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História Uma nova vida - Falta de juízo


Escrita por: Vampira

Capítulo 25 - Falta de juízo


- Como ela chegou lá? – ele também ficou surpreso.

- Sabe que... policiais tem inimigos, certo? Investigadores também tem e... ás vezes somos sequestrados.

Ele não reagiu muito bem a isso.

- Isso é uma coisa... normal?

- Dependendo de quem você investiga, sim.

- Quem sequestrou ela? – Ele estava preocupado.

- Não sei.

- Não tem nem ideia?

- Não. Pode ser muita gente.

- Ela já está livre?

- Sim. Quem quer que tenha sequestrado a Nikki já foi embora. – Ele ficou mais calmo, porém não totalmente.

- Vamos, então?

- Ok.

Ele foi dirigindo e, como ele tinha uma ótima noção de lugar, eu pude ficar sozinha com meus pensamentos. Com a mente viajando pelas investigações, acabei dormindo e acordei com o sol refletindo em meu rosto.

- Bom dia – ele disse, rindo.

- Bom dia – eu respondi, zonza. – Qual a graça?

- Já viu seu cabelo no espelho? – Olhei e dei risada também.

- Ainda está bonito assim, Cass. Já esteve pior. – Fiz uma pausa enquanto olhava meu reflexo. – Dirigiu a noite inteira?

- Sim.

- Cadê o cansaço?

- Sumiu... Eu estava pensando no que você me disse. – Ele estava pensativo.

- Sobre...

- Sobre investigadores serem sequestrados e tal. Isso é errado.

- É, mas, não é como se pudéssemos impedir.

- Então, ninguém do departamento de polícia ajuda vocês?

- Ajudar eles ajudam, mas não podem manter os olhos em nós o tempo todo. Geralmente a pessoa é encontrada depois...

- Assassinada?

- Não! Não desse jeito. Só meio traumatizada. Por isso geralmente andamos em duplas.

- A Nikki é investigadora?

- Está mais para policial – eu respondi. Ele estava fazendo perguntas demais. Parecia realmente estar se importando com tudo isso, querendo mudar essa realidade. Porque o que eu estava dizendo à ele era realmente verdade. Nunca aconteceu comigo, mas já ouvi casos assim.

- Você anda sozinha por aí?

- Sim – ele estava abismado.

- Isso é perigoso, Kath.

- Nem tanto. Essa história de sequestro só acontece com investigadores que procuram casos mais polêmicos, do tipo que aparece nos jornais. Eu procuro meus casos de outro jeito – eu dei risada. – Eu fico ouvindo a conversa alheia.

O Castiel deu risada.

- Por que será que esse jeitinho só podia ser seu?

Algumas horas depois...

Fizemos uma parada em um posto e compramos mantimentos.

- Quer que eu dirija? – perguntei à ele.

- Seria bom – ele respondeu. Para mim também seria bom, pois ele pararia de fazer perguntas.

- Posso... te perguntar uma coisa? – eu disse isso quando ninguém mais ia ouvir.

- Estou te enchendo de perguntas. Vá em frente.

- Você dorme quanto tempo?

- O mesmo que todo mundo – ele disse, estranhando minha pergunta. – Por que a curiosidade?

- É que você ficou um tempão sem dormir e ainda está bem... – eu disse, querendo insinuar o resto da pergunta. Ele me olhou por mais alguns segundos até que entendeu aonde eu queria chegar.

- Não tenho mais poderes. Pelo menos acho que não. Mas nunca fui muito humano não. Parece que ainda tenho um “sexto sentido”.

- Nós, humanos, chamamos isso de dedução. Claro que eu não entendo muito dessa coisa sobrenatural.

- Não é complicado. É mais improvável mesmo – ele deu risada. – Mas acontece.

Quando vi, ele já estava dormindo, e, um tempo depois, o celular dele tocou.

- Alô? – ouvi do outro lado da linha.

- Dean?

- Prior? – Ele ainda me chamava pelo sobrenome. – Cadê o Castiel?

- Dormindo.

- Como anda a investigação?

- Estamos chegando na Virgínia ainda.

- E como anda a viagem? – estranhei a preocupação dele.

- Normal... – Fiz uma pausa. – Do que é que você está desconfiado?

- De nada.

Ele era mesmo um mentiroso.

- Sabemos que você ou quer saber se não aconteceu nada com o Castiel ou quer me pressionar para que tudo seja resolvido logo. Não precisa desencavar gentileza. – Eu disse.

- O Sam está me obrigando – ouvi uma voz no fundo da ligação. - Ele quer que eu seja amigável. – Eu dei risada.

- Uau.

De repente, o celular foi trocado de pessoa.

- Estou mesmo obrigando-o a ser mais amigável. – o Sam disse. – Principalmente com você que está fazendo tanto por nós. Obrigado, Kath.

Eu sorri, alegre. Mas a culpa me roía por dentro. “Nem estou fazendo nada. Estou enganando duas pessoas maravilhosas por causa do medo que sinto. Duas não, uma”, pensei.

- Não é nada demais.

- O Castiel te falou alguma coisa de mim?

- Não, ele deveria ter falado? – fiquei desconfiada.

- Quem sabe? – Eu queria saber, mas ele não contava. – Vou desligar. O Dean não quer que eu fale com você.

- Mas ligaram por quê? – fiquei confusa.

- Para saber da investigação. Do Castiel também. Até mais – o tom de voz dele era alegre, mas parecia ocultar alguma coisa. Quem dera eu soubesse o que era.

Depois de desligar e de me certificar de que o Castiel não iria acordar tão cedo, liguei para a Nikki.

- Oi. Onde vocês estão? – Ela disse.

- Gentileza mandou lembranças, Nikki. – Eu respondi, irritada.

- Só quero saber se vocês estão chegando.

- Vai demorar um pouco ainda.

- Se apressem. Aí tudo isso vai acabar.

- Com quem você se encontrou? – Fui direto ao ponto.

- Ninguém importante.

- Nikki... Não me diga que é o detetive-chefe.

- Como se ele não tivesse o que fazer, não é? – Isso tudo era só por que eu gostava do Sam e estava me aproximando do Castiel, como amiga, é claro?

- Quando foi que as coisas ficaram assim? Tão conflitantes? – Eu perguntei.

- Quando você perdeu completamente o juízo.

Continua...



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