda? -Pergunto sério, porém estava mais é angustiado.

- Depois de tomar o café você terá que assinar alguns documentos que seus pais separaram para você. Após isso você terá natação, em seguida o almoço, estudo e uma partida de Tênis Crof contra a senhorita Jiselli e Rebeca.

- Minha parceira será a Anna?

- Sim.

- E o resto?

- Não há mais compromissos. -Responde ainda sério e sem me encarar. Vou até ele e o abraço por trás.

- Ainda tenho um tempo até o café... -Sussurro em seu ouvido, mas o menor me afasta e dá dois passos para frente.

- Use esse tempo livre sabiamente. Estarei esperando do lado de fora. -Diz sério, em seguida saindo.

- ...

 

Vou até a piscina onde encontro Ryu e minha torcida de nobres que vieram me assistir nadar. Ao menos uma vez por semana me exercito na água e sempre tenho plateia.

- Ryu, não quer me acompanhar? -Pergunto sorrindo de canto ao menor, o fazendo baixar a cabeça. Não consigo ver sua expressão.

- Melhor não, jovem mestre. Estarei te esperando deste lado.

- ... Ok.

Tiro meu roupão mostrando meu corpo definido, com apenas um calção azul-claro que deixava bem aparente o tamanho do meu ‘amiguinho”. Prendo meu cabelo em um rabo de cavalo e o jogo para o lado ao prendê-lo. Ao me aprontar olho para Ryu dando um sorriso malicioso.

– Tem certeza de que não quer? -Ele cora e se vira, entendendo minha pergunta implícita.

- ... Acho melhor se concentrar apenas na água.

Arhh... Ele não desiste!

AHHHH! -Ouso berros eufóricos da plateia e sigo seus olhares até Jiselli vestida com um roupão rosa que delimita bem seu corpo violão. Dou um suspiro ao vê-la.

- O que faz aqui? -Pergunto normalmente, mas sem mudar a expressão séria.

- Como você, resolvi dar uma nadada. -Diz com um sorrindo forçado.

- E nossos avós? Preferi não perguntar no café devido a todos os problemas.

- Não estão em seus quartos e não foram achados no castelo.

- Entendo.

- Então, que tal competirmos? -Pergunta se preparando ao meu lado.

- Ótimo.

Terminamos de nos preparar e, ao ouvirmos o apito, nos jogamos na água. Jiselli até que nada rápido, mas eu sou do Reino da Água, então tenho a vantagem e ganho dela.  Quem é do Reino da Água consegue usar magia de cura, contudo, a mesma é melhor se usada na água, como também temos um tipo de ligação com ela. Ao chegarmos no ponto onde partimos paramos para retomar o folego.

- Você melhorou. -Digo convencido.

- Mas ainda não te alcanço. -Ela faz uma pausa e baixa a cabeça levemente. – Desculpa por como agi ontem, sei que não teve muita escolha. -Olho para Ryu, mas o mesmo desvia o olhar, estando a alguns metros de distância, não conseguindo ouvir nossa conversa. – Pelo jeito o Ryu também não gostou muito de como as coisas ocorreram...

- É...

- O que houve?

- ... Ele acha que talvez nós sejamos um erro. -Digo sério, tentando não demonstrar minha angústia. 

- Já pensou que ele pode estar certo? -A olho perplexo. – Você não acha estranho que todos os possuidores do Monstro Fogo Azul tenham sido os passivos das relações?

- Como você...

- Gosto de pesquisar. E então, o tio Dipper te disse algo?

- Nada. Ele disse que me contaria mais tarde. -Digo voltando ao normal.

- ... Bom meu aniversário e o da Anna serão daqui a quatro dias, talvez eu descubra algo até lá. -Diz com um sorriso perturbador.

- Porque até lá?

- Porque caso eu não consiga agora tenho certeza de que convenço minha mãe a me contar quando tiver dezessete.

- Não mudou para mim a três meses e não vai mudar para você agora.

- Minha mãe é mais fácil de enganar que a sua.

- Desde que não seja a Pacifica...

- Dela eu nunca arrancaria nada, mas da mama... -Diz com o mesmo sorriso de a pouco.

- Às vezes você me assusta.

- Apenas consigo o que quero.

- Mas acho que não deve ser nada, apenas coincidência. E então, você falou de mim ontem, mas e você? -Ela perde o sorriso. – Quando vai declarar sua relação? -A ruiva sai da água em seguida que termino a pergunta.   

- ... Não tem relação... -Ela se vira para mim, forçando um sorriso igual ao da tia Mabel. - Pelo menos será assim para as minhas mães.

- Você é uma ótima atriz.

- É a mamãe que acha que eu fico vinte e quatro horas estudando. -Diz com um sorriso malicioso. – Assim eu tenho mais tempo para as minhas atividades físicas.

- Agradeça que ainda tem as suas. -Digo subindo e ela ri da minha cara.

 

Durante o Almoço...

- Então, Natsuko... -Papa me chama enquanto almoçávamos.

- O que foi, papa? -Pergunto normalmente e mais velho fica com um olhar triste.

- Peço desculpa pelo que seu avô fez com você e o Ryu.

- Não foi grande coisa papa. Não há necessidade de se desculpar. -Digo um pouco nervoso.

- Mesmo assim me sinto culpado. Afinal fui eu quem deixou a máquina para deixá-los vir para cá, e... Se eu os tivesse trazido junto talvez eles tivessem mudado.

- Irmão, todos achamos que era o certo na época. -Diz tia Mabel.

- Mesmo assim fui eu quem tomei a decisão.  -Titia não sabia mais o que dizer para ajudá-lo. – Natsu, quero conversar com você mais tarde.

- Pode ser depois do jantar? -Pergunto.

- Claro, sem problemas.

 

Jogo de Tênis Crof...

- Faz tempo que não jogamos Crof! -Diz Anna agitada e sorridente, como sempre.

- Faz tempo mesmo. -Diz Rebeca, a “melhor amiga” de Jiselli, uma garota de cabelo azul comprido e olhos verdes, fazendo Jiselli corar.

- Vamos jogar. -Digo e nos posicionamos.

O Tênis Crof é um jogo como o tênis, mas ao invés de bola será uma criatura mágica colorida e bem agitada chamada crof.

Antes de Jiselli jogar a “bola”, Anna vem até mim e sussurra em meu ouvido.

Eu vi vocês...

...   



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