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História Under The Sheets - Pensei que você seria só mais uma professora.


Escrita por: jelenakind

Notas do Autor


Chegueeeeeeeeei! Boa leitura e leiam as notas finais.

Capítulo 3 - Pensei que você seria só mais uma professora.


Fanfic / Fanfiction Under The Sheets - Pensei que você seria só mais uma professora.

 

No dia seguinte

 

— Então, espanhol não é tão difícil como parece, na verdade é apenas prática e boa memória. Podemos fazer alguns exercícios? — Selena, a professora pergunta mantendo o olhar sobre mim que coço a nuca nervoso. 

De fato desde que a conheci ontem, fico nervoso com sua presença. Sempre fui tímido e pior que isso, é por eu nunca ter estado perto de uma figura feminina tão intimamente quanto Kendall ou minha mãe. A mulher a minha frente me deixava nervoso por múltiplos motivos, ainda mais com seus grandes olhos pretos me intimidando. Era impossível me concentrar de verdade. 

— Justin! — diz e estala os dedos em meu rosto. — Vamos logo, não temos o dia todo para estudar. 

— Claro.. Só me desculpe. — digo apressado e pego o livro em minhas mãos. As coisas pareciam extremamente mais difíceis com tamanha pressão em cima de mim. 

Tento me concentrar em escrever os verbos nos tempos verbais, ambos de maneira correta. Era um exercício extremamente complicado, forçava os olhos tentando me lembrar das dicas que a professora havia dito anteriormente e escrevo tudo, mesmo não tendo certeza á entrego o papel. 

— Estoy bailando toda la noche, correto. Mi hermana trabaje en un bar, errado, o verbo correto é trabaja. Yo peino antes de salir de casa, errado, você se esqueceu do pronome "me". Você não prestou atenção em nada que eu disse antes sobre as regras? — ela diz depois de ler cada frase, e eu xingo interiormente. 

— Desculpa, vou me esforçar mais, hoje só não é um bom dia. 

— Olha Justin, sei que sou sua professora mas já tive a sua idade, se quiser ajuda com qualquer coisa pode me contar, quem sabe assim você consiga resolver e melhore o desempenho da aula? — ela diz e a encaro, seria bom ter uma pessoa mais velha que apenas me escute e não me julgue, mas eu não confiava nela ainda para tal coisa.

— Não foi nada sério, não precisa se preocupar de verdade, está tudo sob controle. — digo e ela arqueia as sobrancelhas. 

— Se estar sob controle significa esse roxo nos seus olhos, o supercílio cortado e sua falta de atenção durante a aula, eu realmente não entendo. 

— Olha você pode simplesmente não comentar nada? Eu não preciso ser envergonhado pela minha professora particular também. Só.. não se meta na minha vida. 

— Não posso fazer isso, por mais que soe antiprofissional. Já que virou meu aluno, eu irei me preocupar com o que anda mexendo com você. Não acho que professoras sirvam apenas pra faze-los passar de ano. — ela diz me convencendo de contar o acontecimento de ontem, na verdade estava cansado da sua insistência. 

— Foi um garoto lá da escola que fez isso. — aponto o dedo para o meu rosto sinalizando. — Ele e os amigos dele não gostam de mim por algum motivo desconhecido. 

— Nossa, eu jurava que essas coisas já não existiam mais. Mas parece que é uma coisa comum ainda nos dias de hoje. — ela fala e revira os olhos. — Uma vez aconteceu o mesmo comigo. — diz e eu arregalo os olhos. 

— Sério? E o que você fez? 

— Mesmo! Uma das populares não gostava de mim, e ela virou uma garrafa de cerveja em cima de mim numa festa. Eu nunca tinha enfrentado ela antes, mas fiquei tão irritada que segurei nos cabelos e joguei ela no chão. Depois disso ela nunca mais brigou comigo e eu ri por semanas com todos da escola comentando sobre ela. — ela diz rindo me fazendo rir também. 

— Eu não teria toda essa coragem acho.. Já lutei judô quando pequeno, mas se eu brigasse com Brooklyn e seus amigos eles me perturbariam ainda mais. 

— Será? Esses tipos de pessoas gostam de brincar com o nosso medo Justin, e assim que você mostrar a eles que não tem mais medo deles, eles irão parar. 

— E como isso vai acontecer se eu continuo tendo medo deles? De verdade pensei que iria morrer ontem. — digo exagerado e ela revira os olhos. 

— Já sei! Vamos treinar, eu conheço um campo vazio aqui perto e podemos ir até lá. O que acha? 

— Não sei.. Agora? 

— Eu tenho um compromisso daqui trinta minutos, mas poderia ser lá pelas sete. 

— E o que vou falar para os meus pais? Eu.. eu não posso sair de casa assim. 

— Só deixa comigo que eu mesma falarei com eles. Passarei aqui para te pegar ok? 

 

Horas mais tarde 

 

Respiro fundo e me jogo na grama, completamente exausto. Estou a aproximadamente uma hora treinando chutes e socos com minha professora particular. E o pior de tudo é que ela é realmente boa e me fez ficar morto. 

— Vamos Justin não temos muito tempo! Levante-se daí. — ela se aproxima e estende as mãos para eu pegar, me puxando para cima. 

— Eu não aguento mais, sério. 

— Essa vai ser a última série, prometo. Vamos lá, você quer continuar servindo de saco de pancadas para aqueles bobocas? — pergunta e eu coço a garganta. 

Vou para cima dela fazendo movimento com os braços, ela se afasta e depois parte para cima de mim. Me defendo e na mesma hora seguro em seus pulsos e jogo ela no chão. 

— Me desculpe Selena. Meu Deus! Me desculpe, não chore! Eu posso chamar alguém. — digo nervoso quando tudo acontece muito rápido. 

Selena caiu no chão e começou a gritar enquanto segura sua perna esquerda. Me abaixo e olho sua perna, não notando nada de diferente como uma torção. 

Justin você é um burro, seu agressivo idiota que não sabe nada de fisiologia! 

Repito internamente para mim mil vezes, e pego o meu celular digitando um número rápido. Mal vejo quando Selena arranca-o de minhas mãos e desliga a ligação. 

— Parabéns você acaba de ser trollado pela sua professora. — ela se levanta e passa as mãos no jeans limpando a sujeira da grama. 

— O que? Você estava brincando? Eu estava preocupado de verdade! — falo irritado e ela me encara com um sorriso no rosto. 

— Você está pronto. Agora guarde seus medos para você e os encare de frente. Até nossa próxima aula. — diz me ignorando, e depois se vira andando, me deixando sozinho ali. 

— Selena! — grito e ela se vira. — Eu acho legal. 

— Que? 

— Você tinha me perguntado mais cedo o que eu acho sobre isso tudo, e eu acho legal. Pensei que você seria só mais uma professora que se importa só com dinheiro, mas você é mais que isso. Obrigado. — digo e ela abre um sorriso, assentindo com a cabeça indo embora dali. 

 

Dois dias depois
             Stratford, Canadá. 

 

Bato a porta de casa e o cheiro delicioso da comida de minha mãe preenche o ambiente. Minha barriga dói instantaneamente de fome, por isso subo as escadas correndo de dois em dois degraus — apesar de desde pequeno minha mãe me repreender por tal ato — e jogo a mochila de qualquer jeito no quarto pouco organizado. Desço as escadas e vou até a cozinha, onde puxo uma cadeira e me sento. 

— Como foi seu dia hoje? — Dona Pattie pergunta como de costume. 

— Para falar a verdade, nada bom. Mas não é algo que eu queira falar agora. 

— O que você fez Justin? Não faça com que eu seja chamada na escola, isso nunca aconteceu e não irá de acontecer ou você terá sérios problemas. 

— Já não basta todos enchendo minha paciência, agora você também? — me levanto e saio da cozinha, parece que de um momento para outro toda minha fome se esvaio. Esbarro no corpo do meu pai no caminho. 

— Porque tanta pressa, meu filho? 

— Não aguento mais escutar as ladainhas da mamãe. 

— O que aconteceu? Vamos, sente-se aqui e me conte. — meu pai manda enquanto se senta na poltrona. 

Meu pai sempre foi o tipo de pai que conversa muito com os filhos. A todo momento ele sempre estava lá, seja para me dar broncas ou conselhos. Eu sabia que podia contar com ele, mas era difícil contar que eu era sozinho e zoado na escola. De alguma forma, eu sou grato por ter um pai legal assim. 

— Sabe que Ryan não tira da cabeça que sou bom em basquete e seria ótimo fazer parte do time.. Ele me inscreveu para os testes. — repito pela milésima vez no dia de hoje. 

— Só isso? Você é bom filho, irá conseguir. Só me prometa que irá se esforçar antes de desistir. Nada caí do céu de mão beijada. — diz mantendo aquele olhar sério de sempre. 

— Apenas não acho que me encaixo no time. Quer dizer, os garotos não irão me aceitar, eu provavelmente não irei passar. 

— Seja o garoto confiante e corajoso que eu criei. Não me desaponte. — Jeremy se silencia por alguns segundos até se levantar e ir até a cozinha. O sigo, e junto-me a mesa com eles para almoçar. 

Dia Seguinte
The Stratford High School 
Quadra de Basquete - Testes pro time

 

— Você sabe que eu vou te matar não é? — sussurro para Ryan. Estamos atrás das arquibancadas e não quero atrair atenção alguma para mim. 

— Justin, deixe de ser chato, vá logo fazer o teste. Tenho certeza que você vai passar e além do mais essa é a nossa chance de deixar de ser os chatos da escola. — me convence. 

— Ok, eu vou entrar lá e falar com o treinador. — digo, ele comemora batendo em minhas costas. 

Ando até a entrada da quadra, onde de longe avisto alguns garotos jogando com o time. Alguns deles param rapidamente ao me notar, tento não me importar e continuo o caminho até o treinador. 

— E aí garoto, ta precisando de alguma coisa? 

— Eu tinha me inscrito nos testes para participar do time esse ano, e as informações que recebi é que aconteceria hoje. — digo sem gaguejar e agradeço mentalmente por isso. 

— Ah claro! Eles já começaram mas não há problemas, pegue o colete vermelho e pode entrar no jogo rapaz. — diz e aponta para a cesta com as camisas em cima de um dos bancos que ali tem. 

Vou até o lugar e visto o colete em meu corpo. Após o treinador soar o apito, entro na quadra e me aqueço um pouco puxando meus pés para trás e os segurando na altura da bunda. Os olhares à mim me intimidam mas tento focar apenas na bola e na cesta. 

O jogo rapidamente se inicia de novo e a grande bola laranja corre de um lado para outro. Corro, pulo, roubo a bola de um dos garotos, passo os olhos pelo perímetro e arremesso para um garoto de pele escura, que logo após minha jogada faz a cesta. Isso! A bola volta ao meio da quadra e mais uma vez o apito soa alto, faço sinalização com as mãos avisando-os que estou livre,o que faz um garoto de cabelos jogados passar a bola para mim. Mal percebo quando contorno ao redor da quadra e tem dois adversários do colete branco em minha cola. Driblo-os e ao perceber que chego perto da cesta, paro e arremesso na mesma. A bola não entra, mas ao ir ao chão, pego-a e agilmente atiro-a contra a cesta de novo, conseguindo o ponto. Vibro internamente e dessa vez começo o jogo novamente. Em algum momento em que corria e recebia a bola de um passe errado do outro time, sinto um corpo forte contra mim e o chão. 

— Quero ver a mariquinha querer dar uma de popular agora. — o garoto que estava em cima de mim diz após se levantar. Sou auxiliado pelo o negro a me por de pé. Minhas costas doem intensamente agora. — Vá estudar, ler uns livros e tirar notas boas, afinal é só isso que sabe fazer além de ser filho do prefeito. — bufo irritado, não aguentava mais isso.

— Eu não quero dar uma de popular, se quer saber pouco me importa esse título idiota para nomear as pessoas. E tudo bem, você está certo sobre outras coisas, mas se esqueceu que sou bom também em jogar basquete, caso contrário não estaria querendo me atingir durante todo o jogo, não é? — sou firme em minhas palavras como nunca fui antes, me impressiono com a maneira que as palavras fluíram por minha boca. 

— Quem você pensa que é? — se aproxima de mim tocando o dedo indicador em meu peito, que o afasto rápido. — Ein, me diz seu viadinho! 

— Alguém muito melhor que você, que precisa diminuir os outros para se sentir melhor. — digo e ele enruga as sobrancelhas. 

Quase ninguém sabia mas eu pratiquei aulas de judô por muito tempo, então iria me defender caso ele fizesse algo. Embora eu não queira criar problemas, porque sei que isso iria acontecer por eu, um garoto não popular estar querendo entrar no time e jogar tão bem quanto eles. Eu já estava farto de ser tratado de maneira hostil nesse colégio. 

— O que você disse? Acho bom retirar, eu não costumo ser cordial com as pessoas, e você não terá seu papai aqui para te defender. 

— Você ouviu bem, não vou repetir. — digo e me viro vendo o olhar de Ryan apreensivo, sou impedido de caminhar até meu amigo quando sinto uma mão forte puxar-me para trás e desferir um soco ágil em meu maxilar. 

Não fico para trás, tento recuperar o baque e parto para cima do garoto metido, que cai quando eu o empurro e soco seu rosto por duas repetidas vezes. O auê começa, mas ninguém ousa a se intrometer, até porque era uma briga justa.  Por um momento de distração o garoto consegue revidar mas ao sentir o líquido quente escorrendo de minha testa, a raiva passa assumir completamente minha cabeça. Penso em todos os momentos em que sofri bullying, em que escutei murmurinhos durante o corredor ou quando tive que abrir mão de algumas coisas por causa do que os outros iriam falar. 

Faço um escudo com os braços me defendendo, e em um piscar de olhos já estou batendo no rosto do garoto tão forte e repetidas vezes. Ouço vozes, e vejo sangue mas nada que me faça parar, estou cego de ódio. Mas em um momento tudo para quando vejo o treinador a minha frente empurrando meu corpo para trás. 

— O que vocês pensam que estão fazendo? Chris e Chaz levem o Brooklyn para a enfermaria já. — o treinador diz e os dois garotos trocam olhares. — Eu disse agora! — grita fazendo eles segurarem nos braços de Brooklyn e apoia-lo em seus ombros. Apenas olho de relance ao mesmo tempo em que passo as costas da mão direita na minha testa, vendo rastro de sangue. — E você vá se limpar no vestuário, e depois vá até a enfermaria quando eles não estiverem mais lá. — assinto e caminho até a saída da quadra, vários olhares dos garotos do time estão em cima de mim, ignoro-os e continuo a andar. 

— Cara você está fodido! Que merda deu em você Justin? Seremos estraçalhados agora por todo o colégio! — Ryan diz enquanto me acompanha. 

— Ele que começou, e todos viram que eu apenas me defendi. Estou cansado de todos nessa merda de escola! — digo e assim que chegamos ao vestuário masculino – agora vazio devido o horário e incidente de minutos atrás – vou até a pia. 

— Se defendeu?! — meu amigo é irônico em seu tom, apenas reviro os olhos pelo reflexo do espelho. — Conta outra! Você viu o estado do Brooklyn, você literalmente acabou com ele. Aliás onde que aprendeu a bater assim? 

— Eu fazia aulas de judô quando era menor, talvez tenha sido assim. — digo criando uma desculpa qualquer e recolho um pouco de água com as mãos para limpar o rosto. 

— Te aconselho a sumir por um tempo, sabe que todos eles virão atras de nós né?  

— Não quero pensar sobre isso agora Ryan, me deixe sozinho. — digo e saio do vestuário, ando até a saída do colégio. Retiro o celular do meu bolso e vou até os meus contatos adicionados recentemente, clicando no nome que ali aparece. 

— Alô? — sua voz doce soa pelo telefone, e fico mais animado ainda. 

— Selena? Eu consegui, e graças a você


Notas Finais


Meus amoresssssss! Demorei menos dessa vez não é? Queria agradecer pelos comentários do capitulo anterior apesar de ficar triste de ver como a quantidade de comentários diminuiram, porque eu adoro saber o que vocês tão achando da fic. Enfim, o que acharam?? Selena e Justin estão se conhecendo, e ficando próximos. Eles vão ficar amigos rápido, mesmo com a diferença de idade. Justin agora no passado tem 16 anos e Selena tem 26. Espero que tenham entendido a passagem dos dias, porque não consegui fazer menos confuso. Justin é meu bolinho e eu vou protege-lo de tudo. Qualquer duvida só perguntar.
Favoritem e comentem por favorzinhooooooo, amo vocês!


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