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História Under the cherry blossom tree - III. First flower


Escrita por: seexsaw

Notas do Autor


oLÁ, meus docinhos de coco! Espero que estejam tendo/tenham um bom dia.
Mais um sábado, mais uma atualização fresquinha e cheirosa para vocês como combinado, certo?
Como não posso prolongar muito aqui pq estou em pleno batente as oito horas da manhã de um pleno sábado, vou começar agradecendo pelos 30 favoritos e todos os 3 comentários. Sério, vocês não sabem o quanto isso significa pra mim, principalmente nessa história, nesse meu plot suado. Espero não desapontar vocês com o enredo e é isso. Vou deixar vocês lerem pq esse capítulo está... Intrigante

Boa leitura, meus amores!

Vejo vocês nas notas finais <3

Capítulo 3 - III. First flower


Os raios solares somados ao leve cantar dos pássaros e a sensação fria e arrepiante do contato de minhas vestes molhadas contra a minha pele acordaram-me naquela manhã. Entreabri os meus olhos cobrindo a luz direta que vinha em direção a eles com meu antebraço e levantei o meu rosto da grama, sentindo-o um tanto quanto sujo de lama e folhas secas.

Sorri quando aquele cheiro quase refrescante das flores de cerejeira atingiu-me as narinas. Era sempre assim depois de uma boa chuva e eu adorava aquele cheiro de terra molhada, somado ao de todas aquelas plantas perfumadas encontrando na tempestade quase que uma renovação, seja do seu cheiro ou coloração. Tudo ficava mais vivo.

—Eu amo o amanhecer seguinte às chuvas de primavera. —ouvi uma voz deveras melodiosa confessar.

Deixei com que um sorriso tímido nascesse em meu rosto ao passo em que esfregava os meus próprios olhos a fim de acordar totalmente e sair daquele estado grogue de sono. Ainda bem que era fim de semana, provavelmente eu estaria bastante atrasado pras aulas.

—Eu também amo. —respondi em meio aos bocejos. Sentei-me recostado na árvore e larguei meus braços ao lado do meu corpo.

Foi preciso alguns segundos de raciocínio para que eu entendesse o que estava acontecendo ali. Arregalei os olhos. Quem porras tinha conversado comigo? Sentindo o meu corpo arrepiar-se todo, dessa vez não sendo por causa do frio, olhei de soslaio com um medo extremo do que iria encontrar.

Virei o rosto em direção à voz. Senti meus olhos duplicarem ainda mais de tamanho, tentando controlar o meu corpo trêmulo para que eu não saísse correndo dali logo após. Não era possível! Não era!

Com seus cabelos róseos jogados desajeitados contra sua sobrancelha, as sardas tímidas lhe adornando as maçãs do rosto e o nariz, olhos castanhos escuros que me encaravam com certo conforto e encantamento... Lá estava o rapaz dos meus sonhos sentado quietinho ao meu lado com as pernas em posição de lótus. E ele tinha dois benditos galhinhos pequenos na cabeça que se assemelhavam a chifres, chifres cheios de flores pequenas de cerejeira crescendo em seus ramos! Eu estava sonhando? Tendo uma alucinação devido à febre consequente de ter passado uma noite inteira do lado de fora em meio à chuva?

—Você... —tentei dizer alguma coisa, mas tudo o que saíra da minha boca fora murmúrios incompreensíveis. Passei a esfregar os meus olhos por mais uma vez tentando acordar daquele sonho deveras estranho e a piscar continuamente sentindo meu coração disparar ao perceber que o rapaz ainda estava ali, ao meu lado, encarando tudo com certa... Confusão? Sou eu quem deveria estar confuso, ele era...

O rosado fizera menção de dizer algo, mas tudo o que eu consegui fazer foi afastar-me gradativamente, chutando a grama com meus pés e tateando o chão atrás de mim para que eu me levantasse e fosse correndo pra dentro de casa só para checar uma coisa. Eu precisava ter certeza de algo.

O olhar do garoto seguiu-me quando eu levantei, encarando-me de forma quase medonha e eu corri antes que a falta de ar que eu sentia se alastrasse mais, impedindo-me de fazer qualquer coisa.

Abri a porta de supetão e joguei-me pra dentro do cômodo onde ontem à noite eu havia deixado todos os meus desenhos. Encontrei o meu caderno e minha pasta jogados ao chão junto aos meus headphones da mesma maneira que tinha deixado e peguei exatamente o que me interessava, voltando ao jardim logo após a passos vacilantes e cambaleantes. Eu me encontrava extremamente desnorteado, enjoado de surpresa. O rapaz ainda estava lá, dessa vez ajoelhado e sentado contra suas próprias pernas enquanto me esperava.

Aproximei-me com cautela da cerejeira e sentei-me calmamente em frente ao garoto que me encarava curioso. Engoli em seco e abri a minha pasta rapidamente tirando dela alguns dos meus desenhos esboçados. Com minhas mãos trêmulas aproximei o meu desenho do rosto do rapaz, sentindo-me empalidecer ao constatar que era realmente ele.

Os detalhes das feições bonitas sendo errôneas em meus desenhos, obviamente, mas vendo-o ali eu tinha a constatação. Era o mesmo garoto, o que eu visualizava todos os dias desde meus sete anos. As mesmas madeixas, as mesmas sardinhas, a mesma pintinha no canto da boca... Ele era lindo.

Abaixei inconscientemente o desenho em minhas mãos, apoiando-o em minhas coxas. Ainda estava tentando processar aquilo tudo e entender quem era aquele garoto e como ele tinha chegado ali. Como ele era real? O que ele era?

Dei uma última checada no desenho, sanando as dúvidas que eu já não tinha, e voltei o meu olhar para o rosado novamente encantado com os galhinhos peculiares em sua cabeça.

—Esse é... —comecei a dizer, mas fui interrompido pela ação abrupta, mas delicada do rapaz em retirar o desenho de minhas mãos para observá-lo.

—Sou eu! —ele dissera sorrindo abertamente enquanto observava o desenho com calma, acariciando-o com as pontas de seus dedos. —Sempre te vi desenhando pelos cantos, mas nunca pensei que me desenhasse. São dos seus sonhos, certo? Eu não aguentava mais te mandar sinais, você sempre fazia seu pedido nos dias errados. Finalmente você me libertou!

Fiquei alguns segundos a mais do que devia encarando maravilhado o garoto e meneei logo a cabeça por isso, em desaprovação. Franzi o cenho em confusão.

—Te libertei? —indaguei exasperado. Eu não conseguia parar de olhar pra ele. —Quero dizer... O que é você? O que faz aqui?

O rapaz sorriu diplomático enchendo os pulmões de ar como se a partir daquele momento uma história que só ele sabia da existência fosse ser contada. Sua postura era quase pretensiosa, sábia.

—Lenda de Sakura. Nunca ouviu falar? —questionou e tudo o que eu consegui fazer em meio ao choque foi negar com a cabeça. —Eu sou uma flor. Tenho estado preso por séculos, esperando que alguém faça um pedido o qual eu possa realizar. Mas a maioria sempre faz o pedido errado na hora certa, ou o pedido certo na hora errada. E eu não podia ficar esperando pra sempre. Porém com você, com você foi diferente, eu queria te ajudar, era por isso que eu fazia com que você sonhasse comigo todos os dias, quem sabe assim fizesse o pedido no dia certo. Na exata noite de equinócio de primavera. Foi o que você fez ontem e agora eu estou aqui! Estou livre! —finalizou um tanto quanto energético, o sorriso não deixando os seus lábios e balançou a cabeça em entusiasmo, fazendo com que algumas das pequenas flores que brotavam dos galhinhos em sua cabeça caíssem.

—E-ei, cuida... —fui interrompido pelo garoto que deixou o desenho que olhara em minhas mãos novamente e se aproximou de mim, permanecendo ajoelhado em minha frente.

—Vamos tornar isso oficial, certo? —ele disse e antes que eu pudesse questionar o que deveríamos fazer, pegou uma das minhas mãos nas suas e levou até o próprio peito, fechando os olhos em seguida.

Fiquei observando tudo com uma admiração estranha e complexa. Meu coração batendo forte contra minha caixa torácica no mesmo momento em que o rosado tocou-me a mão. Como aquilo podia acontecer? Eu podia sentir a quentura de suas mãos, a textura da pele macia. Ele parecia tão humano... Mas ele não era, certo? Era uma... Flor.

—Ei! —o rapaz reclamou ao passo em que abriu um dos olhos. —É pra você fechar os olhos também.

E ainda que um pouco perdido, eu o fiz.

—Eu, Byun Baekhyun, prometo conceder e proporcionar-lhe os seus desejos mais puros de coração, estando aqui pra ajudar-te com o que represento e o que sou. Obrigado por me libertar, Oh Sehun. Serei eternamente grato.

Assim que finalizou o seu discurso de comprometimento, soltou vagarosamente as minhas mãos e eu entendi isso como uma permissão para abrir os olhos, mas ainda receoso com o que podia encontrar diante de mim, continuei com eles fechados por mais alguns segundos. Aquilo realmente estava acontecendo? Parecia loucura!

—Você pode abrir os olhos agora, Sehunnie. —a voz aveludada adentrou-me os ouvidos e lentamente pude abrir meus olhos vislumbrando de uma visão surreal de tão linda. As íris do garoto Baekhyun, como tinha dito que se chamava, cintilavam em uma cor de rosa escuro e denso, cuja intensidade mudava devido à iluminação solar.

Com a boca entreaberta em surpresa e a vontade sobrenatural de ver aquilo mais de perto, ajoelhei-me também em frente ao Byun acabando por notar que devia ser mais alto que ele alguns poucos centímetros e me aproximei direcionando uma das minhas mãos até o rosto alheio. Não tardei em tocar-lhe a bochecha esquerda com meu polegar fazendo uma carícia nada invasiva no local, analisava com meu olhar incrédulo cada detalhe perfeito demais para que eu mensurasse. Era por isso que eu nunca conseguia desenhá-los, cada traço era tão perfeito que nunca conseguiria fazer jus ao que via.

—Você é lindo! —disse sincero e espontâneo. Logo notei uma coloração rubra tomar conta das bochechas e orelhas alheias fazendo com que a suas constelações de sardinhas desaparecem em meio ao rubor. Eu me encantei ainda mais ao subir o meu olhar até os galhinhos em sua cabeça. —Eu posso?

E o que me viera como resposta foi um aceno de cabeça.

Delicadamente passei as pontas dos meus dedos sobre os pequenos galhos e as flores sentindo a textura de ambos contra as minhas mãos. Sorri. Era quase impossível de acreditar àquele ponto, mas realmente era real. Eu estava sentindo!

Do mesmo jeito que uma paz e tranquilidade pareciam alastrar-se em meu peito com o ato. Era como se eu nunca tivesse sentido dor antes, nunca tivesse experimentado. Findei o toque e afastei-me um pouco encarando o rapaz meio envergonhado, meio acanhado. O mesmo pigarreou.

—Obrigado por ser o primeiro. —Baekhyun dissera um pouco incerto, como se estivesse confuso com as próprias palavras.

—O quê? —questionei, dessa vez estando mais calmo. —O que isso quer dizer?

O Byun suspirou levantando o olhar para encarar-me nos olhos. Estremeci.

—Algumas vezes, bem... Algumas muitas vezes, pessoas desejavam que eu fosse embora como pedido. Seja porque elas pensavam que eu era um tipo de alucinação ou... Um monstro, talvez? Só sei que elas tinham medo e me expulsavam por isso. —confidenciou um pouco cabisbaixo. —Você foi o primeiro. O primeiro a me dizer essas coisas e não me mandar embora de imediato. Obrigado. —disse se curvando.

Continuei a encará-lo incrédulo.

—Quem faria algo assim? —perguntei mais para mim, do que para outra pessoa. E antes que eu pudesse conter a minha súbita vontade de abraçar Baekhyun, eu o fiz. Envolvendo o corpo alheio contra o meu em um desesperado ato de consolo. Mas o único que saiu consolado daquilo ali fui eu. Leve.

O Byun se afastou sentindo-se sufocado ao passo em que levou a mão até o próprio peito enquanto ofegava. Uma expressão deveras dolorosa transparecendo em suas feições. Ele estava tão atordoado que parecia estar prestes a entrar em pânico.

—Baekhyun? —chamei incerto. O nome dele ainda parecia escapulir estranho da minha boca. —Você está bem?

O rapaz meneou a cabeça comprimindo o tecido de sua blusa branca com uma de suas mãos fortemente, com a outra cravava as unhas em sua bermuda bege, rente às coxas.

—Que sensação é essa? Que tipo de sentimento é esse? —perguntou exaurido.

Ele parecia tão exausto que até mesmo as suas íris róseas começaram a tomar a cor castanha com que antes me deparei. Acabei por reparar que até mesmo as pequenas flores nos galhinhos acima de sua cabeça pareciam murchar. Comecei a me desesperar.

—O que está acontecendo? Como eu posso ajudar? —Fiz menção de me aproximar, fazer alguma coisa, quando o Byun simplesmente pediu para que eu parasse, afastando-me com as mãos.

—Está tudo bem, é só que essa angústia... Eu nunca tinha sentido tal sentimento em alguém antes. —acalmou-se, respirando fundo agora. —É isso o que devo fazer. —Baekhyun sussurrou e eu o encarei sem entender nada. Ele parecia ter concluído algo que só ele tinha conhecimento.

—Eu não estou... —tentei ser coerente com minhas perguntas, mas nem isso me foi permitido. Nenhuma palavra saía de minha boca.

—É essa a minha missão aqui. —completou, dessa vez encarando-me nos olhos. Assenti, mesmo não sabendo muito bem do que aquilo se tratava, mas querendo mais tempo ao lado do rapaz.

Ele também tinha sido o primeiro. A primeira pessoa a qual tive a vontade de ter ao meu lado por mais tempo. Ou... A primeira flor.


Notas Finais


Meu Deus, o que eu posso dizer dessa obra de arte que é byun baekhyun? Quando eu imaginei a "caracterização" dele como uma flor humanizada eu fiquei tão apaixonada bicho. E quando eu escrevi esse amor se multiplicou assim... Zilhões de vezes! Disse que tinham que focar na palavra "lindo" para essa próxima atualização, pq é exatamente o que o byun é. Eu to caída em paixão sos
E o pedido acabou por ser no momento certo, minha gente! AAAAAAAAAAAAAAA será que agora a vida do oh entrará nos eixos, como ficará a relação dos sebaek, qual será o pedido de oh sehun? Muitas perguntas a serem respondidas...
Bem, espero que tenham gostado desse capítulo. Eu amei demais escrever ele, bicho!
Então é isso. Novamente, obrigada pelos favoritos e comentários e todo o apoio a esse meu projeto.
Amo vocês, amorinhas!
Beijinhos e até a próxima atualização!


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