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História Uma patricinha em minha vida 2 (SEGUNDA TEMPORADA) - Capítulo 61


Escrita por: LeninhaMiller

Capítulo 61 - Capítulo 61


     

 

            Natalie saiu do elevador e foi até onde estava o porteiro, o Sr. Lucrécio, um homem de cinquenta e cinco anos, baixo e de pele clara. Ele já era porteiro naquele prédio a vinte anos.

            — Olá, Sr. Lucrécio.

            — Olá, senhorita Smith.

            — O senhor sabe se tem alguém esperando por mim?

            — Tem sim. Inclusive, o rapaz me mandou levar o buquê até o seu apartamento.

            — Rapaz?

            — É... E ele está aí fora aguardando a senhorita.

            Natalie achou muito estranho. Como assim? Um rapaz? Ela até pensou que fosse a Priscilla mandando aquelas flores, apesar de estarem separadas. E lá fundo ela queria que fosse...

            Então, ela tirou esses pensamentos da cabeça e saiu do prédio. Em seguida, ela avistou um homem desconhecido com um terno encostado na lateral de um carro preto.

            — Oi. — disse ela

            — Olá, senhorita Smith! Tudo bem?

            — Sim... Mas quem é você?

            — Deixe me apresentar... — estendeu a mão a ela — O meu nome é Mateus e me pediram para levar a senhorita em um lugar muito especial.

            — Como assim? Que lugar? E quem te mandou fazer isso?

            — Não posso responder a essas perguntas, mas acredito que a senhorita não vai se arrepender.

            — Não. Eu não vou com você. Nem sei do que se trata.

            Ele sorriu e a acalmou.

            — Não se preocupe. Não vou matar a senhorita ou qualquer coisa que esteja pensando. Agora, por favor, coloque isso... — disse ele com uma venda preta nas mãos.

            — Isso está me assuntando...

            — Confie em mim, senhorita. 

            — Você não pode mesmo falar quem te mandou fazer isso, né?

            — Não.

            — Nem a letra inicial do nome da pessoa?

            — Sem chance.

            Natalie ficou um pouco desconfiada daquilo tudo, mas acabou resolvendo deixar o rapaz vendá-la e queria muito mesmo não se arrepender depois dessa decisão.

            O rapaz pediu para que ela se sentasse em um dos bancos de trás e depois seguiu a viagem com a garota.  

            Enquanto isso, Yuri tinha chegado na casa da Juliana.

            — E, aí, Júnior? Beleza?

            — Beleza, cara! — disse o garoto apertando a mão do cunhado.

            — A Ju está aí?

            — Está sim. Vou chamá-la para você.

            — Pode deixar que eu vou lá...

            — Então, cara... Ela se trancou no quarto, então não sei se ela quer receber alguma visita.

            — Tudo bem. Eu espero aqui.

            Júnior subiu a escada e foi em direção ao quarto dela, que ainda permanecia trancado.

            — Mana, o seu namorado está aqui... — disse Júnior, perto da porta.

            Juliana estava deitada na cama ainda muito triste com o que aconteceu minutos atrás e, por isso, não respondeu nada.

            — Ju... Fala alguma coisa, por favor.

            Juliana levantou-se da cama e abriu a porta para ele. O garoto viu que ela estava com uma cara péssima. O que teria acontecido naquela tarde?

            — O que houve?

            — Nada... Pode deixar ele subir.

            — Ok. Mas qualquer coisa, me chama.

            Júnior desceu a escada e disse que o Yuri poderia subir para conversar com a Juliana. O rapaz então sorriu e caminhou até o quarto da namorada.

            — Oi, amor. — disse ele, tentando beijá-la, mas a garota se esquivou.

            Ele achou estranha a atitude dela e perguntou:

            — Você está bem?

            Juliana ficou pensando no que dizer a ele, e Yuri a abraçou por trás, dando um beijo no pescoço dela.

            — Não gosto de te ver triste... — disse ele.

            Ela tirou as mãos dele de seu corpo e virou-se olhando bem em seus olhos.

            — Eu preciso te dizer uma coisa.

            — Ok. Pode falar.

            — Eu... — disse ela, começando a ficar emocionada — Eu quero terminar com você.

            — O-o quê? — perguntou ele, sem acreditar no que havia ouvido. — Eu não estou entendendo. Você está terminando comigo? É isso?      

            — É isso, Yuri.

            — Mas por quê? Eu fiz alguma coisa errada?

            — Não. Você não fez nada.

            — Então me diz o que foi e aí tento consertar.

            — Não tem conserto.

            — Não tem conserto? Você está me deixando preocupado.

            — Eu percebi que não gosto de você como você gosta de mim. Entende?

            — Não. Não dá para entender. A gente estava se dando tão bem.

            — Sim, realmente estávamos. Mas sempre que as coisas estão muito bem é porque há algo errado.

            — Juliana, eu continuo sem entender.

            — A gente ainda pode ser amigo.

            — Amigo? Eu não quero ser apenas seu amigo, Juliana. Eu amo você!

            — Não dá... Eu não amo você, Yuri.

            Yuri ficou muito desapontado e até tentou beijá-la novamente.

            — Não é possível que você não sente nada quando te toco, quando te beijo...

            — Para, Yuri! — gritou ela, afastando-se dele.

            — Me fala... O que tem de errado comigo? —questionou ele, deixando escapar uma lágrima de um dos seus olhos.

            — Não é com você... É comigo. Agora me deixe sozinha, por favor.

            — Ju...

            — Vá embora, por favor.

            Yuri saiu chorando da casa de Juliana. Ele estava muito apaixonado por ela, mas a garota não sentia o mesmo. E não dava para entender aquilo tudo. Ela parecia tão afim dele. O que teria acontecido para que ela mudasse de ideia tão rápido?

            Minutos depois, Betão tinha acabado de chegar na casa da sua nova namorada, a Camila. Daniel ainda não estava sabendo desse romance, mas ela sabia que ele não iria ficar nada contente ao saber. Sem falar que ele iria achar um absurdo o fato dela ter escolhido um homem bem mais novo para se relacionar.

            — Oi, meu amor. — disse ela ao vê-lo na porta.

            — Oi... — disse ele, sorrindo e agarrou a cintura dela para um beijo.

            Os dois continuaram se beijando e caíram no sofá dando gargalhadas.

            — Eu estou me sentindo uma adolescente, sabia? — disse Camila nos braços de Betão.

            — Ah, é? E você está gostando?

            — Muito. — respondeu ela, dando um beijo carinhoso na boca dele.

            Camila ainda pensava um pouco em Priscilla, mas não podia negar que o rapaz estava fazendo muito bem a ela. Após o beijo, ela perguntou:

            — Mas me conta: você e a Laura descobriram o sexo do bebê?

            — Sim. Nós fomos hoje de manhã lá no consultório, e o Dr. Reginaldo disse que vamos ter uma menina.

            — Mas isso é ótimo, amor. E já escolheram o nome?

            — Vai ser Lanna em homenagem à mãe da Laura que morreu de câncer no ano passado.

            — Que bacana! E você está feliz?

            — Sim... Eu queria um menino, mas acho que vai ser legal ser pai de uma menina.

            — Vai sim. Eu mesma achei que ia ter uma menina, mas aí veio o Yuri. E bem... Não tive do que reclamar depois. Ele é um bom filho, apesar de ser um pouco rebelde as vezes.

            — Por falar nele, você já contou sobre nós?

            — Ainda não. Mas fica tranquilo. Ele vai entender.

            — Tomara. — disse ele, sorrindo, e ela o beijou.

            De repente, alguém bateu na campainha. Camila saiu do sofá, e Betão perguntou:

            — Você está esperando por alguém?

            — Não. Mas vou ver do que se trata.

            Camila foi até a porta e a abriu. Ela ficou assustada porque o seu filho Yuri estava em sua frente. E antes de dizer alguma coisa, ele observou que o Betão estava sentado no sofá.

            — Mãe, o que esse cara está fazendo aqui?

            Enquanto isso, Mateus foi dirigindo por uma estrada de terra perto do Rio de Janeiro, e a Natalie estava muito impaciente. Para onde aquele rapaz desconhecido estava a levando? E a mando de quem?

            — Moço, pelo amor de Deus, nós já estamos chegando?

            — Calma, senhorita... Falta pouco para chegarmos.           

            Faltava pouco mesmo para chegarem ao destino final. Quando chegaram, Natalie ainda não estava vendo nada, mas naquele lugar havia um lindo chalé de madeira com um telhado de forte caimento e beirais avançados. Além disso, a casa campestre tinha flores na varanda, uma escada de madeira na frente e ainda contava com uma bela vista para as montanhas. Isso realmente era um cenário perfeito para o que a pessoa que havia convidado a patricinha estava planejando.

            O homem levou Natalie até dentro da área do chalé e declarou:

            — A senhorita está entregue.

            — Sério? Posso tirar a venda?

            — Ainda não, senhorita. Agora se me der licença, vou partir.

            — Partir? Como assim? Vai me deixar aqui sozinha com um assassino ou sei lá o quê?

            O homem saiu dando risada, e a patricinha permaneceu parada no mesmo lugar.

            — Não tem graça, viu?

            De repente, uma pessoa aproximou-se dela e começou a deslizar as suas mãos pelos braços da patricinha, fazendo-a mesma se arrepiar por completa.

            — Isso é um jogo comigo?

            Após essa pergunta de Natalie, a pessoa deu um beijo quente no pescoço dela e disse em seu ouvido:

            — Depende... Você está disposta a jogar?

            Natalie reconheceu a voz e tirou a venda de seus olhos.  

            — Não acredito que é você! — disse Natalie, virando-se e sorrindo.



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