1. Spirit Fanfics >
  2. Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) >
  3. Capítulo 47

História Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) - Capítulo 47


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 47 - Capítulo 47


           

 

           Yuri não estava nem acreditando no que viu na casa da mãe, mas observou que as duas se desgrudaram uma da outra no mesmo momento. Também percebeu que já havia visto aquela garota no dia do show da banda “Street 5”. No entanto, não quis falar com a mãe, apenas sentou-se em sua bicicleta e saiu dali em grande velocidade.

           — Camila, o que você fez? — perguntou Priscilla após ter interrompido aquele beijo.

           — Priscilla, eu sei que você também queria isso... — disse Camila, tentando aproximar dela.  

           Priscilla se afastou e a olhou.

           — Não. Eu não podia ter deixado isso acontecer.

           — Priscilla, não se culpe... Isso aconteceu, porque nós duas desejamos.

           — Não, Camila. Isso não está certo! Eu tenho uma namorada e a amo!

           — Tem certeza? Não foi isso que eu senti quando nos beijamos.

           — Não diz isso. Você não sabe de nada.

           — Priscilla, fica calma... Sei que não devia ter te beijado, mas não consegui resistir. Eu estou completamente apaixonada por você.          

           — Não... Isso já está indo longe demais.... Camila, você é maravilhosa, sim, mas é a Natalie que eu amo e que sempre vou amar, porque não importa quem apareça, o meu coração vai ser sempre dela. — começou a ficar emocionada — E estou me sentindo péssima com tudo isso, porque eu poderia ter evitado.

           Priscilla saiu chorando da casa dela, e Camila tentou ir atrás.

           — Priscilla, volta aqui... Vamos conversar.

           — Não, por favor, não venha atrás de mim.

           Camila ficou muito sem graça e voltou para dentro de casa. Ela viu que tinha feito uma grande besteira, mas não estava mais aguentando esconder os seus sentimentos pela garota. Mas ela sabia que a sua atitude poderia mudar muitas coisas, e talvez Priscilla nem ia querer mais pisar na casa dela.

           Priscilla foi andando chorando até chegar ao salão de beleza do Ygor, o seu melhor amigo. Ele a viu chegando aos prantos e, sem dizer nada, a abraçou forte, porque sabia que a amiga estava precisando de apoio naquele momento.

           Ele até deu uma água com açúcar para que ela se acalmasse e finalmente contasse o que havia acontecido. Após ter bebido a água, Ygor sentou-se ao lado dela.

         — Amiga, por que você está chorando desse jeito?

         — Eu cometi uma loucura, Ygor.

         — Loucuras todo mundo comete uma hora, linda. É normal. — sorriu, tentando acalmá-la.

         — Mas dessa vez, Ygor, eu fui longe demais.

         — Você está me assustando... Como assim?

         — Eu beijei a Camila. Quer dizer... Ela me beijou para ser mais exata.

         Ygor arregalou os olhos percebendo que realmente Priscilla tinha cometido uma grande loucura.

         — Amiga, diz que isso é brincadeira, por favor.

         — Eu gostaria que fosse, Ygor. Mas o beijo aconteceu, e eu saí chorando da casa dela.

         — Mas me conta tudo... Como começou esse beijo?

         — Eu quebrei um vaso dela e pedi desculpas. E ela aproximou-se de mim, me dizendo que eu era incrível... Depois me puxou pela cintura, e acabamos nos beijando.

         — E você nem resistiu, né?

         — Ela é muito linda, Ygor. E eu fui muito trouxa de ter me deixado levar por isso. Mas eu consegui interromper o beijo e disse a ela que amava a Natalie.

         — Nossa... E ela? O que ela disse?

         — Ela disse que está apaixonada por mim.

         — Oh, my God! Priscilla, eu tô passado com tudo isso. E agora? Como vai ser?

         — E ainda tenho o fato de que ela é umas das professoras do meu curso.

         — Ferrou então!

         — Mas eu acho que não vou mais trabalhar na casa dela, Ygor.

         — E nem dá, amiga. Mas como você vai fazer para continuar ajudando a pagar o aluguel da república?

         — Eu, sinceramente, não sei.

        Ygor pensou um pouco e disse:

         — Amiga, tive uma ideia... Você quer ser minha ajudante aqui? Eu estava mesmo querendo alguém para me ajudar. Só não tinha falado antes porque você já tinha arrumado trabalho com essa professora assanhada.

         — Ygor, eu iria adorar te ajudar aqui.

        — Então você aceita?

        — Sim.

        — Então está contratada!

        — Muito obrigado, amigo! — disse ela, abraçando-o.

        Depois do abraço, Ygor pensou naquela situação novamente e perguntou:

        — Amiga, você vai contar o que aconteceu a Natalie?

        — Você acha que eu devo?

        — É... É complicado, mas... Eu acho que como o beijo não significou nada, você não deve contar, porque só vai atrapalhar o relacionamento. Mas você deve observar porque chegou a esse ponto... O que está acontecendo entre vocês duas que fez você desejar outra pessoa. E depois você só tem que fazer as coisas darem certo com a Natalie, e esquecer o que houve com a Camila.

         — Sim, você está certo... O meu namoro com a Natalie acabou entrando muito na rotina. E isso fez com que nos distanciasse um pouco.                                                          

         — Viu? É disso que estou falando... Vocês precisam reascender a chama desse namoro. E não é tão difícil... Tentem fazer coisas diferentes e também relembrem coisas que passaram e que fizeram vocês felizes...

           — Poxa... Obrigado, Ygor. Você sempre tem ótimos conselhos.

           — Eu sei, amiga. — sorriu — Brincadeira! Mas é a vida que sempre nos dá experiências. Teve um tempo que eu e o Vitor estávamos passando por isso... Um estava se distanciando do outro. Então conversei com uma amiga sobre isso, e ela disse essas coisas para mim. E foi muito legal, porque parece que eu e o Vitor começamos como a primeira vez. Se não fosse esse recomeço, com certeza, nós já estaríamos separados.

           Priscilla adorou os conselhos de Ygor e continuou o ouvindo. Não iria contar o que tinha acontecido a Natalie, mas iria fazer de tudo para as coisas se acertarem entre elas, pois nem queria pensar em perder a patricinha um dia. E, claro, estava contando que ninguém revelaria esse segredo.

           No colégio, Laura tinha chegado e entrado na sua sala. Ela cumprimentou o Betão, que estava muito tristinho em sua carteira, e resolveu puxar uma conversa com ele.

           — O que houve?

           — Não é nada, Laura.

           Ela não se deu por vencida e arrastou uma cadeira, sentando-se ao lado dele.

           — Eu te conheço, Betão... Me fala... O que houve com você?

           — Deixa para lá...

           — Nada disso. Eu tenho que saber porque o pai do meu filho está assim, poxa...

           — Tudo bem... Eu falo... A minha mãe está usando drogas, Laura.

           — Sério? Nossa... Tem muito tempo?

           — Um mês... Por isso, ela estava se alimentando muito pouco e vivia com os olhos vermelhos... Mas eu desconfio que ela já estava usando a mais tempo, porque foi o namorado novo dela que ofereceu as drogas.

           — Caramba... Então ela tem que terminar com esse cara.

           — Foi o que eu disse a ela... E também disse que vou ajudá-la a procurar um grupo de apoio, pois eles sempre ajudam as pessoas a largarem o vício.         

           — Sim. Você fez bem. E você pode contar comigo para o que der e vier. — disse ela, tocando a mão dele, que estava em cima da carteira.

           Betão sorriu e disse:

           — Obrigado, Laura.

           Laura também sorriu ao ver o sorriso dele. Neste momento, Suzana apareceu na porta e viu a interação entre os dois.

           — Betão! — gritou a garota com uma cara séria.

           — Oi, amor. — respondeu ele, sem graça.

           — Venha aqui, por favor.

           — Ok.

           Betão foi até ela para conversar, e Laura saiu da cadeira, indo se sentar na sua mesma. Enquanto isso, a sua irmã, a Natalie, estava na cafeteria para começar o seu primeiro dia de trabalho.

           Daniel já tinha explicado algumas coisas a ela no dia em que a mesma procurou pelo emprego. Então a garota já sabia de tudo que deveria fazer naquele local. Nisso, foi chegando alguns clientes, e ela foi até a mesa para entregar os cardápios e anotar os pedidos.

           O dono do estabelecimento ficou observando-a bastante. Ele havia achado a garota super atraente, mas ela gostava de mulheres. Daniel já sabia desse detalhe, porque tinha a visto na boate acompanhada de uma garota, que ele nem sabia qual era o nome.

           — Que desperdício... — disse ele, baixinho e continuando a olhar para ela do balcão.

           Em poucos minutos, Yuri apareceu de bicicleta em frente a cafeteria do pai. Neste instante, ele entrou e olhou para a Natalie e a reconheceu. Era uma das garotas que ele havia visto na boate.

           — Yuri, o que você está fazendo aqui? Não deveria ter ido para a aula?

           — Eu fui até a casa da minha mãe e vi uma coisa...

           — Que coisa?

           — Não posso falar alto, pai.

           — Tudo bem... Venha comigo até a cozinha.

           Yuri seguiu o pai até a cozinha. Em seguida, Daniel o questionou novamente.

           — Fale... O que você viu na casa da sua mãe?

           — Mas antes... Quem é essa menina aí? O senhor a contratou?

           — Sim. É a Natalie. Ela vai me ajudar aqui a partir de hoje. Por quê?

           — Pai, eu vi a minha mãe beijando a namorada dessa garota que o senhor contratou.

           — O quê?



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...