História Unexpected Love - Jimin BTS - Good time with you

Como assim eles estavam se beijando?? Isso não é possível...

Ele disse que não gostava de Eli e agora está beijando ela? Não faz sentido. Eu conheço o Jimin e sei que ele nunca faria uma coisa dessas... No entanto lá está ele, beijando Eli.

Não tenho direito algum de ficar assim, não tenho razão nenhuma, mas fica difícil você ver uma pessoa que te beijou a apenas umas horas atrás comendo outra no meio da pista, mesmo não tendo nenhum tipo de "relação" com a mesma...

Eu só queria que ele viesse agora a meu encontro. Que me apertasse contra ele para que eu não pudesse escapar. Mas era tarde demais. Não consegui mais observar eles e o que faziam no meio da pista, então fui de novo para o bar, ainda que um pouco atordoada pelo que acabara de ver.

– Me dê a bebida mais forte que tiver. - disse para o senhor do bar, que apenas assentiu. Logo ele pôs uma bebida na minha frente, e era bem esquisita posso dizer. Tinha um tom verde, bem estranho, mas isso não importava agora. Eu queria apenas me ver livre desta dor. Afinal porque a estou a sentir? Nós não namoramos de verdade... Que estúpida _____, pensei para mim mesma, tomando a liberdade de deixar algumas lágrimas escaparem. Não quero mais saber se as pessoas ao meu redor vão ver, eu só quero é que essa sensação de vazio e tristeza no meu coração passe.

Dei um gole na bebida e, meu pai céu, era horrível!! Fez minha garganta arder muito, mas apenas continuei a beber e a beber até que o sabor deixou de ser tão ruim como no início. Era suportável.

Continuei bebendo e sempre que chegava no final da bebida eu pedia sempre mais. Não sei quantas bebi, perdi a conta, mas consegui afogar um pouco essa dor.

– E aí _____?? O que você está fazendo?? - disse uma voz, uma que eu conhecia muito bem.

– TAEEEEE, quanto tempo amigão!! - disse passando meu braço pelo seu ombro. Eu talvez tenha bebido um pouquinho demais... mas agora é como se o meu corpo não seguisse as ordens da minha mente, se mexendo livremente, da maneira que bem queria.

– Você bebeu?? - perguntou, se afastando um pouco com as sobrancelhas levemente cerradas. Eu fiz uma cara tipo Eu?? Claro que não..., mas ele não parece ter acreditado. - Senhor, me diga, o que aconteceu? - apontou para mim.

– Então, ela me pediu a bebida mais forte que tinha e começou a chorar. Ela bebeu uns dez copos de Absinto, a fada verde.

– QUÊ? Absinto?? Mas essa bebida possui teor alcoólico muito alto! Como foi capaz de dar uma bebida dessa a uma menina??

– Eu apenas sirvo os meus clientes, desculpa - disse o senhor dando ombros - Vai querer alguma coisa?

– Aish tudo bem. E não, obrigado. - respondeu um pouco rude, e logo se virou para mim - _____ você vem comigo.

– Onde? - perguntei enquanto o mesmo literalmente me puxava para fora do bar.

– Você vem comigo para minha casa. - abriu a porta do seu carro para mim e eu entrei, entrando ele em seguida no lado do condutor. - Você não está em condições de ficar sozinha, não nesse momento. Minha mãe não está em casa, então não tem de se preocupar, apenas relaxe.

Com isso, assenti ligeiramente com a cabeça, me encostando ao assento do carro e me encolhi, como se isso fosse eficaz na minha tentativa de apagar todas as memórias dessa noite da minha cabeça. O que obviamente não foi possível. No entanto, deixei que os meus olhos, que já pesavam, se fechassem de vez, me fazendo adormecer no carro mesmo, sem me preocupar com nada mais.

TAEHYUNG POV

– Cara, vai logo! - disse HyunJin, dando um tapa no meu ombro - A gente está morrendo de sede.

– Sede que não é de água aparentemente, não é mesmo? - respondi divertido, e o mesmo revirou os olhos.

– Você acha mesmo que a gente vinha num bar para beber água?

– Obviamente. Não é você que tem apenas dezasseis anos e que só bebe água nas refeições? Para além de que, claro, devia estar na cama a essa hora. - brinquei, deixando o mesmo sem palavras e ligeiramente ofendido, enquanto todos os outros riam. - Já volto. - sorri, passando as mãos no cabelo de HyunJin ao passar por ele, bagunçando um pouco os mesmos.

Assim que cheguei no bar não chego nem ao balcão para pedir o que os rapazes queriam, uma vez que me deparo com uma menina sentada numa alta cadeira, cabisbaixa. Eu conheço ela!!

– E aí _____?? O que você está fazendo?? - cumprimentei, e ela se virou surpresa dando um grande sorriso para mim. Logo tratou de se colocar de pé, cambaleando um pouco, e passou o seu braço pelo meu ombro, dizendo algo que eu não ouvi por conta do barulho, mas que, por ela estar próxima o suficiente, fez possível eu sentir o hálito da mesma. Ela cheirava a álcool, BASTANTE. E pelo comportamento dela dava também para perceber que ela não bebeu só um ou dois copos.

– Você bebeu?? - perguntei mais para mim mesmo do que para ela. Mas, ao ver a expressão dela no momento, fez todas as minhas dúvidas desvanecerem. Como vi que não dava para ter uma conversa séria com ela no momento, decidi perguntar ao barman se sabia de alguma coisa, o que ela tinha bebido. E quando ele disse, da forma mais natural possível, que tinha sido absinto, eu quase tive um enfarte.

– QUÊ? Absinto?? Mas essa bebida possui teor alcoólico muito alto! Como foi capaz de dar uma bebida dessa a uma menina?? - digo incrédulo, apontando para _____ que me olhava com curiosidade.

– Eu apenas sirvo os meus clientes, desculpa. Vai querer alguma coisa?

Apenas neguei o seu pedido, talvés de forma rude, mas que não foi propositado, pegando a _____ pelo braço – de forma a que não a machuca-se –, levando a mesma para fora do bar. Sequer me importei se ela estava com alguém, ou até mesmo se as pessoas com quem eu vim estavam me esperando, o que eu queria era apenas levar ela para um local onde o ambiente não estivesse tão "poluído", e o único lugar que me ocorreu foi a minha casa. Afinal, ela quase já estava dormindo em pé.

Expliquei, portanto, para ela que a iria levar para minha casa, pois ela não estava em condições de estar sozinha. Ela, sem dar grande importância, apenas concordou e se deixou cair no banco do carro, onde ficou a dormir quietamente até eu chegar em casa. Ela estava a dormir tão pacificamente que parecia um anjo, ainda que as suas sobrancelhas estivessem levemente franzidas. O que quer que a tenha incomodado nesta noite e que a fez beber tanto, não quero que volte ao pensamento dela ou, pelo menos, não agora. Apenas desejo que ela durma tranquila, sem se martirizar ou deixar ser atormentada por isso durante a noite inteira.

Assim que estacionei o carro, abri a porta dela devagar e peguei nela cuidadosamente. Abri a porta de entrada com certa dificuldade mas, quando consegui, levei ela para o quarto vago que tinhamos em casa, ao qual chamavamos de quarto de hóspedes, deixando um beijo de boa noite na sua testa assim que a depositei no sofá-cama. Tenho tempo amanhã para fazer um pequeno questionário, não tem porquê de apressar as coisas. Aliás, ela apenas falará comigo se sentir à vontade para tal.

_____ POV

Quando acordei senti uma terrível dor de cabeça. Parece que alguém me batera com um taco de baseboll na mesma. Onde é que eu estou?? Perguntava repetidamente para mim mesma, enquanto analisava o quarto. Um quarto que não era meu.

– Não me diga que eu......! - tirei rapidamente e de forma astuta os cobertores de cima de mim para ver se tinha algum corpo a mais na cama - Uffa que alívio. - suspirei, pondo a mão em meu peito assim que vi que só estava eu.

Comecei a analisar as minhas roupas amassadas, e, sem muito esforço, lembrei de tudo o que se passou ontem. Jimin e Eli se beijaram; eu acabei bebendo muito, mais do que eu suportava; Tae apareceu e me ajudou a caminhar para fora do bar e... apartir desse momento não recordo mais nada. Assumo que esteja na casa dele. De qualquer maneira, tenho de agradecer.

Olhei mais um pouco ao redor do quarto e vi que tinha uma camisa branca bem larga, que provavelmente era do Tae, e uma calça preta que parecia ter sido feita justamente para mim, na berma da cama. Me apressei a sair da cama e fui diretamente para o banheiro, tomando um banho intenso com o shampoo e gel de banho do Taehyung, ficando com o cheiro do mesmo. Assim que vesti a roupa, sai do quarto e, uma vez que eu já tinha vindo na casa dele com Jimin jogar um jogo novo que tinha saído na altura, sei onde fica a cozinha. Sorri me lembrando do bom tempo que passamos, mas minha ficha caiu assim que lembrei de Jimin e Eli. Porque estou sempre pensando nessa porra!? Que raiva!

Decidi descer as escadas rapidamente e segui caminho para a cozinha. Não havia sinal de Tae, então ele ainda deve estar dormindo. Eu ia subir para acordar o mesmo, mas depois me lembrei, porque não fazer um pequeno almoço especial como forma de lhe agradecer??

É, vou fazer isso! Optei então por fazer panquecas e um café maravilhoso que aprendi com a minha mãe. Assim que terminei de colocar as coisas na mesa ouvi uma voz rouca soar.

– Uau! Você que fez?? - ele perguntou, alternando o seu olhar entre a comida e eu.

– Fui sim. É uma maneira de agradecer por me ter ajudado ontem. Eu não estava muito bem. - disse olhando para o chão e coçando a nuca com uma mistura de vergonha e constrangimento.

– Ah não se preocupe com isso agora. - disse passando por mim, dando um beijo rápido na minha bochecha - Eu vou comer isso em segundos, só porque foi você que fez. Deve de estar uma delícia. - enunciou ao mesmo tempo que se sentava, e posso jurar que vi um brilho nos seus olhos ao olhar para a comida na sua frente, como se tivesse sido amor à primeira vista.

– Pode comer! - ri - Espero que goste.

Ambos começamos a comer e, quando eu estava a começar a comer a minha segunda e última panqueca, o mesmo já havia comido as três que eu tinha feito para ele, o que me deixou de queixo caído.

– Ah estava ótimo ____! Você é uma ótima cozinheira. - concluiu ele com aquele lindo sorriso quadrado que apenas ele tem, limpado com a manga da sua camisa de dormir o queixo, que estava sujo com um pouco da cobertura que ele usou.

– Muito obrigado. - agradeci, com um sorriso genuino.

– Bem agora me conte. - ele ficou sério de repente - O que aconteceu ontem?

– Ah então... - comecei a frase, sem saber como terminar. Eu quero e não quero contar. Se eu contar o meu disfarce de falsos namorados com o Jimin vai cair aos olhos de Taehyung. Mas eu quero contar, quero me aliviar. Para além disso, Tae é como um irmão para mim, eu confio a minha vida nele e acho que ele merece saber a verdade. - Ta, reformulando. Os pais de Jimin queriam que ele namorasse uma menina chamada Eli e-

– Eli?? - Tae me interrompeu surpreso e eu assenti - Ela andava sempre atrás do Jimin na escola outra escola em que andávamos. Ela era a mais nova na turma dela, mas ela, como pensava que mandava em todos, xingava os mais velhos e mandava eles fazerem as coisas por ela. Um dia eles se cansaram e quase bateram nela. Mas Jimin a protegeu e a partir daí ela nunca mais largou do seu pé.

– Olha parece que ela não aprendeu porque ainda hoje ela se acha demais viu? - disse e rimos juntos - Então, continuando. Os pais de ambos queriam que eles namorassem, mas o Jimin não queria e me falou disso. Nós decidimos então fingir que somos namorados... - Tae riu - Não ria! Deixa eu terminar. - falei envergonhada - Então, ontem teve um jantar com os pais de Eli, ela mesma e os pais de Jimin, onde nós passamos por namorados. Depois eu, Eli e Jimin fomos no bar onde você me encontrou... ideia de Eli né, óbvio.

– Ah sei. O bar é quase como se fosse a segunda casa dela, acredite. - ele disse rindo - Mas isso não justifica o porquê de você ter bebido tanto.

– Eu vou contar agora - disse com uma voz mais trémula - Jimin tinha bebido um pouquinho demais e foi no banheiro. Mas, depois de um tempo, ele ainda não tinha voltado, então eu fui ao seu encontro e vi ele beijando Eli... - meu coração apertou nesse momento e uma lágrima teimosa conseguiu encapar e rolar pelo meu rosto - Eu não sei porquê eu fico desse jeito. Nós nem somos namorados de verdade, mas no entanto, quando vi aquilo, foi como se algo tivesse se quebrado dentro de mim. - expliquei, sorrindo fracamente.

– _____... - senti os braços de Tae me rodearem - Você gosta do Jimin né?? Talvés você só não se tenha dado conta... Se ele fez mesmo isso ele foi muito babaca, mas eu conheço Jimin e eu sei que ele nunca faria tal coisa... até porque eu sei que ele sente algo por você também. Você conhece ele. Tem de haver uma justificação para isso tudo _____. - o ouvi com cuidado, enquanto chorava contra seu peito, pensando bem no que ele dizia - Até descobrir a verdade eu deixo você ficar assim. Em meus braços. - disse beijando minha testa - No entanto, não deixe que esse sentimento negativo tome conta de você. Você é uma menina alegre e não pode mudar viu? - disse, me fazendo cócegas, o que provocou risadas da minha parte mesmo nesse estado emocional - Esse é o sorriso! É esse o sorriso que eu quero ver. De agora em diante não quero mais ver você triste, está bem?

– Sim, eu prometo senhor Alien. - disse me levantando e correndo dele. Ele não gosta quando o chamo assim.

– Ah menina, você ta querendo apanhar!! - ele riu e correu atrás de mim. Quando finalmente me pegou, me jogou na poltrona, dando uma palmada em minha coxa e eu, antes que ele se senta-se na poltrona em frente à minha, dei uma na sua bunda. Isso já é normal entre nós. - _____ que tal irmos durante o resto da tarde no shopping?? Depois você pode dormir aqui de novo e amanhã jogamos uma partida daquele jogo de zumbi que você me comprou? O que acha??

– Claro que sim idiota, isso nem é pergunta que se faça!!! VAMOOOS!!! - gritei, pegando meu casaco preto, pronta para sair, e erguendo o punho no ar.

– EBAAAA!! Ah, mais uma coisa, essa camisa ficou a matar em você miga.

– Ah eu sei meu amor. Um dia desses ainda te mostro onde comprei ela. - falei, num tom convencido, e depois rimos juntos, o que acabou fazendo ambas as nossas barrigas doerem.

Saímos de casa e fomos diretos para o shopping. Estar com o Tae me faz bem. Sinto que, sendo ele essa pessoas louca, me vai fazer esquecer de toda essa história com o Jimin, nem que seja por apenas umas horas.