Laura e Betão chegaram na mansão e foram diretamente para a mesa do almoço. Sérgio e Maria já haviam saído juntos, portanto, era só os dois garotos e a Natalie, que iriam almoçar.
— Judite, a Natalie já chegou? — perguntou Laura já começando a pegar a comida.
— Ainda não, Laura. Eu vou para a cozinha agora, mas qualquer coisa, podem me chamar.
— Obrigado, Judite. — disse Laura.
Betão também começou a se servir e já estava com água na boca ao ver aquela mesa farta. De repente, Natalie chegou na mansão e foi almoçar também avistando a irmã e o garoto.
— Olá, Betão. — disse ela ao ver o rapaz.
— Oi, Natalie. Tudo bem?
— Mais ou menos... Aquela cafeteria encheu de gente hoje.
— Mas pensa... É uma das melhores do Rio. — disse Laura.
— E qual é o nome dessa cafeteria? — perguntou Betão.
— É uma que se chama “Loucos por Café”. — respondeu Laura.
— Hum... Legal. Uma hora vou lá para experimentar.
Natalie achou estranho os dois estarem juntos novamente e perguntou:
— Vocês vão para a pista de skate?
— Não. Vamos fazer um trabalho sobre um livro... E a Marcinha também vai participar. Logo ela está por aí... — disse Laura, percebendo a reação de Natalie.
Após ter almoçado, Natalie recebeu uma mensagem de Priscilla que dizia o seguinte:
Priscilla: oi, amor
Priscilla: tô com saudade
Priscilla: vamos sair hoje à tarde?
Natalie deu um sorriso e digitou:
Natalie: vamos sim, amor.
Natalie: Também estou com saudade
Minutos depois, Betão e Laura já estavam na sala de estar da mansão dando uma folheada no livro até a Marcinha chegar. Nisso, Betão pensou em uma coisa e a chamou.
— Laura...
— Oi? — disse ela, olhando para ele.
— Eu estava pensando aqui sobre o nosso filho... Logo vamos descobrir o sexo dele, mas me diga... Você deseja uma menina ou um menino?
— Ah, eu queria uma menina... Mas você, claro, quer um menino, né?
Ele sorriu e disse:
— Não vou negar que seria bom se fosse um menino, porque eu iria ensiná-lo a andar de skate.
— E se fosse menina, não, Betão? Que preconceito!
Ele sorriu novamente e respondeu:
— Não, Laura. Você que iria ensiná-la, mas eu ajudaria também.
— Acho bom, hein?
— E minha mãe, você precisa ver... Ela não vê a hora de saber se vai ser menina ou menino.
— E eu tenho certeza que ela vai ser uma avó maravilhosa, porque a sua mãe é muito legal.
— Ela também acha que você vai ser uma mãe legal... Já a Suzana...
— A sua mãe está certa mesmo de não gostar dela. A Suzana é terrível.
— Laura... — disse ele, sorrindo — Você está com ciúmes.
— Não viaja, Betão. — disse ela, sem olhar para ele.
Betão, então, tocou no rosto dela, fazendo-a se virar para ele. Quando ele ia se aproximar para beijá-la, Laura saiu do sofá, ficando em pé perto do sofá.
— Me desculpe... — disse ele.
— Tudo bem, Betão. Mas não faz mais isso, por favor. Eu gosto muito da Kelly, e o que houve entre você e eu já passou.
Betão ficou sem graça, e, de repente, alguém tocou a campainha. Laura saiu da sala de estar e foi atender a porta.
— Oi, Marcinha.
— Oi... O Betão já está aí?
— Sim. Vamos para a sala de estar.
Em uma outra mansão, Juliana estava sentada no sofá da sala com o livro na mão e à espera da Bruna. Júnior, o seu irmão de apenas quinze anos, desceu a escada e foi de encontro a ela. Ele era magro com cabelos e olhos castanhos escuros. Ainda não tinha ido a aula, mas iria estudar no mesmo colégio da irmã.
— Maninha, eu nem estou te reconhecendo mais...
— Por quê? — questionou Juliana, olhando para ele.
— Você aí lendo livro todo dia. — disse ele, sentando-se ao lado dela.
— É para um trabalho com uma colega... — olhou para o seu relógio — Aliás, ela já está um pouco atrasada.
— Colega... Hum... É bonita?
— Ah, sei lá, Júnior. Vou ficar achando mulher bonita agora? Eu, hein?
— Foi mal. Só queria saber se a mina é gatinha.
— Ela é um pouco gordinha, mas é bonita sim.
— Gordinha, é? Eu não tenho preconceito.
— Pode esquecer. Ela começou a namorar um colega da nossa sala.
— Poxa...
Neste momento, alguém tocou a campainha. Júnior deu um sorriso e disse:
— Pode deixar que eu atendo!
Júnior abriu a porta e viu a Bruna, que estava com um pouco de vergonha.
— Olá... Aqui que é a casa da Juliana?
— Aqui mesmo. Você deve ser a Bruna, certo? — perguntou Júnior.
— Sim, sou eu.
— E eu sou Júnior, o irmão dela. Pode entrar. Ela está aqui na sala.
— Ok. Obrigado.
Bruna foi até a sala, e Júnior subiu a escada para deixar as meninas fazerem o trabalho. Em seguida, Juliana disse a menina para que ela ficasse à vontade e se sentasse no sofá.
— Desculpe o atraso, Juliana. É que demorei a encontrar o seu endereço.
— Não tem problema. — fez uma pausa — Você quer um café? Uma água?
— Não. Obrigado.
— Ok. Vamos começar?
— Sim.
Bruna, então, começou a explicar um pouco da história do livro. Enquanto isso, Juliana abriu o laptop para pesquisar alguma coisa que precisasse acrescentar no trabalho. Nesse tempo, ela ficou observando a forma que a garota se expressava e achou muito interessante. Bruna era realmente uma garota bonita e inteligente, pensou Juliana.
No entanto, a namorada de Leozinho acabou percebendo os olhares dela e perguntou:
— Olha, se eu estiver falando alguma coisa nada a ver aqui, me desculpe.
— Não... Você foi muito bem até agora... E sou eu que te devo desculpas por ter te xingado de baleia. Você não é...E espera.
Bruna ficou por entender o que ela quis dizer com a última frase, mas Juliana aproximou-se dela e retirou a xuxinha que prendia o cabelo da menina.
— Você fica mais bonita de cabelo solto, sabia?
— Obrigado.
Juliana sorriu e disse:
— Continue... Quero te ouvir mais, e depois eu começo...
— Ok.
As horas foram passando, e Leozinho estava sozinho na biblioteca. Ele até tinha começado a fazer o trabalho porque parecia que o Yuri não iria chegar para ajudá-lo. Mas, de repente, alguém apareceu ao lado dele e sentou-se na cadeira.
— Oi, Leozinho. — disse Yuri com um livro em uma das mãos.
— Oi... Eu achei que você não viria.
— Me desculpe a demora... Eu estava lendo um pouco do livro no caminho porque não tinha lido antes.
— Tudo bem... Eu já comecei aqui, mas depois é a sua vez.
— Certo.
Um pouco perto dali, Guilherme foi até a farmácia dos pais de Kelly. A mãe dele estava com muita dor de cabeça e queria algum remédio.
— Boa tarde, Sr. Fernandes.
— Boa tarde, Guilherme. Tudo bem?
— Sim, eu estou bem.
— O que você deseja hoje?
— Eu quero um remédio para dor de cabeça para a minha mãe.
— É para já. — disse Rafael indo procurar o remédio.
— A Kelly está?
— Não. Ela foi fazer uma entrega junto com o Fabinho.
— Ah, sim... Eu achei que ela estivesse com a namorada. As duas não se desgrudam, né? A Kelly mesmo só fica conversando no celular lá na facu com ela.
— Oi? — perguntou Rafael, surpreso.
— Sim. Ela tem uma namorada. O senhor sabia, né?
Rafael ficou sério, e Guilherme percebeu que ele não tinha gostado nada do que havia ouvido.
— Desculpe... Eu falei algo errado?
— Não. Você não disse nada errado. — disse ele, entregando a sacolinha com o remédio.
— Quanto é?
— Nada. Esse é por conta da casa.
— Obrigado, Sr. Fernandes!
Rafael sentiu bastante raiva, porque Kelly havia mentido para ele dizendo que havia se separado da Laura. No entanto, o pai dela não iria deixar as coisas assim tão fáceis. Ele iria tomar uma decisão em relação à desobediência da filha.
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