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História Unbreakable - .primeiro dia.


Escrita por: LovePizzaS2

Notas do Autor


Olá!💜

Essa é minha primeira fanfic de THE UMBRELLA ACADEMY, e sou apaixonada por essa série! E por mais que isso seja loucura, eu amo e shippo demais esses dois!
Realmente acredito que havia um sentimento entre eles antes de tudo que aconteceu (se o Aidan diz, quem sou eu pra discordar)
Espero que existam mais loucos como eu que gostem desse shipp e que estejam dispostos a ler esses 10 capítulos❤

Boa leitura💖

Capítulo 1 - .primeiro dia.


Fanfic / Fanfiction Unbreakable - .primeiro dia.

As missões o deixavam mal humorado.

Dias como aquele costumavam deixar o Número Cinco impossível de lidar, o próprio Sir Reginald dizia e sabia disso. Nem mesmo ele provocava o garoto, odiava insubordinação e malcriação mais do que tudo, porém, reconhecia que Cinco tinha um temperamento "único".

Bufando e batendo os pés, com as mãos enfiadas nos bolsos ele subiu as escadas, pretendendo tomar um banho mais lono que o habitual e apenas se jogar na cama e dizer adeus ao mundo por agumas horas.

Allison e Luther passaram por ele ignorando a ira que ele parecia irradiar e lançar sobre cada ser vivo que cruzasse seu caminho.

Os dois apenas olharam com o canto dos olhos antes de acelerarem o passo e sumirem escadaria acima. 

Ele finalmente chegou ao segundo andar, e pretendia se esgueirar até o banheiro sem cruzar com mais ninguém, mas seus planos foram interrompidos.

Ele ergueu a cabeça e viu a criatura pequena escondida atrás de uma pilha de livros que apenas deixava seus olhos a vista. Ela olhava com dificuldade sobre os livros, com a franja pinicando os olhos.

Ao avistar Cinco, coberto de sangue e com aquela careta que assustaria qualquer criancinha, resolveu que não era uma boa hora para dizer "Boa noite! Como foi a missão?".

Assim que a viu, Cinco sentiu toda a raiva basicamente se extinguir de seu sistema. Era quase cômico a forma como ela parecia estar carregando toneladas, quando na verdade não passavam de alguns livros.

Naquele instante, ele se esqueceu da missão. Esqueceu que haviam servido panquecas odiosas no café da manhã, esqueceu que Klaus havia usado duas de suas gravatas para pular corda e esqueceu que estava coberto de sangue.

Foi como mágica.

Talvez aquela curiosa criatura que ninguém na casa parecia se importar ou notar, tivesse algum poder de acabar com a raiva das pessoas pelo simples fato de ser tão doce e calada.

Ele apenas parou no corredor e esperou ela se aproximar. 

Vanya ficou tensa ao notar que Cinco não havia marchado com raiva até o quarto, mas estava ali no caminho. Ela piscou algumas vezes e sentiu o peso dos livros aumentar.

– Boa noite, Vanya – disse Cinco. Para muitos aquilo poderia ter sido um boa noite qualquer, mas para ela que o conhecia, sabia que era quase milagroso.

– Bo-boa noite – ela disse com dificuldade. Cinco observou ela passar por ele e acompanhou com os olhos ela caminhar na direção das escadas.

Olhou na direção do banheiro e deu de ombros. Ele podia adiar seu banho. Ficaria com raiva do mundo mais tarde, mas no momento impedir que Vanya sofresse algum acidente fatal naquelas escadas era mais importante. Ossos do ofício ser herói.

– Vanya, espera – ele disse ao se virar. Ela parou, próxima aos degraus. Cinco se aproximou e agarrou uma boa parte dos livros, deixando apenas quatro nas mãos dela e se encarregando dos demais – Pra biblioteca? 

Ela afirmou com a cabeça.

– Não precisava me ajudar – disse ela enquanto desciam os degraus – Eu podia levar sozinha. 

– Também podia cair nas escadas e quebrar o pescoço – ele disse.

– Cinco, que horror! – ela abriu a boca e ele apenas riu. Cinco riu. Isso assustou mais a garota do que aquela suposição sobre ela e as escadas. Cinco estava soltando fogo pelas ventas desde que acordara naquela manhã, e mesmo assim ali estava ele fazendo brincadeiras.

– Por isso estou ajudando – disse ele quando chegaram ao primeiro andar. Passaram por Ben e Klaus que os olharam com curiosidade e talvez espanto, mas Cinco ignorou. Será mesmo que todos tinham medo dele quando estava de mal humor?

 Pensei que estivesse zangado hoje – disse Vanya. Sem receio algum, apenas uma observação inocente. Cinco a olhou. Aparentemente Vanya não tinha medo dele.

Não, claro que não tinha.

Vanya era a única naquela casa que fazia aquele lugar parecer menos assombroso e mórbido. A garota parecia irradiar cor, perfume e música. Ela não temia ele e jamais temeria. Talvez fosse isso que fizesse Cinco ser tão curioso em relação à ela.

– Eu estou – disse Cinco assim que passaram pela porta da biblioteca. Vanya revirou os olhos e colocou os livros sobre a mesa. Ele fez o mesmo e ela começou a guardá-los na estante.

– Se está de mal humor, porque está falando comigo? – ela perguntou.

– Eu só evitei que o pai te encontrasse morta na ponta das escadarias – disse ele analisando a pilha de livros. Um livro sobre espécies de flores, um sobre animais – Falar com você é só um efeito colateral.

Vanya tomou um livro das mãos dele na tentativa de demonstrar irritação diante do sarcasmo dele, mas apenas resultou em Cinco sorrindo satisfeito por ter conseguido provocá-la.

Ele puxou mais um livro da pilha. Involuntariamente seu estômago revirou e ele fez uma careta para o que tinha nas mãos.

Romeu e Julieta? – ele disse quase com repulsa – Sério que gasta seu tempo livre com isso?

Ela se virou e cruzou os braços. 

– É um ótimo livro – ela se defendeu.

– Vanya, isso é tão meloso que me admira que não tenha adquirido diabetes lendo essa coisa – ele disse.

– Você nunca leu pra falar dele – Vanya tomou o livro para si e Cinco encarou seu olhar de desafio. 

Se tinha algo que todos estavam muito cientes sobre ele, é que a arrogância de Cinco jamais seria abalada por nada. Ele amava demonstrar que estava certo. Nem mesmo a morte seria capaz de calar seu instinto de superioridade. Klaus dizia que quando morresse, Cinco conseguiria convencer todos no além de que sua morte foi a mais épica de todas.

Deu um passo a frente se aproximando mais dela e olhou nos olhos castanhos da garota.

– Surge formoso sol, e mata a lua cheia de inveja – citou ele com paixão, e Vanya entreabriu os lábios diante da forma como ele declamava tão perfeitamente – Que se encontra pálida e doente de tristeza, por ter visto que és mais formosa que ela.

Quando terminou, Cinco sentiu que todas as palavras que conhecia haviam desaparecido, sua mente era um vazio e seu coração uma máquina veloz. 

Vanya permanecia em silêncio o observando. Cinco a encarou até as bochechas da garota assumirem um tom quase vermelho como de um tomate, o que foi para ele como um alerta de perigo.

– Eu li esse monte de baboseira – disse ele desviando o olhar. 

– Pra mim ainda é uma ótima história – disse ela sem piscar.

– Vou precisar te mostrar o que é literatura de verdade – ele conseguiu abrir um sorriso nervoso. Só então Vanya conseguiu olhar para ele por completo.

Estava sem a máscara. Suas roupas repletas de manchas de sangue e seu rosto também. Ele percebeu o olhar da garota nos respingos em seu pescoço e abaixou a cabeça.

Ela estava vendo o assassino que ele era.

Ele nunca se importou que ninguém o visse assim. Odiava matar, mais que tudo. Tirar vidas era algo que o atormentaria para sempre, os olhares de suas vítimas.

Mas isso era algo que ele deveria carregar sozinho, por isso não importava que os outros o vissem dessa forma. Mas estranhamente não gostava de ser visto assim por ela.

Vanya era diferente. Era como uma única flor em meio à um campo de guerra, e Cinco se sentia um soldado moribundo e desesperançoso, que se agarrava com todas as forças àquela única parcela de beleza e paz.

E não queria que ela fosse afeta pela guerra.

– Eu vou subir agora – ele disse frio e se virou. Mas Vanya agarrou a mão dele. A mão cheia de sujeira e sangue seco, áspera pelos treinos e pelas lutas.

– Espera – disse ela. Cinco jamais esqueceria a sensação de ter a mão dela na sua. Os dedos calejados pelas cordas do violino, a palma macia e delicada.

Cinco se virou e manteve a mão segurando a dela, apertando mais.

– Eu não te vejo como um assassino – disse ela parecendo ler os pensamentos dele. Cinco pela primeira vez na vida não tinha piadinhas, sarcasmo ou como retrucar.

– E como você me vê? – ele perguntou. A voz falhou por alguns instantes. Ela abriu um sorriso que brilhava mais que todas as luzes de Natal do mundo, os dentes tortos, as covinhas. Era de tirar o fôlego.

Como um amigo – ela disse. 

Cinco ficou com a mesma cara que ficava antes de gritar furioso, e por alguns segundos ela temeu, mas então ele abriu um sorriso, quase tímido.

E por dentro ele sentia como se algo estivesse quebrando uma parede. Uma parede grossa e endurecida.

Vanya completou ficando na ponta dos pés e depositando um beijo quase relâmpago na bochecha dele. Cinco pareceu se assustar com o ato, mas ela apenas se virou e voltou a tarefa de guardar os livros.

Ele suspirou e olhou para ela por mais um tempinho antes de sair da biblioteca quase as pressas, enquanto um sorriso se alargava de orelha a orelha.

Parou e olhou para trás. Lá estava ela, encarando a capa de Romeu e Julieta, com uma careta de quem estava decidindo se Cinco tinha razão ou era apenas amargurado demais.

Por fim Vanya deu de ombros com um beicinho e o colocou de volta na estante. Ela olhou na direção da porta da biblioteca e quando os olhos dela encontraram Cinco, ele se virou velozmente e sumiu, reaparecendo no próprio quarto, sério  e pensativo.

E foi quando aquela pergunta insana e difícil surgiu dentro dele. Não apenas um devaneio, mas um mistério que se cravou em sua alma, implorando para ser desvendado:

Porque Vanya mexia com ele como ninguém mais podia?


Notas Finais


Espero que tenham gostado❤
Ansiosos pro próximo capítulo?


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