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História Unfeeling (Texting Larry Stylinson) - Me desculpe, me ame, me salve


Escrita por: ziarrytoran

Notas do Autor


VOLTEI!

Capítulo 73 - Me desculpe, me ame, me salve


P.O.V. Louis:

Eu chorava como um bebê desesperado e perdido. Niall, Liam, Zayn e Josh tentavam me acalmar mas não obtinham sucesso, afinal, eles também estavam desolados. Anne estava sentada em uma poltrona à minha frente, encarando a parede e deixando que lágrimas silenciosas saíssem de seus olhos.

Depois que chegamos ao hospital e Harry foi levado para a emergência, eu liguei para sua mãe, para os meninos e para a minha mãe. Todos correram para o hospital imediatamente. E, desde que estamos todos aqui, já haviam passado duas horas. Os médicos estavam cuidando de seus ferimentos superficiais e fazendo exames.

-Louis, anjo, não se culpe. Você deveria era estar se sentindo orgulhoso, você salvou a vida dele - Anne falou para mim, saindo de sua poltrona e ajoelhando-se na minha frente.

-Não, Anne... E-eu - funguei. - Se eu não tivesse falado que o amava bem quando ele estava atravessando a rua, nada disso teria acontecido e...

-Se ele tivesse olhado para os lados antes de atravessar a rua, nada disso teria acontecido - ela me cortou.

-Se eu tivesse feito as coisas de forma diferente...

-Se o Harry tivesse te dado uma chance de falar...

-Se eu...

-Louis, pare! - Anne falou um pouco mais séria. - Chega de "e se". As coisas aconteceram do jeito que aconteceram e nada vai mudar isso. Tudo que nós podemos fazer agora é esperar e rezar pelo Harry - um par de lágrimas escapou de seus olhos. Eu me inclinei para frente e a abracei com força e afeto.

Eu não conseguia afastar da minha mente a lembrança de Harry sem batimentos cardíacos. Ele morreu nos meus braços. Na hora foi tudo tão rápido que eu mal tive tempo de processar tudo que estava acontecendo, mas agora tudo estava claro e desesperador. Eu sentia que ia explodir se não desabafasse sobre isso com alguém logo, mas para todos ali, principalmente Anne, as coisas só ficariam piores se eu falasse sobre como foi a sensação de ter Harry morto nos meus braços por alguns minutos.

-Sra. Styles? - uma voz masculina falou e imediatamente Anne se afastou de mim sem sequer se dar ao trabalho de secar as lágrimas. Era um dos médicos de Harry.

-Nós fizemos todos os exames necessários e um deles mostrou que seu filho está com uma hemorragia no intestino - o homem falou e eu senti meu coração apertar. - Nós temos que fazer uma cirurgia imediatamente.

-Oh, meu Deus - Anne sussurrou e eu notei seu corpo tremendo. Zayn levantou-se e abraçou a mulher, provavelmente imaginando que ela cairia no meio do corredor de tanto que tremia. - E-ele... M-meu filho vai ficar bem, não vai?

-Nós vamos fazer o nosso melhor, eu te prometo - o médico respondeu e Anne assentiu. - Quem é Louis Tomlinson?

-Eu, senhor - respondi com a voz embargada.

-Você fez um ótimo trabalho. Salvou a vida daquele garoto. Parabéns - sorriu fraco. Eu assenti.

-Espero poder te dizer o mesmo daqui algumas horas, doutor - respondi, sem nenhuma arrogância. Na verdade, soou como um pedido desesperado para que ele fizesse o melhor trabalho de sua vida.

-Eu também espero - sorriu gentilmente antes de nos dar as costas e voltar para o centro cirúrgico.

P.O.V. Harry:

Ninguém realmente imagina qual é a sensação de acordar em um quarto desconhecido, em uma cama desconhecida e por um momento não se lembrar de nada do que aconteceu ou de como você foi parar naquele lugar desconhecido. Até que você passa por isso. E a cada lembrança você tem vontade de vomitar e ao mesmo tempo agradece aos Céus por ainda estar vivo.

Não é uma sensação agradável.

Olhei para os lados, vendo um corpo conhecido quase adormecendo no pequeno sofá que havia no quarto.

-Mãe? - chamei com a voz fraca. Ela imediatamente arregalou os olhos e se levantou.

-Harry! - seus olhos se encheram de lágrimas, o que, devido às suas olheiras, eu deduzi que não era a primeira vez no dia que acontecia. Eu percebi que ela queria me abraçar e me tocar, mas não sabia onde nem como. Eu lembro da sensação dolorosa dos pequenos pedaços de vidro fincando em diferentes partes do meu corpo, então era óbvio que eu estava destruído. Por isso ela não me tocava. - Meu filho... Obrigada, Deus, Harry... Eu te amo tanto, filho, tanto!

Minha mãe chorava compulsivamente, mas de alívio.

-Eu estou péssimo, não estou? - perguntei.

-Nem tanto - ela respondeu. - A maioria dos ferimentos foram apenas superficiais e nem precisaram de pontos. Só o corte no seu braço que foi feio de verdade - apontou para o meu braço direito e logo pude ver uma faixa enrolada um pouco abaixo do meu ombro. Suspirei.

-Há quanto tempo eu estou aqui?

-Umas doze horas - respondeu como se não fosse nada. - Seus amigos estão todos aqui. Vieram assim que souberam do ocorrido e não foram embora desde então. E a sua irmã chegou há cinco horas. Ela pegou o primeiro voo para Londres.

Eu sorri fraco por ter os melhores amigos e a melhor família do mundo.

-Quem exatamente está aí?

-Louis, Zayn, Niall, Liam, Luke e até a Lana e o Josh - falou. - A Jay, mãe do Louis, também passou aqui mas teve que ir embora para cuidar das filhas.

-Louis e Luke no mesmo lugar... está tudo bem lá fora? - perguntei e minha mãe soltou uma risada.

-Sim. Ambos estão preocupados com você, embora a cara que o Louis fez quando o Luke chegou não foi das melhores.

-Eu não entendo a implicância do Louis com ele, sério - suspirei.

-Você é lerdo mesmo, hein - minha mãe revirou os olhos. - O Louis gosta de você e você andou saindo com o Luke, simples assim.

-O Louis disse que me ama - falei, tendo total consciência de que eu estava sorrindo que nem besta.

-Eu sei - ela também sorriu. - O Louis provavelmente está mais agoniado do que todo mundo lá naquela sala de espera. Quer que eu chame ele?

-Quero - respondi. - E não se preocupe mais comigo, eu estou bem.

Minha mãe assentiu, sorrindo fraco, me deu um beijo na testa e saiu do quarto.

Eu suspirei. Era agora que eu finalmente ia conversar direito com Louis e, quem sabe, resolver as coisas entre nós.

Ouvi duas batidas fracas na porta e logo ela foi aberta.

-Hazz?

Eu sorri apenas com a voz fina me chamando por aquele apelido.

-Lou - respondi. O garoto fechou a porta atrás de si e andou lentamente até ficar ao lado da maca. Ele estava totalmente virado para mim, mas seus olhos encaravam a parede. - Ei, olhe para mim.

Eu confesso que meu coração acelerou um pouco quando aquele par de olhos azuis me encararam. Eu sou fodidamente apaixonado por esse garoto, o que posso fazer?

-Lou..-

-Me desculpe - ele falou rápido, como se estivesse vomitando as palavras, e começou a chorar logo em seguida. - D-desculpe, eu me sinto culpado - tento cessar o choro, totalmente em vão. - Eu não estou n-nem conseguindo olhar pra vo-você sem me sentir culpado. Me desculpe!

-Louis, pare com isso, você não tem culpa de nada - falei, mas ele não pareceu acreditar. -Louis, olhe para mim - pedi e ele negou com a cabeça rapidamente. - Tomlinson, olhe para mim e não desvie o olhar.

Depois de alguns segundos relutando, ele olhou.

-Você salvou minha vida, seu idiota, como pode estar se culpando? - não consegui evitar o xingamento. Louis continuava chorando, mesmo me encarando. - Lou, vem aqui - estiquei minha mão até onde os fios que estavam conectados ao meu braço permitia. Ele relutou um pouco antes de estender sua mão direita e entrelaçar nossos dedos. - Você não tem culpa de nada do que aconteceu, ok? Se não fosse por você eu estaria morto.

-Você perdeu muito sangue na hora e seu coração acabou parando e...

-E você me reanimou - cortei-o. - Supere essa falsa culpa, por favor. Olhe para mim, Lou, mas olhe de verdade - pedi. - O que você vê?

Louis ficou um tempo apenas me encarando. Não que eu esteja reclamando, foi incrivelmente confortável. Aos poucos ele foi parando de chorar e normalizando sua respiração. Era apenas uma conexão entre nossos olhos, mas de uma intensidade absurda.

-Eu vejo... - começou. Um pequeno sorriso começava a aparecer em seu rosto. - Eu vejo um garoto maravilhoso tanto por dentro quanto por fora, eu vejo que você está... feliz.

-Sim, eu estou feliz - sorri para ele. - Estou feliz porque estou vivo, estou feliz porque você está comigo aqui agora e...

-E porque eu disse que te amo - completou. Eu assenti com a cabeça e olhei para a parede. - Quem está desviando o olhar agora?

Soltei uma risada fraca, sentindo minhas bochechas corarem.

-É verdade mesmo?

Louis chegou mais perto da maca e se inclinou um pouco sobre mim.

-Sim, é verdade - confirmou. - Desde que nós nos afastamos eu tenho me sentido péssimo, vazio. Todo mundo me xingava e dizia que eu não enxergava o que estava bem na minha frente. E, realmente, eu não enxergava. Mas aos poucos fui abaixando a guarda e, quando o Josh falou comigo pacientemente, eu finalmente me dei conta de tudo que estava sentindo. Não pense que foi fácil pra mim porque não foi, mas eu estou melhor agora. Parece que o peso do mundo foi tirado dos meus ombros.

-Eu entendo que não tenha sido fácil pra você e..-

-Shh, me deixe falar - pediu e eu assenti. - Me desculpe por ter te magoado e por ter feito você passar por isso. Eu acreditei minha vida inteira que amor não existia e de uma hora pra outra tudo virou de cabeça para baixo. Eu precisei de um tempo, me desculpe por te fazer sofrer - seus dedos acariciavam minha mão com carinho enquanto ele falava. - Eu só peço que você me dê uma chance. Peço que me desculpe, me ame, me salve.

-Te salvar? - perguntei, ignorando o turbilhão de sentimentos dentro de mim.

-Sim - sorriu fraco. - Sabe, não é legal viver sem amar ninguém, embora eu jamais assumiria isso há um mês atrás. Você me fez ver e sentir o amor, Harry, você já me salvou. E, por favor, continue me salvando. Eu preciso que você me salve.

Eu só percebi que estava chorando silenciosamente quando senti algo molhado escorrendo pelas minhas bochechas. E foda-se se eu estava sorrindo feito idiota.

-Eu também te amo - falei olhando em seus olhos. Louis sorriu largo e riu também. - Eu sou louco por você, Louis.

-Porra, eu tô chorando de novo, mas dessa vez é de alívio - ele riu, ainda chorando, e enxugou as lágrimas com a mão livre. Eu ri com vontade.

-Agora me beije, seu tolo - falei, tendo total consciência de que estava sorrindo que nem besta.

Louis me encarou um tanto surpreso e ansioso, eu diria.

-Depois de todo esse tempo sem te beijar... isso é emocionante! - brincou e eu ri, embora realmente fosse verdade. Ele se inclinou mais sobre mim, deixando seu rosto a poucos centímetros de distância do meu, e com a mão esquerda afagou os fios de cabelo sobre a minha testa. Louis me olhava com ternura. - Você não me culpa pelo que aconteceu, não é mesmo? - perguntou, como se visse aquilo no meu olhar.

-Não, nem um pouco - confirmei, o que o levou a sorrir sem mostrar os dentes. - Mas agora me beija logo antes que...- ele me beijou.

Era inexplicável a sensação boa que tomou conta de mim naquele momento. Passei praticamente um mês sofrendo por amar Louis e por estar afastado dele e agora... isso. E ele me amava... sim, porra, ele me amava!

Eu estava feliz, embora estivesse detonado fisicamente e ainda meio "mole" pela anestesia geral que me deram antes da cirurgia.

As coisas só ficaram melhores quando Louis invadiu minha boca com sua língua sem aviso prévio. Obviamente, eu não reclamei, apenas deixei que o beijo ficasse mais intenso.

-Eu senti tanta falta disso - murmurei ainda de olhos fechados enquanto Louis distribuía beijos pelo meu rosto, provavelmente onde estava machucado. Eu sorri com aquilo. - E como vai ser daqui pra frente?

-Depende - Louis afastou seu rosto apenas o suficiente para me encarar.- Você aceita ser meu namorado ou não?

Eu travei por um momento, olhando para ele sem esboçar nenhuma reação, porque eu verdadeiramente não esperava por aquele pedido. Então eu tratei de puxar uma maior quantidade ar para os pulmões e me concentrar em responder àquela pergunta.

-É óbvio que eu aceito - revirei os olhos, porque era realmente óbvio, e sorri, porque eu poderia explodir de tanta felicidade naquele momento.

-Eu amo você - Louis falou e em seguida riu, ainda me olhando. - É tão bom dizer isso... eu amo você, Harry Edward Styles, eu amo você!

-Você é retardado ou só se faz? - eu gargalhei e o puxei pela nuca, juntando nossos lábios novamente. - Ah, e a propósito, eu também amo você, Louis William Tomlinson. Muito.


Notas Finais


capítulo super nho nho nhon, mel com açúcar... adorooo jaosnddo

AGORA FOI, NINGUEM SEGURA OS LARRY!

Quero comentários?? Quero :)


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