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História Unexpected - Talvez possa ser perigoso


Escrita por: FanfictionariaJ

Notas do Autor


Como eu disse no capítulo 13, eu me esqueci de postá-lo então estou arrumando tudo pra ficar certinho, e mais uma vez, desculpa.

Capítulo 17 - Talvez possa ser perigoso


Quando acordei a única coisa que eu queria fazer era voltar a dormir, eu ainda me sentia exausta. Mas um choro de criança me fez abrir meus olhos sonolentos e olhar ao redor do quarto que eu estava. Ai merda, branco demais. Fechei meus olhos por um momento por conta da claridade que feriu-me, e abri novamente. Deparando-me com o insistente choro ainda mais perto. Logo mamãe apareceu em minha frente com um embrulho rosa, ela acariciou minha bochecha e sorriu largamente com os olhos embaçados pelas lágrimas.

- Ela é tão linda, Di. – Sussurrou e me estendeu o embrulho rosado.

Eu não fazia idéia de como ser mãe, mas eu faria de tudo para ser a melhor mãe do mundo para minha filha, ser pelo menos metade do que minha mãe foi para mim. Quando encostei seu corpinho em meu peito senti meu coração se apertar de tanto amor por essa pequena criaturinha. E então ela parou de chorar e ficou me olhando parecendo curiosa. No momento em que foquei meus olhos naquelas imensidões azuladas meu coração parou de bater. É claro que poderia mudar de cor com o tempo, pelo que ouvi dizer a maior parte dos bebês nascem com olho azul, mas que droga, era tão parecido com os de seu pai. Ela poderia nunca conhecê-lo, mas sempre teria uma lembrança eterna em seu rosto.

(...)

Menos de uma semana depois já estávamos instaladas novamente em casa. Agora com a pequena Rorie com seu um mês e meio de idade em casa parecia meio pequeno. Talvez daqui um tempo nos mudássemos daqui e encontrasse um lugar bem maior para nós. Ela costuma ser bem imprevisível de dia, uma hora ela está toda calminha e daqui a um instante está toda agitadinha, ás vezes é difícil acompanhar seu ritmo. Mas a noite por volta da 1h e 5h da madrugada ela fica inquieta e começa a chorar, fazendo-me levantar e ir acalmá-la rápido, antes que ela acorde todos os vizinhos. Bem, ser mãe era muito mais complicado e cansativo do que eu pensei e do que algumas pessoas dizem, que bebês são um amorzinho e tal, apenas em certos momentos, porque quando querem acordam o bairro inteiro. Mas fora isso era muito bom ficar com Rorie, cuidar dela, amamentá-la, banhá-la, olhá-la, acariciá-la. Era simplesmente muito amor por um pequeno serzinho. Mamãe estava cobrindo meus turnos no café por mais que Enzo e Beatrice, Sr e Sra Baldocchi, tenham insistido que não era necessário. Eu sabia que ninguém conseguiria convencê-la, muito menos eu, ela estava cansada da instabilidade, ela precisava de algum emprego algo com o que ocupar a cabeça fora dessa casa. E hoje eu também precisava sair, estava cansada desse ar de dentro de casa. Precisava de novos ares, eu iria caminhar e depois iria para o café ver mamãe e os Baldocchi. A ultima vez que eu sai de casa foi a uma semana, quando eu possivelmente fiz uma besteira, ao pegar um celular com um cara de atitude duvidosa que eu conheci no café, porém ele tinha o que eu queria, um celular que fosse impossível de se rastrear, eu havia encomendado isso a algum tempo atrás e finalmente tive coragem de ir pegar. Ele poderia parecer membro de alguma gangue, mas era um cara legal e como qualquer outra pessoa caiu de amores pela Rorie quando olhou-a. Ela piscava aqueles incríveis olhos azuis e abria um sorriso encantadoramente banguelo  e pronto um segundo depois já estavam caidinhos por ela. Oh, ela iria me dar problema, muito problema. Mas voltando ao que eu estava dizendo, a finalidade do celular foi: eu precisava partilhar da minha menina com Daíra. Já que ela não estava lá quando Rorie nasceu eu tinha que dar um pedacinho dela para Daí. Afastei esse pensamento quando minha filha reclamou por atenção com seus famosos gritinhos. Terminei de arrumar sua bolsa, e me aproximei para pegá-la do berço, ela sorriu banguela para mim e estendeu seus bracinhos gordos em minha direção. Peguei-a com um largo sorriso, e beijei-lhe a testa, as bochechas rosadas e gorduchas, fazendo-a dar um gritinho de felicidade. Logo peguei as coisas dela e caminhamos para fora de casa. Coloquei a bolsa dentro do carrinho de bebê, eu só o levava por prevenção mesmo, porque ela não gostava muito de ficar no carrinho. A danadinha prefere colo, pois ganha mais mimo. Eu estava com uma sensação estranha hoje, não sabia dizer exatamente o que era, mas resolvi não levar muito em conta. Quando cheguei à cafeteria perdi minha filha para os Baldocchi, olhei ao redor para ver se havia alguém conhecido e só vi dois clientes habituais desse horário, e o Sr. Mal Humorado barra Gatinho. Cumprimentei-os e fui onde minha mãe estava. Ela beijou minha testa e sorriu.

- Acho que vou dar uma passadinha no mercado enquanto Rorie está aqui sendo mais que mimada. – Sorrio largamente na direção que ela estava, e só voltei a olhar para minha mãe quando ouvi sua voz.

- Sim, vá. Cuidaremos dela, e o movimento está fraco, então. Deixe-os a bajularem por mais um tempinho. – Pegou a chave do carro dentro do avental e me entregou. – Me trás um vinho, por favor, filha.

Balancei a cabeça em concordância e sai. O caminho até o mercado era de cerca de 20 minutos, é claro tinha um mais pertinho, porém não tinha todas as coisas que eu precisava. E eu sabia que mamãe e Rorie estariam seguras Enzo as protegeria se algo acontecesse, então eu podia ir tranqüila. Antes que eu pudesse chegar ao mercado observei um movimento estranho pelo retrovisor. Ah não, que merda. Acelerei apenas para testar se era mesmo o que eu estava pensando e senti meu coração bater mais rápido quando comprovei que estava certa. O carro de trás também acelerou. Eu estava sendo seguida, porra. Tentei bolar um plano em minha cabeça, enquanto fazia desvio em algumas ruas tentando despistá-los, porém não funcionou. Então peguei meu telefone quando entramos em uma rua reta, estávamos quase saindo da cidade, e disquei o numero de mamãe.

- Feliz ação de graças! Flieht, mom! – Ação de Graças era nosso sinal de perigo, e “flieht, mom” significava “foge, mamãe”.  Era necessário se ter um código, e a palavra em língua diferente era alemão, aprendemos quando passamos por lá, foi uma coisa de no máximo três semanas, coisa rápida, não consideramos o lugar muito seguro. Antes que mamãe falasse alguma coisa eu desliguei, mas consegui ouvi-la resfolegar antes disso.

Senti minha visão embaçada, mas agora não era momento disso, eu precisava ser forte. Mas no momento em que foquei meu olhar no carro que vinha em alta velocidade em minha direção eu parei de respirar, joguei meu carro para a lateral para desviar dele, antes que eu pudesse evitar meu carro bateu a lateral numa arvore, fazendo o airbag abrir-se em minha frente. Porra. Maldita seja minha sorte. Estava tudo tão bem, como foi virar essa merda de novo? Tentei livrar-me rapidamente do airbag e pulei para fora do carro, mas acho que não fui rápida o suficiente, pois logo senti agarrarem-me pela cintura. Gritei e tentei escapar dos braços fortes e grudentos que me rodeavam. Mexi-me incontrolavelmente para tentar escapar, e acertei meu pé no queixo de um homem grande e vestido completamente de preto que tentou pegar minhas pernas, e cambaleou levemente para trás e levou a mão ao queixo, fazendo uma careta ele xingou até meu ultimo fio de cabelo.  Meu coração parou quando uma figura conhecida pôs-se em minha frente. Desgraçado. Ele sorriu maldosamente enquanto me olhava de cima a baixo.

- Oh não, cadê a pequena, hein? Ficaria mais interessante com ela. – Ele disse com o mesmo sorriso de antes. Rosnei, e voltei a tentar me livrar dos braços grudentos, porém isso só fez ele me apertar mais. – Vamos, faça-a tirar um breve cochilo.

Não tive tempo para pensar sobre o que isso significava antes de sentir baterem forte em minha cabeça. E o ultimo rosto que eu vi em minha frente foi o do senhor Harmonys, o desgraçado.



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