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História Unexpected - Capítulo 12


Escrita por: Camolesi

Notas do Autor


Oi lindxs!!
Eu usei o capítulo de ontem da novela (14/09) , mas claramente ficou fora da cronologia certa da novela, ja aviso que isso vai continuar acontecendo porque a novela me da umas ideias que eu não posso simplesmente deixar passar kkkkk Espero que não fique confuso.
Espero que gostem.
PS: a parte em itálico é flashbach

Capítulo 12 - Capítulo 12


Fanfic / Fanfiction Unexpected - Capítulo 12

“Estou gravida”- Ela sorri largamente sentindo uma alegria inexplicável. Julieta volta-se para Aurélio que continuava atrás dela e seu sorriso aumenta – se é que isso era possível – ao ver a alegria do noivo estampadas por todo seu rosto. E como sempre, ela se sente hipnotizada por aqueles olhos vibrantes dele que a prendem, todo o mundo desaparece por aqueles longos segundos que conversam silenciosamente.

Aquela troca duraria muito mais se Julieta não tivesse sido interrompida pelos braços de Jane que a rodam e apertaram, braços estes que agora ela estava começando a se acostumar. A nora olhou em seus olhos e tenta diversas vezes falar algo, mas acaba rindo deixando as lagrimas caírem rumando para baixo até seu sorriso aberto.

“Oh meu Deus minha sogra! Que noticia incrível! Vamos compartilhar momentos da gravidez juntas!”- A loira praticamente da pulinhos de felicidade no meio da sala, sua leveza contagiando a todos, a jovem parte para abraçar Aurélio que o aceita alegremente.

“Eu estou mais do que radiante em ter um irmãozinho! Já lhe disse tudo que queria mãe, mas quero agradecer a Aurélio. Muito obrigada por trazer esse sorriso e a alegria. Uma alegria que eu nunca havia visto em nossa Julieta”- O futuro padrasto de Camilo sente as lágrimas se acumularem e a garganta se fecha impossibilitando que lhe respondesse. Camilo o compreende e os homens da vida de Julieta se abraçam ternamente, palavras sendo desnecessárias.

“Meus parabéns Dona Julieta” – Ernesto é tímido, mas não deixa de abraçá-la e com um pouco mais de intimidade provoca o sogro – “Conquistou todas as felicidades da vida hein sogrão! Você merece!”- declarou batendo a palma da mão nas costas do homem mais velho.

“Obrigada Ernesto! Obrigada Camilo!”- Aurélio agradece quando encontra sua voz.

Julieta observa quieta com as lagrimas que já desciam livres no rosto, suspira vendo a felicidade emanando de todos os presentes.

“Ham...”- Ema deixa escapar da garganta chamando a atenção de todos para si. A moça tinha os olhos arregalados, a face séria em uma expressão completamente confusa – “Eu... Eu...”

“Minha filha, esta tudo bem?”- Aurélio pergunta preocupado.

“Quer dizer...”- A mais nova começa os olhos se fechando, a cabeça balançando de um lado para o outro – “Quer dizer que... Vou ter um irmão?”

“Ou irmã!”- Julieta enfatiza sorrindo vendo pelo canto dos olhos Aurélio rir baixinho de sua correção.

“Ema! Você já tem um irmão, vai ganhar MAIS um”- Camilo diz com uma indignação fingida apontando para si mesmo. Todos observam a face de Ema passar de confusa para emocionada em um piscar de olhos, a menina coloca as mãos na boca para segurar um soluço que acaba saindo de qualquer modo.

“Eu...”- ela deixa os braços pender ao lado do corpo e as lagrimas desabam – “O que fiz para ganhar tanto? Eu não mereço!”

“Ema...”- Ernesto começa, mas a esposa o corta.

“Meu pai feliz como nunca vi antes foi presente o suficiente, mas a senhora...”- A desenhista encara os olhos receosos de Julieta e completa com a voz arranhada pelo esforço de colocar as palavras para fora – “Esta me dando tanto... Um irmão mais velho, uma mãe zelosa e agora...”- Ela fecha os olhos as mãos pousando no coração – “Esta me dando a família que sempre sonhei para o meu pai, Julieta! Não sei como agradecer!”

Os soluços se tornam insuportáveis na garganta da jovem que já não controla em nada suas emoções. Ema curva-se para frente, abraçando o próprio corpo, sentindo-se pequena diante a tantas emoções que se atropelam dentro dela. Julieta, que parecia em transe durante a declaração da mulher, corre em sua direção a amparando com seus braços que a mais nova aceita sem pestanejar, molhando seu pescoço ao esconder seu rosto nos cabelos de Julieta como uma criança que é acalentada por sua mãe.

A cena emociona a todos no recinto, mas principalmente Aurélio que também abraça a filha, mesmo esta ainda estando enlaçada a sua noiva, os três choram com sorrisos nos rostos. O homem beija a filha na cabeça e acariciando as costas da mais nova enquanto Julieta acaricia seus cabelos e pouco a pouco Ema vai se acalmando. Ela sai dos braços dos dois e encara a barriga de Julieta e rindo ainda emocionada diz:

“Meu Deus! Sua barriga já esta aparente!”- Seus olhos voltam a ficar cheios de lagrimas que havia acabado de limpar do rosto – “Eu posso...?”- Ela começa a perguntar, mas antes mesmo que o faça por completo, Julieta já esta concordando com a cabeça, incapacitada de dizer qualquer coisa que seja.

Ema delicadamente pousa a mão direita sobre o ventre de Julieta enquanto mantem a outra sobre o peito, como se assim pudesse controlar as batidas frenéticas que o coração dava, Camilo se aproxima e pousa sua mão sobre a da futura irmã atraindo seu olhar. Ele sorri e a abraça pela cintura de lado, beijando sua testa a fazendo sorrir, logo Camilo sente a palma de Aurélio sobre a sua sendo acompanhado por Julieta que pousa a dela sobre a dele.

Os quatro ficam assim, unidos naquele momento, por longos segundos, os sorrisos aumentando a cada instante que passa, e  aquela sensação era tão única desejavam que a alegria e o amor que sentiam seria só o começo.

DÉCIMA SEXTA SEMANA

“Esta tão quente quanto estou sentindo ou é somente a gravidez?”- Julieta pergunta com uma careta enquanto abana seu pescoço com o leque.

“Esta sim muito quente, mas deve estar ainda mais para você com estas vestes pretas e fechadas”- Ema diz com um tom repreendedor enlaçando seu braço ao de Julieta a conduzindo pelas ruas do Vale do Café.

“A senhorita sabe que estou passando por cima de meu luto, mas imagine o choque de todos se a Rainha do Café aparece por ai, além de... gravida...”- ela sussurra a palavra – “parecendo um arco-íris ambulante como seu avô diz que pareço”- a mais velha revira os olhos, levemente incomodada.

“Ora, não dê ouvidos ao meu velho Barão! E você não deve explicações a ninguém Julieta”- A futura filha sorriu largamente entrando na loja tendo de forçar um pouco para que Julieta o fizesse também – “Ah Julieta, por favor, faça por mim! Vai ser divertido!”- A empresária encarou Ema por alguns segundos e concluiu que a mais nova não a deixaria se safar e concordou.

“Ema!”- Ludmilla exclama sorrindo e abraçando a sócia logo em seguida cumprimentando Julieta – “Eu adiantei tudo e agora deixo em suas mãos. Com licença” – Saiu tão rapidamente que Julieta sentiu-se atordoada.

“O que foi isso?”- A Rainha pergunta.

“Sei que quer manter meu irmão... Ou irmã”- corrige rapidamente – “Fora dos holofotes por enquanto, então pedi que Ludmilla permitisse que eu tomasse conta da loja para que ficasse mais a vontade”- Esclareceu fechando as portas da loja sorrindo para ela.

“Ema...”- As emoções borbulharam passando como avalanche sobre ela. Não era possível, estava sensível demais!

“Oown Julieta!”- A futura filha a abraça vendo os olhos dela se encherem de lagrimas por seu gesto – “Agora venha, vamos provar vários vestidos soltinhos para que não passe tanto calor e não sufoque esse bebê lindo”- Sorri largamente acariciando o ventre dela. Ambas riem e passam a caminhar entre as araras enquanto Ema lhe mostra cada um dos modelos variados, tecidos e cores que possuíam, separando um a um dos que lhe agradava.

DÉCIMA SÉTIMA SEMANA

O casal chega a casa extremamente contentes, o julgamento de Brandão saiu como todos esperavam, quer dizer, foi uma surpresa Xavier apontar a arma para todos no recinto enfiando a corda no próprio pescoço após perder as estribeiras com o testemunho de Susana e Petúlia, mas o desfecho foi o esperado por todos: o coronel totalmente absorvido de todas as acusações contra ele.

Julieta sentia-se completamente exausta, as pernas doíam, mas o esgotamento veio pela carga emocional abundante que passou naquele dia. Ela ainda sentia a coluna tremer quando se lembra daquela arma apontada para ela e seu filho (ou filha!), o corpo de Aurélio no mesmo instante na frente do seu e ainda não sabia o que era pior.

Manteve-se quieta durante o caminho do tribunal ate a fazenda acariciando a barriga crescida tentando manter a cabeça no lugar sem deixar as emoções (o terror pela ameaça, a preocupação pelo bebê, a irritação por Aurélio se colocar em perigo, a fragilidade e a impotência) tomarem conta de si mesma como elas tem feito nos últimos dias. Só voltou a respirar tranquila quando colocou os pés levemente inchados em sua casa.

“Ainda bem que correu tudo bem” – Diz Aurélio suspirando claramente aliviado.

“Não graças a você!”- Ela deixa escapar com um tom irritado enquanto senta-se no sofá.

“Por que diz isso?”- O tom dela o deixa preocupado e cauteloso. Os olhos chocolates o encaram e ele só vê uma raiva tremenda refletidas nas íris que tanto ama.

“Ainda não acredito que se colocou em minha frente Aurélio! E se aquele maluco atira? Você colocou-se em perigo!”- Ela esbraveja.

“Julieta!”- Ele exclama simplesmente encarando seus olhos passando a ela sua indignação por suas palavras somente por um olhar e a vê suspirar baixando a cabeça.

“Eu sei...”- Suspira mais uma vez – “Não estou sendo racional, mas você também não foi!”

“E eu faria de novo! Sempre a protegerei, principalmente agora, meu amor”- Ele sorri pra ela falando com a voz suave, quando ela vai responder, Mercedes entra na sala pedindo licença.

“O senhor Barão teve um acidente hoje”- Começou, ambos arregalam os olhos – “Esta tudo bem, mas ele se encontra com leves dores no quadril. Doutor Rômulo esteve aqui e já o medicou. Achei que gostariam de saber”

“Meu Deus Mercedes, fez muito bem. Se conheço bem o Barão, capaz de nem mesmo comentar nada conosco”- Julieta diz pousando uma mão sobre o coração tentando acalma-lo do susto que tomou.

“Ele esta em seu quarto?”- O filho pergunta recebendo um aceno positivo em resposta. Julieta se coloca de pé já pronta para acompanhar o noivo a uma visita ao velho rabugento que já aprendeu a gostar.

Subiram as escadas em silencio e continuaram assim até ultrapassar o portal do quarto do mais velho e o virem tentando se colocar na cadeira sozinho.

“Papai!”- Aurélio corre até ele o colocando de volta na cama – “O que pensa que esta fazendo?”

“Colocando-me nesta maldita cadeira para chamar alguma criada desta casa que poça ouvir este velho gaga, parece que não há competência por aqui.”- Reclama ele.

“Mercedes disse que o senhor sofreu um acidente hoje. Deve se manter na cama para melhorar, Barão”- Diz Julieta com a voz mansa, sua voz atrai o olhar do velho que repara em sua careta de preocupação.

“Que cara é esta senhora? Parece até que se importa com minha saúde!”- Ele provoca cruzando os braços após desistir de lutar contra os braços do filho que o ajeitavam na cama.

“É porque me preocupo”- Ela responde rindo apreciando as farpas que lhe eram direcionadas.

“Ora... Até parece!” – Ele aperta os lábios encarando o outro lado do quarto, na verdade qualquer lugar que não fosse aquela mulher que provocava por pura criancice – “Esta é muito ansiosa pela minha morte, isso sim. Pois saiba a senhora que o meu digníssimo Imperador Dom Pedro II me disse através de um sonho que minha vida aqui será muito longa”- Suas palavras fazem Aurélio gargalhar alto, a rabugice do pai sempre o impressionando.

O mesmo acontece com Julieta que balança a cabeça negativamente, aquele homem não tinha jeito mesmo, a verdade é que isto só mostrava que tudo ficaria bem e que o acidente não o afetara tanto quanto era o esperado.

“Eu fico extremamente feliz Barão”- Julieta responde, os dedos descendo naturalmente até o ventre acariciando a barriga que pelo vestido soltinho estava muito bem escondida, ela respira fundo, todas as preocupações passando quando sentia o bebê mexer dentro de si mesma.

Ah sim! Julieta naquela semana passou a sentir o (a) filho (a) mexer. Na primeira vez foi um pouquinho antes de se deitar, estava acariciando o ventre observando Aurélio trocar de roupa em sua frente enquanto ela falava com o bebê:

“Acredita minha sementinha? Ele se recusa a atender os desejos que você tem feito à mamãe sentir”- Ela diz olhando-o pelo canto dos olhos e quando ele sorri um sorriso bobo contagiante, ela sorri também. Os dedos desenhavam leves padrões no ventre despreocupadamente – “O quê? Disse que papai tem que fazer amor com a mamãe?”- Ela fingiu ouvir a criança responder – “Viu só?!” – Ele gargalhou alto da cara dela de convencida se aproximando ainda rindo alto.

Ela o acompanha e quando ele esta próximo o suficiente, ela o pega pelo pescoço e quando esta para beija-lo, arregala os olhos repentinamente.

“Meu amor?”- Ele pergunta já preocupado.

“Aurélio...” – Ela sussurra sentindo o ar sendo roubado dos pulmões e o coração acelerar.

“Meu Deus Julieta, o que esta sentindo?”- Ele segura seu rosto, mas ela balança a cabeça negativamente tentando dizer que estava tudo bem.

“Mexeu...”- A palavra saiu de uma garganta – “Nosso filho mexeu Aurélio!” – Os olhos dele arregalaram-se e ele sorriu sentindo-se emocionado.

“Mesmo?”- Ele pergunta inocentemente. Ela afirma com a cabeça levando a palma dele no ventre junta a sua, as lagrimas já caindo dos olhos – “Tem certeza? Meu Deus parece tão cedo!”- Ele exclama rindo.

“Eu já... Já senti isso antes” – Explica secando suas lagrimas rindo e logo recebendo um beijo emocionado do noivo.

“O senhor Barão terá de viver muito ainda, Dom Pedro II esta mais do que certo em mantê-lo aqui papai”- Aurélio diz a ele se colocando ao lado de Julieta, beijando a bochecha da noiva suavemente.

“E porque Aurelinho? A morte é uma dádiva e...” – O homem começa seu discurso observando o comportamento do casal, repara agora no movimento de Julieta sobre a barriga – “E... a morte... ela...” – Continua balbuciando enquanto o cérebro conecta este momento a tantos outros que ele havia decidido ignorar. Quando o velho Barão finalmente entende o que o casal diz silenciosamente, seus olhos se arregalam e ele simplesmente perde a fala.

“Papai?” – Aurélio chama preocupado com o súbito silencio.

“Você... Vocês...”- Ele continua balbuciando um pouco perdido, os olhos não sabendo onde pousar: se nos dedos de Julieta que ainda acariciavam despreocupadamente o ventre, se no volume que o movimento deixava evidente de sua barriga já inchada, nos olhos lacrimejados da nora ou no sorriso dela que já sabia o que o sogro pensava.

“Aurelinho!”- Ele exclama surpreso.


Notas Finais


Fiz duas semanas só nesse capítulo pq a continuação do capítulo anterior ficou bem grandinha. Talvez não tenha uma quantidade certa como eu achei que teria kkk
Comenteeeeeeeem ♥


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