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História Uma nova vida. - De volta a Uzushio


Escrita por: lucasdarcry

Notas do Autor


boa leitura

Capítulo 36 - De volta a Uzushio


A viagem estava bastante silenciosa, Hinata estava pensando em tudo o que Shion havia lhe dito. Não havia como ajudar Ken, isso era o mais difícil de aceitar… agora era resolver sua situação com sua família, afinal não foi apenas de Naruto que ela havia se afastado.


 

A perolada havia aproveitado a viagem para olhar as coisas por um novo ângulo, ela tinha se afastado de todos, não só de Naruto… não sabia nem sequer quando Ryko e Himiko haviam começado a namorar ou quando Naruto havia se tornado um mulherengo.


 

Hinata apenas bufou, era difícil entender como as coisas funcionavam… mais ainda entender como funcionava a cabeça dos homens.


 

Sabia que Naruto sentia algo por ela, mas não conseguia entender como ele conseguia  ficar com outras mulheres e quando sentia isso. 


 

— Chegando em Uzushio vocês terão seus chakras selados e passarão a ser vigiados pela Anbu. — explicou Naruto.


 

Hinata apenas suspirou, às vezes considerava esse excesso de cuidado que Uzushio tinha com a segurança da vila extremamente exagerada, lembrava exatamente de quando havia chegado lá e teve que passar pelo mesmo processo.


 

— Tudo bem, afinal não tênis escolha mesmo. — comentou Kakashi.


 

— Garanto que não há o que temer, é apenas o que deve ser feito em situações como essa quando a entrada deve ser imediata. — comentou Tanahi.


 

Depois de ser atacado e quase exterminado pelas cinco grandes nações, a vila do redemoinho passou a adotar uma política mais isolacionista, vivendo nas sombras, e quando retornou passou a adotar várias políticas de segurança a respeito daquele que vinham visitar a aldeia. Qualquer um que fosse de fora era tratado como suspeito.


 

— Hinata!! — gritou alguém chamando a atenção de todos.


 

Um jovem de cabelos ruivos que estava saindo de uma casa de chá correu em direção ao grupo, os ninjas de Konoha logo viram que era um shinobi de Uzushio.


 

— Kidoji. — disse a perolada surpresa.


 

O ruivo era a pessoa que tinha ficado mais próxima ao longo dos anos, como sua família tinha uma certa tradição na divisão de inteligência, o conheceu durante suas inúmeras idas à biblioteca de Uzushio.


 

— Pensei que estava na aldeia da grama com sua família. — comentou Hinata feliz por ver seu amigo.


 

— Me mandaram pra casa, disseram que preciso estar aqui pois a qualquer momento posso ser promovido. — respondeu o ruivo. — Ah… olá Naruto, é raro ver você na vila.


 

— Estou voltando pela mesma razão que você, a qualquer momento também serei promovido. — respondeu o loiro de forma educada.


 

— Como esperado do maior gênio da nossa geração, o grande Kami no Shinobi. — disse Kidoji sorrindo.


 

— Todos sabem que eu detesto ser chamado assim. — disse Naruto suspirando — Sou apenas um ninja fazendo seu dever com sua aldeia e seus companheiros.


 

— Um simples ninja não faz o que você faz. — rebateu o ruivo. 


 

Ao entrarem na vila os ninjas de Konoha foram escoltados pela Anbu para ter seu chakra selado, isso levaria algumas horas, o que daria tempo para Naruto entregar o relatório da missão para o conselho de assuntos internos e ir em casa descansar. Isso se não conseguisse fugir de toda a burocracia que lhe aguardava por ter lidado com uma ameaça externa em uma simples missão de escolta.


 

— Eu tenho que estar na divisão de inteligência, dependendo do que aconteceu na missão de vocês as coisas vão ficar agitadas. — comentou Kidoji.


 

— Boa sorte, vai por mim você vai precisar. — disse Naruto se despedindo.


 

— Foi tão sério assim? — perguntou o ruivo.


 

— Digamos que a lista de inimigos em potencial vai aumentar bastante na próxima reunião. — explicou Hinata.


 

— Fala sério. — bufou Kidoji. — vejo vocês por aí.


 

Ambos seguiram rumo ao prédio principal em silêncio, Hinata ainda estava pensativa a respeito da conversa que teve com Shion, era complicado desconsiderar tudo o que havia acontecido durante aquela missão no que dizia respeito aos dois. Sabia que talvez as coisas não tivessem tomado tal rumo se ela não tivesse se isolado.


 

Se bem que talvez as coisas estivessem acontecendo da forma que deveriam ser,  só que com causas diferentes. Naruto fez muitas missões fora da aldeia e quando fosse promovido isso iria acontecer com mais frequência, lógico que não de formas tão longas mas ainda sim ficaria na linha de frente dos inimigos externos de Uzushio enquanto a perolada cuidaria dos inimigos internos, era complicado, mas era o dever de todo ninja da vila do redemoinho.


 

Assim que chegaram no local, Naruto apenas tirou um pergaminho de seu bolso e entregou para o responsável pelo lugar, ambos pegaram sua recompensa e saíram do prédio sem nenhum problema. Levando em conta as missões que tiveram que fazer ao longo dos anos, aquela sempre era a parte mais fácil.


 

— Espero que nosso encontro ainda esteja de pé. — comentou Naruto quebrando o silêncio.


 

— Sim, é claro, acho que precisamos conversar sobre muita coisa. — disse a perolada sem olhar para o Uzumaki.


 

— Creio que seja relacionado a sua conversa com Shion. — disse o loiro chamando a atenção de Hinata. — Eu sei que ela falou com você, ainda mais depois de eu abrir o jogo com ela depois da nossa última noite juntos… em casa eu lhe explico melhor o que aconteceu.


 

Agora Hinata estava curiosa, sabia que alguma coisa tinha acontecido, o olhar de Shion mostrava isso e o desconforto de Naruto na hora de partir deixava claro que algo grave tinha acontecido. Ela se perguntava o que poderia ter deixado ambos tão maus.


 

Ao chegar em casa a perolada apenas se sentou no sofá e apontou para o lugar ao seu lado, sua convivência com Tanahi havia lhe mostrado que se algo sério deveria ser debatido não havia porque deixá-lo para segundo plano, ainda mais algo que dizia respeito a sentimentos… Estava na horade Hinata encarar seus sentimentos pelo loiro.


 

—  Sem rodeios, o que aconteceu? — perguntou a perolada.


 

— Creio que você sabe perfeitamente qual será meu trabalho assim que for promovido não é? — perguntou o loiro.


 

A perolada estranhou a pergunta, nas sabia perfeitamente que Naruto seria da divisão de espionagem e eliminação de ameaças externas da Anbu de Uzushio, ele passaria mais tempo fora da aldeia do que dentro. E era isso que estava deixando a perolada mais aflita do que qualquer outra coisa.


 

— Durante minhas orientações, fui ensinado que deveria fazer o necessário para obter as informações e cumprir a missão. — Continuou o loiro. — E usei isso em boa parte das minhas missões, mas não em prol da vila, mas sim pelos meus próprios interesses.


 

— Do que está falando? — questionou Hinata.


 

O loiro sabia que as chances das coisas acabarem mal naquela conversa eram grandes, mas ele tinha que ser sincero com a perolada, mesmo que isso pudesse causar mais problemas do que já haviam entre eles. Era arriscado, mas era necessário.


 

— Assim como você, passei um bom tempo procurando pistas que pudessem me levar a uma  forma de quebrar a maldição de Ken… mas sempre sem sucesso. — começou a explicar o loiro. — Até descobrir que todas as informações que eu precisava estavam na biblioteca da vila mística, na sessão a qual apenas a sacerdotisa pode ter acesso… como sabe, depois que eu a salvei naquela missão Shion e eu ficamos muito próximos, mas eu nunca senti por ela mais do que um carinho muito grande.


 

— Mas para ter acesso às informações que queria, aceitou as investidas dela. — supôs Hinata. — Sabe que isso  foi errado não é?


 

— Eu sei, mas ela não só sabia de minhas intenções como achou que poderia me conquistar fazendo isso. — disse o Uzumaki se jogando para trás. — E de fato eu consegui as informações, e elas me levaram até o país da neve.

 

— A missão que você enfrentou o grupo de mercenários. — disse Hinata seria. — Eu nunca engoli essa história.


 

— isso porque de fato é mentira, o que encontrei no país da neve foi inacreditável…. eu sabia que as respostas que eu buscava. estava nos templos antigos do extremo norte. — continuou Naruto. — mas como deve imaginar, eu nunca consegui chegar até lá, os guardiões do lugar acabaram comigo e me jogaram na entrada de Uzushio.


 

— Guardiões? — perguntou a Hyuuga. — Que guardiões.


 

— Acredite, é melhor você não saber. — respondeu o loiro. — O mundo é muito maior do que imagina Hinata…


 

— Se aproximou da princesa do país da neve com as mesmas intenções? — questionou a perolada.


 

O loiro apenas abaixou a cabeça, acabou deixando as coisas saírem de controle, tudo em busca de algo que ia além da compreensão de todos, as coisas que precisou fazer em busca de informações que pudessem levar a respostas… ele nunca seria capaz de se perdoar.


 

— Nem mesmo aqueles que o amaldiçoaram podem remover a maldição de Ken… — disse Naruto indo direto ao ponto. — E mesmo que pudessem, eles não fariam nada a respeito. Não são do tipo que voltam atrás com a palavra… Por mais que eu odeie admitir, não há nada que possamos fazer.


 

Hinata não queria acreditar, mas podia ver que Naruto não estava mentindo, todos os anos e aquela busca por respostas tinham sido em vão, não havia como ajudar Ken e não havia nada que ela podia fazer… Isso era pior do que qualquer coisa, não havia nada que a Hyuuga pudesse pensar ou tentar para ajudar seu pai adotivo. Isso a machucava mais do que tudo.


 

— Acho que pior do que saber que não podemos ajudar o Ken, é saber que foi um grande cretino com quem realmente gosta de você. — disse Hinata seria. — Eu não esperava algo tão baixo vindo de você.


 

A Hyuuga apenas se levantou e foi para seu quarto, por mais que sua vontade fosse de espancar o loiro ali mesmo, ela preferiu se controlar. Precisava colocar seus pensamentos em ordem e pensar no que faria mais a frente, logo ela seria promovida para a divisão de inteligência de Uzushio, muita coisa precisava ser feita até esse dia chegar.


 

Naruto apenas suspirou, já esperava tal reação da perolada. Por mais difícil que fosse ele precisava ser sincero, não sabia como seriam as coisas dali pra frente, mas ao menos agora ele estava sendo totalmente honesto com alguém, mesmo que isso significasse perder essa pessoa para sempre.



 

— Você ouviu tudo não é? — perguntou o loiro olhando para o teto.


 

— Cada palavra ... — disse tanahi entrando na sala.


 

— Não está brava? — perguntou o loiro.


 

— Antes estivesse, estou decepcionada. — disse a morena visivelmente triste. — Achava que tinha criado um homem de princípios, até cheguei a desconfiar de suas intenções, mas preferi acreditar que você só era um mulherengo.


 

Naruto apenas abaixou a cabeça, queria ser espancado, qualquer coisa era melhor do que ver o olhar de decepção de Tanahi, ele sabia que estava escolhendo o pior caminho em busca de respostas e teria que assumir as consequências. Não importa o que fosse acontecer dali pra frente, ele era o responsável por tudo.





 

— Eu acreditava que os fins iriam justificar os meios. — disse o Uzumaki.


 

— Todos os mais terríveis e cruéis acontecimentos da história da humanidade começaram sob esse mesmo pretexto. — disse a morena. — Ética e moral sempre serão guiadas pelo ponto de vista e crença de quem faz o julgamento, Mas em nenhuma forma o que você fez foi aceitável… No momento em que suas escolhas envolvem terceiros ela deixa de ser um problema apenas seu…


 

Tanahi apenas deixou Naruto sozinho, ele precisava refletir sobre suas atitudes e ela precisava de algo para se distrair, ela não esperava que seu filho fosse agir de forma tão baixa… Mas ao menos ele havia reconhecido seu erro e estava pronto para lidar com as consequências… agora era deixar o tempo cuidar do resto.


 


Notas Finais


ate a proxima


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