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História Unexpected Marriage EM CORREÇÃO - I'm Her Boyfriend


Escrita por: letzmalik

Notas do Autor


Mais um capítulo para vocês, fico feliz que estejam gostando ❤

Capítulo 12 - I'm Her Boyfriend


Fanfic / Fanfiction Unexpected Marriage EM CORREÇÃO - I'm Her Boyfriend

Point of view Justin Bieber, Los Angeles, Califórnia, Estados Unidos — 21 de abril de 2018.

12 - Eu sou o namorado dela.

Sinto algo pesado em cima do meu peito e percebo que é a Kristen, ela está dormindo com a boca meia aberta e o cabelo espalhado pelo seu rosto. Tiro ela com cuidado, substituindo meu corpo pelo travesseiro. 

Ando até o meu banheiro e faço minha higiene pessoal, não dá para tomar banho porque não tenho nenhuma roupa por aqui. Apenas escovo os dentes e lavo o rosto. 

Saio do banheiro e percebo que ela está acordada, com uma cara fofa e os olhos pequenos. 

— Bom dia, tem escova de dente nova no banheiro — digo, chamando a sua atenção. 

Ela levantou da cama e seguiu para o banheiro em silêncio. Pelo o que percebi, ela é assim quase todas as manhãs, dou ombros e vou vestir minhas roupas e esperar ela acabar de se arrumar. 

— Estou com fome — reclama, fazendo um coque no cabelo. 

— Não tenho nada para comer aqui, quer ir lá pra casa? — por educação, ofereço. 

— Sua mãe não vai se importar? — torce a boca, incerta. 

— Não, lá você toma um banho e veste alguma roupa da Jazzy. 

Ela concordou e saímos do meu apartamento e fomos para à casa dos meus pais — Que, por enquanto, ainda é minha. Leva em torno de vinte minutos para chegar até lá, pois não fica no mesmo bairro. 

Kris ligou o rádio e fomos ouvindo músicas aleatórias e ela cantarola baixo, enquanto mexia a cabeça no ritmo da música. 

— Esse vestido está me matando — passa as mãos nas pernas que está coçando. 

— Esses brilhos devem incomodar, em casa você tira ele.

Chegamos em casa e deixo meu carro na porta, depois vou levar ela embora e tenho planos de passar o domingo todo dormindo. Ainda não precisamos nos preocupar com o casamento e isso é um alívio.

— Justin, onde você estava, meu filho? — minha mãe corre na minha direção, quando entramos à sala. 

— Estava com a Kris, desculpe não ter aviso, fiquei sem bateria — invento alguma mentira e seus olhos brilham quando bate os olhos na mulher atrás de mim. 

— Querida, é muito bom ter você em casa . Vem tomar café com a gente — cumprimenta ela com um abraço e sai puxando o braço dela.

Vou atrás delas e vejo que a mesma está sem graça e resolvo tirar ela de lá. 

— Mãe, deixa ela tomar um banho e já descemos? Dormimos no meu apartamento e estamos incomodados com essa roupa. 

— Tudo bem, vamos esperar vocês. 

Ela saí da sala e seguro nas mãos da Kris, subindo as escadas para o meu quarto.

— Sempre vou babar no seu quarto, ele é meio sombrio, sei lá. A arquiteta está de parabéns — ela sempre elogia o ambiente e a decoração — Sem contar essa vista incrível. 

— É o melhor quarto da casa, se você soubesse a briga que tive com a Jazzy por causa disso — dou risada, lembrando desse episódio e ela me acompanha — Pode ir tomar banho, na segunda gaveta tem toalhas novas e se precisar de alguma coisa é só me gritar, enquanto isso vou pegar alguma roupa da minha irmã, tem preferência?

— Não, pode ser um vestido fresco, tanto faz — responde, assim que entra no banheiro e vou atrás da Jazzy. 

Bato na porta do seu quarto, e ela grita me mandando entrar. 

— Jazzy, preciso que me empreste uma roupa sua — olha-me confusa — É para a Kristen. 

— Ela dormiu aqui? —  pergunta curiosa. 

— Não. Dormimos no meu apartamento e trouxe ela aqui para tomar café com a gente. 

Ela entra no seu closet, não demorando muito e volta com um vestido azul.

— Esse é a cara dela, comprei e não me serviu, e também tem um conjunto de lingerie que nunca usei, pode dar a ela também — entrega nas minhas mãos e agradeço. 

Entro no meu quarto e deixo tudo em cima da cama e tiro minha camiseta e tênis, esperando ela sair do banho. Não demora nada, ela aparece com um roupão e o cabelo em um coque bagunçado.

— Pode se trocar aqui. Minha irmã deixou roupas e peças íntimas que ela nunca usou, só vou tomar banho e a gente já desce. 

— Tá bom.

Tomo um banho rápido, pois estou com muita fome e garanto que ela também está. Desde o meu aniversário estamos muito próximos, não como um casal, mas já ficamos várias vezes. Ela me atrai, é uma mulher muito bonita e não quero que role aquele sentimento entre nós, até porque o casamento não vai durar e, também não vai ser movido a amor, sim em dinheiro.

Desligo o chuveiro e  saio enrolado na toalha, e ela está deitada na minha cama olhando para cima. Suas bochechas ficam vermelhas ao verem o modo que estou e rio indo me trocar. Coloco uma bermuda preta, uma blusa azul e tênis da Nike. Passo meu perfume e apenas bagunço meu cabelo.

—  Vamos? - digo assim que saio do closet, ela levanta da cama e me acompanha. 

— Toda sua família está aí? 

— Sim. 

— Sua mãe vai me achar uma folgada por vim comer aqui e tomar banho — esconde o riso e acompanho.

— Nada disso, minha mãe já gosta muito de você - falo, sendo sincero. 

Chegamos na sala de jantar e estavam todos sentados lá, menos o Jaxon e suponho que ele esteja na casa da Estella. 

— Kristen, fico feliz em revê-la — meu pai se levanta para dar um abraço nela. 

— Fico feliz em ver todos vocês — sua bochecha está vermelha, sem dúvidas está com vergonha.

 — Sente, querida. Coma a vontade, creio que vocês estão com fome — minha mãe indica a cadeira. 

Sentamos à mesa e ela se serve com torradas e algumas frutas e pegou uma xícara de café, já eu, pego torradas, bacon com ovos e pão de forma com queijo, presunto acompanhado de um suco de limão. 

— Como vai sua madrasta, Kris? De não gostar que te chame assim é só avisar — minha mãe se corrige. 

— Pode me chamar assim mesmo. Ela vai bem, voltou a trabalhar essa semana, o médico já deu alta para ela.

— Sério?! Fico muito feliz por ela, preciso chamá-la para passar um tempo aqui em casa, me sinto tão só com todos os meus filhos trabalhando — faz um drama essa mulher.

—  Ela irá adorar, Lizzie gosta muito da senhora.

— Nada de senhora, prefiro apenas Pattie, ou sogrinha —  repreende ela, que ficou sem graça e concordou. 

—  Fiquei sabendo que você é a nova designer da nossa empresa, uau. Eu amei todos aqueles desenhos, mal vejo a hora de tê-los — Jazzy fala, olhando para ela. 

— Fiquei muito feliz que vocês gostaram, sério. Guardo esses desenhos comigo há bastante tempo, nunca pensei que alguém fosse querer. 

Sorri, mas percebo a tristeza no seu olhar. Kristen é uma mulher tão forte, destemida e dedicada. Nunca entendi esse ódio do pai dela por ela, tem alguma coisa muito estranha nisso. 

— São muito bons, na verdade, são incríveis demais. Quando você me disse que seu pai descartou, fiquei incrédulo. Isso não passa de uma perfeição, todos os detalhes, e aqueles anéis? São de tirar o fôlego! — meu pai a elogia, fazendo com que as bochechas da Kris ficassem vermelha. 

Ela sorri agradecendo, sem ter o que falar. Kristen não sabe lidar com elogios.

— Vocês são incríveis. Essa chance que me deram é muito importante para mim. 

— Eu disse que isso era bom, Kristen tem talento para tudo. É modelo, arquiteta e designer de jóias nas horas vagas — olha para ela que me lança um sorriso lindo..

— Não é atoa que formam um casal lindo — minha mãe, mais uma vez nesta manhã, joga as suas indiretas. 

Sinto-me mal por mentir para ela, mas devido às circunstâncias, não podemos contar que isso é mentira. Tenho certeza absoluta que ela faria de tudo para cancelar esse casamento, Patrícia nunca me deixaria casar com alguém que eu não fosse apaixonado. E sei que ela não quer contar a sua madrasta, pois não teríamos o apoio de ambas as partes. Meu pai só apoia porque é eu quero quero fazer, essa é a melhor forma de gente conseguir todo dinheiro que falta para não deixar a empresa se afundar de vez.

Kristen conversava alegremente que toda a minha família, parecia que ela os conhecia há anos, isso era bom, pelo menos minha mãe gostou dela, já que, no meu último relacionamento, a relação delas não era as das melhores, ela dizia que a Amber só estava comigo por todo dinheiro que nossa família tinha, mas nunca acreditei nisso. Amava tanto aquela mulher, que não acreditava em nada que me falassem dela,no entanto, com essa existência de casamento, passei a acreditar que tudo o que minha mãe falava era verdade. Um ano depois, não sei mais nada sobre ela, não a tenho em minhas redes sociais, e muito menos tenho contato com alguém da família dela, seu pai era podre e torrava todo dinheiro da família atrás de jogos clandestinos. 

Minha relação com a Amber começou na adolescência, um namoro que pra muitos não ia durar nada, mas passamos seis anos juntos, foram muitas coisas ao lado dela, eu queria me casar com ela, mas não naquela idade. Queria, sim, formar uma família, ter dois filhos e nossa própria casa, mas infelizmente o destino não quis que ficássemos juntos. 

— Não é, filho? — escuto a voz da minha mãe, tirando-me dos meus pensamentos. 

— Desculpe, do que você estava falando? — digo, totalmente perdido no assunto.

— Estou contando a Kristen o quanto você era rebelde. Não imagina o trabalho que ele me deu, saía às duas horas da tarde e voltava quase cinco horas da manhã. Tinha vezes que nem aparecia, sabe onde ele ficava? — pergunta e ela nega — Atrás de mulher, vê se pode. 

Kristen cai na risada, olhando para mim e negando com a cabeça.

— Então quer dizer que o senhor era mulherengo? Espero que não seja mais — adverte, mas em tom de brincadeira.

— Esse daí, quando amarra o burro, não solta mais. Não é à toa que namorou por seis anos — Jaime brinca e ri. 

— Papai! Não se deve falar da ex namorada do Justin, ainda mais com a atual dele aqui, parece que não tem senso — minha irmã reprova o comentário do meu pai e agradeço.

— Não tem problema, Jazzy. Ele tem histórias antes de mim, assim como tenho dele, sério. Não há problema algum em falar sobre os relacionamentos passado dele, já passou — ela me olha e segura na minha mão, por cima da mesa.

Minha mãe abre um sorriso enorme, percebendo nossas mãos juntas. Aproveito da situação e deixo um beijo casto. 

— Mulher madura é outro nível, se fosse eu, já cortava meu sogro. 

Jazmyn é a pessoa mais ciumenta que existe. Ela não aceita falar sobre relacionamentos passados.

— Você namorou muito, Kris? 

Ela limpa a boca no guardanapo antes de falar.

— Namorar igual ao Justin, não, mas fiquei dois anos com um garoto. Achava que ele era o homem da minha vida — ri desacreditada — Mas depois descobri que ele me traia com minha melhor amiga.

Ela diz com vergonha, e eu fico com pena, pois, quem seria o louco de trair uma mulher como ela?! 

— Meu Deus! Que cara filha da puta, se fosse eu, pegava os dois na porrada. Ele é mais errado por trair você, mas ela tem é porque sabia que tinha namorada e ainda pagava de sua amiga. Grudava na cabeça dos dois e batia na parede. Isso é falta de empatia e amor ao próximo. 

Isso é verdade. Traição é algo que não tem perdão, se quer ficar com outra pessoa, simplesmente fique solteiro. 

— Tudo pra você é na base da porrada, filha. Acho que criei um Bruce Lee em casa —  meu pai arranca risada de todos nós. 

— Não fiz aula de boxe à toa, pai! 

Quando fomos ver a hora, já se passava das onze horas da manhã e minha mãe insistiu para que a Kristen ficasse para o almoço, mas ela disse que tinha que ir embora, pois, sua madrasta deve estar doida com ela todo esse tempo fora de casa. Minha mãe ficou um pouco triste, todavia, entendeu o lado dela, e disse que a quer aqui domingo que vem, para passarem o dia na piscina. Mulheres! 

Fomos o caminho apenas ouvindo músicas, mas de vez em quando falamos sobre o dia de hoje. 

— Você quer entrar? — questiona, tirando o seu cinto. 

— Não, seu pai não vai gostar de me ver. 

— Melhor ainda, ele vai achar que estava com raiva de você e vai quebrar a cara. 

Sorri, mas vejo um pouco de maldade nas suas intenções. 

— Tudo bem, vamos! 

Saímos do carro, e ela tirou as chaves do portão de dentro da sua bolsa. E entramos na casa, e logo na entrada tinha um lindo jardim, com bastante rosas e margaridas. 

Point of view Kristen Laurent Santiago

Entramos em casa, mas não tem ninguém no corredor de entrada. Fomos para a sala de jantar, onde os dois estão tomando café da manhã em silêncio. Sinto o clima pesado de longe.

— Kris, meu Deus! — Lizzie, levanta da mesa e veio até mim — Onde estava? Fiquei preocupada, princesa.

Abraço seu corpo e deixo um beijo na cabeça dela.

— Desculpa, não era minha intenção deixá-la preocupada, mas sai com o Justin e alguns amigos, e como já era tarde, dormi na casa dele. 

— Justin, como vai? — estende as mãos para ele, que aperta com delicadeza.

— Vou bem. Desculpe o transtorno, mas pensei ser perigoso demais deixa-la vir embora sozinha — se justifica e vou para o lado dele.

— Fez bem. Fico muito feliz em ver que ter responsabilidade o suficiente para trazer minha filha até em casa, mesmo que seja no outro dia — Anton, sendo um intrometido, responde pela Lizzie.

— Como vai, senhor? — foi até o meu pai e cumprimentou ele.

—  Bem! E seu pai? Nunca mais tive contato com ele. 

— Está bem! Está com alguns problemas, por isso ele sumiu. 

— Bom, vamos subir, Justin? Já tomamos café mesmo. 

Não deixo ele terminar a conversa com meu pai e pego nas mãos dele, subindo para o meu quarto. O melhor disso é que ele fica na última porta do corredor e ninguém consegue ouvir o que faço, apenas se chegar perto.

— Bem-vindo ao meu quarto — abro a porta, dando passagem para ele entrar.

— Uau. É muito bonito — olha tudo ao redor — E branco — ressalta e rimos.

— Sim, não gosto de outras cores. Branco é tudo. 

Sento na minha cama, vendo ele mexer em algumas fotos que estão espelhadas por cima dos móveis. 

— Meu Deus!? Você era muito fofa — mostra a foto que está segurando e vejo ser uma que tinha apenas três anos. 

Estou com o dedo na boca e olhando para a cama com uma enorme vergonha. 

— Sim, meu cabelo era loiro bem clarinho — sorrio, passando a mão no quadro. 

Volto a sentar na cama e Justin senta ao meu lado.

— Bom, minha família pensa que estamos namorando. Passou dois meses do meu aniversário. O que acha de assumirmos um namoro daqui a um mês? Nós podemos fazer um jantar em casa, com todos da família e contar de uma vez só — proponha, segurando na minha mão e acho uma boa ideia.

— Eu acho ótimo, mas para mim, seria melhor se a gente deixasse de lado essa história de me pedir em casamento no meu aniversário. 

— Mas por quê? Até outubro é tempo suficiente para deixar claro que gostamos um do outro, e em janeiro a gente já poderia agilizar o processo do casamento. 

Pensando por esse lado, pode até se o melhor para nós, porque várias pessoas já especulam um namoro entre a gente. No meu aniversário seria o pedido de casamento ideal.

— Tudo bem, irei fazer uma pequena reunião com alguns amigos no dia do meu aniversário e com toda nossa família lá, no caso só a Lizzie e meu pai, até porque a Kaia e minha mãe não viria mesmo — menciono, meio triste. 

— Problema delas, Kris. Você é uma mulher incrível, elas que são as chatas. 

Rimos e deito a cabeça no seu ombro, agradecendo por todo apoio. Justin vai ser um bom marido, mesmo que seja de mentira. 

Ele passou boa parte do tempo comigo, falamos sobre várias coisas e sobre nós. Falamos sobre os nossos gostos, conhecendo um ao outro. Justin esconde muitas coisas sobre a sua vida, mas não vou invadir a privacidade dele com perguntas idiotas e parecer uma pessoa chata. Não me deve satisfação e nem eu a ele. 

— Tem certeza que não quer ficar para o almoço? — averigo pela milésima vez, assim que chegamos à sala. 

— Tenho. Domingo eu venho te buscar, tá bom? — assinto com a cabeça e passo os braços ao redor dos seus ombros. 

— Sim, avise minha sogra que aceitei — brinco e ele ri. 

Escuto passos atrás de nós, mas não faço o favor de me virar para ver quem é. 

— Olha só, ela resolveu ficar em casa pelo menos uma vez na vida.

Olho para trás, vendo a minha irmã com os braços cruzados. 

— Cuida da sua vida — ignoro ela.

— Tem namorado agora? Ah!? Esqueci. Deve ser mais um dos seus casos noturnos — Kaia me provoca e Justin aperta minha cintura, não deixando eu cair no joguinho dela.

— Não, para o seu governo, sou namorado dela, mesmo se fosse um caso "noturno" isso não é da sua conta — Justin responde por mim — Aprende a saber das coisas, para não passar vergonha. 

Ele debocha e rio, escondendo a cabeça no pescoço dele.

— Eu vou indo. Domingo estou aqui. — ele me pega de surpresa, quando segura no meu rosto e me dá um selinho demorado. 

Como não sou besta, retribuo na mesma intenção, mas separa quando escuto outro comentário ridículo dela. 

— Que cena mais patética, vai demorar quando dias para aparecer com outro? — destila todo seu veneno.

— Não temos tempo para ficar falando das nossas vidas com você. Vai atrás do seu marido, ele é o único que te aguenta — rebato, vendo ela ficar com raiva — Nem lembro da sua existência. 

— Assim como a mamãe não lembra da sua? — debocha e respiro fundo — Mas você insiste em ficar atrás dela que nem uma cadelinha. 

Nunca pensei que ela fosse tão maldosa, a ponto de jogar a rejeição da minha mãe na minha cara.

— Hei! Não vou permitir que fale assim com ela dentro da minha casa e em nenhum outro lugar, trate a sua irmã com respeito. Isso não é coisa que se fala.

Lizzie entrou na sala com uma cara feia, parando do meu lado e abraçou meus ombros. 

— Desculpe por isso, ela é uma sem noção — me justifico com o Justin e ele nega com a cabeça. 

— Não precisa se explicar, baby. Se quiser eu fico com você — olha feio para minha irmã. 

— Está tudo bem, te espero no domingo. 

Lhe dou um último selinho, antes do mesmo sair pela porta e ir embora.

— Deixa, Liz. Não me importo com nada vindo dela. Enfim, podemos conversar? Tenho que te contar algumas coisas — ignoro ela, falando com minha madrasta. 

— Claro, princesa. Vamos para o seu quarto até o almoço ficar pronto. Você tem que me contar o que está rolando com Justin Bieber. 

Cutuca a minha barriga e rio. 

— Justin Bieber? aquele que é o filho do Jaime? — Kaia se mete na conversa com uma cara assustada — Eu não sabia que você namorava com ele.

—  Pois é, pra você ver que não sabe nada sobre sim — pego  na mão da Liz e subimos até o meu quarto.

Subimos as escadas juntas, com ela fazendo várias perguntas sobre o Justin.

— Namorando? Desde quando?

— Não estamos namorando, estamos saindo e vendo no que dá — digo, sentando na cama.

— Mas vocês estão bem mesmo depois daquele contrato? — estranha nossa repentina aproximação.

— Sim, bem, na verdade, Justin e eu já tivemos um caso antes, lembra? — desvio do assunto, colocando outro por cima.

Não gosto de mentir pra ela, mas isso é realmente necessário.

— Meu amor, isso é incrível. Ele é um rapaz muito bonito, me parece ser muito carinhoso. Seu pai vai pirar — Lizzie surta, batendo no travesseiro e rio do seu comportamento.

Ficamos falando sobre tudo que aconteceu comigo e ele, apenas escondo algumas coisas. São detalhes pessoais que não devem ser contados.

Depois, Scarlett nos chama para o almoço, o clima está totalmente pesado depois da minha discussão com Kaia. Ela me torra as paciências.

O silêncio é desconfortável, apenas uma hora ou outra Lizzie falava comigo, sobre assuntos dependentes, mas meu pai não abriu a boca nenhuma vez.

—: Papai, por que não me contou que a Kristen está namorando o filho do Jaime? Nem sabia que um homem como ele iria querer alguma coisa com uma menina assim — estava demorando para começar as provocações.

Anton franze o cenho e olha-me assustado.

— Namorando? Que história é essa, filha? — pergunta, mas conheço que seu tom não está nada agradável.

— Não estamos namorando, só estamos saindo e vendo no que dá — reviro meus olhos.

—  Desde quando?

— Desde o aniversário dele, você se lembra muito bem que saímos naquele dia.

Uso a desculpa, fazendo o mesmo ficar confuso.

— Há dois meses — sussurra — E não fiquei sabendo disso? Então era dele que vocês estavam falando quando cheguei na cozinha. Isso é o cúmulo mesmo, não quero você com ele — tenta ser autoritário e rio da sua cara.

— Para com isso agora, Anton! Ela já tem idade suficiente para decidir o que fazer da vida dela, se ela quer ficar com ele, tem todo o meu apoio —  pega  na minha mão em cima da mesa e aperta com ternura.

—  Eu não sei como meu pai aguenta vocês duas, meu Deus! Até parece que fazem tudo para provocar — Kaia fica ao lado do meu pai, que olha para a mesma e sorri.

—  Pelo menos alguém sensata aqui. Obrigada, filha. Sua irmã não tem mais jeito mesmo — balança a cabeça, em negação várias vezes.

Oi? Não tenho jeito? Ele não sabe nem o que fala.

— Não tenho jeito, por quê? Porque sempre faço o que quero? Estou cansada de vocês dois dando palpite na minha vida o tempo todo — grito, ficando alterada — E você, Kaia, cuide da sua vida, por favor. Não tenho nada relacionado a você, então não se meta. Estou com o Justin e não vou deixá-lo só por causa que ele não aceitou no seu contrato ridículo! Chega de querer comandar tudo em mim.

Me exalto, com a Lizzie pedindo para eu me acalmar.

— Não está mais aqui quem falou — levanta as mãos para cima, calando a maldita boca.

Depois disso, nosso almoço seguiu em paz, e passei o tempo todo falando sobre o meu novo trabalho com a Lizzie. Anton claramente ficou vermelho de raiva, mas nem dei bola e continuei falando sobre tudo que aconteceu esse mês.

Toda vez que era citado o nome dos Bieber 's, meu pai dava uma tosse e fingia que não estava prestando atenção na nossa conversa e falava ainda mais deles, só para ver a cara de derrota que Anton fazia.

Kaia ficou falando com meu pai o quanto seu trabalho estava perfeito, que todos os acionistas amam o trabalho dela como vice presidente, e isso é novidade pra mim, já que não sabia que ela estava com um cargo tão importante, mas era de se esperar mesmo, quando meu pai for aposentar, tudo isso passará para as mãos dela e,  eu como sempre, vou ficar de fora, só que foi como disse não ligo para aquela empresa fodida, em breve, muito em breve quem vai comandar toda a minha parte é meu futuro marido. É papai, você não perde por esperar.

 









 

 


Notas Finais


Qualquer coisa falem comigo no meu twitter @legendjournals


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