1. Spirit Fanfics >
  2. Uma Nova Vida >
  3. Capítulo 16

História Uma Nova Vida - Capítulo 16


Escrita por: Prammy

Notas do Autor


Era pra ser no dia do natal. E também era pra se capítulo especial. Juro.
Maaaas eu pensei melhor e daí bateu o "dane-se" e acabei fazendo normal mesmo.

Agora avisinho básico.

Eu gostaria muito, MUITO mesmo de responder TODOS os comentários, mas eu não me do muito bem com isso, então eu acabo não sabendo o que escrever, mas fiquem sabendo que eu amodoro vocês, seus comentários e seus favoritos <3


E agora o capítulo, ignorem qualquer erro e boa leitura.

Capítulo 16 - Capítulo 16


 Amanhã a noite será o baile. Eu não estou com a menor vontade de ir. Poderia ficar na cama dormindo, ganharia bem mais do que em ir lá e ver meu Sans com a Naelly.

 Mas eu preciso ir. Não posso ficar deitada lamentando o que ocorreu. Ele me escolheu. É só um baile idiota, afinal. Pelo menos vou poder ficar de olho nos dois, para que ele não faça nada com ela... O que estou pesando?! Não é como se ele fosse me trair, é?

-Ainda não acredito que vou nesse baile bobo- Chara dizia deitada na cama de Asriel, encarando o teto.

 Eu fui fazer uma visita á família Dreemurr agora à noite. Não suportava mais ficar no internato. Parecia que todo mundo que sabia do meu namoro com o Sans ficavam fofocando dizendo que ele me traiu com a Naelly. Não conseguia fazer nada em paz sem que ficassem me observando, e ficar no quarto só me fazia ficar cada vez mais mal. Então achei que fazer uma visita a eles me faria bem. 

-Você vai fazer algo diferente no cabelo?- pergunto.

 Eu estava na mesma posição que ela, em sua cama.

-Como assim?

-Tipo fazer um penteado, ou botar um enfeite. Você podia usar um laço preto. Ia combinar com você

-Pff, até parece que eu vou fazer algo assim.

 Eu me viro e a observo.

-Ah, vamos lá! Vai ficar lindo!

 Eu levanto e abro seu armário. Começo a mexer nas gavetas a procura de algum laço, ou algo parecido.

-Deve ter algo por aqui- falo animada.

-Hey, pare de fuçar no meu armário- ela disse em tom divertido.

 Em uma gaveta, algo chama minha curiosidade. Havia uma camisa pequena com grandes rasgos.

-O que é isso?- eu pego a camisa e mostro para ela.

 Chara que estava sentada com um sorriso me olhando, agora ficou séria.

-Hum, não é nada.

-Não parece que não é nada. O que foi?-Eu me sento lado dela.

-É que... eu estava usando isso quando me encontraram.

-Sabe, você nunca me contou como eles te encontraram.

-Não gosto muito de lembrar disso. Não é uma lembrança muito feliz.

 Seu olha ficou triste. Acho melhor não forçar.

-Bom, então não precisa contar, se não quiser- digo e levanto para botar a camisa onde encontrei.

 Chara segurou meu pulso com firmeza.

-Não. Acho melhor eu contar.

 Eu fico onde estou enquanto ela encara o chão, com os pensamentos em outro lugar. Assim que ela começa a falar novamente, eu me sento outra vez ao seu lado.

-Eu só contei para Asriel, um pouco depois que cheguei aqui... E você se tornou uma grande amiga.

 Fico feliz em ouvir isso dela. É um pouco difícil vê-la demonstrando emoções assim.

-Aconteceu quando eu tinha 8 anos...

 

 

 P.O.V Chara

 

 

-Já estamos chegando?

  Disse meio impaciente no banco de trás do carro. Eu usava um gorrinho, um casaco e luvas.

-Só mais algumas horas, filha.

-Onde estamos indo, exatamente?- perguntei de novo, depois de um tempo em silêncio.

 A minha mãe sorriu

-Estamos indo visitar sua avó- respondeu.

-E onde ela mora?

-Ah, é um lugar lindo!- ela começou com entusiasmo. Meu pai deu uma risadinha-É cheio de montanhas e tem um lago enorme! É o lugar mais bonito do mundo!

 Olho pela janela imaginando o lugar em que minha mãe disse, enquanto via os flocos de neve que começaram a cair calmamente pela noite lá fora.

-É realmente um lugar bonito, querida- respondeu papai, sem tirar os olhos da estrada escura- Oh... odeio estradas sem postes.

 O carro entrou em uma rua totalmente escura, iluminada apenas pelos faróis do carro.

 Comecei a desenhar um desenhar um coração, com o dedo na janela que estava embaçada, quando pareci ver algo do lado de fora.

 Algo bateu no vidro e eu gritei surpresa.

-Pare! É um assalto!- gritou a pessoa do lado de fora.

 Dois motoqueiros armados estavam ao lado do carro, eu sem entender olhava desesperada para minha mãe que estava mais desesperada ainda.

 O pai acelerou e acelerou mais, mas os motoqueiros não paravam de nos perseguir.

-Ficou maluco? Pare o carro!- mamãe disse desesperada enquanto ele tentava dirigir as pressas na escuridão.

-Eu não vou deixar eles nos roubarem! Veja, nós já despistamos eles...- e então ele perdeu o controle do carro. O carro girou pela pista escorregadia, até que saiu da rua e capotou morro abaixo.

 Chegando ao final, fui jogada para fora do carro. Rolei  pelo chão até que bati em uma pedra. Gemendo de dor e sangrando, levantei a cabeça e vi o carro de cabeça para baixo, os vidros quebrados e minha mãe e seu pai sangrando.

 Tentei me arrastar para mais perto, a dor maltratava meu corpo. Quando cheguei perto da minha mãe, ela abre os olhos.

-C...Chara...

-Mãe...- digo chorando.

 Olhei para o meu pai que não fazia um mínimo movimento, fazendo-me chorar ainda mais.

 O som do motor da moto se fazia ouvir ao longe, se aproximando.

 Mamãe gemendo pela dor, levou sua mãe até o meu rosto.

-Fuja- ela disse suspirando- Corra. Para bem longe.

-Não... não, vou fazer isso- disse enquanto soluçava, apertando a sua mão com força em  meu rosto.

-Por favor, Chara... Seja forte, ok? Por mim- ela tossiu- Eu te amo.

 E com essas palavras, minha mãe deixou vida.

 Eu fiquei ali abraçada a ela chorando sem parar. Não conseguia acreditar que eles estavam mortos. Custei a acreditar que isso era verdade. Eu só queria acordar daquele pesadelo.

 Vendo as luzes das motos morro acima, eu comecei a me levantar e me afasta devagar. Apesar dos ferimentos, eu ainda conseguia correr.

 Eu corri, havia uma cidade ali perto, nós tínhamos passado a pouco dela. Tropeçava, e batia em tudo pela frente, corria pela escuridão esperando estar indo pelo caminho certo.

 O meu casaco prende e me debato tentando solta-lo, mas sem resultado. Ainda desesperada, tiro o casaco e continuo meu caminho.

 Depois de muito tempo correndo, meu corpo todo sofrendo de dores e cansaço, cheguei na cidade. Com medo e completamente sozinha, sem saber o que fazer, continuei a correr até que sem mais energia, entrei em um beco sem perceber.

 Ele era curto e cheio de caçambas de lixo, o cheiro era insuportável. Talvez eu achasse algo para se esquentar. Caminhei para dentro tremendo de frio. Abracei-me na tentativa de me esquentar, enquanto meu corpo inteiro tremia. Minhas roupas estavam quase todas rasgadas, já não estava mais com as luvas, nem o gorrinho.

 Não conseguia pensar em nada, apenas naquela visão que me atormentou o caminho todo. Sem mais aguentar, caí de exaustão.       Abraçava-me forte, tremendo do frio, de raiva. Raiva por tudo que estava acontecendo.

-Hey, está tudo bem?

 Levantei a cabeça e me forcei a sentar, se apoiada com o braço.

 Na entrada do beco, Asriel estava parado, com uma caixinha de presente na mão. Sua voz soava preocupada.

 O braço em que estava apoiada sede e desabo no chão, gemendo pela dor que sentia por todo seu corpo.

-Mamãe, vem aqui, rápido!- ele gritou desesperado, e em seguida correu em minha direção. Ele pôs a caixinha de presente ao lado e passou os braços ao meu redor, tentando fazer-me sentar.

-Você está morrendo do frio. Toma- ele tirou o casaco e o pôs por cima de mim- Eu sou Asriel.

-C-Chara...- disse quase num sussurro.

 Toriel e Asgore apareceram, largaram as sacolas que tinham na mão e correram para me ver caída.

 Toriel se ajoelhou ao meu lado.

-Oh, criança, o que aconteceu?- ela disse- Você está bem? Onde estão seus pais?

 Não respondi, mas chorando mais, a abracei forte.

 Ela pareceu ter entendido o desespero e retribuiu o abraço.

-Você não tem um lugar para ficar, não é?- Ela continuou- Você gostaria de ficar com a gente?

 Abraçei-a mais forte e fez que sim.

 Asriel me ajudou á levantar e fomos pegar um taxi, em direção a minha nova... casa.

 

 

P.O.V Frisk

 

 

 

 O que Chara me contou me deixou abalada. Ela sofreu bastante. Talvez mais do que eu, até.

 Então aquela camisa rasgada deve ser a que ela estava usando. Por isso ficou daquele jeito quando a viu.

 Sem saber exatamente o que fazer, eu desvio o olhar dela. Ela apenas encara o vazio, presa em suas memórias.

 Eu dou um abraço nela. Sinto que ela ficou surpresa com minha ação. Depois de alguns segundos, ela cedeu ao conforto do abraço.

 Acho que ela precisava disso. Ficamos  um bom tempo assim, podia até dizer que Chara tinha derramado uma lágrima, mas acho que foi minha imaginação.

-Acho melhor eu voltar-digo e desfaço o abraço.

 Ela se recompõe rápido.

-Sim.

 Na saída, encontro com Toriel, que estava lendo um livro em uma poltrona.

-Já vai, criança?

 Eu dou um sorriso. Adoro quando ela me chama de criança, é um apelido carinhoso.

-Sim, acho que já é hora.

 Ela se levanta e me da um abraço.

-Bem, então até amanhã.

 

 

 

 Fora do internato, tudo estava silencioso. Todos já haviam ido dormir, para amanhã terem muita disposição.

 O ar estava fresco e uma pequena brisa balançava as folhas das árvores.

 Já estava na entrada do refeitório quando alguém me chama. Reconheço sua voz na hora.

-Frisk, estava te procurando.

 Dou um largo sorriso.

-Eu vim aqui fora dar uma volta. O que foi?

-Eu... gostaria de te mostrar uma coisa.

 Eu concordo, e ele põe a mão em meu ombro, nos teleportando. 


Notas Finais


Esse foi o capítulo de hoje, e espero que todos tenham um feliz natal e ano novo.
Até o próximo capítulo <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...