História Uma Raposa No Meio De Fadas - Você é a minha presa...

Naruto terminava de pagar sua conta no café que se encontra, junto de Jellal. Assim que terminaram o debito, retiraram-se do estabelecimento.

— Bom, logo nos veremos de novo... — Falou Jellal, já pondo a caminhar em uma direção qualquer.

— Já vai? — Perguntou o loiro confuso.

— Tenho muitos assuntos pendentes, sem contar que o Makarov pediu que você faça algumas missões avulsas com a equipe que vai lhe auxiliar na caçada do Juubi. — Falou o azulado, já colocando-se a caminhar novamente. — Boa sorte pra você...

— Pra você também, no que diabos tiver envolvido. — Falou Naruto singelamente, caminhando na direção oposta de Jellal.

O loiro dirigia-se direto a Fairy Tail, querendo ou não, teria que conhecer a equipe que faria parte, seria um martírio, mas necessário no final das contas.

— Bom, não se esqueça que falta ainda 5 dias pro meu poder voltar completamente. — Comentou Kurama no subconsciente do garoto. — Torça para a missão não acontecer antes disso, se não...

— Não terei chances contra o Juubi, eu sei Kurama, não sou idiota...

— Hum, se você diz... — Comentou a raposa sarcasticamente. — Use logo o Hiraishin para a guilda, não tem porque caminhar todo esse caminho.

— Quero caminhar... — Falou o garoto simplesmente. — Bom para pensar.

— Pensar no que? Preocupado em enfrentar aquela Bijuu ridícula?

— Não, só quero pensar em como devo interagir com os membros da equipe...

Após essas palavras, pode-se ouvir a gargalhada de Kurama ecoando pelo subconsciente do garoto.

— Uzumaki Naruto não sabendo se relacionar com outras pessoas... Eu vivi para presenciar isso, que dadiva! — Enquanto bradava, Kurama soltava gostosas gargalhadas do Uzumaki

O loiro trincava os dentes em pura irritação, era simplesmente impossível manter um diálogo decente com aquela raposa.

— Que inferno mesmo... — Pensou o loiro, continuando sua caminhada rumo a Fairy Tail.

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As lutas na arena continuavam, mas nada que chamasse a atenção de Sasuke, que resolveu retirar-se para debater com o jovem Sarutobi. Partiu direto de seus aposentos junto de Shikamaru e Sakura para o corredor esquerdo da arena, onde encontrava-se a tabela das próximas lutas.

— Parabéns... — Falou secamente o Uchiha, ao ver Konohamaru observando a tabela do campeonato.

— Arigatou, Hokage-sama. — Falou o garoto, sem nem mesmo tirar os olhos do quadro em sua frente.

— Lutou muito bem Konohamaru, parabéns. — Foi a vez de Shikamaru elogiar o jovem.

— Não fiz nada de espetacular. — Falou Konohamaru, finalmente olhando para o grupo das três pessoas mais importantes de Konoha. — No final das contas, o básico é o suficiente para lidar com os ninjas de Konoha...

Aquela frase foi o suficiente para piorar o clima já péssimo do ambiente, fazendo Sasuke rosnar instintivamente.

— Então, quem é o seu próximo oponente? — Perguntou Sakura, tentando amenizar o clima.

— Ninguém de suma importância... Acho que vou comer alguma coisa antes da luta.

O garoto já estava por se retirar, mas um grito no último segundo o fez segurar o passo.

— Konohamaru! — Hinata bradava logo atrás do trio que conversava com o menino.

— O que foi? — Perguntou o Sarutobi entediado, não aguentava mais os “parabéns” de todos os lados.

— Agora eu te peguei. — Falou a Hyuuga, que avançou inúmeros metros em questão de segundos. — Você vai me contar direitinho como aprendeu o Anti-Palma!

— O Naruto me ensinou, não é obvio? — Lançou o garoto simplesmente, sem nenhum pudor.

— No seu relatório estava bem claro que você não tinha relações com o Naruto após a saída dele de Konoha...

— Ele me ensinou antes... — Falou o Sarutobi, com a voz falha, finalmente tinha entendido aonde Hinata queria chegar.

— Ele não teria tempo... Você o viu depois que ele partiu de Konoha, não foi?

A conversa tinha se tornado muito interessante para Sasuke e seu grupo, pois os três haviam entendido a intenção de Hinata, ela tentava fazer o jovem fornecer o paradeiro de Naruto.

— Obvio que eu não vi, está louca por algum acaso? — O jovem parecia calmo, mas estava completamente nervoso por dentro, havia deixado uma brecha absurda para ser mais uma vez interrogado sobre o paradeiro de Naruto, algo que todos lhe questionavam a meses.

— Para mim você não vai mentir pirralho. — A Hyuuga agarrou o braço do garoto, que surpreendeu-se pelo ato. — Eu sei que você viu ele, admita logo, é bem melhor para você...

— Quer fazer o favor de me soltar? — Falou Konohamaru, devidamente alterado.

— Se eu não soltar? Vai fazer o que? — Zombou Hinata, claramente tentando fazer o garoto se desequilibrar.

O Sarutobi fez menção de algum selo, mas desistiu no mesmo instante, e começou a sorrir.

— Eu falei que você não precisava vir... — As palavras do garoto foram soltas ao ar.

Os quatro adultos olhavam intrigados para o garoto, que parecia falar sozinho até verem um homem com algum tipo de chapéu de palha, que tapava tanto sua cabeça como seu rosto.

— E eu falei que não perderia sua luta, não é? — Falou o homem, tirando o chapéu assim por revelar sua cabeleira ruiva e a tatuagem num dos cantos de sua testa.

Logo após tirar o chapéu, pode-se ouvir o grunhido vindo de Sasuke, em conjunto com o grito rouco de sua voz.

— O que diabos você está fazendo na minha vila, Sabaku no Gaara? — Bradou aos pulmões cheios o jovem Hokage.

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A Fairy Tail mantinha-se na baderna diária, como sempre.

— Que alivio ver você bem! — Falou Lucy alegremente a Natsu pela terceira vez consecutiva.

— Aquele loiro oxigenado vai me pagar... — Falava o jovem Salamander entre os dentes, estava extremamente irritado com o Uzumaki desde o golpe que havia levado.

Natsu havia levantado alguns minutos após a partida de Naruto com Jellal, o Dragon Slayer mostrava-se curado e raivoso com o novo mago da Fairy Tail, querendo claramente uma revanche com o mesmo.

— Falando no Naruto, onde ele está? — Perguntou Gray.

— Ao que tudo indica, ele chegara aqui logo. — Falou Makarov do bar da guilda, enquanto esperava por sua bebida.

— Onde ele foi? Achei que ele havia chegado logo cedo na guilda. — Falou Erza, que havia chegado a pouco.

— Ele chegou cedo, mas eu pedi para ele falar com um antigo amigo meu, daqui a pouco ele já estará aqui.

Ao terminar a frase de Makarov, pode-se ver o garoto loiro entrando na guilda, indo direto ao mestre da mesma.

— Desculpa a demora, levou mais tempo que eu esperava. — Falou o jovem Uzumaki diretamente a Makarov, assim por sentar-se ao lado do velho.

— Tudo bem... Ele lhe contou tudo?

— Se diz da missão, sim, ele me informou.

— CHEGA DE PAPO VOCÊS DOIS! — Bradou Natsu, chamando atenção de uma parte da guilda. — EU QUERO UMA REVANCHE AGORA NARUTO!

O loiro olhou para o Dragneel surpreso, havia dado um golpe poderoso e o garoto levantou-se em menos de um dia.

— Pouca coisa esse ai não é... — Falou Kurama no interior do loiro.

— Concordo. — Respondeu mentalmente o jovem.

Aquele garoto bradava aos quatros ventos pela sua revanche, estava de pé encarando o loiro sentado com uma sede de luta inexplicável, e enquanto Naruto assistia tudo isso soltou uma leve risada, querendo ou não, Natsu lembrava muito a ele mesmo antigamente...

— Bom, se é o que quer... — Falou o Uzumaki, se pondo de pé.

— Ai sim! — Gritou Natsu. — Vamos, que eu to pegando fogo!

Ambos estavam alinhados preparados para o combate, quando...

— Hoje não! — Bradou Makarov, empurrando Natsu em direção a alguma parede da guilda.

O velho tentou empurrar Naruto também, mas este escapou com certa facilidade.

Makarov suspirou, fazer desses dois uma equipe seria, no mínimo, complicado.

— Erza, Gray, Lucy, subam comigo e o Naruto até meu escritório. — Falou o mestre, já pondo-se em direção a escada. — Tragam o Natsu também, não quero ter que explicar tudo mais de uma vez.

Naruto, Erza, Gray, Lucy se dirigiam atrás de Makarov, sendo seguidos por Happy que carregava o jovem Natsu inconsciente.

Levou em torno de sete minutos até o Salamander acordar gritando a pulmões cheios que desejava lutar com Naruto.

— Depois, Natsu... — Falou Makarov. — Agora, preciso falar com vocês.

— O que há mestre? — Perguntou Lucy que notava o tom de voz receoso do velho.

Makarov se pôs a explicar toda a situação que encontrava-se Magnolia e o pedido do conselho.

Perdeu em torno de vinte minutos explicando todas complicações e exigências do conselho, apenas para ter que assistir o rosto confuso de Natsu e Gray e os brados do Salamander pedindo uma explicação mais simples.

— Basicamente. — Falou o velho, já cansado de tantas explicações. — O conselho pediu uma equipe por guilda, e eu decidi mandar vocês e o Naruto para representarem a Fairy Tail.

— Ta, mas por que esse loiro vai vir com nós? — Natsu não estava muito satisfeito com a situação de ter que lidar com o Uzumaki durante uma missão inteira.

— O conselho quer um mago classe s por equipe, e como é uma missão de alta dificuldade só a Erza não bastaria. E é melhor prevenir, Naruto é bem forte no final das contas.

— Precisamos de um médico também. — Falou o jovem loiro.

— A Wendy vai com nós, ela só não está aqui hoje. — Falou Lucy sorridente.

— Mas a missão só se trata dessa guilda negra? — Perguntou Gray, meio duvidoso. — Uma equipe por guilda para lidar só com eles? Não seria exagero?

— Ao que tudo indica, não. — Falou seriamente o mestre. — A guilda demonstra ser muito forte, por isso a preocupação do conselho.

— Bom, não há mais dúvidas? — Perguntou Erza ao grupo. — Eu falarei com a Wendy assim que ela chegar... A missão ficara para quando?

— Em um mês... — Falou Makarov. — Até lá queria que vocês fizessem algumas missões juntos, para acostumarem o Naruto ao ritmo da equipe.

— Não se preocupem muito comigo. — Falou o Uzumaki. — Eu me adapto rápido.

— Ok, por hora é isso. — O velho arrumou-se na cadeira, respirando aliviado, tinha tirado um peso das costas no final das contas. — Avisem a Wendy assim que ela chegar e, por favor, tentem se entender... — Falou isso olhando fixamente para Naruto e Natsu. — Estão dispensados.

O grupo saiu da sala do mestre, dirigindo-se ao andar inferior da guilda calmamente. Natsu já desceu gritando algo a Gajeel enquanto Lucy ia conversar com Levy, Gray ia diretamente até Juvia e Happy acompanhava fielmente seu dono que discutia algo com o Dragon Slayer do ferro.

Apenas Naruto e Erza restavam, ambos na ponta da escada, rapidamente se entreolharam, desviando o olhar logo em seguida

— Wendy é aquela garota mais nova de cabelos azuis? — Perguntou Naruto sutilmente a Erza, tentando amenizar o clima.

— Sim, ela mesma.

— Uma criança com habilidades medicas? — Questionou o loiro surpreso.

— Não se preocupe com isso, não há ninguém tão confiável quanto ela na guilda inteira. — Falou a ruiva, já olhando diretamente para o garoto.

Ambos começaram uma conversa amigável, assim pro sentarem-se no bar e ficarem debatendo o resto do dia enquanto a costumeira confusão da Fairy Tail continuava.

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Já era final de tarde, Wendy chegou na guilda e fora devidamente avisada da missão, essa que demonstrou certa animação por ser escolhida entre todos os membros da Fairy Tail

A guilda acalmara-se e demonstrava um clima ameno, todos estavam sentados pela salão principal bebendo algo e conversando entre si.

No balcão do bar encontrava-se os dois magos classe s presentes na guilda conversando animadamente. Mesmo que fosse estranho aos olhos da maioria, Naruto havia passado a tarde toda na guilda junto de Erza, conversando com a poderosa Titânia.

Uma hora ou outra o loiro era questionado pelos membros em geral sobre assuntos banais referentes a ele mesmo. Normalmente não responderia, mas estava de tão bom humor que conversava tranquilamente e contava inúmeros acontecimentos aos jovens, respondendo eles sem nenhum pudor. Acabara se divertindo e muito ao ver a imagem tão “sombria” que havia passado aos membros.

— Pelo visto vai se tornar popular aqui em breve. — Falou a ruiva, enquanto tomava um gole de sua cerveja.

— Duvido muito. — Falou Naruto, também tomando um gole de sua bebida. — Sou meio antissocial.

— Você? Antissocial? Nem notei... — Zombou Erza.

— Sou, mas apenas um pouco. — Respondeu o loiro, no mesmo clima.

Ambos soltaram gargalhadas após isso, pareciam velhos amigos bebendo e caçoando um do outro.

— Que bom ver você enturmado na guilda. — Falou Mirajane, ao chegar no balcão com quarto canecos de cerveja que rapidamente foram tirados de suas mãos pelos membros sedentos pela bebida.

— Não estou enturmado... — Protestou levemente o garoto. — Apenas passei uma tarde aqui, nada demais.

— Com o tempo, você verá que é algo demais sim! — Falou a dona dos belos cabelos cinzas, dando um peteleco no nariz do Uzumaki. Assim se pôs de volta a sorrir e servir as bebidas para todos.

— Desculpe a Mira, é que ela é assim o tempo todo, feliz... — Falou Erza, sorrindo ao ver a amiga servindo inúmeros marmanjos ao mesmo tempo.

— Eu já fui assim. — Falou baixinho o jovem garoto, ao lembrar-se de Konoha e seu tempo de academia.

A fala baixa de Naruto não passou desapercebida por Erza, que pode ver a nostalgia implantada nos olhos do mesmo.

— Você tem irmãos Naruto? Seus pais estão como atualmente? — Perguntou Erza, tentando arrancar alguma informação sobre o loiro.

Normalmente o garoto jamais falaria nada sobre seus pais e a sua antiga vida, mas aquele lampejo de nostalgia o fragilizou e sua boca foi mais rápida.

— Sou órfão.

A garota sentiu seu peito pesar no mesmo segundo, tinha feito ele lembrar-se de algo nem um pouco prazeroso, afinal, a frase havia saído seca, rápida. Mas Erza pode sentir lá no fundo que havia uma pitada de emoção no final das contas. Mesmo assim, havia obrigado ele a dizer algo péssimo de sua vida.

— Me desculpe, eu não queria...

— Tudo bem. — Falou ele, respirando fundo, relativamente abalado.

— Faz muito tempo? — Perguntou ela, mesmo preocupada com a dor do garoto, querendo ou não, sua curiosidade falava mais alto.

— Eles morreram no dia do meu nascimento. — Falou Naruto, já dando um gole em sua cerveja, falar de seus pais deixava sua garganta seca.

O arrependimento invadiu completamente a mente de Erza, mas afinal jamais imaginaria que aquele poderoso mago não tivera nenhum laço familiar desde seu nascimento. Era algo tão improvável que chegava a ser estranho.

— Naruto, desculpe, eu realmente não queria...

— Está tudo bem. — Falou o loiro, assim por respirar vagorosamente. — Sinto falta deles eventualmente, faz parte.

A Titânia não sabia exatamente o que dizer naquela situação, estava entre consolar o jovem Uzumaki ou indagar mais sobre seu passado.

Era uma dúvida cruel no final das contas...

— Ei, vocês dois! — Bradou Gray. — Vamos escolher uma missão logo, estou precisando de dinheiro.

— Claro... — Falou Naruto por levantar-se rapidamente, havia achado uma excelente brecha para sair do assunto referente ao seu passado.

A ruiva se martirizava por não agir rapidamente, não conseguiu nem consolar nem saber nada a mais sobre o loiro.

— Haverá mais chances! — Pensou Erza, já seguindo Naruto e Gray que iam em direção ao mural de missões.

— Quer escolher? — Perguntou Gray calmamente ao jovem loiro que encarava o mural atentamente.

— Devíamos pegar algo que exija o máximo trabalho em equipe, certo? — Perguntou Lucy, que se dirigiu ao grupo quando viu os três indo até o mural.

— Provavelmente. — Concordou Erza, que chegava na mesma hora.

— Então, qual vamos pegar? — Perguntou Gray, já impaciente.

— O Natsu não vai opinar? — O loiro se pronunciou pela primeira vez já indagando sobre o famoso Salamander que estava sumido.

— Raramente ele escolhe as missões. — Falou Lucy, dando um leve sorriso. — Desde que tenha uma boa luta no meio.

— Hum... – O loiro pôs os olhos numa missão no canto do mural, que lhe pareceu perfeita. — Que tal aquela?

O grupo encarou o papel apontado pelo loiro, era uma missão de alta classificação, pedia um time grande e experiente em batalhas, a recompensa era alta, resumindo, era perfeita.

Gray tirou o papel da parede, assim por ler a missão em voz alta para a pequena equipe.

— “Necessitamos ajuda para lidar com uma pequena guilda de magos e bandidos instaladas na redondezas de nossa cidade...”

— Parece simples. — Falou a ruiva, já encarando Naruto. — Serve para você?

— Claro, pode ser.

— Ótimo. — A ruiva virou-se para o time, já colocando suas ordens em práticas. — Arrumem as malas, devemos ficar uns três dias lá, no máximo. Saímos em duas horas, algo contra?

Todos negaram com a cabeça e foram para suas casas arrumar-se para a missão.

— Não esqueça, são cinco dias até meus poderes voltarem... — Falou Kurama para Naruto em seu interior assim que loiro saiu da guilda.

— Eu sei Kurama, não se preocupe...

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Ao longe de Magnolia, no longínquo norte de Fiore estava a grande confusão que o conselho magico lidava agora, a nova guilda negra do reino.

 A atual guilda negra, intitulada de Rotten Soul havia tomado uma área relativamente grande do norte de Fiore, podia se equivaler a área de três cidades juntas.

Sem contar no número de cidades que haviam destruídos, sua força era surpreendente, e isso obrigou o conselho a se mexer, apenas para mandar equipes que foram mortas com uma facilidade impressionante.

Eles haviam construído um castelo, predominante preto que chamava atenção por possuir ao total oito torres gigantescas em sua extensão.

Este castelo possuía a parte central, que tinha a entrada para o salão principal da guilda, a partir dali podia-se ir a qualquer lugar do castelo.

O salão principal da guilda era gigantesco, dividido entre três bares, as mesas centrais um palco e a escadaria para o segundo andar, ainda havia espaços vazios dentro daquela sala para futuros ajustes.

A escadaria gigante que levava ao segundo andar era o menor dos atrativos, pois a porta gigantesca no canto sul do salão era o maior atrativo. Uma porta totalmente ornamentada com as cores prata e preto, aquele portal levava direto ao salão de batalhas e ao caminho para as 8 torres misteriosas do castelo, estas que nenhum membro sabia para o que servia definitivamente.

Rotten Soul, era sem dúvidas, cheia de segredos...

O clima na guilda era ameno, o salão estava cheio de inúmeros magos, afinal, fazer parte da guilda negra mais chamativa do reino era um “sonho” e tanto.

Enquanto todos conversavam e bebiam, um jovem entrou pela porta principal, assim por chamar atenção da grande maioria afinal, ele exalava magia, muita magia...

O homem, que estava de pé próximo à entrada da guilda era claramente jovem, estava entre seus 25 a 27 anos, era bronzeado e possuía o cabelo preto, extremamente liso e de longo comprimento até seus ombros musculosos, mas o que chamava a atenção realmente era seus olhos verdes e a cicatriz que descia da lateral de seu pescoço até o peitoral.

Suas roupas eram simples, um casaco semiaberto, demonstrando seu peitoral era tudo que cobria seu tórax, enquanto usava uma calça cor cinza e uma sandália da mesma cor, ele permanecia serio em frente aos membros, até ouvir o brado estridente da parte superior do salão.

— EIJI! SEU PORCARIA, ESTA ATRASADO!

Os brados vinham de um outro jovem. Este aparentava ser mais novo que Eiji, provavelmente um adolescente. Os cabelos curtos colados a sua nuca eram o grande chamativo, afinal, eram de coloração verde. Os olhos de um profundo negro e a pele branca como a neve mostrava que aquele garoto não era um grande viajante do mundo e provavelmente fora criado dentro de alguma instituição trancafiado até a sua maioridade. Nem mesmo o porte musculoso tornava sua presença mais imponente.

Aquele pirralho tinha cara, jeito e se vestia como um pirralho...

— Não grite Riki, estou te ouvindo daqui... — Eiji se pronunciou simplesmente, assim por se dirigir para o segundo andar cumprimentando o garoto logo em seguida.

— Já mandamos um dos nossos para aquela guilda que se estabeleceu perto de Magnolia. — Falou Riki, já pondo a caminhar em direção a porta grande cromada no cinza que tinha escrita extremamente grande e exageradamente em seu topo: “Sala da Mestra”.

— O que ele vai fazer lá?

— A mestra quer confirmar se eles não sabem nada sobre nós, nada para se preocupar. — Falou Riki, já abrindo a porta. — E é claro, se eles forem decentes, podemos fazer uma aliança.

-—Quem decide as alianças sou eu... — A voz feminina saiu firme, autoritária, sem uma única dúvida.

— Claro mestra. — Falou Riki, já curvando-se diante a jovem que estava em sua cadeira mexendo em inúmeros papeis.

Eiji encarava aquela mulher que tinha a obrigação de chamar de “mestra”.

A garota usava uma regata cinza simples, uma calça cinza também. Parecia claramente aficionada por cinza. Afinal até mesmo seu longo cabelo era de cor cinza, este que descia até sua cintura.

A única coisa realmente marcante em seu corpo, fora sua pele branca e olhos azulados era a marca da guilda em seu ombro esquerdo...

A marca da Rotten Soul era uma maça, porem está maça era podre e atravessada por uma faca, exatamente em seu meio. Podia-se ver também o suco da maça escorrendo pela faca, porem esse liquido podre era extremamente similar a sangue.

Era um símbolo macabro em todos os pontos possíveis...

— Não vai me cumprimentar, Eiji? — Perguntou a garota, que finalmente havia parado de mexer em seus papeis, encarando o jovem de cabelos negros.

— Estou de volta, mestra. — Falou Eiji, curvando-se em seguida.

— Ótimo. — Falou a garota, voltando para seus papeis. — Relatório...

Eiji já estava devidamente arrumado, sentou-se em uma das cadeiras daquele escritório acompanhado de Riki.

— O conselho desistiu de enviar as equipes especiais de magos deles. — Falou Eiji. — Estão planejando mandar equipes das guildas de Fiore agora.

— Oh, é mesmo? — A mestra da Rotten Soul finalmente havia se interessado pelo assunto, assim por largar seus papeis de vez.

— Sim, planejam mandar algumas delas em torno de um mês.

— Sabe de qual guilda? — Perguntou a garota, devidamente curiosa.

— Por enquanto não. — Respondeu o jovem, claramente decepcionado.

— Tudo bem. — A jovem já havia voltado ao seus papeis. — Eu mandei um de vocês para cuidar daquela guilda, se você não se importa, é claro.

— Um dois oito? — Perguntou Eiji surpreso. — Achava necessário mesmo um de nós?

— Não se sabe, é melhor prevenir no final das contas. Ele deve voltar até o final da semana. — A garota soltou os papeis e reclinou-se em sua cadeira, soltando um bocejo logo em seguida. — Por hoje está bom. Riki, pode buscar algo para mim beber, por favor?

— Claro mestra! — O garoto levantou correndo e saiu da sala com uma rapidez tremenda.

Assim que Riki saiu da sala, Eiji soltou um longo suspiro encarando a porta por onde o garoto havia saído.

— Você trata ele que nem um capacho. — Falou Eiji, claramente tentando ser condescendente com a situação do pobre jovem.

— Riki é uma das pessoas mais importantes da Rotten Soul, não seriamos metade do que somos sem ele. — Falou a garota, já respirando fundo. — Mas agora que ele saiu, vamos falar do verdadeiro resultado de sua missão...

Eiji encarou a porta rapidamente, depois virou-se para a garota em sua frente.

— Ele parece forte, bem mais forte do que você disse.

Eiji tirava de seus bolsos inúmeras fotos...

Fotos de Naruto Uzumaki...

Havia fotos desde sua luta com Erza e Mira, sua luta com Laxus e até mesmo o incidente dentro da guilda com Natsu.

— Não se preocupe, eu posso derrota-lo — Falou a garota encarando as fotos.

Eiji respirou fundo, ser liderado por aquela mulher era complicado de mais.

— Você que sabe... Mas por enquanto, eu lhe diria para não ir, a Fairy Tail não é uma guilda fácil de lidar.

— Daremos um jeito. — Falou a garota. — Se eu conseguir todo o planejado, me tornarei invencível.

Eiji levantou-se e partiu para a porta, já havia feito toda sua parte, mas antes de sair virou em direção da garota, assim por e curvar.

— Se é o que deseja, que assim seja, Yumi-sama...

O garoto saiu da sala, indo diretamente para o salão, deixando a garota sozinha em sua sala, apenas ela e seus pensamentos.

Ela encarava a foto de Naruto vencendo Laxus, e após alguns segundos, esmagou a figura completamente.

— Se acha muito forte, não é? — Falou a garota para si mesma. — Mas tudo bem, logo não será assim, afinal, você é a minha presa, Naruto Uzumaki...