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História Undiscovered Desires - 6. Invitation


Escrita por: minzyah

Notas do Autor


Eu sei. Podem me bater. Eu demorei mais tempo do que eu deveria. E vocês tem toda a razão de ter raiva de mim e etc D: tanto pela demora quanto por esse capítulo estar curto demais. Mas eu prometo pra vocês que os próximos capítulos serão melhores e não, eu nunca abandonarei essa fic, fiquem tranquilas. Ela será terminada sim!
Desculpa mais uma vez >_< Prometo entregar o capitulo 7 antes do fim do ano LOL /corre

Capítulo 7 - 6. Invitation


Fanfic / Fanfiction Undiscovered Desires - 6. Invitation

O barulho irritante do despertador soou forte aos ouvidos de Seungho, fazendo com que sua cabeça latejasse pelo incômodo. Esticou-se contra sua vontade e desligou o aparelho, enterrando seu rosto no travesseiro, sem intenção nenhuma de levantar-se daquela cama tão convidativa ao mundo dos sonhos. Sentia uma pontada muito forte na região das têmporas, quase como se estivessem introduzindo uma agulha de cada lado de sua cabeça.

 

Era a ressaca.

 

Forçou um pouco sua mente até que aparecessem alguns flashes de momentos da noite anterior. Lembrou-se que deixou Changsun em casa, do jantar que Thunder havia preparado para si, e que conversaram durante algum tempo que não conseguiu estipular quanto durou. Tudo que aconteceu depois veio como um esboço de imagens em sua mente que não conseguiu distinguir se eram parte da realidade ou das alucinações do seu estado de alcoolismo.

 

Não era a primeira vez que tinha algum pensamento ou sonho erótico envolvendo Cheondung. Já puniu-se várias vezes por isso, mas quando menos percebia, já estava preso àquilo outra vez.

 

As imagens confusas fundiam-se com um sonho que teve poucos minutos antes do despertador interrompê-lo, resultando na típica ereção matinal, que hoje estava mais intensa do que o habitual. Era como se estivesse com o desejo reprimido há mais tempo do que apenas uma noite de sono.

 

- Hyung? – Ouviu a voz de Cheondung seguida por batidas na porta, assustando-o. Ainda estava inteiramente nu, sentado na cama e descoberto.

 

 

- O-o que quer? – Respondeu, buscando o lençol que estava espalhado sobre a cama, juntando-o sobre seu baixo ventre e cobrindo-se rapidamente.

 

- Eu só queria saber se você já está pronto, porque são quase sete horas e... – O loiro abriu a porta lentamente, conseguindo ver apenas o vulto do mais velho indo em direção ao banheiro, querendo evitar ser visto pelo mais novo como veio ao mundo.

 

- Porra, Cheondung, se eu quisesse alguém matracando de manhã cedo no meu pé do ouvido sobre o quanto vou me atrasar eu voltava a morar com os meus pais! – Após dito isso, tudo que Thunder ouviu foi o barulho da água do chuveiro caindo sobre o piso do banheiro. Sabendo que o outro havia acordado de mau humor proveniente da ressaca, preferiu sair do quarto e deixá-lo em paz.

 

Dirigiu-se até a cozinha e ajeitou a mesa para o café da manhã do amigo; dois pães programados na torradeira e o café em sua xícara favorita com apenas uma colher de açúcar, nem tão doce nem tão amargo, como o mais velho gostava.

 

Alguns minutos após montar o desjejum em cima da mesa enquanto via o mais velho correr contra o tempo e virar a casa de cabeça pra baixo procurando os materiais necessários para as aulas do dia – que poderia apostar que no momento ele nem se lembrava de quais iria precisar –, Thunder bebia tranquilamente uma xícara de chá de camomila que havia preparado logo após o café para amenizar sua dor de cabeça, levantou-se do banco do balcão da cozinha e dirigiu-se para a sala ligando a TV, esperando que estivesse passando alguma coisa interessante, mesmo sabendo que naquele horário a maioria dos canais se concentrava em transmitir noticiários matinais.

 

- Bom dia, hyung – Disse enfático quando avistou o mais velho tentando de pé calçar e amarrar seu Converse branco. Os cabelos ainda estavam úmidos por não terem sido devidamente enxutos, a gola do casaco jeans se encontrava levantada por cima da camisa branca, quase alcançando seu queixo e a calça preta ainda desabotoada demonstravam seu desespero em tentar se atrasar o mínimo que possível. – Vai tomar café?

 

- Não tenho tempo, não tá vendo que eu to atrasa- – Parou de falar repentinamente e parecendo lembrar-se de alguma coisa que havia esquecido no quarto, voltou até lá rapidamente para procurar o que lhe faltava.

 

Sanghyun por sua vez, levantou-se do sofá e voltou à cozinha para deixar sua xícara na pia, pegando a do amigo que havia deixado preparada em cima da mesa em seguida. Quando Yang voltou correndo pronto para sair de casa sem nem ao menos despedir-se do mais novo, o mesmo surgiu em frente à porta de saída com sua xícara e uma torrada coberta de manteiga em mãos.

 

- Tome. Não pode sair sem pelo menos enganar o estômago. – Esticou as mãos oferecendo o lanche ao mais velho que, não esperando por aquilo ficou um pouco constrangido com a preocupação do amigo para consigo.

 

- Não precisa Cheondung, eu como alguma coisa no intervalo das aulas.

 

Percebeu um semblante triste formando-se na face do mais novo, que direcionou seu olhar para os próprios pés descalços. Não querendo deixá-lo chateado, imediatamente mudou o discurso e se deu por vencido.

 

- Tá certo mãe, eu aceito. Mas desfaça esse bico, porque eu odeio chantagem emocional. – Disse, apertando as bochechas do mais novo com suas mãos, comprimindo e formando um volume exagerado em sua boca, constrangendo-o.

 

Devorou a torrada e engoliu o café em segundos, devolvendo a xícara ao amigo logo em seguida e afagando-lhe os fios loiros de sua cabeça em um gesto de agradecimento.

 

Seungho não tinha facilidade de demonstrar gentileza ou gratidão com as pessoas que era próximo. Claro que, com estranhos aquilo mudava. Não podia ser mal educado com gente que nunca viu ou veria outra vez na vida, pois a educação e bom senso não o permitiam tal ato, mas com conhecidos sentia-se desconfortável para agir de tal modo. Precisava manter sua personalidade durona e inabalável como se ela fosse seu escudo, evitando que os outros se aproximassem o suficiente e tivessem contato com o seu íntimo, o qual não gostava de compartilhar com ninguém.

 

Nem com seu melhor amigo.

 

Normalmente comentava com ele e outros colegas coisas comuns que aconteciam em seu cotidiano, mas eles nunca ficavam sabendo de seus sentimentos mais profundos ou dos desejos que tinha, pois não conseguia falar sobre aquilo abertamente. Eram coisas que faziam parte de sua alma e parecendo besteira ou não, preferia guardar para si.

 

- Viu, nem foi tão difícil assim. – Sorriu-lhe o mais novo antes de dar meia volta até a cozinha tomando a xícara suja das mãos do mais velho para deixá-la na pia.

 

O fato de Thunder esfregar a esponja ensaboada rapidamente na louça recém usada fazia todo o seu corpo balançar freneticamente com o movimento de seu braço, e Seungho não pôde evitar que seu olhar se direcionasse para o bumbum do mais novo que estava chacoalhando, as curvas do quadril desenhadas em uma bermuda branca.

 

Balançou a cabeça e tratou de sair dali urgentemente, sem ao menos despedir-se do mais novo, tudo que queria era borrar aquela visão de sua mente.

 

Quando chegou em sua sala de aula, percebeu que havia um barulho mais exagerado do que a costumeira agitação que antecede a chegada do professor, onde todos os alunos se juntam em grupos distintos para botar as conversas em dia. E no meio daquele zunzunzum não poderia estar outra pessoa a não ser um dos mais populares e desejados da faculdade; seu amigo Lee Changsun.

 

Yang sentou-se em seu lugar de sempre, a lateral da classe. Não tão longe, mas também não tão perto do quadro, e ali permaneceu esperando até o momento em que o professor apareceu e todos se dirigiram aos seus respectivos lugares e Joon para a cadeira atrás de si.

 

- Bom dia, senhor anti-social. – Brincou Changsun falando baixinho e aproximando-se mais da nuca do amigo para que o professor não o repreendesse.

 

Seungho nada falou, apenas acenou com a cabeça em resposta ao outro, evitando que o professor lhe chamasse atenção. Do jeito que conhecia Joon, a conversa não iria parar por ali.

 

- Já está sabendo da primeira calourada do semestre?

 

- Bem... Como sou o único não-empolgado desta sala, supõe-se que não, né? – Retrucou ironicamente.

 

- Cruzes, acordou de mau-humor é? Ânimo Yang, a vida é mais do que uma simples noite mal dormida! – Apertou os ombros e deu-lhe um tapinha camarada no local. Aquilo, somado ao fato de ter sido chamado de “Yang” não agradou nada o mais velho, que lançou um olhar fuzilador no amigo.

 

- Enfim, conte-me mais sobre como vai ser essa calourada.

 

- Bem, essa será a “calourada do sinal” e todos que pretendem ir devem vestir-se com uma das cores do semáforo. Vermelho significa que a pessoa é comprometida, logo não pode ser cantada. Amarelo significa que a pessoa está enrolada, mas disposta a fazer novas “amizades”, se é que me entende – Deu uma pausa em sua explicação e não escondeu o sorriso sacana que se formou em seus lábios. – Por último, e não menos importante, se a gatinha for de verde, quer dizer que ta liberada. Pode cantá-la, beijá-la, comê-la, rasgá-la, ou o que tiver vontade de fazer, de acordo com sua necessidade atual.

 

- Porra, Changsun, falando assim até dá a entender que eu sou um cara sem moral e que não sei tratar uma mulher. – Disse Seungho, sentindo-se ofendido. – Eu sei tratar bem uma mulher, mas você sabe que a maioria não quer anel de casamento ou flores de presente né? Apenas dou o que elas procuram...

 

- Sei muito bem o que elas procuram. – Deslizou o dedo pelas costas do amigo, fazendo-o mexer-se incomodado na cadeira – Querem que o Senhor ‘Lábios de Mel’ aqui faça com que elas tenham uma noite inesquecível.

 

 - O problema é que elas nunca querem só uma noite, né?

 

- Mas então, você acabou me interrompendo e eu ainda não terminei de explicar. O detalhe mais importante é que as mulheres só podem entrar se estiverem com roupas acima do joelho e o colo à mostra. Ou seja...

 

- Mulheres gostosas mostrando quase tudo! – Completou o mais velho.

 

- Sabia que iria acabar se empolgando. – Apertou a mão de Seungho num cumprimento amigável. – Isso quer dizer que você vai?

 

- Você já me viu perder a oportunidade de fazer uma “boca livre”? – Riu em um tom mais alto do que queria e repreendeu-se colocando a mão na boca, evitando chamar a atenção do professor, que começava a fazer a chamada.

 

- Só tome cuidado com o que você come, hein. Não esqueça que nessas festas sempre tem muitas “sobremesas inesperadas” e que cu de bêbado não tem dono – Agora quem ria alto era Joon, também se repreendendo em seguida.

 

- Você tá louco? Deus me livre, nem que eu tivesse tomado toda a vodka do mundo, eu jamais ficaria com um cara!

 

- Jamais é um advérbio tão traiçoeiro... – Alisou os fios castanhos de Seungho, fingindo ser uma das tais “sobremesas” e atirando-se para cima do mesmo, recebendo de volta um tapa em sua mão.

 

Os dois deram o assunto como encerrado enquanto o professor já chamava seus nomes para dar a presença. A aula prosseguiu normalmente até que o sinal tocasse indicando que era hora do intervalo. Joon e Seungho dirigiram-se para a cantina, e na fila de pagamento, o mais velho lembrou-se que não havia perguntado ao amigo a data da tal calourada.

 

- Ei, Changsun – Chamou-o cutucando o amigo de leve nas costas, sendo logo correspondido com um olhar por cima do ombro. – Quando vai ser a festa?

 

- Depois de amanhã, sexta-feira, quando as atividades extracurriculares encerrarem e todos tenham tempo de se arrumarem e voltarem para cá, às nove da noite. E já disse para me chamar de Joon – Segurou firme o queixo do outro, soltando-o de uma vez logo em seguida.

 

- Certo. Com certeza estarei aqui, Changsun – Repetiu enfurecendo o mais novo de propósito.

 

- Ok, me lembrarei disso quando estiver bastante bêbado no fim da festa, Yang – Retrucou, causando o mesmo efeito no outro.

 

 

~x~

 

 

 

Ao contrário do que Seungho pensava, as horas passaram voando naquele dia, e antes que percebesse, a sua última aula do dia estava terminando. Teria de dar uma carona para Changsun até a oficina para que buscasse seu carro e durante esse percurso, o mais novo não parava de falar sobre a calourada, visivelmente ansioso para que aquela noite chegasse logo.

 

- Seungho, se você não for a essa festa, ela perderá toda a graça para mim. – Disse enquanto admirava-se no espelho superior do carro.

 

- Já sei, cara, você quer ver se eu vou ficar com alguma das muitas garotas que vai te agarrar, mas aviso logo que se eu beber mais do que deveria como sempre acontece, não vou ter culpa nenhuma de te roubar uma delas... – O mais velho respondeu rindo da hipótese que acabara de criar.

 

- Não, Seungho, é sério. Você não pode faltar. – Joon agora possuía um tom menos descontraído em sua voz e olhava fixamente nos olhos do amigo, que tinha os seus focados no trânsito. – A festa só terá sentido se você estiver lá. Comigo.

 

A ênfase na última palavra da fala do outro fez Seungho sentir certo receio, só não sabia ainda do quê. Infelizmente, não teve tempo de perguntar o porquê, pois no mesmo instante em que Changsun acabou de falar, encontravam-se estacionados em frente à oficina.

 

O mais novo saiu do carro e ambos se despediram, porém, enquanto o mais velho concentrava-se em trocar a marcha do carro e girava o volante para ir embora, Joon observava-lhe atentamente, sem ser percebido.

 

 


Notas Finais


O próximo capítulo promete, assim que, não me abandonem por favor <3 peço perdão outra vez pela demora, mas prometo me empenhar e entregá-lo o mais breve possível!


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