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História Uma Questão Do Destino - Capítulo 09


Escrita por: Kaneki482412

Notas do Autor


Não tenho muito a dizer então só vou agradecer a Incognoscivel0 e AloneMinHae por toda ajuda e vamos pro capítulo

Capítulo 9 - Capítulo 09


                    Kauã

     Já se passou duas semanas desde que eu e o Lucca fugimos e mudamos para o seu apartamento, é claro que tivemos que ir às nossas casas pegar algumas coisas como roupas ou itens de higiene pessoal mas por sorte no dia que eu fui pegar minhas coisas Eduarda estava sozinha em casa e eu pude entrar e sair sem problemas, segundo ela os meus pais saim todos os dias pra falar com os anciãos tentando evitar que o desastre piorasse, dois dias depois da minha fuga minha irmã finalmente decidiu ir pra casa onde vai morar com a Eduarda mas pelo jeito ela, como sempre, achou problemas onde não tinha, algo sobre a casa der pequena demais e a decoração ultrapassada então mandou começar uma mega reforma, jogou todas as decorações antigas fora e  está comprando novas, em outras palavras, ela está indo todos os dias no shopping e para quem não sabe minha irmã e shopping é igual a bilhões jogados no lixo e centenas de roupas que ela nunca vai usar enchendo algum de seus vários armários, e meu irmão? Bom, ele não pode mais me incomodar então ele se aproveitou da confusão e está espalhando o caos e desordem pelo mundo ou no caso, naquele dia ele estava infernizando os pobres e inocentes animaizinhos de um zoológico, o Lucca também não teve problemas para pegar suas coisas e desde então temos vivido no seu apartamento em paz, ido a faculdade sem problemas e convivido o mais harmoniosamente possível, com uma discussão ou outro aqui e ali.

     - Que tédio!!! - Falei cansado e meio sonolento deitado no sofá da sala. - Vamos sair pra fazer alguma coisa. - Digo meio manhoso me virando no sofá para olhar pro Lucca, por algum motivo nos últimos dias eu estive cada vez mais cansado e carente sem falar que meu aroma está mais doce e suave, ah e, Lucca ficou super protetor comigo.

     - Não, podemos sair sem um bom motivo e você sabe disso. - Ele responde cansado sem tirar o olho de um livro que lia. - E nós já vamos a faculdade mesmo e isso já é perigoso o bastante, nós não precisamos nos arriscar mais que isso por enquanto. - Ele continua ao mesmo tempo que vira uma página do livro.

     - Mas eu tô entendiado! - Grito não muito alto e faço birra no sofá e ele dá um suspiro cansado abaixando o livro e olhando pra mim.

     - Vem cá. - Ele fala abrindo os braços, então eu dou um sorriso maroto e saio apressado do sofá prós seus braços, por algum motivo eu não sou eu mesmo desde que cheguei aqui e não consigo me controlar muito bem na frente do Lucca, mas eu nem ligo mais pra isso. - Você tá muito carente esses dias não tô nem te reconhecendo. - Ele diz me arrumando em seu colo, e não, nós não estamos namorando, transamos algumas vezes, mas nada mais que isso.

     - Eu sei. - Falo meio pra baixo. - Eu também não tô me reconhecendo. - Digo com algumas lágrimas no canto dos olhos, eu nunca tinha sido tão emocional na vida, mas desde que eu fugi com Lucca fiquei emocionalmente instável.

     - Ei ei, não começa a chorar de novo. - Ele fala passando a mão pelo meu rosto, ele está tão gentil e carinhoso ultimamente.

     - Eu estou bem desculpa. - Falei saindo do colo do Lucca e indo até o banheiro limpar minhas lágrimas mas quando chego no lugar eu sinto um enjôo repentino e corro pro vaso.

     - Kauã você tá bem!? - Escuto Lucca gritar na porta do banheiro antes de correr para me ajudar.

     - Tô ótimo. - Falo depois de me recuperar.

     - Eu disse que você devia ir ao médico. - Ele disse né ajudando a levantar.

     - E eu disse que não preciso de médico nenhum. - Digo agora irritado, cortesia da minha bipolaridade.

     - Tá bom, desculpa. - Lucca fala levantando os braços em sinal de rendição.

     - Não não, eu me desculpo. - Falo tentando me controlar e sentindo o enjoou voltar logo correndo pro vaso de volta.

     -  Kauã, pro seu bem você vai ao médico, seja por vontade própria ou a força. - Ele disse a última parte em um tom bem sério, dessa vez ele não tava blefando de forma alguma.

     - Tá. - Falo a contra gosto. - Eu viu ao médico, mas vou sozinho. - Falo antes de voltar a vomitar.

     - Espera. - Lucca diz chamando minha atenção. - Como assim sozinho? - Pergunta confuso.

     - Não é você que diz que não podemos ficar saindo sem um bom motivo, pois então, fique aqui que eu vou sozinho assim é mais seguro. - Falo depois de recuperar novamente da ânsia de vômito.

     - Mas e se eles te pegarem? Eu devia ir com você e garantir que vai ficar bem. - Ele diz preocupado, acho que ele também mudou nesse tempo que passamos juntos, tipo, ele parecia nunca ter se preocupado com nada na vida e agora qualquer coisa coisa que eu faça, ele se preocupa se eu vou ficar bem

     - Primeiro, você se precupa demais, segundo, nossos pais devem estar esperando que nós estejamos andando juntos. - Falo em tom de repreensão mas em seguida abro um sorriso gentil. - E terceiro e mais importante, eu vou tomar cuidado. - Falo sorridente mas minha alegria se esvai no mesmo momento pela maldita ânsia de vômito.

     - KAUÃ. - Lucca grita antes de vir me socorrer. - E você ainda tinha a coragem de dizer que não queria ir ao médico e que estava bem. - Posso ver pelo canto dos olhos ele mudar sua expressão de preocupado para sua clássica expressão de ironia e deboche.

     - Cala a boca. - Digo antes de voltar a vomitar, talvez ele estivesse certo e isso fosse um pouco mais sério do que eu pensava, mas ainda não deve ser nada demais...eu acho.

              ~Quebra de Tempo~

     - Grávido. - O doutor Ricardo fala desisteressado e calmo me dando um diagnóstico direto e sem frescura e eu demoro alguns momentos para compreender o que ele acaba de dizer.

     - EU O QUE!!!!! - Grito em reação ao diagnóstico do doutor tentando ainda processar o ocorrido. - Como isso é possível!? Como isso aconteceu!? - Pergunto quase que instantemente sem nem pensar.

     - Bem... normalmente quando eu dou esse diagnóstico as pessoas sabem como aconteceu mas como um médico meu dever é tirar todas as dúvidas possíveis do meu paciente sobre sua condição. - Ele fala irônico. - Então por onde você quer que eu comece a explicar como isso acontece? - Ele continua ainda em tom de ironia e com um leve toque de deboche.

     - Doutor pode, por favor, parar de brincar com isso. - Falo entrando em pânico, eu, grávido! Isso não é possível! Deve ser um pesadelo!

     - Não é um pesadelo. - O doutor Ricardo fala com um sorriso e parece se divertir com minha expressão de susto. - E não, eu não leio mentes, é que você não é o primeiro e nem vai ser o último ômega descuidado a fazer essa mesmo expressão. - Ele diz soltando um pequeno riso.

     - O que eu faço? - Falo deixando as lágrimas cair. - Será que eu conto pro Lucca? Ou eu devo abort- Sou interrompido por um peteleco na minha testa.

     - Nem ouse sonhar em abortar. - Ele fala me olhando sério com uma expressão sombria. - Porque primeiro, isso é ilegal, segundo, isso é perigoso e terceiro isso vai lhe custar mais do que pensa e não estou falando de dinheiro. - Ele diz ainda sombrio.

     - Que custos? - Falo curioso, sem nem perceber.

     - Resumindo é muito provavel que o seu ômega interior não só rejeite mas também morra ou fique permanentemente ferido. - Doutor Ricardo diz tentando encontrar as melhores e mais simples palavras e eu fico em choque com a informação. - Você não deve ter percebido por causa do seu pânico e tudo mais, mas é muito provavel que seu ômega interior esteja pulando de alegria até agora depois de ouvir que você está grávido. - Ele fala aliviando um pouco sua expressão e eu percebo que ele está falando a verdade, meu ômega interior estava andando pelas paredes de tanta alegria.

     - Mas tem muitos ômegas que abortam ou até abandonam os seus filhos e ficam bem. - Falo tentando entender a minha situação e o doutor nega com a cabeça ante de voltar a falar.

     - Não é bem assim. - Ele fala sem me olhar nos olhos. - Esses ômegas parecem bem por fora, mas por dentro estão destruídos e terão que fazer tratamento psicólogo por um bom tempo para não entregam em uma depressão severa. - Ele disse olhando ao redor da sala antes de me encarar com um olhar que eu não sabia distinguir muito bem. - E isso são para ômegas em condições normais, em outros como você a coisa piora muito, muito mesmo. - Ele pronuncia meio preocupado e tenso. - Esse filho é do seu destinado e seu ômega interior e seu corpo sabem muito bem disso, se você o perder naturalmente séria um desastre, por um acidente seria uma catástrofe mas por um aborto, séria quase como um suicídio. - Ele termina ainda tenso.

     - Então o que eu faço? - Pergunto entre lágrimas colocando minha mão sobre a minha barriga.

     - Se eu fosse você eu contaria logo a verdade para o Lucca e arrumaria toda essa bagunça de uma vez por todas. - Ele fala com um sorriso amistoso tentando me passar segurança e me acalmar.

     - Falar é fácil. - Falo um pouco irritado me levanto querendo ir embora mas ele segura meu braço.

     - Bom, acho melhor deixar claro alguns sintomas. - Decido me sentar novamente para ouvir suas explicações. - De maneira resumida, você deve já ter notado vários dia sintomas mas eles são os seguintes, você deve começar a se sentir cada vez mais enjoado e cansado, seu cheiro vai mudar pouco a pouco até o fim dá gravidez mas deve voltar a normal depois do parto, você também vai entrar em um tipo de período de pré-cio eterno até o fim dá gravidez ficando cada vez mais carente pelo seu alfa e emocionalmente instável, ah e, seu ômega interior pode ficar mais ativo que o normal. - Ele fala com um meio sorriso me deixando um pouco preocupado mas logo volta a falar. - E já aviso que esses são só os sintomas padrões, é bem provável, ou melhor, é certeza que você vai ter vários outros sintomas imprevisíveis e provavelmente piores. - Ele termina com um meio sorriso, por que eu sinto que essa gravidez pode me dar mais dor de cabeça que eu possa breve.

                 ~Quebra de Tempo~

     - Então o que foi que aconteceu pra você nos chamar assim do nada no meio dá tarde. - Rafael fala impaciente abraçando de lado Alex, ambos estavam sentados nas cadeiras do outro lado dá mesinha de um café qualquer onde marquei de os encontar, ou melhor, o encontar.

     - Eu só chamei o Alex você veio de intrometido, como sempre. - Falo lançando um olhar desafiador para Rafael.

     - Como se eu fosse deixar ele sair sozinho por aí na situação que ele está. - Ele diz devolvendo meu olhar desafiador mas na mesma hora leva um beliscão no ombro e grita um "Aí" chamando a atenção das pessoas ao redor.

     - Eu estou grávido não doente. - Alex fala irritado enchendo as bochechas com raiva. - Mas voltando ao assunto, o que aconteceu Kauã? Você não parece muito bem - Ele fala meio preocupado.

      - E está com um aroma diferente. - Rafael fala passando a mão pelo ombro beliscado. - Mas fala logo que você está tomando tempo de um pobre ômega grávido. - Alex mete o ombro bem na boca do estômago do Rafael logo em seguida do seu comentário.

     - No caso, é você que está fazendo um ômega grávido perder tempo, ou melhor, dois. - Falo de uma vez porque sei que quanto mais tempo demorar pior vai ficar.

     - Espera aí. - Alex fala exaltado. - como assim dóis? - Ele pergunta meio receoso e confuso e eu o encaro como se apenas um olhar servisse como resposta, e pelo jeito serviu mesmo. - VOCÊ ESTÁ GRÁVIDO!? - Ele grita estridente estourando os meus tímpanos, acho que não foi uma tão boa ideia contar pra ele primeiro.

     - Sim, Infelizmente. - Falo cansado enquanto a garçonete colocava meu suco de abacaxi na mesa e ia embora.

    - Então... - Rafael começa a falar mas parece não saber muito bem como continuar. - Sabe quem é o pai? - Ele pergunta com um meio sorriso tentando descontrair a tensão que tinha se formado na mesa, e é claro que isso não funciona e tudo que ele conseguiu foi um tapa do Alex na sua nuca.

     - É claro que o tal do Lucca então não faça piadas sem graça. - Alex fala repreendendo Rafael, como o Alex é o meu único e melhor amigo é claro que eu contei a ele sobre o Lucca, tá, eu não contei, ele descobriu um dia quando Lucca veio me pegar, mas não foi de imediato, antes dele entender a situação ele pensou que o Lucca fosse um stalker, não posso culpá-lo por isso dado as circunstâncias de quando eles se viram pela primeira vez e o fato de eu não ter me dado ao trabalho de explicar aquela situação no corredor da faculdade do Lucca onde ele quase me marcou, mas a questão é que depois de eu o impedir de arrancar os cabelos do Lucca em um ato para me "defender" eu fui forçado a lhe explicar algumas coisas e o resto ele presumiu por si próprio e claro contou pro Rafael toda a história, em seguida olha pra mim. - Não é? - Ele pergunta me tirando de minhas memórias e mudando sua expressão para uma de dúvida e piedade para mim.

     - Felizmente ou infelizmente é sim do Lucca. - Falo um pouco ofendido pela dúvida deles mas é justo, afinal, eu sou eu, e é natural duvidar de mim sobre esses assuntos mas dessa vez não tinha dúvida, o Lucca foi o único alfa com quem eu transei durante as últimas semanas e também foi o único que eu fiz sem qualquer proteção ou cuidado, antes, durante ou depois do ato.

     - Acho que isso é bom. - Alex fala calmo com um meio sorriso e eu o encaro com um olhar fulminante.

     - Nada disso é bom! - Grito um pouco exaltado e muito, muito irritado, não tem lado bom nessa porra!

     - Kauã, você está exaltado demais. - Rafael fala com um olhar severo puxando Alex para mais próximo. - Talvez você deva se acalmar antes de conversar com alguém. - Ele termina ainda me olhando severo e eu até pretendia o responder mas me calo percebendo que ele está certo.

     - Kauã. - Alex fala com um olhar acolhedor que só ele tem. - Eu sei que isso é um grande choque e que você deve estar com as emoções a flor da pele e totalmente bagunçadas então eu concordo com o Rafael que você deva se acalmar antes de falar sobre isso. - Ele diz tentando me acalmar.

     - É, talvez eu deva mesmo me acalmar um pouco. - Concordo depois de dar um suspiro de derrota. - Desculpe incomodar vocês eu já vou indo. - Me levanto dá cadeira fazendo menção de ir embora mas Alex me segura pelo pulso me impedindo de ir.

     - Não queremos dizer pra você ir. - Ele fala com um rosto preocupado.

     - Mas eu acho melhor eu ir embora - Digo sem pressa e Alex relaxa o aperto do meu pulso. - Eu preciso me acalmar, sozinho. - Falo e solto o meu pulso de sua mão em seguida fui embora sem olhar pra trás.

     Andei apressado pisoteando tudo no meu caminho raiva, raiva de mim, raiva da minha família, raiva do meu descuido, raiva da minha situação, raiva de tudo!! E nem percebi que estava andado totalmente descuidado sem o capuz e óculos e acima de tudo, completamente chamativo, eu estava chamando a atenção de todos que eu passava na rua, mas nesse momento eu nem pensei nisso direito e muito menos pensei nas consequências.

     Quando eu estava virando uma esquina em direção ao apartamento do Lucca eu escuto um carro parar atrás de mim, logo em seguida as portas dele são abertas e escuto pessoas descendo dele mas não me dou ao trabalho de olhar pra trás e ver quem é até sentir uma mão em meu ombro.

     - Senhor Kauã. - A pessoa que me abordou me chama e olho pra trás e vejo três homens de ternos pretos e óculos escuros, um segurando o meu ombro outro do lado dele e o último encostado no carro.

     - Que foi!? - Pergunto irritado e sem paciência.

     - Você vem com a gente. - Ele fala sem expressão e eu fico ainda mais irritado, mas quando estava prestes ao responder minha visão se escureceu, alguém colocou um saco na minha cabeça e em seguida sinto alguém segurando meus braços e os amarando enquanto eu tento me debater, mas eles estão em maior número e quando dou por mim já fui arrastado pra dentro do carro e escuto as portas serem fechadas logo em seguida o carro da partida e eu sou levado, ou melhor, sequestrado, era só o que faltava pra completar o meu dia "maravilhoso", primeiro descubro que estou grávido e agora sou sequestrado, perfeito!!

                 ~Fim do Capítulo~

                     ~Continua~


Notas Finais


Era isso por hoje, então, até o próximo e último capítulo, tchau tchau


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