Já estavam no trem novamente, prontos para voltarem a Tokyo. Otoya ligou para Cecil, que não demorou a atender, chamando os meninos para verem os pais.
– Oi, papai!! - Akira pulou no colo de Cecil, vendo Otoya.
– Oi! - Hayato apareceu também.
Otoya sorriu e Tokiya se aproximou. – Já estamos no trem, então logo estaremos aí~
– E aí nós vamos pro lugar onde o papai cresceu? - Hayato perguntou.
– Isso~ - Otoya sorriu.
– Foi perigoso como vocês disseram?? - Akira parecia muito animado.
– Bom… Mais ou menos, mas nós conseguimos~- Tokiya sorriu.
– Woah! Vocês são como super-heróis!!
– Ah, não é para tanto… - Otoya riu nasalmente.
– Shh! - Cecil interrompeu. – Vocês são super-heróis pra eles.
– Bom, de qualquer modo, compramos um presentinho para vocês. - Tokiya comentou.
– Eba!! - eles comemoraram.
– Chegaremos em algumas horas, então, vão arrumando a destruição que fizeram aí. - Tokiya riu, imaginando a atual situação da casa do cunhado.
– Ok! - eles responderam, correndo do colo de Cecil.
– Eles aprontaram tanto assim? - Tokiya perguntou.
– Botamos fogo em meia vizinhança. - Cecil riu ao ver a expressão de Tokiya mudar para desespero. – Brincadeira, brincadeira! Calma!
– Você dá muita liberdade a eles…
– Eu sou tio e padrinho deles, o que você esperava? Alguém tem que cumprir o papel de avô e avó também. Eu sou quatro em um. - sorriu orgulhoso. – Minha função é estragar eles~
– Ah… - Tokiya riu. – Você nunca mais vai ficar com eles.
– Eh?? Como ass… - Tokiya desligou no meio do desespero do moreno e olhou para Otoya, que estava em silêncio há um tempo.
– O que foi? - parecia que Otoya choraria a qualquer momento.
– É que… - o ruivo respondeu. – Eu nunca pensei que pudesse ser o “super-herói” de alguém… E… eu estou muito feliz…! - ele começou a chorar.
Tokiya riu, abraçando-o. – Foi exatamente assim que me senti quando eles começaram a me chamar de “papai”. Mas, sabe… você não é o herói apenas deles. É meu herói também.
– Como assim…?
– Você me tirou do poço que pensei não ter fundo e nem saída. Graças a você eu consegui vir aqui hoje e deixar uma parte de meu passado para trás. Se não fosse por você, eu nunca teria feito isso. E mais! Você me deu boas lembranças em um lugar que só me causava tristeza! E eu sei que, enquanto eu estiver com você, eu poderei fazer qualquer coisa e ir para qualquer lugar.
As lágrimas do ruivo se intensificaram e escondeu a cabeça no ombro de Tokiya, fazendo este rir.
Depois de algumas horas de viagem, finalmente chegaram a Tokyo. Pegaram um táxi até a casa de Cecil e entraram sem bater, vendo os gêmeos correndo atrás de Cecil, mas quando viram os pais, correram até eles, abraçando suas pernas.
– Também sentimos saudades~ - Tokiya riu, pegando Akira no colo.
– Muitas saudades! - e Otoya pegou Hayato.
– Nós também! - eles responderam.
– Eu também… - Cecil disse, em tom zombeteiro, fazendo os outros rirem.
– E agora a gente vai pra onde o papai Otoya cresceu?? - Akira perguntou.
– Assim que seu irmão melhorar um pouco mais, ok? - Tokiya respondeu. – Ele vai continuar visitando aquela tia que conversa com ele e quando ele conseguir ficar bem com um monte de gente, aí a gente vai, tudo bem?
– Haya, dê o seu melhor! - Akira pegou a mãozinha do irmão. – Aí a gente vai viajar!
– Vou tentar…
– Você vai conseguir! Porque você é o meu maninho!
– Eu vou conseguir…
– Isso! - Akira sorriu.
-x-
À noite, após colocarem os meninos na cama, Tokiya e Otoya desceram para a sala e assistiram a um filme.
Depois de se arrumarem para dormir, Tokiya decidiu pedir ajuda e moveram sua cama para o quarto de Otoya, juntando-a à cama do ruivo.
– Boa noite… - Tokiya cochichou no ouvido dele.
– Boa noite… - Otoya respondeu, aninhando-se ao peito do mais velho.
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