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História Uma peça de xadrez. - Capítulo IV - As ameaças se tornam realidade.


Escrita por: Danpple

Notas do Autor


MEU DEUS GALERAA! Abandonei não, na vdd eu tava com tantoos problemas! Sinto muitissimo mesmo pela demora, doi mais em mim do que em vcs! UM ENORME BEIJO ESPERO QUE GOSTEM!

Capítulo 4 - Capítulo IV - As ameaças se tornam realidade.


Fanfic / Fanfiction Uma peça de xadrez. - Capítulo IV - As ameaças se tornam realidade.

CAPÍTULO 4.
AS AMEAÇAS SE TORNAM REALIDADE.

Já tinham se passado dois meses na mesma rotina. Aula de manhã, treino com David no final da tarde. Final de semana eu me encontrava com Bruna, ela me dava todo tipo de informação que há algum tempo atrás consideraria um completo absurdo, nós já estavamos nos tornando amigas, ela não era o tipo de garota igual a Priscila, ela só precisava de compania. Hoje quando tinha saído da sala, alguém tinha pregado um cartaz de inscrições para a guitarrista de uma banda chamada Danpple. Passou pela minha cabeça me inscrever, meu pai tinha me ensinado a tocar guitarra muito bem quando ele ainda era vivo. E se eu não me engano sua guitarra estava entulhada nas caixas que fiz questão de deixar no sótão da casa da minha tia. Poderia pegá-la a hora que quisesse. A única coisa que me empediu foi Priscila me pegar encarando o cartaz.
-Não passa pela sua cabeça se inscrever né? Essa vaga já é minha. - disse ela.
-Você? Tocando guitarra? Achei que a única coisa que soubesse fazer é contar até 10. - zombei.
-Inveja? Posso te ajudar com matemática se quiser.
-Não quero nada que venha de você. - disse me virando e caminhando em direção a Vic que estava encostada em seu ármario observando tudo.
Vic estava vestindo um vestido vermelho, preso com um cinto preto na cintura.
-Sabe... você devia se inscrever, já vi um video seu tocando guitarra quando você morava em New York ainda... antes de seu pai, sabe, falecer. - disse ela.
Prendi a respiração por um momento, meu pai era um assunto muito complicado, Vic sabia disso. Estava o usando para conseguir com que eu me inscreva.
-Sério? Dai eu entro para a banda e o que? Você me empurra para o vocalista toda vez que nos ver ensaiando? - perguntei séria.
-Ahhh... está chateada por causa do David.
-Não estou chateada por causa dele, só quero parar de falar nele um pouco o.k?
Ela permaneceu em silêncio por um minuto, mas depois propôs:
-Você se inscreve na banda e eu paro de falar dele perto de você, combinado?
Hesitei por um momento mais então pensei, eles nunca me escolheriam. Vou me inscrever.
-O.k, vou me inscrever agora mesmo. - animada por estar ciente do fato que eu nunca entraria para a banda.
Dei as costas para Vic e caminhei até o cartaz, Priscila não estava mais lá, tinha assinado seu nome tão grande que ocupara metade da folha. Assinei o meu pequenininho, abaixo de outros dois. Quando me virei para Vic denovo ela estava conversando com David. Achei melhor evitá-los, estava muito extressada com a história dos lados, então me virei para a direção contrária e corri para o estacionamento o mais rápido que pude. Não faço a miníma idéia por quê eu corri.
Quando cheguei em casa minha tia estava entrando no carro de seu namorado. Os comprimentei e entrei em casa, subi as escadas correndo. Quando entrei no meu quarto não era David que estava deitado na minha cama lendo um de meus livros. Era um garoto loiro, devia ter mais ou menos 1.70, tinha olhos azuis iguais aos meus. Era bonito, era exatamente igual ao David, mas loiro, claro.
-Olha quem chegou. - disse ele com um sorriso torto identico ao que David tinha.
Eu permaneci em pé em frente a ele, não sabia o que dizer. Então escorreguei para a pergunta mais óbvia.
-Quem é você?
Ele riu.
-Meu nome é Daniel.
-Legal... o que está fazendo no meu quarto?
-Sua mãe me mandou aqui para ver se meu irmãozinho estava dando conta do recado.
-Seu... irmãozinho? Você é irmão do David?
Ele assentiu com a cabeça.
-Você tem... saido muito com nossa amiguinha Bruna não é?
-Ela ameaçou minha tia...
-É... David pode engolir essa, mas eu não engulo.
Me afastei devagar.
-Engolir o que? Eu não tinha escolha!
-Você podia simplesmente matá-la!
Eu ri, ele não podia dizer algo assim com um tom tão despreocupado.
-É brincadeira né? Como pode achar que matar alguém é tão simples?!
-Ninguém do lado branco está gostando dessa sua amizade com ela, ou você a mata, ou nós a mataremos.
Olhei para ele boquiaberta. Será que o lado negro era realmente o mal nessa história? Porque até agora Bruna tem sido tão... passiva, ela apenas me contava os motivos da revolução, ela me contava tudo. Enquanto o lado branco apenas omitia as coisas de mim, e agora ameaçavam matar uma garota do lado negro só porque eu poderia estar formando uma amizade com ela!
-Eu ainda não escolhi o lado branco, então fiquem bem longe da minha vida!
Ele riu, uma risada alta demais.
-Quem você acha que é para me ameaçar? Você é uma Younger rescém descoberta. Sabe quanto tempo de treino eu tive, sabe em quanto tempo eu poderia arrancar seu coração com apenas uma caneta?
Tento me afastar um pouco mais, acho que ele percebe. Pois ele saca uma faca de mais ou menos 30 cm do bolso e arremeça em direção á minha perna. Eu a paro no ar, e volto em sua direção.
-Muito bem... parece que meu irmão está fazendo um bom trabalho.
Ele se levanta da minha cama e sai pela janela. Eu me deito ao lado da minha cama e coloco meus pés em cima dela. Isso é uma mentira, o lado branco não é tão bom, e o lado negro não é tão ruim.
"Queremos que você os faça nos compreender". É isso que eu vou fazer, nem que custe minha vida. Estamos todos vivendo numa mentira, e eu tenho que fazer com que isso acabe. Talvez eu consiga com que David me entenda. Falando nele, me assusto quando ele passa pela janela, achei que Daniel tinha voltado para me matar.
-Amanda? - diz ele.
-Aqui! - digo erguendo uma das mãos.
Ele caminha até a minha frente e para, tentando entender porque estou deitada no chão.
-Por quê está deitada no chão?
Desvio meu olhar do teto e o encaro. 
-Precisava pensar sobre algumas coisas.
Ele solta um suspiro cansado e se deita ao meu lado. Meus olhos estão fixos no teto novamente.
-Vi você correndo para o estacionamento hoje, depois de se inscrever para a banda.
Lembro-me de como o evitei durante a semana toda, me sinto culpada.
-Por que está me evitando?
Desvio meu olhar do teto e o encaro novamente.
-Desculpe, estou confusa. Seu irmão só piorou as coisas.
-Meu irmão? Ele esteve aqui?
-Você não sabia que ele viria?
-Faz anos que não falo com ele.
-Bom... ele veio me dar um aviso, quase me esfaqueou.
David se levanta e me encara com uma cara de indignação.
-Como?
-Ele jogou uma faca na minha direção, e eu a parei com a mente. Não foi nada demais, acho que ele sabia que eu seguraria a faca.
-Está louca? Ele quase enfiou uma faca na sua perna!
Me levanto também.
-David, eu estou aqui não estou? Se acalme o.k?
Ele se afasta um pouco.
-Que aviso ele veio te dar?
Abro a boca para falar mas as palavras somem. Não quero dizer á ele que estou criando amizade com Bruna, não quero dizer a ele que estou em dúvida sobre o lado branco, ele deu duro para me ensinar todas as coisas, além do mais minha mãe provavelmente vai castigá-lo se eu não for para o lado branco.
-Nada demais. Veio para ver se você estava "dando conta do recado".
-Só?
Desvio o olhar, não quero mentir para ele.
-Só!- minto.
Ele se vira e sai pela janela. Ligo um antigo rádio que eu tenho, na hora começa a tocar ACDC. Visto meu pijama sem mesmo ter tomado banho e apago no mesmo instante em que deito na minha cama.
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De manhã acordo cedo demais. Mesmo assim me visto com o uniforme e dirijo até a escola. Está tudo escuro, ninguém tinha chegado, com exceção do zelador que sempre liga as luzes e cuida de tudo antes das aulas. Entro na escola, me agaixo em frente ao meu armário e tiro meu celular do bolso, disco o número da Bruna. Ela atende na quinta chamada.
"Alô? Amanda? Por que está me ligando tão cedo?"
Respiro fundo, ela é minha amiga, tenho que avisa-la sobre o lado branco.
-Bruna, você tem que deixar a cidade imediatamente. O lado branco descobriu que eu ando me encontrando com você. Mandaram o irmão de David vir me avisar, ele disse que se eu não matá-la eles a matarão.
Silêncio.
"Por quê está me avisando?"
Hesito por algum tempo, mas uma hora ou outra tinha que ter certeza se ela realmente me considerava sua amiga.
-Porque somos amigas não somos?
Silêncio.
"Você me considera sua amiga?"
-Sim.
"Obrigada."
Permaneço em silêncio, então desligo a chamada. Estou fazendo a coisa certa. Ela confiou em mim, não poderia traí-la á sangue frio desse jeito. Eu me levanto assim que o zelador acende ás luzes. Olho para o final do corredor. Um garoto loiro está me encarando. Daniel. Meu sangue gela, ele ouviu nossa conversa? Ele vai me matar aqui, no meio do corredor do colégio. Faltando 30 min para os alunos começarem a chegar.
-Parece que você já fez sua escolha. - grita ele do outro lado do corredor.
Sinto as lágrimas correrem meu rosto.
-O que meu irmão vai achar disso? Tanto esforço para nada! Além do castigo que sua mãe vai conceder á ele por deixá-la ir se encontrar com Bruna.
Solto um soluço. Ouço ele chegando mais perto.
-Não vou machucá-la. 
-Não acredito em você.
-Você não tem opção, se não vir para o lado branco nós pegaremos Vic.
-Qual o problema de vocês? Achei que eram os bonzinhos! Pelo jeito vivemos numa mentira.
Ele me joga contra a parede e me prende pelo pescoço.
-Escuta aqui garota, só porque você tem poder de lavar a louça com a mente, não quer dizer que você tem o poder de me desafiar. Eu sou bem mais forte que você... lembre-se sempre disso o.k?
Não sei o que fazer, preciso de tempo. Cuspo nos olhos dele, imediatamente ele me larga e se afasta para limpar o rosto com as mãos. Dou um murro mirando em seu nariz. Acerto. Minha mão deve estar mais machucada que seu nariz. Enquanto ele permanece atordoado com o que acabou de acontecer eu corro. Esbarro com Vic na entrada da escola.
-O que você está fazendo aqui? - grito.
Ela olha para mim sem entender nada, Daniel vem gritando logo atrás de mim. Até que ele ve Vic, e para.
-Ora ora, obrigado por tornar tudo mais fácil para mim Vic. - diz ele abrindo um sorriso maldoso no rosto.
Agarro a mão de Vic.
-Vic... quando eu disser já, você corre o máximo que você conseguir. O.k?
Ela assente com a cabeça. Espero um pouco, tenho que pensar. Posso usar meus poderes para atrasar ele enquanto Vic foge.
-O que? Vai jogar alguns vazos em mim... e depois correr? - zomba ele enquanto se aproxima.
-Não de mais nenhum passo. - aviso. - não se atreva.
Ele dá um passo e pula para trás, me provocando.
-Ui! Que meda! - diz ele rindo.
Ele passa mais um minuto zombando da minha atitude e depois vem correndo em direção a Vic, uso todas as minhas forças e o jogo para trás. Ele bate contra a parede e cai. Resmunga alguns palavrões enquanto eu e Vic corremos em direção ao Impala.
-Amanda o que tem de errado com você? - ela diz.
-Vic, deixe as perguntas para mais tarde. Confia em mim certo?
Ela assente com a cabeça.
-Não vou deixar nada te acontecer.
Entramos no carro e eu saio do estacionamento cantando pneu. Quando chego na entrada de casa David está sentado sobre as escadarias. Quando ele vê nossa cara de espanto seu rosto toma uma expressão de pavor.
-O que aconteceu? - ele pergunta.
-AH! EU NÃO SEI! TIPO, UM CARA LOIRO TAVA CORRENDO ATRÁS DE MIM, DAI A AMANDA DISSE PARA ELE FICA PARA TRÁS, MAS ELE VEIO CORRENDO NA MINHA DIREÇÃO, E DE REPENTE A AMANDA JOGO ELE PRA TRÁS E ELE CAIU NA PAREDE E COMEÇO A XINGA A AMANDA DE VACA, E EU NÃO TO ENTENDENDO MAIS NADA.-grita Vic apavorada.
-Vic se acalma!-digo forçando-a a se sentar nas escadarias ao lado de David.
-Me acalmar? Você acabou de jogar um cara na parede usando a mente e quer que eu me acalme?
-David seu irmão é pirado!
Ele ri.
-Ele sempre teve um temperamento forte.
-Você chama isso de temperamento forte? Esse cara é doente!
-Não fale assim do meu irmão Amanda.
-ELE TENTOU ME MATAR E TENTOU SEQUESTRAR VIC! - grito.
-Ele teve seus motivos não teve?
Paro de falar. Paro de respirar. Se eu contar a David tudo que tem acontecido acho que ele vai enlouquecer igual ao irmão.
-Nenhum motivo que precisasse me matar. - sussurro enquanto entro na casa levando Vic comigo. 
Depois de dar um banho em Vic. Tomar um banho, e descançar um pouco. Ligo para David. Ele não atende.
-Vic acho que você deveria dormir aqui hoje. -digo.
Ela assente com a cabeça. 
-Vou buscar água, você quer alguma coisa?
-Tem sorvete?-responde ela imediatamente.
-Tem.
Desço as escadas correndo e tento ligar a luz no interruptor. Ela não assendia. Subi as escadas novamente e conferi minha tia em seu quarto. Ela estava dormindo. Desço as escadas novamente e vou à cozinha no escuro mesmo. Abro a geladeira e pego um garrafão de água. Encho um copo limpo que estava sobre a pia e tomo a água num gole só. Depois de guardar o garrafão pego uma colher e o sorvete de Vic no freezer. Subo as escadas correndo.
-Aqui. - digo entregando a colher e o pote de sorvete á Vic.
-Obrigado. - diz ela num sorriso.
Sorrio de volta e me sento no chão ao seu lado.
-Isso é uma loucura.
Ela assente com a cabeça.
-Faz alguma coisa? Tipo... levanta seu rádio com a mente?
Eu a encaro por um momento. Depois desvio meu olhar e foco ao rádio. LEVANTE. LEVANTE. LEVANTE. E antes que eu pudesse perceber Vic está de pé. Estende a mão e agarra o rádio.
-David sabe disso?
-Ele foi mandado para cá para me ensinar a usar minha fonte. Para me recrutar ao lado branco.
Permanecemos em silêncio até meu celular tocar. David. Hesito um pouco mas atendo.
-David? - chamo.
"Eu me encontrei com meu irmão Amanda. Apesar de tudo que ele me disse... consegui fazer com que ele concordasse em deixar vocês em paz."
Daniel deve ter contado tudo da pior maneira o possível à ele. Meu sangue gela.
-David... eu sinto muito eu não sabia como te contar...
"Sério?! Porque você podia ter chegado para mim e falado: olha, todo seu trabalho tem sido uma perda de tempo para você, porque agora eu vou escolher o lado negro. E tudo que você me ensinou foi em vão."
-Não é bem assim David. Eu ainda não escolhi o lado negro, eu só queria compreende-los.
Ele desliga a chamada.
-Eai?! - pergunta Vic.
Eu me viro para encara-la.
-Vamos ficar em paz, David conseguiu isso com o irmão dele. Mas em compensação ele está furioso comigo.
-Esqueça isso, vamos conseguir com que você seja escolhida na banda e depois vamos ter uma vida normal.
-Vic... eu não posso mais ter uma vida normal. Eu preciso escolher o lado de qual ficar.
Ela me encara confusa.
-Deixa eu ver se entendi. Você tem que escolher entre o lado negro... os carinhas do mal. E o lado branco... os carinhas do bem?!
-Mais ou menos, o lado negro não é totalmente do mal.
-Você não pode simplismente desistir de sua fonte?
Nego com a cabeça.
-Escuta... você pode ter uma vida normal enquanto escolhe. Vou falar com o Gui ver se ele consegue uma vantagem para você na banda!
-Tanto faz... podemos dormir?
Ela assente com a cabeça. Puxo a bicama da minha cama e faço um gesto para Vic se deitar. Enquanto ela se ajeita caminho até o interruptor e apago a luz. Lembro-me da luz da cozinha estar apagada, deve ter queimado. Eu me deito e tento não pensar em nada de sobrenatural. Durmo em mais ou menos 1 hora.
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De manhã eu e Vic  tentamos chegar um pouco mais tarde no colégio, apesar de acordamos tão cedo quanto ontem. Quando chegamos em frente á sala há umas 50 pessoas em volta ao cartaz da banda em que me inscrevi. Priscila está tentando sair da muvuca. Quando sai e quase cai em meus pés posso ver a expressão de desespero em seu rosto. Ela me encara por um segundo e pula em cima de mim. Tenta me bater e me arranhar, mas eu me defendo e Vic puxa ela para trás.
-SUA VACA! - berra ela.
Eu e Vic rimos.
-Você tá bem? - pergunta Vic rindo.
Estou ofegante, Priscila é muito gorda.
-VAI SE ARREPENDER POR ME HUMILHAR DESSE JEITO!
Encaro Vic, ambas estamos com um olhar de desentendimento. Até Rafa vir até mim e me desejar os parabéns. Eu entrei para a banda.
-Uou... - digo.
-Meu deus Amanda você entrou!!!
Abraço Vic até o vocalista me chamar. Ele é moreno, tem olhos azuis. Mais ou menos 1.80. Ao lado dele está Gui, o namorado de Vic. Ele é ruivo e é cheio de sardas. Atrás deles tem um garoto com mais ou menos minha altura. Ele está vestido completamente com roupas pretas, seu rosto está coberto com um capuz mas, acho que ele é loiro.
-Bom... os ensaios começam amanhã na casa do Gui. Caso acharmos que você não toca guitarra como precisamos que você toque... vamos chamar outra pessoa. Meu nome é Hugo, este é o Guilherme, chame-o de Gui. E aquele ali é o Cal, Calvin. Ele é novo na banda também, veio de Nova York.
-Ãn... o.k, que horas?
-16:00.
Sorrio aceno para eles enquanto eles se viram para ir embora. Quando me viro para encarar Vic. Não consigo conter uma risada, ela está fazendo uma careta de empolgação exageradíssima!
-Meu deus você viu o Cal? Garoto sinistro... com aquele capuz e tal!
-Pois é... ele parece, solitário.
Vic me agarra no braço e me leva até a sala. A Srª Carla tinha acabado de chegar, estava atendendo alunos com dúvidas. Caminho em direção à minha carteira e me lembro de David. Ele não estava lá. Ele só vinha por minha causa, e agora que ele acha que estou no lado negro... não virá mais. A Srª Carla começa a passar conteúdo novo no quadro. Queria não ter que vir na aula. Estou tão cansada de tudo, aulas são muito chatas.
-Amanda! - diz a Srª Carla num tom elevado.
Desvio meu olhar para ela e noto que não tem ninguém na sala. Olho em volta por puro reflexo. Algo já me dizia que não tinha ninguém.
-Sim?! Cade todo mundo? - pergunto.
-Eles estão à caminho da quadra, o diretor quer dar um recado. Acho que estava com o pensamento longe não é? Vamos, não vai querer se atrasar.
Me levanto rápidamente e corro em direção à porta. Aumento minha velocidade conforme vou chegando na quadra. Há tempo eu não corria, desde que meu pai falecera. Não me lembrava de como amava a sensação de meus pulmões ardendo. Chego na quadra ainda correndo, não estou suada, não estou ofegante. Vejo Vic sentada no chão perto do restante de nossa sala. Ando até ela.
-Ei! Percebi você parada enquanto todos estavam saindo, achei que queria falar com a Srª Carla.
-Não... eu só estava com o pensamento longe.
Ela assente com a cabeça. E depois aponta para o diretor que tinha acabado de chegar.
-O que acha que ele quer?
Dou de ombros.
-Não faço a miníma idéia.
O diretor não demorou muito para fazer com que todos ficassem quietos. E assim que conseguiu, começou a falar:
"Bom alunos, como todos sabem é tradição do colégio três tipos de festas que ocorrem todo ano. Baile de inverno, no meio do ano. Formatura, no final apenas para formandos é claro. E o show de talentos, que vai ocorrer daqui à três semanas. Viemos avisá-los que este ano o show de talentos não irá aceitar apenas bandas e tal... iremos aceitar também shows de mágica, desfiles, etc... O que na verdade é o certo não é? Nem todo mundo tem a música como talento! - pausa. - Vou deixar a lista para a inscrição na secretária. Vocês tem até depois de manhã para se inscreverem."
Antes que o diretor pudesse terminar de falar as salas começaram um alvoroço. Nenhum dos professores conseguiram conter a conversa, então apenas nos mandaram de volta para a sala. Era a última aula, História. Quando entrei na sala, vi um garoto moreno, alto, de pé ao lado de minha carteira. David. 
-David. - chamei.
Ele me ignorou. Na verdade ele me ignorou a aula inteira. Quando cheguei em casa e fui para o meu quarto ele não estava lá como sempre. Por impulso tranquei a janela. Se ele ia me ignorar, eu ia ignorá-lo também.
Passei o dia todo estudando para o exame de sexta. Quando meu relógio marcou 19:45 peguei a primeira camiseta que vi. Keep Calm and Love Supernatural. Desci as escadas pelo corrimão e alcancei o Impala. Desliguei a música. Fui para o Deck no silêncio. Quando assinei meu nome e vesti meu avental. Pude ver quem estava numa mesa qualquer. A banda na qual eu tinha me inscrito e me aceitaram. Pensei em trocar de mesa com uma das garçonetes mas, nenhuma parecia à vontade para isso. Então eu simplesmente engoli o orgulho e fui atende-los.
-O que vão querer? - perguntei.
Eles me encararam por um momento.
-Amanda? - chamou Gui.
-Sim?! - perguntei no tom mais natural o possível.
-Não sabia que trabalhava aqui. - disse o vocalista. Hugo.
-Pois é. Três vezes por semana.
Eles ficaram me encarando por um tempo até Cal. O garoto sinistro. Quebrar o gelo.
-Eu quero um cachorro quente e uma coca. - pediu ele.
Assenti com a cabeça e escrevi no bloquinho que carregava na mão.
-Ãnn... eu quero, um X-salada e um suco de laranja. - pediu Hugo.
-Quero uma sprite zero. - pediu Gui.
Escrevi tudo no bloquinho e me afastei. Soltei um suspiro aliviada. Me estremeci quando ouvi suas vozes, eles estavam na cozinha?! Olhei em volta, não tinha ninguém. Então me lembrei do que David me dissera. Se você se concentrar neles, você consegue ouvi-los, vantagem de ser Younger. Sai da cozinha e os espiei por trás da máquina de café.
-Eai Cal, ficaria com ela? - perguntou Gui, com uma voz meio distorcida.
Cal não disse nada, ou disse tão baixo que eu não pude ouvi-lo.
-Claro que ficaria né Cal? Você é macabro mas não é gay! Certo? - zombou Hugo.
Cal riu. Seus dentes eram perfeitos, totalmente brancos. Por um momento pude ver seus olhos. Era uma cor misturada. Verde com mel, meio acinzentado. Eram bonitos, mas estranhos.
-Tanto faz, se você não ficar com ela Cal, eu fico, estava com dó de você porque desde que o Gui começou a namorar a Vic, só eu que fico com as garotas. 
-Não seja convencido Hugo. 
-Qual é Gui! Cal você precisa de uma namorada!
-Prefiro esperar Hugo...
-Esperar o que? A garota certa?
-Melhor do que ficar com qualquer vadia que eu vejo pela frente!
Eles riem. George me chama, o cozinheiro. Pego a comida e levo até a mesa deles.
-Aqui. - digo entregando o pedido à eles.
-Amanda o que acha de nos inscrevermos no show de talentos?
-Não sei Hugo, depende de vocês. Aonde vocês forem eu vou. 
Os três me encaram, abro um sorriso e tento não corar.
-Vamos nos inscrever então. - diz Gui bebendo um pouco de seu suco de laranja.
-Tenho que voltar para a cozinha. - minto.
-Vemos você amanhã? - diz Cal. Sua voz é calma e tranquila.
Assinto com a cabeça e vou em direção à cozinha. No final do meu turno saio para a rua olhando em volta procurando o lugar em que estacionei meu carro. Vejo ele de longe. E uma turma de garotos em frente à ele. Fascinante. Caminho em direção à ele tranquilamente. Ignorando as provocações. Até que um dos garotos me puxa pelo braço.
-Eu vou avisar uma vez para sairem de perto de mim! - sussurro.
Eles riem alto.
-E o que a anjinha vai fazer? - um deles fala.
-Você não faz idéia.
Eles riem novamente.
-Chega de enrolação... por que você não tira esse casaco?
Meu sangue gela. Sou mais forte que eles. Mas tenho medo.
-Vem cá docinho. - sussurra um deles enquanto chega mais perto de mim.
Vejo um beco, tudo o que preciso é fazer é passar por debaixo do braço do garoto que está chegando mais perto. É o que eu faço. Quase consigo passar por eles mas, um garoto loiro. Olhos pretos, baixinho me barra e me joga de volta para a roda. Perco o folêgo, estou ofegante.
-Se você for obediente ninguém se machuca. - zomba outro deles enquanto joga minha bolsa no chão.
Antes que eu pudesse responder ou até mesmo pensar. Um garoto encapuzado, totalmente de preto chega mais perto de nós.
-Chispa daqui garoto! Esse assunto é particular. - diz outro adolescente que está ao lado do ruivo.
O garoto encapuzado sorri. Vejo seus dentes. Cal.
-Cal? - pergunto.
-Se meteu em uma encrenca em Amanda?! - zomba ele.
-Seu namorado? - pergunta o ruivo. - vai ser frustrante para ele isso.
Cal ri.
-Se afastem dela. - ele avisa.
Eles riem.
-Sério? Outro vai bancar o machão?! 
Cal saca uma faca pontiaguda que tem no bolso e arremessa em direção ao garoto ruivo. A faca crava em sua perna.Por que raios ele tinha isso no bolso? Automáticamente os outros jovens vão para cima de Cal. Dois ficam e tentam me arrastar. Dou um murro em um e tento usar disfarçadamente minha fonte para alcançar um cano jogado dentro do beco. Ele chega até mim e eu acerto a cabeça de outro garoto com tudo. Ele desmaia. Alcanço minha bolsa e pego as chaves do carro.
-Cal! Entra no carro. AGORA! - grito enquanto abro a porta do carro.
Ele desvia o olhar para mim e dois garotos o pegam pelo braço e o jogam contra o chão. Chutam ele até eu conseguir acertar a cabeça de um com o cano. O outro sai correndo.
-Ai meu deus Cal você está bem? - sussurro.
Ele geme.
-Vem, se segure em mim.
Eu o levanto e o coloco no carro. Não sei onde é a casa dele então, eu o levo para minha casa. Minha tia não está em casa. Subo com ele para o meu quarto. O deito na minha cama, ele ainda está acordado.
-Cal, vou pegar água, uma toalha molhada e... enfim... fica ai! 
Ele faz um sinal de positivo com a mão. Desço as escadas correndo e encho uma garrafinha com água gelada. Subo as escadas e pego uma toalha no armário do banheiro. Eu a molho e entro no meu quarto correndo. Cal ainda está acordado.
-Cal... preciso que tire sua blusa.
Ele levanta a cabeça e me encara.
-Vamos!
Ele se senta e tira a blusa com capuz. Depois tira a blusa de manga curta. Cal é loiro, tem olhos acinzentados azuis. Diferentes do que eu achei que tinha visto no Deck. Seu rosto está roxo, assim como o restante de seu corpo. Ele está cheio de hematomas. Me sinto culpada.
-Eu sinto muito! Você não devia ter me defendido.
Ele resmunga algo que eu entendo como relaxa e depois ri. Eu sento na cama em sua frente e passo a toalha molhada pelo seu rosto e depois da cintura para cima. Por um momento meus olhos se prendem em seu tanquinho. Ele geme o que me faz acordar. Dou a garrafinha à ele.
-Promete que vai deixar seu carro mais próximo do Deck na próxima vez? - murmurra ele.
-Prometo.
Termino de limpá-lo e entrego sua blusa de manga curta. 
-Pode me entregar o moletom?
Nego com a cabeça.
-Está todo sujo Cal. Além do mais, não sei por que se esconde embaixo desse capuz. Você é lindo!
Ele sorri.
-Hugo vai ficar enciúmado quando souber que parei de usar moletons por sua calsa.
-Hugo não tem que ficar, não tenho nada com ele.
-Bom, vou para casa.
-Não, não. Está louco? Quer andar na rua todo machucado às 1:00 da manhã?
Ele assente com a cabeça.
-Você dorme no quarto de visitas, o.k?
-Não sei...
-Vem.
Pego o braço dele e o levo até uma porta ao lado do meu quarto. Abro a porta e empurro ele para dentro.
-Tem comida na geladeira lá embaixo. Se sua água acabar é só descer e pegar mais. Faz muito frio aqui a noite então, tem cobertores no armário. Boa noite.
Ele ri e eu fecho a porta. Entro no meu quarto e encontro David deitado na minha cama segurando o moletom de Cal.
-Então é só eu sumir por dois dias que você já arranja outro cara?
Minha expressão muda de preocupada para furiosa.
-Dá um tempo David. Um grupo de garotos me cercaram no Deck e você não estava lá, o que eu posso fazer se ele levou uma surra para me ajudar?
-Você se fez de vitíma então? Poderia ter usado sua fonte!
-Não posso usar minha fonte em público, você mesmo disse!
-Isso é uma regra do lado branco, o lado negro não liga muito para isso.
-Saia da minha casa David! Já te disse que não escolhi o lado em que ficar ainda, você que acredite no que quiser!
Ele assente com a cabeça e sai pela janela. Visto meu pijama e deito em minha cama. Durmo uns 20 minutos depois de apagar o abajur.
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Acordo com minha tia entrando no quarto branca. 
-Por que tem um garoto sentado na cama do quarto de visitas?
Abro um sorriso.
-Um grupo de garotos me cercou ontem no Deck. Ele levou uma surra para me ajudar então, eu ajudei ele.
Ela fica um pouco mais branca. E caminha apressada em minha direção.
-Ai meu deus Amanda você está bem? Eles te machucaram?
Nego com a cabeça.
-Eu estou ótima, Cal que está cheio de hematomas.
-Peça obrigada para esse garota por mim o.k? Você está atrasada para o colégio. Creio que ele não saiu do quarto porque está te esperando.
Me levanto num pulo e chego no guarda-roupa em outro. Visto um vestido vermelho que Bruna me fez comprar e sapatilhas. Quando abro a porta de meu quarto Cal está com a mão estendida como se estivesse prestes a bater. Levo um susto.
-Bom dia. - diz ele.
-Bom dia!
-Está bonita com esse vestido, sempre te vejo usando jeans e camisetas.
-Obrigada, você está... hum... roxo.
Ele ri.
-Vem cá! - digo pegando seu braço e o levando à minha cabeceira. - senta ai. - miro para a minha cama.
Ele obedece. Pego um pó que eu tinha escondido no fundo da última gaveta. Espalho nos roxos em seu rosto. Ele tosse uma ou duas vezes. Depois de pronto pego um espelinho também escondido no fundo da gaveta e dou à ele.
-Uou... vocês garotas fazem mágica com maquiagem!
Abro um sorriso.
-Nem todas, faz muito tempo que eu não passo maquiagem em mim mesma.
Ele sorri também e me encara. Depois de um tempo isso fica constrangedor então eu desvio o olhar.
-Se não descermos agora vamos chegar atrasados.
Ele assente com a cabeça. Descemos as escadas correndo e entramos no carro mais rápido ainda. Quando chegamos no colégio ele está mais cheio do que o comum. Há uma roda de pessoas gritando Briga Briga, tento chegar mais perto. Não são garotos. São garotas. São Vic e Priscila. E Vic está dando uma surra na Priscila. Não consigo conter uma risada. Mas então entro no meio das duas e as separo.
-Vic você enlouqueceu? - grito.
-Peguei ela e o Gui se beijando no carro  dele! - grita ela com lágrimas no rosto.
-É isso mesmo! Seu namorado está te traindo sua piranha! - berra Priscila.
Eu me viro e dou um murro mirando o nariz dela. Ela cai para trás mas não desmaia. Mal sabe ela que estava sendo chifrada também.
-Piranha é você!
 Duas garotas pegam Priscila pelo braço e a arrastam até para dentro da escola. Rodeio meu olhar e encontro Rafa boquiaberto. Bem feito. Vic está com um roxeado na bochecha. Mas só. Observo Gui chegar por trás de Vic com um olho roxo.
-Vic eu sinto muito... - começa ele.
Vic se vira e da um murro mirando o outro olho. Ele cai no chão.
-NUNCA MAIS CHEGUE PERTO DE MIM! - berra ela.
Eu a pego pelo braço e a afasto enquanto observo Hugo e Cal erguerem Gui pelos braços. Os ouço de longe.
-Eu até ficaria surpreso com você apanhando para uma garota Gui, mas estou ocupado demais deixando meu queixo cair quando olho para você Cal! Largou aquela merda de moletom! - diz Hugo animado.
Abro um sorriso. Vic me encara desentendida.
-Acho que Priscila não vai deixar essa barata. - diz Vic.
-Ela já deve estar pensando em algum plano diabólico. - digo rindo.
Ela ri comigo. Entramo no colégio atrasadas, então esperamos na salinha dos atrasados até a segunda aula. David estava em seu lugar de sempre. Decido ignorá-lo.
-Amanda podemos conversar? - sussurra ele.
Eu o ignoro.
-Você tem que parar de me ignorar.
Eu o ignoro.
-Olhe para mim!
Eu o ignoro. Ele bufa e para de me encher o saco. Levo um susto quando recebo alguém taca um bilhete no meu rosto. Tento pegá-lo disfarçadamente. Abro com cuidado, o bilhete não é de Vic como eu esperava. É de Cal.
                Vai no ensaio hoje certo?
Olho para ele e assinto com a cabeça. Ele abre um sorriso para mim. Abro um também. David parece perceber. Ele bufa denovo. Ignoro e fecho meus olhos por um instante. Estou exausta.
-É brincadeira? Vingança? Algo do tipo? Você não tá com o Justin Bieber macabro ali não néh?
Dessa vez eu bufo e me viro para ele.
-Faça um favor a si mesmo e poupe saliva David! Você me deixou desesperada ficando tão furioso comigo sem nem saber a história! Estou cagando e andando para o que você pensa de mim!
Ele me encara com um olhar assustado. Ele abre a boca para começar alguma desculpa mas o sinal toca bem na hora. Eu saio da sala apressada. Tem alunos por todas as partes no corredor, e tudo o que eu mais quero é silêncio. Vou para casa apressada. Entro no meu quarto apressada. Até enfim, deito em minha cama e relaxo uns 5 minutos. Até alguém fazer barulho dentro de meu quarto. Olho para a porta e não vejo ninguém. Penso logo em David. Olho para a janela e me surpreendo com uma cabeleira loira passar pela janela. Calvin.
-Calvin? O que raios faz aqui? - pergunto assustada.
Ele me encara e sorri.
-Foi mal, vi como você saiu depois que falou com aquele cara então, vim ver como você estava. 
Ele estava preocupado comigo?
-Eu estou bem.
Ele sorri denovo.
-V-Você... quer alguma coisa?
-Quero você!
Ele anda rápido em minha direção e se deita em cima de mim. Sela nossos lábios com um beijo voraz. 
-Amanda?
Abro meus olhos bem lentamente, até me dar conta que continuo na sala de aula. Foi tudo um sonho. Calvin estava em pé na frente da minha carteira, sinto-me corar.
-C-Calvin?
Droga, gaguejei.
-Hey! Você estava dormindo... e então eu resovi te acordar, já é hora de sairmos! E você tem que nos encontrar hoje a tarde.
Assinto com a cabeça.
-É... obrigada por me acordar, vou indo!
-Quer que eu te acompanhe?
-NÃO!
Ele se assusta.
-Q-Quer dizer... não precisa, obrigada!
Ele abre um sorriso e eu corro para o estacionamento. Abro a porta e entro no carro. 
-MAS QUE DROGA DE SONHO FOI AQUELE?! - grito para o carro, que felizmente não responde.
Dirijo para casa e ao mesmo tempo viajo em minha mente. Quando chego procuro abrir a porta devagar para não correr o risco de ter algum assassino escondido por lá. Subo para meu quarto e tranco a porta. Tá... tenho que me arrumar para o ensaio de hoje a tarde. Tenho que me sair bem... muuito bem! Isso se eu quiser participar da banda. 
-AMANDA!!! - ouço minha tia gritar lá de baixo. 
Abro a porta e desço as escadas correndo. Ela segura a velha guitarra de meu pai nas mãos. Arregalo meus olhos.
-Achei que iria precisar disso hoje.
Olho para ela desentendida.
-Vic ligou aqui, pediu para que eu a separasse para você.
Assinto com a cabeça. Chego mais perto e a tomo em minhas mãos. 
-E-Eu, vou dar uma limpada nela.
Ela concorda com a cabeça e eu subo as escadas tomando cuidado para não quebrar essa preciosidade branca. Saio do quarto e volto no mesmo minuto com um pano branco e alcoon na mão. E começo a limpeza na guitarra.
Depois de 40 minutos a guitarra finalmente está limpa. Em consideração o pano está preto. Levo mais uma hora para afiná-la. E enfim. Toco alguma coisa. Paro ao ouvir alguns barulhinhos vindo da janela. Caminho até ela e a abro. Calvin. Olho surpresa para ele que está sentado no galho de uma árvore. Abro totalmente a janela e faço um sinal com a mão para ele entrar. O mesmo obedece.
-O-Oi?
Ele ri.
-Eai?
Olho perplexa para ele.
-D-Devo perguntar o que você tá fazendo aqui?
Ele ri. QUE DENTES PERFEITOS.
-Vim conferir se você tem uma guitarra. - diz ele apontando para a guitarra pendurada no meu pescoço.
Confirmo com a cabeça.
-Pois é, eu tenho!
-Enfim... - ele senta no chão. - toque alguma coisa para mim.
Posso sentir meu rosto corar.
-Ãnn?
Ele abre um sorriso torto, sem deixar a mostra seus dentes.
-Vamos, toque alguma coisa!
Coço a cabeça e então busco em cima da cama minha palheta. Toco qualquer coisa por uns 10 minutos. Quando acabo ele aplaude.
-Cara... você toca muito bem!
Abro um sorriso maior que meu rosto.
-Valeu!
-Não sabia que tocava guitarra! - diz uma voz inconfundivel.
Meu sangue gela. Miro meu olhar para a janela. Um pouco ao lado de minha cama está David.
-O que está fazendo aqui? - digo fria.
-Não é obvio? Vim interromper o clima de vocês! - ele diz mais frio ainda.
-Ei cara, foi mal não sabia que vocês eram namorados. - Cal se desculpa.
-Nós não somos Cal, pode ficar relaxado que ele já está indo embora.
Os dois me encaram.
-Você não pode preferir um babaca desses Amanda!
-Eu não prefiro ninguém! Ele é só meu amigo... e que eu me lembre quem se distanciou foi você! Agora sai da minha casa!
De repente a porta atrás de mim se abre. Viro rapidamente. Vic.
-Uou, que treta! - ela diz encarando Cal e depois David. - Treta de gostosos.
Não sei aonde esconder minha cara.
-Sério? Você acha esse loiro gostoso? - David diz perplexo.
Isso vai dar merda.
-Eu acho o David mais gostoso... e você Amanda?
-EU?! EU NÃO ACHO NADA!
A porta se abre novamente. Minha tia entra.
-EI! TIA DA AMANDA! - Vic berra. - Responde para mim, quem você acha mais apropriado para ser o namorado da Amanda?
Deixo meu queixo cair no chão.
-O loirinho... não foi ele que dormiu aqui aquele dia? - minha tia diz apontando para Cal.
-ELE DORMIU AQUI? - berram David e Vic juntos.
-Ele me salvou... e ai eu ajudei ele! - tentei explicar.
Vic me olha com um olhar malicioso enquando David fita Cal com um olhar mortal.
-Eu acho que o loirinho! - minha tia diz já saindo do quarto.
Só para ajudar.
-E-Eu... preciso de ar! - murmurro.
-UI! EU TAMBÉM! - berra Vic se abanando com a própria mão.
David sai pela janela e Vic corre atrás dele. Ficamos eu e Cal nos encarando. Cada um com uma expressão surpresa.
-E-Eu... não sei o que dizer.
Ele se levanta do chão.
-Nem eu.
Rodeio meu olhar pelo quarto até achar meu celular. Pego ele em minhas mãos. Lanço um olhar assustada para Cal e o puxo para fora do meu quarto correndo. Não hesito em puxá-lo pela escada. Acontece que eu tropeço e nós rolamos até chegarmos ao chão. Coro ao notar nossas posições. Estou em cima dele a 5 centímetros de sua boca.
-EI! SEM PEGAÇÃO NA SALA DE ESTAR! - grita minha tia.
Me separo dele totalmente corada.
-F-Foi mal, e-eu... NÓS NÃO ESTÁVAMOS NOS PEGANDO! - engulo em seco. - vamos chegar atrasados para o teste! 
Ele confirma com a cabeça e saimos da casa com pressa.
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Permanecemos quietos no carro até a chegada ao estudio abandonado onde eles ensaiam segundo Vic. De vez em quando pegava Cal me encarando e rapidamente desviava o olhar. Isso até o estúdio.
-Trouxe a guitarra? - pergunta ele baixinho.
Respiro fundo.
-Ahãn...
Ele assente com a cabeça.
-Só uma coisa... 
Olho para ele.
-O clima entre nós não vai ficar estranho assim para sempre só por causa do que aconteceu agora pouco né?
Engulo em seco.
-C-Claro que não...
-Então por que está gaguejando?
Qual o problema dele? Por que foi me perguntar isso? Posso até sentir minhas bochechas corarem.
-E agora está corando! - diz ele tocando de leve em minhas bochechas. - Vai me dizer que nunca beijou um garoto?!
Arregalo os olhos e desvio o olhar. Nunca tinha dado tanta importância a isso. Mas é verdade. Eu nunca beijei um garoto.
-Claro que eu já beijei um garoto! - consigo mentir sem gaguejar.
-Qual era o nome dele?
Permaneço quieta. Ele mexe tanto assim comigo? Eu realmente estou apaixonada por um cara que eu nem sei quem é direito! Engulo em seco novamente e volto para encará-lo. O que Vic faria agora? Enquanto tento imaginar Vic em meu lugar posso perceber ele se aproximando sem desviar o olhar do meu. Então ele leva sua mão a minha bochecha novamente. Está cada vez mais perto, posso sentir nossos lábios roçarem um no outro. Fecho os olhos. E então ouço um TOCTOCTOC. Nos separamos imediatamente. Hugo está na janela com um sorriso enorme. Deixo escapar um suspiro de decepção. E então abro a porta do carro.
-Achei que iam ficar nesse carro para sempre. Vocês por acaso não estavam transando lá dentro estavam? - Brinca ele.
Arregalo meus olhos e o encaro. Quero dizer que ele é louco mas as palavras não saem.
-Você é louco! - Diz Calvin num tom brincalhão. 
Suspiro aliviada.
-Devo ser mesmo!
Deixo uma risada escapar. Finalmente saio de dentro do carro e os acompanho até a entrada do estúdio abandonado. 
Sabe, se o clima ja estava estranho. Imagino como ele vai ficar agora...
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Ensaiamos até a noite. Nisso eu descobri que eles só tinham me escolhido porque Vic tinha mandado um vídeo meu tocando e cantando para eles. Ah se eu pego essa garota! Enfim. Depois do ensaio Cal pediu para que eu o esperasse aqui fora enquanto eles terminavam de guardar os instrumentos. Eu assenti com a cabeça e aqui estou eu, sentada no meio fio a  uma hora.
-Foi mal pela demora! Hugo veio me dizer algumas coisas.
No mesmo momento eu me giro ficando de frente a Cal. Ele me encara com um sorriso torto.
-Não foi nada, vamos?
Ele assente com a cabeça e eu vou na frente até o carro. 
-Então... posso te perguntar uma coisa? - susurrou ele.
Surpreendida pelo susurro arregalo os olhos e o encaro. Ele é lindo.
-C-Claro...
Ele abre um sorriso torto no canto da boca.
-Por quê sempre que está comigo você fica nervosa?
Não é possível. Ele sabe mesmo como me ferrar.
-E-Eu não f-fico nervosa perto de v-você!
-Claro que fica! Você está gaguejando, isso é um dos principais sinais de nervosismo.
Estou ficando de saco cheio disso. Não gosto do jeito que ele meche comigo, não gosto de me apaixonar. Desvio o olhar. Posso ouvi-lo chegar mais perto.
-Olhe para mim.
Hesitante enfim eu o encaro. Ele sobe suas mãos até a maça de meu rosto. 
-Você é linda!
Essa foi a gota d'água. Seguro seu rosto com minhas mãos enquanto o beijo ferozmente. Ele retribui de imediato. Beijar é quente e doce ao mesmo tempo. Queria poder explorar sua boca para sempre. Não sei como aprendi a beijar assim. Talvez tenha algo a ver com minha genética. Nos separamos por falta de ar com as testas encostadas uma na outra. Ambos ofegantes.
-Achei que nunca tinha beijado ninguém antes.
Minha vez de abrir um sorriso torto no canto da boca.
-Eu nunca beijei.
-Então você andou treinando?
Solto uma risada abafada.
-Também não.
Ele me dá um selinho e se afasta.
-Então era por isso que você ficava tão nervosa? Queria me beijar?
Engulo em seco enquanto sinto meu rosto esquentar. Lembro dos joguinhos que David fazia comigo. Talvez eu só devesse entrar na onda.
-Provavelmente.
-Você beija bem para uma iniciante.
-Então você tem experiência? Beija muitas garotas por ai?
-Já beijei sim, mas nenhuma é tão perfeita quanto você.
Provavelmente porque sou uma mutante.
-Pode me deixar em casa? - pergunta ele enquanto procura algo nos bolsos.
Abro um sorriso.
-Claro.
Dou partida no carro. Imagine só quando eu contar isso para Vic.
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    Nunca dormi tão bem, devo ter sonhado com mil e uma coisas. Não consigo tirar meu momento com Cal da cabeça. Acho que estou nas nuvens, tão distraida que nem percebo quando trombo com David.
-Como foi seu encontro ontem? - perguntou ele, seco.
Abri um sorriso bobo em meu rosto quando, novamente, me lembrei de Cal.
-Foi ótimo! - meu sorriso bobo, agora é vitorioso. 
Fui em direção à minha carteira. Deixei minha bolsa no chão ao meu lado e sentei. Me curvei para alcançar meu estojo na bolsa e quando voltei para a posição normal, Cal estava de é em minha frente, me encarando com um sorriso fofo estampado no rosto.
-Hey! - disse ele quase num sussurro.
-Hey!
Ele agaixa até estar em minha altura.
-Dormiu bem?
-Melhor do que nunca...
Ele abre um pouco mais seu sorriso.
-Tem algo marcado para hoje á noite?
Desvio meu olhar para a carteira de Vic, ela está debruçada sobre a mesa praticamente morta. Marquei algo com ela hoje?
-Hum... acho que não.
-Quer ir a um show comigo, então?
Me aproximo de seu rosto.
-Que horas eu te pego em casa?
Ele ri.
-Hoje não! Esteja pronta às 19:00. - é o que ele diz antes de ir para seu lugar.
Jogo todo o material de minha bolsa em cima da mesa em busca de meu caderno de física, que no momento estou usando para anotar tudo sobre os Youngers, apesar de que a física não pode explicar nada disso.
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    Depois da aula chamo Vic para almoçar em casa com a intenção tudo o que aconteceu ontem à ela. Quase desisto depois de ouvir a seguinte coisa.
-Acho que estou afim do Calvin.
Freio o carro fazendo com que meu tórax se choque contra o cinto de segurança.
-O quê?? - *cof*.
Ela me encara assustada.
-Não acredito que caiu nessa! Acha mesmo que eu ficar afim de um cara assim?
Tento dizer alguma coisa mas não consigo.
-Vai ficar muda?
-EueCalnosbeijamosontemánoite. - digo o mais rápido que consigo.
Ela arregala os olhos.
-Vocês o quê?
Deixo minha cabeça cair sobre o volante.
-Vocês transaram?
Aperto minha testa contra a parte inferior do volante fazendo com que a buzina soe alto.
-Se beijaram?
-É! Nós nos beijamos!
Ela me encara com um olhar malicioso.
-Só?
Tiro minha cabeça do volante.
-Só!
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    Por volta das 18:20 vou para o banho. Deixo a água gelada cair sobre meus ombros enquanto penso mais um vez sobre meu momento com Cal. Será que irei reviver algo parecido com aquilo hoje? Depois de algum tempo saio do box, me enrolo em uma toalha e vou para meu quarto. Abro meu armário. Estou prestes a me desenrolar da toalha quando ouço alguém subindo a escada, e então, batidas na porta. A abro de forma com que a pessoa do lado de fora consiga ver apenas meu rosto. Minha tia.
-Ei, Amanda! Eu vou sair agora... mas deixei lasanha no congelador.
Abro um sorriso.
-Ãnn, na verdade eu vou sair também.
-Ah! Com Vic?
-Na verdade, com Cal...
-O loirinho?
-Esse mesmo.
Ela arregala os olhos.
-Bom, você já sabe.
Assinto com a cabeça. Ela sorri e eu fecho a porta. Volto ao meu armário. Pego um dos vestidos que Bruna me obrigou a comprar. Ele é preto com detalhes de couro. Abro a sapateira em busca de algum sapato que combine. 
No final de tudo eu fiz uma maquiagem básica e sentei em minha cama para esperar Cal. Não deu 5 minutos quando ouvi uma moto estacionando em frente de casa e logo em seguida a campainha. Peguei minha bolsa e desci correndo. Quando finalmente abri a porta, Cal estava lá, incrivelmente lindo, posso jurar que meus olhos estão brilhando nesse exato momento.
-Meu... Deus... - ele sussurra.
Abro um sorriso enquanto sinto-me corar.
-E-Eu, vou me trocar, vou por alguma outra coisa!
Ele segura minha mão.
-Você está perfeita!
Solto um suspiro aliviada.
-Obrigada... sério, você está fantástico!
Ele abre um sorriso torto no canto da boca.
-Acho que somos o par perfeito então.
Deixo ele segurar minha mão até me guiar a sua moto.
-Sério? Que coisa mais clichê!
Ele solta uma risada abafada e me entrega um capacete.
-Espero que goste de coisas clichês.
Coloco o capacete e monto na garupa da moto. Hesito em envolver meus braços em sua cintura.
-Ei... eu não mordo o.k?
Minha vez de soltar uma risada abafada.
-O.k!
Enfim envolvo meus braços em sua cintura e me aconchego a seu corpo. Ele dá partida na moto, e eu vejo minha casa se distanciar.
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
Cal dirige muito bem por sinal, ou sou eu mesma que, depois de tudo isso, sobre fontes, nem presto mais atenção na velocidade da moto que estou montada.
-Já tinha andado de moto antes? - pergunta Cal dando uma mordida em seu hotdog.
-Na verdade não, mas foi divertido!
Ele desvia o olhar de seu sandwich para mim.
-Alguém na vida, já te disse o quanto você é íncrivel?
Paro de andar. O encaro.
-Não, que eu me lembre não.
-Você é! - diz ele um pouco a minha frente.
Solto uma risada envergonhada. Voltamos a andar.
-Cal, obrigada.
Vez dele de parar de andar.
-Por o quê?
Paro de andar também.
-Por me salvar aquela noite.
-Na verdade quem me salvou foi você Amanda!
-Não! Se você não estivesse lá...
Ele joga seu hotdog no lixo e se aproxima de mim. Segura minha mão.
-Mas eu estava, e sempre vou estar.
Largo sua mão e o envolvo num abraço. Ele retribui.
-Se você não quiser ir ao show, podemos fazer outra coisa.
Me afasto.
-Me leva para casa... tem algo que eu preciso te mostrar.
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
    Minha tia ainda não está em casa. O levo para meu quarto e faço se sentar em minha cama.
-Só... não vá embora, o.k?
Ele arregala os olho.
-O.k.
Olho em volta do quarto em busca de algo que possa facilitar tudo para mim. Faço meu olhar no rádio que levantei para Vic. Quando o entrego a Cal, ele me olha confuso.
-Tá...
Respiro fundo e fecho os olhos. Concentro em levantar o rádio. Quando abro os olhos, Cal está prestes a se levantar, o rádio está no teto.
-Amanda...
-Cal eu não sou uma garota normal, eu estou em volta a uma guerra. Você é tão... perfeito! Quero que saiba por quem você...
-Me apaixono. - ele me interrompe.
Arregalo os olhos.
-Amanda, com... poderes, ou não, meus sentimentos por você não vão mudar.
Ele se aproxima de mim. Deixo uma lágrima escorrer e, quando ele se aproxima o suficiente, a limpa gentilmente.
Desvio meu olhar para sua boca, até então, senti-la contra a minha. Nos beijamos lentamente, diferente da última vez, que foi faminta, cheia de desejos.
Ele me encosta na parede, e leva os beijos ao meu pescoço, me fazendo sussurrar seu nome.
Rapidamente troco de lugar com ele, e volto a beijá-lo equanto dou leves arranhadas em sua nuca. Me afasto e olho em seus olhos, que, estão atentos. Ele abre um sorrisinho torto no canto da boca. Por puro reflexo faço o mesmo, e, surpreendendo a mim mesma, retiro sua jaqueta e sua camisa. Deixando a vista seu corpo bem formado.
-Não conhecia esse seu lado. - ele sussurra.
O ignoro e pulo em seu colo fazendo com que ele tenha que usar as mãos para me segurar. Volto a beij-alo com desejo enquanto passo minhas mãos em suas costas. Ele me joga em minha própria cama ficando por cima de mim. A parte de cima do meu vestido tomara-que-caia está dobrada e abaixada até minha cintura, deixando meu sutiã à mostra. Ele desce os beijos ao meu pescoço novamente, fazendo com que eu de uma forte arranhada em suas costas. Ele geme e beija meu ombro esquerdo. Giro meu corpo o derrubando e ficando em cima do mesmo. Ele ri e eu o beijo carinhosamente.
-Eu tenho muitos lados que você não conhece.

 



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