— Papai, cheguei! — Eu disse assim que entrei em casa, deixei a mochila sobre o sofá e olhei em volta vendo que a sala estava um pouco escura, apenas um abajur e a luz da Lua iluminando o cômodo. Peguei o meu celular do bolso e vi algumas mensagens. Uma de papai, duas de Louis e uma de um número desconhecido.
Me sentei no sofá e abri as mensagens, lendo primeiro a de Louis.
Louis:
POR QUE VOCÊ SÓ FICA AFK? JOGAR, EU NECESSITO!
Louis:
Neeeeeeeeeeeil!!!!!!!1
Ri e levantei do sofá, subi correndo as escadas, entrei no meu quarto e fui até o notebook, liguei e sentei na cadeira esperando todo um processo para chegar até a página inicial, ao chegar, uma foto minha e de papai preencheu a tela, me fazendo sorrir. Abri o jogo rapidamente e fiquei online vendo que Louis também estava, logo o mandei uma mensagem.
Freddiethequeen: LOUISSSSSSS!
Sotommonocu: NEEEEEEEIL!
Freddiethequeen: A RAINHA CHEGOU!
Sotommonocu: VAMOS JOGAR! Cara, você não sabe o quanto estou aliviado de ter você pra jogar comigo, convidei o Payne e aquele traidor fofinho awwwn, disse que ia sair com o Barman. Mais alguém enjoado?
Freddiethequeen: Eu diria que isso é falta de sexo, mas acho que isso não é problema para você
Freddiethequeen: Não é?
Freddiethequeen: Louis?
Freddiethequeen: EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ E O HARRY AINDA NÃO TRANSARAM!
Sotommonocu: Niall, acabei de ler em um site que te ignorar faz bem pra pele, com licença.
Ri alto vendo que Louis ficou Afk, levantei da cadeira e deitei na cama, lendo a mensagem de papai.
Daddy:
Preciso falar com você e te mostrar algo, estou indo para casa, espero que esteja lá. X
Estranhei, mas apenas passei para a mensagem do número desconhecido, lendo-a em seguida.
Número desconhecido:
Tenho um ótimo presente de aniversário para você, darling. Grace
Revirei os olhos e joguei o celular de lado, levantei da cama e fui tomar um banho demorado, logo saí e vesti uma roupa confortável, saí do quarto e fui para a sala vendo que estava tudo do mesmo jeito de antes, tirando a parte que minha mochila não estava mais no sofá. Pensei que Carter tivesse pegado e levado para algum lugar enquanto resmungava e dizia o quanto sou bagunceiro, mas logo lembrei que hoje era sexta-feira e nas sextas Carter vai visitar a mãe que mora nos EUA.
Corri até a cozinha e peguei uma frigideira, andei lentamente até a sala quando de repente alguém tocou meu ombro, virei rapidamente e acertei a frigideira na pessoa que soltou um gemido de dor. Alguém acendeu a luz e logo vi que havia sido Jared e que eu havia acertado a frigideira na cabeça de Misha.
— Misha! — Eu disse e o ajudei a sentar enquanto o mesmo massageava uma parte da cabeça. — Traz um saco com gelo, Jared!
Imediatamente Jared correu até a cozinha e voltou logo em seguida com o saco, entreguei para Misha que pôs na cabeça e fechou os olhos, mancada Niall.
Logo papai chegou e viu aquela cena, fez uma expressão confusa e risonha, como quem quisesse rir e questionar ao mesmo tempo. Ele não disse nada e por isso eu também não disse nada e logo Jared e Misha também não, ele apenas me chamou com a mão e indicou a escada, logo subindo a mesma.
— Com licença e… Misha, desculpe. — Eu disse e Misha sorriu fraco, corri até a escada e fui atrás de papai, era incrível a facilidade com que eu o seguiria para qualquer lugar. Ele entrou em seu quarto e eu fiz o mesmo, trancando a porta. Fui até ele e tirei sua gravata, logo beijando seu pescoço.
— Niall... — Papai tentou me afastar, mas eu insisti. — Niall, pare.
— Eu senti sua falta, daddy. — Murmurei e tentei o beijar.
— Eu disse para parar! — Ele disse com o tom de voz elevado e me empurrou de leve, o olhei meio magoado e ele suspirou, sentando na cama. — Desculpe, filho.
Ele havia me chamado de filho, estranhei novamente e me sentei ao seu lado, o olhando, tentando decifrá-lo a todo custo, mas ele era impenetrável, era incrível a forma como eu o conhecia, mas não sabia nada sobre ele.
— Daddy? Aconteceu algo? — Questionei. — Você quer parar?
Ele ficou um tempo em silêncio, o que me fez pensar que ele realmente queria parar com aquilo, logo ele pegou o notebook e começou a digitar algo, parei de olhá-lo e senti algo estranho, é isso que você sente quando está perdendo alguém?
Mas logo sua voz preencheu o cômodo, junto com o som do teclado.
— Eu não quero parar, eu amo você e você sabe como. Eu recebi uma mensagem e estou preocupado com ela, princesa. — Ele disse e virou a tela do notebook para mim.
Pude ler perfeitamente a mensagem, arregalei os olhos e o olhei.
— Você acha que… Alguém sabe sobre nós e vai tentar nos chantagear ou… Pior? — Tornei a questionar e ele assentiu. — Não pode ser.
— Tudo bem, sabe por que? — Ele me abraçou e beijou meus cabelos. — Porque mesmo que o mundo tente arruinar o nosso “felizes para sempre”, nós sempre tentaremos reescrever o final até que ele seja feliz… Para sempre. Ou melhor, para sempre e mais um dia.
Sorri, acreditando fielmente em suas palavras.
****
Harry P.O.V
Entrei no quarto de Louis pela janela e o vi jogando no videogame, caminhei lentamente até ele e toquei em seu ombro, o assustando.
— Filho de um Voldemort! — Louis gritou e se levantou, me abraçando. — Não me assusta assim se não eu perco um rim, um pancrêas, um coração...
— O coração você já perdeu para mim. — Eu disse.
— Não sabia que você era do mercado negro, Harry. Quanto estão os fígados? — Louis questionou sorrindo.
— Bem, depende, os de bêbados estão trezentas libras e os normais estão de quinhentas libras.— Respondi olhando para cima, como se estivesse tentando lembrar.
— Hum, é mesmo? Mas eu tenho certeza que você vai fazer por um preço especial para o seu namorado, não é? — ele beijou meu pescoço causando uma sensação ótima e fazendo meus pelos se eriçarem, comecei a pensar coisas inapropiadas, mas logo balancei a cabeça para afastar aqueles pensamentos.
— Claro. Eles são todos seus… Por um preço especial. — Sorri.
— Qual? — Louis sorriu.
— Sua virgindade. — O olhei.
Ele pareceu processar a frase e logo entreabriu a boca, tentando dizer algo, eu iria dizer algo, mas ele foi mais rápido.
— Quem disse que eu sou virgem? — Ele disse.
— O QUÊ?! — Gritei, sério, pra valer, gritei mesmo. Gritei tanto que devo ter acordado o pessoal da Síria.
— É isso mesmo. Agora dá o fora que eu preciso finalizar uma partida de um jogo muito importante! — Ele me empurrou até a sacada.
— Mas...
Tentei dizer algo, mas ele fechou a janela na minha cara e logo fechou as cortinas. Fiquei lá, com uma expressão de nada, tentando entender o que diabos tinha acontecido, do lado de fora do quarto de Louis, do cara por quem eu estava deveras apaixonado, pensando o que de pior poderia acontecer, então começou a chover.
— Ok, vida. Você se superou. — Desci da sacada e fui para casa dormir, era melhor.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.