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História Uma outra Alice - Isso não pode estar acontecendo


Escrita por: AnonymousHunter

Notas do Autor


Oi, gente :3
Vocês estão bem? Espero que sim *-*

Capítulo 33 - Isso não pode estar acontecendo


Fanfic / Fanfiction Uma outra Alice - Isso não pode estar acontecendo

“O país das maravilhas sempre vai pertencer à Alice...”

- O que é isso?! Que diabos está acontecendo?! – Me levanto empurrando a garota que estava na minha frente e parando no meio do quarto com as mãos na cabeça. Ela me encara sorrindo e tragando o cigarro ao mesmo tempo. 

- Você está em River Side, dondoquinha. Faz mais ou menos duas semanas que cheguei aqui, você estava tenebrosa! Ah, seu namorado também começou a pirar. Sabe o que aconteceu? Ele matou dois guardas! E eu fiquei tipo “ah, mano, esse lugar é melhor do que eu pensei!”. Tirando o fato de uma maluca ser o braço direito do diretor... – Ela falava sem parar. Meu coração estava batendo na velocidade da luz, e eu poderia sentir que ele pararia a qualquer momento. Eu abro bruscamente a porta e saio correndo do quarto. As pessoas estavam todas espalhadas pelos corredores. Alice estava transformando isso em um terrível inferno. 

Quando chego no pátio, vejo Lysandre sentado no chão alisando seu relógio. Eu corro até ele e seguro seu rosto com as duas mãos, mas me afasto quando recebo um olhar frio do mesmo. Os olhos bicolores não tinham mais nenhum brilho e aquele sorriso bonito que nunca saía do seu rosto agora estava malicioso. Estava perturbador. 

- Lys...? – Sussurro de maneira rouca. 

- O que você quer? – Suas palavras foram como lâminas atingindo meu peito bem em cheio. O meu coração falha uma batida e eu dou um passo para trás, esbarrando em alguém. Viro-me bruscamente e trinco os dentes ao ver aquele par de olhos azuis e frios como o gelo. 

- O que você fez com ele?! – Eu pergunto enquanto grudo minhas mãos no seu pescoço fino. Ela apenas sorri de canto enquanto me afasta. Eu não iria matá-la agora, não seria tão burra assim. 

- Eu não fiz nada, Chapeleiro.  Ele virou um psicopata depois que você apagou e começou a agir como uma altista. Matou dois funcionários e tentou esfaquear o próprio avó. O mesmo acabou tendo um infarto logo em seguida. Velhos... – Ela revira os olhos enquanto ajeita o vestido azul que agora tinha os símbolos do baralho por todos os lados.

- Não... – Eu sussurro caminhando devagar para trás. As lágrimas começam a descer e a fúria no meu peito a crescer. Isso foi culpa minha, ele ficou assim por culpa minha. Eu já estava cansada de me vitimizar tanto, mas eu merecia levar uma surra por ter feito um garoto tão carinhoso virar um psicopata. A loirinha sorri para mim e vai embora. Eu queria morrer.

- Ah, não, Chapeleiro. Você não pode simplesmente...morrer. Você está atrasada para o chá com a Alice, esqueceu? – Eu me viro para trás, procurando pela pessoa que disse aquilo. Sinto mãozinhas puxarem minhas meias e olho para baixo, me deparando com um coelho de roupas vitorianas. Aquele coelho que me trouxe de volta. – Chapeleiro, você tem um propósito aqui na terra, não vamos te deixar morrer. 

Cale a boca, coelho idiota! Não dê ouvidos à este animal, Chapeleiro.

- Oh, vejo que tem companhia. Você precisa se manter viva, Chapeleiro. Mantenha-se viva. – E quando eu pisco, ele tinha desaparecido. 

Como ele consegue ser tão ridículo? Ah, fala sério...

- Cale-se, Cheilan. – Quando me dou conta, Lysandre estava me encarando com uma sobrancelha levantada. Eu o faria voltar a ser o mesmo, talvez seja esse o meu propósito. Afinal, o coelho estava vestido como o platinado.

Eu começo a me direcionar para o dormitório masculino, mas não faria visita para nenhum garoto. Eu iria para o mundo secreto e deturpado da misteriosa Alice. 

Quando chego lá, a porta estava totalmente aberta. Bom, ela não precisaria se preocupar com isso agora que está no governo deste lugar. 

Desço rapidamente os lances de escada, parando bem na frente de um dos corpos. Talvez eu ache uns medicamentos velhos por aqui. 

Começo a procurar pelas caixas cheias de poeira, espirrando a cada borda que eu abria. No meio de uns objetos de cozinha, encontro um potinho cheio de comprimidos amarelados. Isso ia servir. 

Volto para o pátio, sorrindo para mim mesma. Teria que funcionar, e se não funcionasse...bom, pelo menos eu seria livre. 

Paro na frente de Lysandre e tiro o potinho de dentro do vestido. Ele arregala os olhos e tenta vir até mim, mas fica estático quando eu o abro e jogo todos de uma vez na boca, engolindo logo em seguida. Sinto suas mãos em volta da minha cintura e ouço de um jeito abafado seus gritos angustiados. 

- Não morra, Chaper! Chaper! Não, não! – Cada palavra sua era alongada como um gemido de desespero. Eu abro um sorriso fraco. Ele me puxa para o chão, colocando-me entre suas pernas. Eu estava começando a ficar sonolenta, mas não me importava. 

Lysandre abre a minha boca e coloca dois dedos bem no fundo da minha garganta. Eu começo a tossir, mas nada sai.

- Você não pode morrer! Eu amo você, Chaper! – Então ele pressiona os dedos com mais força, fazendo assim eu vomitar uma espuma branca. Suas mãos vão até as minhas costas, massageando-as carinhosamente. 

Ele ainda se importa com você. Continua sendo o mesmo Lysandre. 

- Desculpe. Eu precisava checar se você ainda sentia alguma coisa por mim. – Digo com a voz por um fiasco. 

- Eu nunca vou deixar você. Se você não vomitasse, iria morrer nos meus braços. Você morreria sendo amada, Chaper. – Ele beija o meu nariz, segurando forte na minha nuca. – Descobri que meus pais não morreram em um acidente. Eu matei a minha família inteira. Sou um homicida e não sabia. Esse sou eu.

- Eu não me importo. De verdade, eu amo você. Para todo sempre. – Eu enlaço meus braços em suas costas largas e abro um sorriso quando o sinto afagar meus cabelos. Eu nunca o abandonaria. 

E se ele tentar te matar? 

“Eu já tentei matá-lo antes”, penso e ouço um suspiro longo de Cheilan. O coelho aparece atrás de nós e parecia sorrir. Será esse meu animal espiritual? 

Hã, dã! Não existe nada espiritual para você, Chapeleiro. 

- O amor é lindo, BU-HU. – A garota de cabelos azuis aparece e se senta do nosso lado com um cigarro nos dedos. Lysandre dá um empurrão de leve nela com o ombro, eu sinto uma pontada de ciúmes. Acho que são amigos, mas eu sou mulher. Existe mulher não ciumenta? 

Sim. Eu e todas que vivem na sua cabeça. 

- Minha garota está de volta, você vai ver mais dessas cenas várias vezes.

- Ah, que nojo! Eu deveria ter continuado alucinando com poderes de voltar no tempo e Arcadia Bay sendo destruída. Observar vocês se amassando vai ser um show de horrores.

- Ah, cale a boca. 

- Pessoas normais me assustam.

- A mim também, Chloe. A mim também...

LEIAM AS NOTAS FINAIS!


Notas Finais


Esse ficou curtinho, a fic está chegando ao fim :(
Coloquei muitas referências nesse capítulo, quero ver se vão reconhecer HAHAHA


Passem também na minha outra fic de AD que envolve Creepypastas e investigação.

Link:
https://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-amor-doce-os-dolls-makers-5206180

Amo vocês e até o próximo <3


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