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História Undiscovered Desires - 1. Close Your Eyes


Escrita por: minzyah

Notas do Autor


Capitulo 1 *comemora*
Essa é a primeira fic que eu faço na vida, eu sempre empaco nas minhas escritas, por isso sempre fiz oneshots. Espero ir bem nessa, e espero que vocês gostem, apesar de não ser um dos casais mais convencionais do MBLAQ xD!
De antemão aviso que a minha idéia inicial é que essa seja uma shortfic, nao creio q passará de 10 capitulos, mas vamos ver até onde ela vai dar xDDD
Boa leitura!~

Capítulo 2 - 1. Close Your Eyes


A noite daquele dia custou a chegar. As horas pareciam hibernar sob o relógio, e em todo esse tempo, permanecera inquieto, esperando a noite chegar para rever o amigo, afinal, não estava há apenas dias, ou semanas sem vê-lo, eram meses.

 

“Foi um ano.” – Recordou-se, alegre por esse período estar, agora, a poucos minutos do fim.

 

A hora de buscá-lo havia chegado. Ligou o carro e dirigiu aceleradamente em direção ao aeroporto. Sua casa ficava a meia hora de lá, então nada o faria demorar a chegar.

 

Exceto um engarrafamento.

 

– Merda, não é possível! – Fechou os olhos, indignado, levando uma mão ao rosto. – Um engarrafamento justo hoje?

 

SeungHo pressionou o botão que abaixava o vidro da janela, esticou-se no banco e colocou a cabeça para fora do carro para tentar descobrir a origem do problema, mas a fila de faróis dos carros estendia-se até onde seu campo de visão não atingia mais.

 

Tamborilou os dedos no volante e olhou para o relógio em seu pulso, que marcava sete e meia da noite. A chegada de Thunder estava prevista para as oito horas. Como já estava na metade do caminho, o dono dos cabelos cor de mel conseguiu relaxar um pouco.

 

Assim que ouviu de um motorista do carro ao lado dizer que a causa daquele congestionamento era uma batida, que não havia feridos e que já tinham chamado o reboque, desligou o carro e manteve-se esperando impacientemente para sair dali.

 

Como estralar os dedos não estava funcionando para aliviar a ansiedade, decidiu ouvir música para tentar se distrair.

 

Eu nunca vou te esquecer, hyung.

 

As palavras que Cheondung pronunciara pouco antes de embarcar para Londres, de repente voltaram à sua mente, misturando-se com a voz da cantora em seus fones de ouvidos.

 

E de fato, ele não havia esquecido.

 

Não importava a hora, nem o momento, SeungHo sempre recebia mensagens do amigo que estava do outro lado do planeta, e por causa do fuso-horário, a maioria delas era de madrugada, isso quando não passavam horas em vídeo-conferências no computador, o que fazia o mais velho chegar quase todos os dias à faculdade com olheiras enormes.

 

SeungHo pôde perceber algumas mudanças físicas em Cheon, à medida que os meses passavam, e pelo que via, o amigo não estava mais tão esguio e frágil. Continuava alto e magro sim, mas ganhara um pouco de massa muscular, que por sinal, adorava exibir na câmera para ele.

 

:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:

 

 

– Viu só Seung-yah? Agora não sou mais tão fraco como antes!

 

– Mas continua sendo uma girafa. - O mais velho gargalhou enquanto via a reação desgostosa do amigo, ao cobrir o braço com a camisa que estava dobrada, antes mostrando o músculo.

 

– E a sua boca continua inchada! Idiota! – O amigo então acompanhou-lhe com sua risada melodiosa.

 

 

:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:

 

 

Corou em meio às lembranças. Um sorriso surgiu em sua face, e só foi quebrado pelo alerta vibratório do celular, que indicava uma chamada. A expressão mudou rapidamente ao ver quem era.

 

– Oi, Jinnie.

 

– Seuuuuung! Onde você está, por que ainda não chegou? – Jinsoo, era a mais “nova ficante” de Yang. Tinha dezenove anos e eles estudavam na mesma faculdade.

 

– Não sei se poderei te ver, tenho que buscar um amigo no aeroporto. – disse rápido, torcendo para que pudesse desligar logo o telefone.

 

– Ah não! Logo hoje! Eu estou com muitas saudades do seu corpo... – Ela elevou em algumas oitavas sua voz, e SeungHo odiava quando ela fazia birra.

 

– Olha, estou dirigindo, não posso falar, mais tarde eu te ligo, está bem? – Mentiu, já que ainda estava preso no congestionamento, mas queria a todo custo se ver livre daquela garota.

 

Não ouviu a voz feminina por alguns segundos. Logo depois pôde perceber que ela já iria começar a irritá-lo outra vez.

 

– Tá bom, Seuuuung! – Insistia em prolongar seu nome, tentando parecer fofa, mas sempre soava melosa e chata aos ouvidos do rapaz. – Mas você vem hoje, ne? Por favor, não se atrase, eu tenho uma surpresa pra você!

 

– Mal posso esperar para saber o que é... – mentiu outra vez. – Até mais.

 

Era óbvio para si que não amava Jinsoo. Ela era apenas mais um de seus relacionamentos sem compromisso, do qual já estava farto. Duas semanas com aquela garota e não agüentava mais ouvir suas futilidades.

 

– Você é mais útil calada... – pensou em voz alta, ao lembrar-se do corpo da jovem.

 

A garota tinha um corpo fora dos padrões asiáticos, pois havia feito implantes de silicones nos seios e na bunda. Tinha uma cintura afinada e coxas bem definidas por horas de malhação. Qualquer garoto da sua idade morria de inveja dele, e em seu lugar, certamente não teria do que reclamar quando um mulherão daqueles lhe desse um orgasmo maravilhoso.

 

Não sabia ao certo qual era a mulher ideal para ele, mas no fundo, SeungHo sabia que não era alguém como Jinsoo que ele realmente queria.

 

Seus pensamentos foram interrompidos com alguns gritos de motoristas e buzinas de carros atrás de si, xingando-o e ordenando-lhe para mover seu carro, já que não havia percebido que o problema tinha sido resolvido e o engarrafamento havia acabado.

 

Ligou o veículo e deu a partida. Olhou novamente para o pulso direito, onde o relógio indicava que havia ficado preso tempo demais no congestionamento e teria apenas cinco minutos para chegar ao aeroporto a tempo de encontrar o amigo saindo pelo portão de desembarque. O problema é que ainda estava a vinte minutos de distância de lá.

 

– Puta merda. Desculpa Cheondung, irei atrasar.

 

 

 

~x~

 

 

 

O aeroporto aquela noite parecia mais cheio do que o normal, e constantemente SeungHo esbarrava em alguém.

 

O caminho até o portão por onde seu amigo chegaria logo foi feito. Resolveu parar em um quiosque que ficava bem em frente ao local para comprar uma garrafa d’água. O local era simples, apenas um ponto rápido para lanches casuais para pessoas que precisam ir embora a qualquer momento. Se Thunder chegasse, com certeza o veria.

 

Sentou-se no banco do estabelecimento, apoiando os braços na bancada e pediu o que queria, logo sendo atendido. Entregou o dinheiro à atendente, que lhe devolveu o troco em moedas. Sem cerimônia abriu e bebeu o líquido diretamente na garrafa. Desde que chegou, estava observando atentamente a movimentação do pavilhão pelo qual seu amigo sairia.

 

Como será que ele estaria agora? Tirando o físico, será que continuava com a mesma cara de pirralho de sempre? Ok, não precisava se perguntar aquilo tudo, já que praticamente o via diariamente pela webcam.

 

Se bem que Cheondung não aparecia para ele já faziam três dias. Disse que a câmera havia quebrado, assim conversavam apenas por texto. Não era possível que houvesse mudanças aparentes em tão pouco tempo.

 

A não ser que Cheondung tivesse tido a mesma idéia que teve há algum tempo atrás...

 

 

:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:

 

 

– Seung...ah.

 

Os gemidos femininos eram audíveis em todo o apartamento, talvez até do prédio inteiro, e o causador do fato gostava disso. O relógio já marcava meia-noite, esperava que algum vizinho fosse reclamar, ou ameaçar chamar o síndico, mas quem ligava para isso numa hora como essas? Que se danassem todos!

 

As estocadas se intensificaram e SeungHo estava prestes a chegar ao ápice, quando seu telefone começou a vibrar no móvel ao lado da cama. Pela posição, conseguia ler no visor do aparelho a origem da chamada.

 

Que se danassem todos, menos ele.

 

– Puta que pariu, Thunder, tinha que ligar agora?

 

– Ah... deixa ele pra lá Seung... – a jovem forçava a voz num gemido manhoso, agarrando-se aos braços fortes de Yang, a fim de convencê-lo. – continua...

 

Não podia deixar Cheondung para lá. Nem se quisesse conseguiria fazer isso.

 

– Me desculpe... – retirou-se de dentro da garota e esticou-se para pegar o aparelho que não havia parado de vibrar ainda.

 

Pôde ver o olhar furioso que a garota lançava sobre si. Antes deitada, agora ela escorava-se na cabeceira da cama e cruzava os braços, incrédula.

 

– Eu não acredito que você parou de transar comigo só para atender esse seu amiguinho idiota!

 

SeungHo já prestes a apertar a tecla verde e colocar o celular no ouvido parou, e voltou seu olhar frio para a mulher, nitidamente incomodado com o comentário feminino.

 

– Eu vou atendê-lo, se quiser esperar que eu desligue, a gente continua, se não, outro dia marcamos alg...

 

– OUTRO DIA? – a voz da coreana subiu todas as oitavas possíveis – Só pode estar ficando louco se acha que depois disso eu ainda vou querer outro dia com você!

 

Ela então levantou e apanhou suas roupas que estavam no chão, vestindo-se rapidamente. A essa altura o telefone na mão do rapaz já havia parado de tocar. Bufou, irritado.

 

– Eu vou sair por aquela porta, SeungHo, e não vou voltar atrás na minha decisão! – A garota ameaçou, segura de que aquela atitude o faria mudar de idéia e tomá-la mais uma vez entre os braços.

 

Yang, entretanto, levantou-se – ainda nu -, passou por ela e pegou sua calça jeans do chão, retirando de dentro de um dos bolsos a carteira. Em seguida atirou algumas notas de dinheiro e um cartão sobre a cama.

 

A moça assistia a tudo boquiaberta, parada em frente à porta do quarto, já vestida em seu micro-vestido meio amarrotado devido à pressa para colocá-lo.

 

– Olha... JungHee, não é? Aí tem o telefone do táxi pra você voltar pra casa em segurança. – disse enquanto retirava da gaveta e vestia uma box branca. – Nos vemos na faculdade.

 

Seungho tinha sorte de que aquela garota não possuísse visão de raio laser, do contrário, já estaria agonizando no chão, suplicando clemência. Mas como não possuía nenhum poder especial para fuzilá-lo, atirou um tênis do dono do apartamento no mesmo, a munição mais próxima que havia encontrado, antes de correr até a porta de entrada.

 

– E o meu nome é HyeSoon! – gritou e bateu a porta atrás de si com todo o ódio que adquiriu com o jovem.

 

– Que grosseira, podia pelo menos sair sem quebrar a porta... – sussurrou irônico, enquanto ia até a sacada do apartamento, retornar a ligação para Thunder, que rapidamente após um bipe, atendeu sua chamada.

 

– Yaaaaang!!! Yang Yang Yan~ - o menor praticamente berrava pelo amigo, que teve que afastar o aparelho do ouvido.

 

– Primeiro; cala a boca. Segundo; Sabe que não é pra me chamar assim, que eu te parto a cara em duas. Terceiro; diz logo o que você quer que eu não to com sac-

 

– Hyung... – a voz mudou de histérica para melancólica. – Aconteceu uma tragédia! Você precisa vir aqui me ajudar!

 

“Tragédia? Sei...” – guardou o pensamento para si mesmo.

 

SeungHo sabia que o mais novo era desastrado e desatento, e vez ou outra se metia em confusão, por isso deduzia que a ‘tragédia’ poderia ter sido provocada pelo mesmo.

 

– O que você fez?

 

– Eu não fiz nada... de mais.

 

– Park SangHyun, me diz logo, o que diabos você fez?

 

– Eu explico, ou melhor, mostro quando você chegar. Vem logo! – Sua voz desesperada assustou-o mais ainda, não precisando pensar duas vezes para responder.

 

– Tá bom, se acalma. Em meia hora estou aí. – desligou, e voltou para o quarto, afim de vestir-se e ir de encontro ao amigo.

 

Ao caminhar de volta ao quarto, percebeu que uma dor percorria-lhe o baixo ventre, uma dor que havia parado parcialmente ao interromper o ato sexual, mas que voltara agora, coincidentemente, enquanto falava com Thunder ao telefone, num incomodo que, segundos antes devido à preocupação, nem sentia mais.

 

Voltara a ficar excitado.

 

– O desgraçado me interrompe justo naquela hora, óbvio que vou continuar de pau duro. – Olhou para seu sexo, que começara a pulsar, pedindo para ser aliviado. – Só vai resolver se eu me meter debaixo d’água gelada.

 

E foi exatamente isso que fez. Antes de sair, foi tomar banho com o chuveiro elétrico desligado. A água fria caía sobre sua cabeça, dando-lhe um arrepio incômodo na espinha, devido ao choque térmico.

 

Seu membro foi perdendo volume à medida que acostumava-se com a temperatura debaixo do chuveiro. Tentou a todo custo tirar o corpo exuberante da universitária com quem estava minutos atrás e qualquer outra coisa que pudesse deixá-lo excitado de seus pensamentos.

 

Mais alguns minutos recebendo água fria em seu corpo foram necessários, e quando finalmente a excitação de seu baixo ventre havia passado, desligou o chuveiro e envolveu uma toalha na cintura, encerrando o banho e saindo do banheiro.

 

Voltou ao quarto e procurou no guarda-roupa uma blusa qualquer. Pegou uma cueca vermelha – uma entre a maioria dessa cor em sua gaveta -, vestiu a mesma calça jeans que havia tirado minutos antes de ir para a cama com a coreana, calçou um par de tênis e trancou o apartamento, descendo em disparada as escadas do prédio, julgando que naquele momento, seria mais rápido do que esperar o elevador.

 

O trânsito da madrugada foi tranqüilo, por isso, Yang chegou à residência do amigo mais rápido do que o que havia previsto. Desceu do carro, travando-o em seguida. Na recepção, pediu ao porteiro para subir, pois estava sendo aguardado. Esse então, como sua função manda, interfonou para Thunder, que confirmou o que SeungHo havia dito. O percurso do elevador até o apartamento do mais novo não durou nem três minutos.

 

– Elevador eficiente... deveriam trocar aquela bugiganga velha do nosso prédio por algo como isso. – Comentou para si mesmo, enquanto descia no hall do apartamento de Thunder.

 

Tocou a campainha do 523 e ouviu a voz de Cheondung informá-lo para abrir a porta, pois não estava trancada, o que o mais velho logo o fez.

 

Ao entrar, deparou-se com a sala de estar arrumada e limpa. Os DVDs e CDs enfileirados nas prateleiras da estante, o vídeo-game conectado à TV... Tudo em seus devidos lugares. Mas nada de Thunder. Andou pelo corredor em busca do mais novo, até chegar à porta de seu quarto, que estava entreaberta.

 

O quarto estava escuro, mas a luz do banheiro escapando pela fresta do chão da porta fechada denunciava que ele certamente estaria ali. Esquecendo-se de acender a luz e ansioso para saber o que o amigo havia aprontado, caminhou pelo cômodo escuro até chegar à porta. Pousou uma mão sobre ela e outra na maçaneta, tentando girar para abri-la, em vão.

 

– Cheon, você está aí? – Encostou a orelha na porta para tentar ouvir alguma resposta. – Cheon, eu cheguei, quer abrir essa droga?

 

– Hyung... – ouviu por fim, a voz do amigo – você não pode me ver! Vai embora!

 

Mas que diabos era aquilo agora?

 

– Perdeu o juízo?

 

– Perdi hyung... eu fiz uma besteira e quero ajuda... por isso te chamei. – Disse por fim, fungando. Logo SeungHo percebeu que o mais novo chorava. – Mas se você me ver, vai rir de mim! Melhor você ir...

 

O mais velho estava perdendo a paciência, e aquele choramingo, para piorar, o estava preocupando. Sabia que Thunder não daria o braço a torcer.

 

A não ser que...

 

– Escuta bem, sua girafa desmiolada, se acha que eu vou sair daqui depois que você me impediu de ter um orgasmo que uma gostosa estava prestes a me dar, me fez sair de madrugada da minha casa pra vir aqui ouvir você me mandar dar meia volta por trás de uma porta, você vai me pagar. Vou jogar todos os seus jogos de vídeo-game pela janela!

 

Em segundos, o mais novo havia aberto a porta com uma expressão furiosa no rosto, e partido para cima de SeungHo, tentando atingi-lo com murros no peito, impedido pelas mãos fortes do outro que seguravam seus pulsos.

 

– Eu não vou deixar que faça isso!!!

 

– Sabia que de alguma forma te convenceria a abrir essa porta – Lambeu os lábios de um jeito sedutor não proposital, sorrindo em seguida.

 

Só depois de observá-lo enrubescer e virar a cabeça para outro lado, evitando olhá-lo nos olhos foi que notou que havia algo de diferente nele.

 

Mais precisamente no cabelo dele.

 

– Cheondung, o que você fez com o seu cabelo? – Tocou as madeixas pretas do mais novo, agora muito desiguais. – O cabeleireiro que te fez isso tem mal de parkson ou é cego?

 

O riso teimou em sair dos lábios do mais velho, que o prendia com dificuldade, o que não estava agradando nada o mais novo.

 

– Fui eu, Seung... – suspirou. – Queria trocar de visual, mudar o cabelo comportado e regular de sempre, mas parece que não deu muito certo.

 

– Tô vendo... – pendeu para trás devido ao riso que não conseguiu segurar mais, tropeçando e caindo na cama do amigo.

 

– Hyung, para de rir de mim e faz alguma coisa!

 

– Hein? – o mais velho fez um esforço para voltar a sentar-se e inclinou uma das sobrancelhas, trazendo uma interrogação em sua expressão.

 

Thunder entrou novamente no banheiro, voltando logo em seguida com uma tesoura em mãos.

 

– Você poderia ajeitar pra mim? – estendeu o objeto em suas mãos até entregá-lo à SeungHo, que pegou o objeto ainda sem entender aonde o mais novo queria chegar.

 

– Mas o que eu posso fazer? Não sei nada sobre cortes de cabelo, e o que o cabeleireiro faz no meu cabelo é somente aparar, nem isso eu sei fazer sozinho! – olhou confuso para o mais novo, mas este tinha uma expressão de cachorrinho pidão no rosto.

 

O mais velho odiava quando o amigo fazia aquilo, e sabia que a contragosto cederia àquela chantagem.

 

Thunder então, vendo que seu amigo daria o braço a torcer, puxou a cadeira giratória para o lugar onde estava antes e sentou virando-se de costas para Yang, para que ele pudesse começar a mexer em seus cabelos.

 

– Cheondung, eu realmente não sei como... – dizia enquanto analisava o estado do cabelo do outro com os dedos, bagunçando-o.

 

Ainda de costas, pegou na mão do mais velho que segurava a tesoura, apertando-a firmemente.

 

– Apenas iguale as partes desiguais – instruiu. – Eu confio em você, hyung.

 

Por um segundo, aquele gesto e palavras fizeram SeungHo paralisar. Agradeceu a todos os santos por Cheondung não estar lhe olhando naquele momento.

 

Sem mais delongas, começou a fazer como o mais novo tinha dito, cortando as mechas maiores, tentando deixar o cabelo todo no mesmo nível. SeungHo executava a tarefa com todo o cuidado possível, temendo estragar ainda mais o visual do amigo.

 

Cheondung permanecera quieto na cadeira durante toda a ação, não falava ou movia um músculo. Estava ansioso e nervoso demais naquele momento.

 

Mais alguns cortes e ajustes, e estava acabado.

 

– Cheon, eu não sei se... – mas o mesmo não o deixou terminar, correu até o espelho para verificar como havia ficado, voltando segundos depois com um enorme sorriso no rosto e pulando sem parar.

 

– Waaa~ está ótimo! Bem melhor do que como o deixei! Você é incrível hyung!

 

O mais novo deu um abraço e levantou SeungHo, que estava ficando sem graça com a situação.

 

– Ta, me solta, estou ficando sem ar! – reclamou, para que o soltasse, o que logo aconteceu. – Pelo menos agora, você está uma girafa apresentável, com um cabelo menos arruinado.

 

O mais velho caminhava em direção à porta do quarto para ir embora, quando sentiu um peso em suas costas e dois braços envolvendo seu pescoço, forçando-o a pender para frente.

 

– Não me chama assim, hyung! – SeungHo não teve tempo de desvencilhar-se, o que acabou levando o mais novo a cair no chão do corredor por cima de si.

 

– Seu pirralho retardado de dois metros! Você vai ver!

 

SeungHo rolou para o lado, agarrou, e esticou um dos braços de Thunder. Prendeu-o pelo tronco com suas pernas, deixando-o impossibilitado de soltar-se. Era assim que costumava torturá-lo, com seus golpes infalíveis.

 

– SeungHooo! – sua voz saía abafada devido à posição. – Me solta, eu não faço mais!

 

– Toda vez você diz isso, acha que eu ainda vou cair nessa? Vai ficar aí até eu achar que deve.

 

Sentia-se superior por imobilizar o amigo. As artes marciais – seu hobby – sempre vinham a calhar quando amigos como Cheondung lhe causavam problemas e deveriam ser punidos. E essa era a punição que mais lhe caía bem.

 

Ficou observando o amigo imobilizado, e só agora havia notado como ele estava vestido; uma calça moletom bege e uma regata branca. Thunder era bem magro, mas nada impediu que o achasse bonito com uma blusa como aquela, mesmo sem ter músculos para exibir.

 

Cheondung possuía sim atrativos, e a cada dia que passava, SeungHo se dava mais conta disso. Certo dia reparava na cor da íris de seus olhos, no seguinte, no jeito como sorria. E na mesma proporção que aumentava sua percepção nos detalhes do mais novo, aumentava o ódio de si mesmo. Odiava-se por ser detalhista, por reparar em um homem – seu melhor amigo – e principalmente; odiava-se por não conseguir parar de fazer aquilo.

 

E mais uma vez, estava fazendo aquilo de novo, dessa vez com o detalhe de que nunca achara tão bom tê-lo dominado entre seu corpo. Pensou que qualquer menina daria a vida para estar ali em seu lugar.

 

Sorriu.

 

Passou a língua sobre os lábios novamente, sua mania habitual, e continuou ignorando as clamas do amigo. Segurou seu pulso mais firmemente e ajeitou as pernas no tronco do mais novo. Observou-o agonizando debaixo de si, divertindo-se com a situação, sem nem perceber que aquilo voltou a deixá-lo excitado.

 

– SEUNGHO! Teu pênis tá roçando no meu braço! Me larga!

 

Ao ouvi-lo dizer isso, soltou-o imediatamente, sentando e encarando-o abismado. Mais uma vez, ficou da cor de seus trajes íntimos.

 

Como diabos isto pôde acontecer?! Será que sua excitação não-liberada não podia conter-se até quando voltasse para casa?

 

– Me-mentiroso! – virou-se de costas, tocando em seu baixo ventre para verificar discretamente se havia algum volume a mais em sua calça.

 

Ele estava certo. Havia um certo volume sim.

 

– Relaxa hyung, foi brincadeira! – disse engatinhando em sua direção, abraçando-o.

 

Brincadeira?

 

Ele realmente não havia percebido e estava só brincando?

 

– B-brincadeira idiota! Ainda mais naquela posição! – Reclamou, retirando os braços alheios de cima de seus ombros, levantando-se e andando de volta ao quarto do dono da casa.

 

– O que vai fazer Seung? – o mais novo ainda sentado no chão, acompanhava Yang com seus orbes negros.

 

– Dormir – Foi o que ouviu ao longe, de dentro do seu quarto.

 

– Dormir? Aonde?

 

Dessa vez não obteve resposta. Levantou-se rapidamente e correu até o quarto, parando na porta e deparando-se com SeungHo jogado em sua cama de solteiro.

 

– Mas nem pensar! Sai daí, SeungHo! – Tudo o que ouviu foi um gemido como resposta, não conseguindo identificar se aquilo significava um “sim” ou um “não”.

 

Puxou o pé do mais velho, na tentativa de arrastá-lo até que caísse no chão, mas foi em vão. SeungHo agarrara-se na madeira da base da cama com toda a força que possuía, mostrando ao mais novo que não se daria por vencido tão fácil.

 

– Não foi você que me chamou para vir aqui a essa hora, por causa da sua ‘tragédia’? Agora vai ter que me agüentar.

 

Depois de mais um puxão, sem obter resultado algum, desistiu. Largou o pé do amigo e passou pela porta do quarto, até entrar no cômodo do outro lado do corredor.

 

Avistou a cama de solteiro do quarto de hóspedes, dirigindo-se até ela e retirando o colchão da base. Carregou-o até seu quarto, atirando-o ao lado de sua cama, depois fazendo o trajeto contrário novamente para pegar o travesseiro e a coberta que tinha deixado para trás.

 

Quando tudo que SeungHo iria precisar já estava em seu quarto, voltou-se para o mesmo, chamando-o novamente.

 

– Hyung, eu trouxe um colchão pra você... poderia por favor sair da minha cama? – O pedido, educado, na verdade vinha carregado de fúria contida pelo mais novo. Já havia tentado de tudo praquele folgado sair e nada!

 

Não. Não havia tentado de tudo, mas o que tinha guardado em mente o deixaria bastante irritado.

 

Mas e daí, todas as alternativas falharam, essa era a única que restava.

 

– Tudo bem, Yang, pode dormir aí, eu fico no colchão e...

 

Imediatamente, SeungHo virou-se, fitando Cheondung com faíscas nos olhos. Empurrou o amigo antes em pé, para o colchão que ele havia posto ao lado da cama, sentando por cima do corpo do mais novo, prendendo seus pulsos acima da cabeça com as mãos.

 

– Você quer morrer agora, ou quer que eu vá te torturando aos poucos, pra que fique agonizando até a morte?

 

Cheondung sentiu todos os pelos de seu corpo arrepiarem, mas não era por medo. Sabia que o mais velho sempre o ameaçava quando chamado pelo segundo nome, porém, nunca fazia nada. Talvez o motivo fosse pela posição em que estava sendo encarado.

 

– Seung... – graças aos rostos a poucos centímetros de distância, a aflição de Thunder aumentava gradativamente.

 

O mais novo então, numa atitude impensada, fechou os olhos. Seu coração batia aceleradamente como se a qualquer momento fosse saltar do peito.

 

Não muito diferente do mais velho. Este agora estava inquieto, e mantinha os olhos cravados na nova expressão do amigo.

 

Por que diabos ele fechara os olhos? E por que essa visão lhe causava um frio na barriga? Um choque interno que percorria todo o seu corpo, ou até mesmo uma sensação... prazerosa?

 

Como quem desperta de um transe, com a mesma velocidade que o atacou, largou os pulsos do mais novo e levantou-se subitamente, assustando Cheondung que no mesmo instante, abriu os olhos. Ficou olhando para o mais velho, que estava em pé, de costas para si.

 

– Er... tudo bem, eu durmo no colchão. – Coçou a cabeça, atrapalhado. – Já volto.

 

SeungHo entrou apressado no banheiro, fechando a porta atrás de si. Olhou-se no espelho preso à parede acima da pia e reparou que seu rosto estava vermelho. Direcionou o olhar um pouco mais para baixo em seu reflexo e percebeu também um volume a mais em sua calça.

 

– Se Cheondung não tivesse me interrompido com aquela...

 

– Hyung? – A voz estava distante da porta, provavelmente o mais novo ainda estivesse no mesmo local. – Me chamou?

 

Droga! Tinha falado tão alto assim?

 

– Não. Você deve estar ouvindo coisas.

 

Voltou a olhar para o reflexo e imediatamente a imagem do amigo há poucos minutos voltara a sua mente. Não era o Thunder que estava acostumado a ver, brincalhão e inocente. Era um Thunder mais atraente, sexy...

 

Sentiu o membro latejar por dentro da roupa. Estava acontecendo de novo, quando pensava em Cheondung.

 

Não. Isso não. Com certeza seu corpo estava assim por ter sido interrompido no meio do sexo com uma mulher. Era só isso. Além do mais, aquele pensamento era algo totalmente sem fundamentos. Homens não lhe atraíam.

 

Resolveu tomar um – outro – banho frio para esquecer um pouco tudo isso. Tirou sua roupa e adentrou ao box. Reparou nos recipientes de xampu e condicionador para cabelos tingidos que Thunder usava, postos lado a lado numa prateleira fixa à parede. Não entendia muito bem para que todo aquele cuidado. Para ele, apenas um xampu anti-caspa já era o suficiente.

 

De repente, imaginou Cheondung ali, um belo contraste do azul-turquesa dos azulejos da parede e sua pele clara, o rosto erguido em direção a água que caía do chuveiro, os olhos fechados forçadamente, o corpo esbelto e magro molhado e altamente...

 

– Não! – Outra vez esses pensamentos malditos! Por que não os deixavam em paz?

 

Levou as mãos ao rosto, enquanto a água do chuveiro molhava-lhe toda a extensão de seu corpo.

 

– SeungHo? – Outra vez ouviu o mais novo chamando-o do lado de fora do banheiro, agora mais próximo à porta. – SeungHo você está bem?

 

 

:-:-:-:-:-:-:-:-:-:-:

 

 

– SeungHo?

 

A voz de Thunder era tão presente em seus pensamentos, que Yang era capaz de ouvi-lo ali mesmo, naquele aeroporto, atrás de si.

 

Suspirou. Levou a garrafa d’água à boca, tomando o líquido que havia restado nela. Foi então que sentiu uma mão apertar seu ombro, por cima do casaco que usava.

 

– Seu subconsciente viajou para Marte e deixou o corpo na Terra? – Disse a pessoa atrás de si, rindo.

 

Virou-se devagar em direção àquela voz familiar, até deparar-se finalmente com quem tanto esperava, mas que não correspondia exatamente com a imagem que seu cérebro gravara dele. Cheondung voltara diferente.

 

E pela segunda vez naquele dia, enrubesceu.


Notas Finais


ps: Pesquisei nomes femininos coreanos pra colocar na fic, e fiz combinações randomicas pra formar os nome sque coloquei na fic, a minha intenção era q n fosse nenhum nome famoso pra vcs n ficarem imaginando o SeungHo com uma k-idol "vadia". Aí eu lendo noticias na timeline descubro que existe uma Jinsook no Rainbow. Mas a Jinsoo da fanfic não tem, me safei Q
ps2: espero sinceramente que tambem nao exista nenhuma HyeSoon famosa, se n to lascada lol
ps3: tomara q n tenha sobrado nenhum erro x_x


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