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História Uma vida numa Lembrança Perdida - Tenacidade


Escrita por: Clara-kane

Notas do Autor


Sinto muito por ter demorado tanto, é que entrei em luto, bom eu ainda estou, só que mais conformada, então eu não tinha cabeça para terminar esse capítulo até agora.
O próximo está em desenvolvimento e talvez o lance nesse mês mesmo

Capítulo 15 - Tenacidade


— Quem diria que a Higurashi-san poderia dar muito medo? — pronunciou Yuka assim que desceu a enorme escadaria do templo junto com o restante do grupo feminino.

Era um domingo de manhã e o clima estava atrativo demais para ser gastado dentro de um cômodo de quatro paredes, principalmente para as estudantes que estavam cheias de energias por ter adrenalina despertada e não gasta ainda. Então elas resolveram fazer um piquenique num parque próximo e até conseguiram a liberação de Nara com a evidente demostração que não queria que sua filha saísse de casa, por isso deu ordens bastantes restritas a ficarem apenas no parque, das meninas não sairem de perto de Kagome por nada e que levassem a gatinha junto com a desculpa de encontrar com o dono.

— Quem diria que a noite seria animada?

— O que me surpreendeu foi que ainda existe lobos no Japão e que a nossa Kagome os enfrentou por uma gatinha linda. — Eri comentou enquanto abraçou pelos ombros de Kagome — Minha brava heroína.

A mesma sorriu apenas, deste do acontecimento da madrugada a questão do jeito estranho que a mãe agira ainda martelava a sua cabeça. Ela estava super protetora, mas do que se lembrava, talvez até mais se comparasse com o irmão que saiu com os amigos antes delas. Como se tivesse algo mais e isso a deixava desconfiada, será que sua saúde era tão limitada a ponto de estar presa em casa? E se fosse, por que não lhe contou ainda? Bufou frustrada, já não bastava não se lembrar do que era, ainda tinha que esconder as coisas?

Um miado a desviou de seus devaneios fazendo Kagome sorrir antes de sentir a língua áspera passar no braço. Decidiu, enfim, tirar a suas dúvidas assim que voltassem do passeio, por enquanto estavam numa missão de recordar e devolver Kirara, algo do qual ela não queria fazer, até tinha pensado em esconder a gatinha debaixo da cama até convencer a mãe de que poderia cuidar do bichano, afinal não já tinha um gato, poderiam muito bem ficar com Kirara, ela até cuidaria se fosse preciso. 

Seus dedos passaram suavemente no pelo claro e escuro, limitando o carinho apenas a lugares onde não estava enfaixado e seu sorriso aumentou quando sentiu um ronronar de satisfação. A gatinha tinha pelo amarelado com algumas partes em preto, mas o que a achara na raridade era os olhos rubros e as duas caudas felpuda. Com cuidado, a colocou mais confortável no colo e a escondendo ainda mais nos braços.

— Kagome?

Ela se virou e viu Rin segurando um carrinho de bebê com uma mulher ruiva sorridente lhe acompanhando. Ela acenou antes de se aproximar.

— Vejo que estar aproveitando bem a sua liberdade. — Rin comentou depois de dar um abraço.

— Estou seguindo os concelhos.

— Fico feliz em saber disso. Oh, eu não sabia que você tinha um gato. — em relutância afrouxou o aperto para que Rin afagasse Kirara. — Qual é o nome dele?

— É Kirara. Não é minha, mas a encontrei quando foi atacada por lobos.

— Lobos? No Japão? — interviu a ruiva. — Acho que não, deve ter sido cachorros selvagens.

— Ou um animal maior. — respondeu Rin. — Bom, posso não ser uma veterinária, mas sou formada em medicina, se quiser...

Kagome assentiu rapidamente e procurou um lugar para que a colocasse para que Rin pudesse vê-la melhor.

— Quanto mais gente melhor, sei de um lugar perfeito. — disse Ayumi chamando as outras, era um lugar perfeito debaixo de uma macieira, mesmo lugar que faziam piquenique antigamente. 

Já debaixo da sombra, Kagome acomodou Kirara nos joelhos e ficou olhando atentamente enquanto Rin ficou na sua frente, a médica começou a desmanchar os curativos e verificar os cortes já não tão profundas como na madrugada, até possuía as cascas nas feridas. Elas soltaram um suspiro de alívio ao mesmo tempo.

— É uma gatinha de sorte, as feridas estão fechando rapidamente e não possui hematomas, sua mãe sabe o que está fazendo. Um dia ou dois, ela estará completamente curada. — fechou os curativos e se colocou ao lado da amiga ruiva. — A propósito, essa é Ayame Saito, uma velha amiga. Ayame essa é Kagome, minha ex paciente.

— Prazer em conhecê-la, Kagome-chan.

A muito deu um sorriso e curvou a cabeça levemente em reconhecimento, Ayame fez o mesmo, era uma oportunidade perfeita de estarem juntas novamente, de conversarem, embora os assuntos sejam restritas, ainda mais do que ter humanas por perto. A loba queria tanto dizer a verdade, dizer que eram grandes amigas, que ela a ajudara a conquistar o marido, ou dizer sobre seus filhos. Mas tinha que se conformar, por enquanto, até que a mãe da garota da permitisse contar a verdade ou Kagome se lembrar completamente, o que vier primeiro. Sem contar que elas estavam ali para dá mais tempo para a reunião que acontecia no templo e verificar pessoalmente como Kagome e Kirara estavam. Só esperavam que conseguissem persuadir a matriarca.

— Mama? — resmungou infantil saiu do carrinho.

Rin rapidamente pegou o pequeno que acabara de acordar, esfregava os olhos enquanto esticava o braço gordinho para ser tirado do carrinho no colo. Teve que contê-lo quando já foi puxando o decote querendo ser alimentado e pegou a mamadeira numa bolsa.

Um coro de feminino soou quando o menino de cabelo preto e liso, de olhos levemente puxado de uma cor castanha e outro de mel. Rin soltou um riso resignado, se ele já era um ímã para população feminina quando só tinha um ano e meio, já podia imaginar como seria a adolescência do garoto, talvez mais intenso se fosse comparado com os mais velhos.

— Esse é Toshi, meu caçula.

— Um pirralho extremamente mimado pelo avô e insuportável igual ao pai. 

— Ayame!

Depois de estar confortável e alimentado no colo da mãe, Toshi farejou o ar e colocou os olhos heterocromico no grupo e se fixaram na que chamava mais atenção, a gatinha dos braços de Kagome e tentou ir até ela, o que fez a mesma se afastar um pouco. Seu ato de egoísta atraiu atenção dele.

— Hime! — apontou para Kagome que logo ficou confusa.

— É verdade, — disse Eri. — como não pensamos nisso antes? Yuka-chan, sua mãe não filmou a peça que Kagome-chan se apresentou no festival?

— Não só a peça como o...

— Coral? — questionou Kagome com um pouco de receio.

— Você lembra-se de ter participado do coral, Kagome-chan?

— Hoje sonhei em ter participado de um, mas logo surgiu um oni. Sempre sonho com criaturas sobrenaturais, um grupo estranho no meio da floresta e com alguém chamada de InuYasha.

— Isso é ótimo! Ele aparece na filmagem. Pode te ajudar com suas lembranças.

— Acredito que já têm planos para seu dia e não queremos atrapalha-las. Divirtam-se — disse Rin já sentindo que era a sua deixa e colocou Toshi no carrinho e se levantou com Ayame lhe acompanhando. — As vejo por aí, e Kagome, pode me ligar a qualquer momento, não importa o que seja. — deu ênfase em suas palavras antes de se despedir.

Depois de tomar uma distância do grupo antes de olharem por cima dos ombros, elas estavam guardando as coisas para continuar com o plano. Parecia que era apenas questão de tempo e isso lhe deram esperança que logo a Kagome que conheceram estaria de volta.

— Você disse que poderia protegê-la aqui. Por que quer tira-la de mim?

— Porque, mesmo estando protegendo a propriedade, Naraku conseguiu passar por nós e entrou na sua casa. Ele esteve perto de Kagome.

Nara já imaginava isso, mas pensou que ele estivesse apenas causando confusão na propriedade, não em sua casa.

— Ficar cercada por youkais não é uma boa ideia. — disse com a voz fraca se lembrando do que conversaram no hospital. Quando os convenceram que era melhor ela estar ali. — Vocês disseram que para estar ao lado dela que se controlar por causa da joia, na mesma casa ela não estará segura.

— Nunca machucaria Kagome.

— Já fez isso, moleque. — lembrou o velho que agora estava cara a cara ao albino, que não reparara as orelhas caírem no couro cabeludo. — E achando que estar com vocês ela estaria mais protegida? Acho que não. Posso proteger a minha neta.

— Suas sutra não funcionam, e caso funcionassem, a manteria presa em casa? O que diriam para ela?

— Ela tem que aprender a sobreviver. 

— Deste que ela caiu no poço, ela teve que aprender a sobreviver, a sua vida ficou em perigo constante e olha o que aconteceu! Podemos protegê-la aqui.

— Por favor, Yuri-san. — interviu Nara já com o nível de estresse tomando conta do corpo, precisava colocar tudo em ordem para poder agir sabiamente. Sequer havia descansado depois do ocorrido na madrugada. — Pensarei na sua proposta, InuYasha. Mas, por enquanto, ela estará morando na minha casa.

— Vou colocar mais selos na casa, agora ela vai estar segura.

— Isso não vai protegê-la, sabe disso. Tem como proteger toda a sua família, principalmente, a Kagome. — InuYasha direcionou suas palavras para Nara, já que o velho saiu para encher a casa com seus encantos.

Ele sabia que estava sendo horrível de sua parte jogar essa verdade assim e se arrependeu imediatamente assim que suas palavras soaram, mas se tratava da segurança de sua família, da vida de sua filha. Estava apelando para o lado materno, afinal, uma mãe faria qualquer coisa pelos filhos.

A deixou sozinha com seus debates internos e foi para onde Shippou que estava escondido entre as árvores, já imaginando que ele escutou a breve discussão. A raposa não falou nada, apenas mostrou a mensagem que recebeu de Ayame, sobre Kirara estar se recuperando bem. Assentiu, pelos menos uma notícia boa no meio de tanto tensão.

Voltaram a olhar para o templo atentamente enquanto os poucos visitantes começaram a chegar. Se sentia incapaz e frustrado em todos os sentidos, parecia que tudo estava indo contra ele. Só para piorar seu dia, sentiu Sesshoumaru se aproximar do templo junto com Anko.

— É sério, Kagome-chan. Eu te amo, mas todas às vezes que venho visitá-la, me pergunto se vale a pena.

Kagome apenas riu da tentativa de Eri em distrai-la de sua ansiedade de ver a fita ao subirem a enorme escadaria. Assim que acharam a tal fita, decidiram ver na sua casa e já era horrível considerando o tempo deste que soube até o momento de pegar a tal filmagem e levar para o templo. Estava super ansiosa para ver como era, ter um pouco de mais de lembrança e acima de tudo, ver se o InuYasha de seu sonho era o mesmo amigo que a ajudara, ele era algo fora da sua bolha de família e amigos. Se o encontrasse, ele poderia lhe dar um caminho igual o que as meninas estavam tentando.

Por enquanto, se contentaria em ver se era real.

— Cheguei! — gritou Kagome assim que passou pela porta e correu pra a sala ignorando avaliação de Nara que saiu da cozinha para recebê-la.

Colocou Kirara no máximo de delicadeza que podia no sofá e foi direto para televisão e o aparelho cassete os ligando. Yuka foi até Kagome e lhe deu a fita, então a canção começou a sair da televisão atraído atenção de todos. Principalmente de Kagome.

— O que está acontecendo? — perguntou Nara.

— É melhor trazer a pipoca e os refrigerantes, hoje temos cinema caseiro, Higurashi-san. Vamos ter tirar muitas dúvidas. — respondeu Yuka enquanto puxava uma Kagome vidrada para o sofá.

Quando notou que o mais Toshi havia caído no sono ela fechou o livro já surrado de tanto ser lido, era o mesmo que Kagome levara ao passado para contar uma história para ela e Shippou quando começaram a viajar juntos. Sua enorme mochila amarelada ainda estava com ela, a mesma tinha guardado na esperança de poder entraga-la assim que possível.

Cobriu o pequeno e deu um beijo no couro cabeludo antes de começar a velar o seu sono. Rin resolveu tirar alguns dias de folga assim que Kagome saiu do hospital, para ter algum tempo com os filhos, o caçula adorou a idéia por ficar agarrado a ela o dia inteiro, os mais velhos simplesmente ficaram pouco tempo com ela colocando os assuntos em dias antes de ir aos seus empregos ou escola. Apenas não viu Anko, o primogênito, ele estava de tocaia com InuYasha.

Sem notar soltou um suspiro resignado, faziam dias que não via o marido, apenas se falavam por ligação e sentia muita falta dele. Foi ele quem mencionou o movimento de Naraku no templo e ao ferimento de Kirara, num pedido não explícito que visse como a gatinha estava quando disse que Kagome foi fazer um piquenique com as amigas naquela manhã. Ela não pensou duas vezes, felizmente encontrou Ayame no meio do caminho e foram juntas. Já que a youkai estava de vigia.

Deu um solavanco em surpresa assim que um par de braços fechar em sua cintura, mas logo se aconchegou ao aperto firme quando o reconheceu diminuindo rapidamente o sentimento anterior. Odiava quando ele a pegava desprevenida, mas ele a compensava em poucos segundos.

— Como foi com a mãe de Kagome? — sussurrou Rin.

— Ela praticamente recusou. Não parece, mas ela é tão cabeça dura quanto a filha. — resmungou enquanto se aconchegava ainda mais, sentido o perfume natural misturado com o shampoo suave. — Como estar Kirara?

— Se recuperando rapidamente. Os ferimentos já estão se fechando.

— Senti sua falta. — o hálito quente roçou no pescoço de um jeito que a fez tremer, as borboletas que imaginara que iriam sumir após séculos de casados estavam lá no seu estômago só para aumentar a ansiedade do que estava por vim. Se querer soltou um gemido e então sentiu ele sorrir na sua pele.

— Também senti. — se virou entre seus braços para olha-lo melhor, para sentir o máximo possível do seu corpo quente.

 Deixou seus instintos lhe guiar ao acariciar a mandíbula com o nariz antes de beliscar a pele com os lábios, só o leve toque já provocou um baixo rosnado prazeroso, um dos pontos fracos que aprendeu a explorar.

Com movimento rápido, ela pegou seus lábios com os próprios. Foi leve tocar que se transformou em selvagem e urgente por ambos, enquanto ele fechava ainda mais seus braços para manter o corpos unidos, mas nunca com força o suficiente para quebra-la, algo que InuYasha sempre teve que ter cuidado, não se entregar completamente aos instintos, podia ama-la, mas com segurança. Mesmo ela demonstrando que o queria por inteiro, ficando seu lado nos piores momentos, como iria acontecer em alguns dias.

Era nisso que o fazia duvidar da própria sorte, tê-la consigo era uma dádiva. Sesshoumaru a salvou e a moldou de uma maneira que estivesse pronta para ele, embora ele fizera isso sem perceber. Quanto a ele, Kagome fizera esse trabalho, InuYasha nunca foi feliz com o que era, todos os julgavam sem o conhecer realmente, quando era uma criança o afastava com palavras duras e após a morte de sua mãe, começaram a ser mais violentos com paus e pedras, o excluído a ponto de se esconder na floresta e nem mesmo se exilando na floresta ele sentiu paz, os youkais o atacavam e por continuar vivo foi por pura determinação, para mostrar que tinha algum valor. Ele queria mostrar a todos que era capaz. E foi isso que Kagome fez, o incentivava, lutava por ele e o amou, ela mostrou de só ser ele era o suficiente. 

Claro que ele não sabia o que era ter um lar, pertencer a algum lugar depois que a deixou no presente e voltou a sentir solidão. Aos poucos foi seguindo em frente, até um objetivo surgir novamente, mas ainda sentia que faltava algo até que finalmente deixou a idéia surgir e se enraizar com várias dúvidas do qual só foi respondidas ao passar a semana no castelo. Estar juntos era mais do que o certo.

O som de desagrado e nojo os tirou de seu momento da qual ele presenciou Rin revirar os olhos para o intruso. Uma adolescente que era uma cópia exata de Rin, só com o gênio de InuYasha.

— Tem mesmo que fazer isso no quarto de Toshi?

— Como acha que foi feita, Suyin? — InuYasha rebateu.

Rin riu da provocação com a filha adolescente que ficou vermelha instantâneamente antes de ficar emburrada, ela já tinha passado por essa situação várias vezes e não cansava de ver como era engraçado deixar os filhos envergonhados. Afinal era o papel de qualquer pai e mãe envergonhar os filhos, eles faziam isso muito bem e com bastante orgulho. Suyin passou por eles e pegou uma bolsa qualquer e foi enchendo com coisas básicas para sair, antes de ir até o caçula e tira-lo do berço.

— Onde a mocinha pensa que vai com Toshi?

— Para o apartamento do vô. Quero que a inocência de Toshi seja preservada já que vocês acabaram com a minha. O tio Chikara logo chegará.

— Sabe o que isso significa? — InuYasha provocou de novo, agora puxando Rin novamente para ser presa nos braços.

— Por favor, não quero mais um irmão. Cansei de trocar fraudas.

— Não prometo nada. — disse InuYasha pegando Rin no colo e a levando para o quarto.

Suyin não pensou duas vezes em se afastar do corredor e esperar do lado de fora, preferia estar longe quando o aroma de luxúria surgisse novamente.



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